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2 OS CONSTRUTORES DOS OCEANOS E MARES: OS ARTESÃOS DAS

2.1 AQUELES QUE CIRCULAVAM PELOS OCEANOS

O primeiro aspecto que devemos tratar é uma caracterização desses artesãos que trabalhavam nas embarcações. Quais eram as profissões presentes, qual o lugar que ocupavam na hierarquia sócio profissional dos barcos, o soldo que recebiam, entre outros aspectos. Infelizmente como a grande maioria dos processos abordados por nós são referentes a artífices portugueses, pouco podemos acrescentar no que tange às discussões acerca do processo de mestiçagem nessas atividades, exceto quando nos referimos às trocas de conhecimento. Mesmo assim, ainda registramos a presença de sujeitos escravizados e alforriados atuando como oficiais mecânicos. Outro ponto importante é que os ofícios presentes nos barcos são basicamente o de carpinteiro de barcos e calafate; o primeiro caso se trata de uma especialização do ofício de carpintaria, observaremos adiante que esses trabalhadores aprendiam os seus ofícios, e muitas vezes crescia, nas ribeiras dos diferentes portos do mundo português, trabalhando na fabricação e manutenção dos barcos, diferenciando-se assim dos outros carpinteiros da construção civil, de móveis ou de acabamentos artísticos. Quanto aos calafates, suas atividades já estavam ligadas à navegação, já que primordialmente a calafetagem consiste na ação de tornar o casco “impermeabilizado” inserindo estopas e breu após as madeiras do casco da embarcação. Ainda identificamos, em apenas um caso, a presença de um tanoeiro, cuja função está associada à

construção de toneis para armazenamento, mas que mesmo assim desconfiamos que estava trabalhando como carpinteiro. Em suma, trataremos aqui de carpinteiros de barcos e calafates.

Em 24 de abril de 1775 aportou em Pernambuco o Navio Netuno. A embarcação havia zarpado de Lisboa e estava à caminho de Goa na Índia. Tratava-se de uma grande embarcação e contava com dois carpinteiros e dois calafates listados hierarquicamente, o primeiro carpinteiro Antônio José de Souza, o segundo carpinteiro Sebastião Antônio, o primeiro calafate Manoel Antônio dos Santos e o segundo calafate Manoel da Silva. Além dos mencionados artesãos, a embarcação ainda contava em sua tripulação com o boticário Bernardo José e o

sangrador José Malafaia.16 No caso do Navio Netuno, por se tratar de uma grande embarcação

em uma viagem de grandes distâncias e maior duração, contava com mais trabalhadores especialistas que o normal. E podemos considerar isso conhecendo um ofício de 1799 emitido pela Junta Governativa da Capitania de Pernambuco para o secretário de estado da Marinha e Ultramar, Rodrigo de Sousa Coutinho em que respondia à ordem que havia recebido de reencaminhar para o reino os carpinteiros e calafates sobressalentes que chegaram nos navios àquela capitania. Segundo o documento, o comboio que partiu para Pernambuco contava com mais carpinteiros e calafates que o de costume, que seria um profissional de cada um dos dois

ofícios.17 Assim, o costume praticado nas viagens ultramarinas, principalmente para Brasil e

África, era de que cada embarcação partisse com um mestre carpinteiro e um mestre calafate embarcado.

Ao longo do presente texto, poderemos observar o quanto as atividades marítimas, particularmente as tarefas dos artesãos, eram regulados pelo costume, que significava a linguagem e uma série de normas que expressavam as práticas cotidianas desses trabalhadores ao longo de um longo período que, certamente, vai além da própria expressão marítima e liga- se à consolidação das corporações de ofício em Portugal. E um dos costumes era a presença de um calafate e um carpinteiro em cada viagem que viagem em uma condição diferenciada em relação aos outros marítimos que pertenciam ao mesmo estatuto social.

José Rodrigues Papagaio, de fato, foi um carpinteiro que trabalhou em diversos campos e nichos profissionais que a carpintaria lhe permitiu, e um deles foi o trabalho nos barcos. Papagaio teria trabalhado na travessia entre Lisboa e Pernambuco ao menos duas vezes, sendo a primeira quando partiu da capital do Império para Recife no fim da década de 1750 ou início de 1760 e mais uma vez retornando ao Reino no começo da década seguinte, de onde voltou para Pernambuco definitivamente no ano seguinte. Antes disso, entre 08 de agosto de 1761 e

16 AHU_ACL_CU_015, Cx. 119, D. 9098 17 AHU_ACL_CU_015, Cx. 211, D. 14328

20 de março de 1771 o carpinteiro José Rodrigues atuou na ribeira do Recife consertando os navios e servindo em um paquete da Coroa que levava frequentemente homens e suprimentos

para o presídio de Fernando de Noronha, recebendo para isso o soldo de 5$000 mensais.18

Em uma dessas viagens a Fernando de Noronha, o paquete levou o capitão de infantaria José de Araújo Aguiar para comandar o presídio sediado no arquipélago e por pouco a viagem não terminou em tragédia. Durante o trajeto, segundo relato do próprio capitão, o mastro do paquete arrebentou, mas o carpinteiro José Rodrigues conseguiu fazer o devido reparo no mar, concluindo o serviço quando chegou ao porto de Noronha. Papagaio recebendo o devido reconhecimento do capitão por esse e outros serviços. Importante dizer que o capitão escreveu

um atestado recomendando os serviços do carpinteiro.19

Em fevereiro de 1770 José Rodrigues Papagaio voltou à Lisboa viajando à serviço na condição de carpinteiro da corveta Nossa Senhora do Monte e São Vicente Ferrer em uma viagem, digamos, exótica. A corveta saiu de Angola com destino a Lisboa, fazendo escala em Pernambuco onde o mestre carpinteiro embarcou com a recomendação do então governador

Manoel da Cunha e Meneses (1769 — 1774)20, que já havia destinado outros serviços ao

artífice, considerando também o fato deste já exercer o trabalho na ribeira e no paquete real. A embarcação era capitaneada era capitaneada por Manuel Antônio Tavares e o tenente Albano de Caldas e antes de sua partida fora enviada uma série de cartas ao citado governador de Pernambuco informando a importância de sua carga. Tratava-se de pelo menos doze zebras, um viveiro com pássaros e outros animais que estavam sendo remetidos pelo governador de Angola D. Francisco Inocêncio de Souza Coutinho ao Rei.

Em Pernambuco os animais foram cuidados e a embarcação foi reparada, provavelmente com

a participação do mestre José Rodrigues, antes de zarpar.21

Na tripulação, o carpinteiro foi listado entre os oficiais da embarcação, e embora tivesse o menor soldo entre os que viajavam em sua condição, comparável apenas ao praticante do barco, ainda assim fora listado em uma categoria hierárquica superior aos demais marinheiros. Adiante veremos que os artífices ainda detinham o privilégio de possuir cabines próprias e transportar mercadorias em suas cabines, abrindo a possibilidade de comercializar. Abaixo podemos analisar o quadro no qual inserimos os sujeitos embarcados, suas funções e soldos a receber.

18 AHU_ACL_CU_15, Cx. 203, D.13833 19 Idem.

20 O período entre parêntese refere-se aos anos que governou a Capitania de Pernambuco. Adiante os outros governadores serão indicados do mesmo modo.

Quadro 1: tripulação da corveta Nossa Senhora do Monte e São Vicente Ferrer. registrada em 12 de fevereiro de 1770

FUNÇÃO NOME SOLDO

Oficiais

Capitão André Vieira de Mello 200$000

Capelão Padre Manoel Gueiros Coutinho 50$000

Piloto João do Reis 80$000

Sota piloto João dos Santos 40$000

Cirurgião Oliveira Pranquit Trabalhou pela passagem

Contra mestre José Ribeiro 65$000

Carpinteiro José Rodrigues Papagaio 30$000

Praticante Ignácio correia 30$000

Marinheiros

Despenseiro Amaro José Lisboa 35$000

Marinheiro Antônio Francisco Lima 30$000

Marinheiro José Rodrigues 30$000

Marinheiro João Henrique A merecer

Marinheiro Manoel Freitas A merecer

Marinheiro José Pinto Machado A merecer

Marinheiro José Coelho A merecer

Marinheiro Ricardo José A merecer

Marinheiro Leandro José A merecer

Marinheiro Pedro Antunes A merecer

Marinheiro Antônio José da Costa A merecer

Marinheiro Antônio A merecer

Marinheiro Gonçalo José A merecer

Marinheiro Antônio Ferreira A merecer

Marinheiro Manoel Gomes A merecer

Marinheiro José Gomes A merecer

Marinheiro Manoel Antônio A merecer

Marinheiro João de Oliveira A merecer

Marinheiro Manoel Figueira A merecer

Marinheiro José Figueira A merecer

Marinheiro José Gonçalves A merecer

Calafate O preto João Cristóvão da Silva A merecer

Calafate O preto forro João Francisco 30$000

FONTE: AHU_ACL_CU_015, Cx. 108, D. 8373

Analisando o quadro acima, e tomando como centro o carpinteiro José Rodrigues, podemos tecer algumas considerações; primeiramente, como já foi falado, o artífice foi listado e viajou como oficial, o que lhe conferia privilégios dentro da embarcação que acabava por reproduzir parte da hierarquia social. Todavia o artífice recebeu o menor soldo entre os oficiais, 30$000, e o mesmo que alguns marinheiros, que provavelmente são os mais experimentados e trabalhavam constantemente naquela embarcação. De qualquer forma, o carpinteiro ainda ganhava mais que a maioria dos marítimos, já que dezenove marinheiros receberiam de acordo com o seu desempenho e julgamento do encarregado desse grupo durante a viagem, daí a expressão “a merecer”. Certamente esse valor não chegaria aos 30$000.

Sob o aspecto financeiro, a viagem nos parece interessantíssima ao nosso carpinteiro. Se José Rodrigues Papagaio recebia da Coroa 5$000 mensais, a viagem com duração inferior a

dois meses lhe rendeu seis vezes mais. É claro que em terra José Rodrigues devia realizar outros serviços e angariar outros rendimentos, mas mesmo considerando esta possibilidade, a viagem ainda assim era lucrativa. E se considerarmos o trajeto de volta, que não temos informações, mas considerando os outros casos aqui analisados, recebeu no mínimo mesmo valor, o carpinteiro teria acumulado 60$000 o que corresponderia a um ano de trabalho. Adiante discutiremos um pouco mais os soldos recebidos por essa viagem, mas desde já, nos parece que o trabalho nessas viagens marítimas eram atrativas a muitos dos artesãos que atuavam nas ribeiras do mundo português.

O segundo aspecto refere-se à presença de dois calafates na embarcação. Ambos eram negros e provavelmente eram africanos que já estivessem na embarcação quando esta zarpou de Angola. Um deles, descrito como “o preto” João Cristóvão da Silva deveria ser escravo de ganho e havia sido engajado como artífice na corveta; acreditamos ainda que Cristóvão era aprendiz em seu ofício e que o seu senhor também estivesse no barco. A sua condição de aprendiz e escravizado também pode ser observada pelo fato de que, entre os três artífices embarcados, foi o único que não recebeu um soldo fixo, ficando “a merecer” como os outros marinheiros. O outro calafate era o “preto forro” João Francisco cuja a sua condição de livre e de oficial mecânico lhe colocou entre os doze homens que embarcaram com o valor do seu soldo fixado.

Todavia, apesar de artífices, os dois negros africanos, um forro e outro escravo, não foram listados como oficiais na tripulação, como aconteceu com o carpinteiro português e branco José Rodrigues Papagaio, ficando entre os marinheiros e sem direito aos privilégios de viajar na condição de oficial. Tal aspecto indica a presença de uma distinção racial, indo além das distinções profissionais. Podemos considerar também o fato de que em terra, particularmente nos centros urbanos do Brasil, os artífices negros, principalmente escravizados, também não gozavam da mesma qualidade que os outros artesãos brancos, como veremos adiante neste trabalho. Raramente negros escravizados ou alforriados, chegavam a condição de

mestre de ofício examinado.22 Por outro lado, o forro João Francisco teve no reconhecimento

de sua profissão de calafate, a justificativa para que se engajasse com a sua soldada estabelecida

22 Um mestre de oficio examinado era um artesão que havia concluído todo o seu processo de aprendizagem e realizava um exame junto ao juiz do seu ofício; uma vez aprovado era passado uma carta que deveria ser apresentada à câmara municipal para que lhe fosse passado um documento reconhecendo a sua condição profissional. Apenas os mestres poderiam abrir tendas ou lojas nos centros urbanos e dirigir uma obra. Devemos salientar que este esquema funcionava nos centros em que havia uma maior organização corporativa e a profissão estivesse consolidada. Essas práticas foram observadas em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e nas vilas mineira, por exemplo.

com antecedência e ainda, com o mesmo soldo que José Papagaio, o que pode ser também considerado uma ascensão através do trabalho.

Devido ao pequeno número de artesãos presentes nas embarcações, a presença de profissionais cativos não deveria ser grande. Nos processos do juizado da Índia e Mina e dos Feitos Findos, Conservatória da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba que tivemos acesso, a grande maioria dos trabalhadores especializados eram brancos e portugueses. Todavia, é preciso considerar a natureza da documentação trabalhada por nós, pois acreditamos que a análise das tripulações dos barcos que atuavam no Brasil certamente nos traria outros quadros. Mesmo assim, ainda foi possível encontrar uma história:

Em 1780 o “moleque preto” José, escravo do mestre carpinteiro Vicente José de Oliveira viajou junto ao seu senhor da Bahia para Lisboa a bordo do navio São Marcos. No ano seguinte os dois viajaram de Lisboa para Salvador e retornaram à capital do Reino. José era aprendiz de calafate e acompanhava o seu senhor, que se dedicava ao trabalho de carpintaria durante as viagens e nos portos. Temos aqui um projeto em que o senhor poderia engajar o seu escravo nas viagens marítimas junto consigo, na possibilidade de aumentar ainda mais os seus ganhos, atendendo a necessidade de um carpinteiro e um calafate por embarcação. Inserir os escravos nos ofícios mecânicos era, sob o olhar do senhor, uma forma de torna-lo ainda rentável, e sob o aspecto do sujeito escravizado, uma possibilidade de alcançar a liberdade através do trabalho, como discutiremos mais à frente. E embora essa afirmação simplifique uma série de complexidades da vida social, foi assim que operaram os senhores e escravos que têm sido analisados nos diversos estudos sobre a escravidão. E assim operaram muitos dos senhores artífices, engajando os seus escravos nos seus ofícios, ensinando-os, ou em ofícios diferentes do dele, expandindo assim a atuação de suas oficinas. Outras vezes, os mestres também eram contratados para ensinar seu ofício aos escravos de terceiros, o que não era este o caso.

Em 1783 o mestre carpinteiro Vicente José de Oliveira entrou com uma ação cível contra Antônio Godinho Neves, capitão do navio São Marcos. Segundo o mestre carpinteiro, o escravo José havia viajado de Lisboa para a Bahia e retornado, à serviço na embarcação e o seu soldo não fora pago. Segundo podemos analisar, José, aprendiz de calafate, não teria embarcado com um soldo afixado previamente, como acontecia normalmente com os artífices, mal tal como um marinheiro cujo pagamento seria acertado de acordo com o seu “merecimento” ao fim da viagem. Ao chegar ao porto de Lisboa, julgou-se que José deveria receber 19$000, o que não foi cumprido pelo capitão do navio, justificando assim a ação cível.

Em sua peça de defesa o capitão do navio São Marcos, Antônio Godinho Neves, confirmou que José havia atravessado o Atlântico ao menos três vezes, no circuito Salvador-

Lisboa, mas que ele apenas acompanhava o seu senhor, não servindo “nos ministérios”. Segundo Antônio Neves, o escravo José:

[...] nunca ferrou, nem largou pano algum, nem foi ao leme ajudar os mancebos, como iam os mais serventes, e moços, não só por vir no navio sem emprego algum, e só servindo ao acusador, seu senhor, sem ganhar soldada, como já tinha vindo da Bahia para esta corte, e indo dela para a dita cidade nos anos de 1780 e 1781; como por não ter corpo para serviço algum e só quando muito servir para varrer o convés do navio [...]23

Segundo as alegações do capitão do navio São Marcos, o escravo José – que aparentemente era bastante jovem – não viajara por soldada; acompanhara o seu senhor aprendendo o ofício de calafate e recebia apenas o sustento durante as viagens. Outras testemunhas fizeram a mesma alegação, entre elas Domingos Pereira Lisboa, piloto do navio, Antônio José Setuval, contramestre da embarcação e Damião André Ferreira e Antônio Gnçalves, ambos marinheiros. Mas apesar das alegações e das testemunhas, o juiz da Casa da Índia e Mina, Dr. Inácio de Carvalho da Silveira, condenou o réu a pagar a soldada do escravo

de 19$000 e ainda os custos do processo, 1$351.24

O que deve ter favorecido o mestre carpinteiro Vicente José de Oliveira no processo, deve ter sido o fato de que o seu escravo José estava listado entre os serventes que trabalhavam na embarcação. Segundo o capitão do navio, isso aconteceu porque:

[...] não é lícito trazer do Brasil escravos sem serem matriculados por marinheiros, ou serventes para poderem tornar a ir para o Brasil porque vindo sem essa circunstância, em chegando a alfândega desta cidade, ficam logo livres por virtude da lei novíssima que lhes confere a liberdade, e por isso para o acusador poder trazer e levar o dito moleque, é que usou da cautela, de que todos usam, de os matricularem, mas não por isso ganham soldada alguma. Porque os donos dos navios e capitães os deixam trazer, e sustentam meramente por favor.25

De fato, a escravidão no território do Reino havia sido abolida desde 1761, e a defesa

do capitão do navio São Marcos explicita as estratégias para o transporte de sujeitos escravizados, inclusive os que estavam sendo conduzidos pelos passageiros das embarcações. Na ocasião, foi a precaução tomada para que a posse do escravo José permanecesse sob o carpinteiro que trabalhava na embarcação e que antes das viagens vivia na Bahia. Embora, claro, não podemos desconsiderar o fato de que José estivesse – de fato – trabalhando no navio.

23 ANTT: PT/TT/JIM/JB/0012/00002 24 Idem.

O certo é que tais processo nos apresentam, mesmo de forma pontual, alguns aspectos da vida profissional, e como veremos adiante, também pessoal desses artífices de embarcação. E no que se refere a vida profissional, nos voltamos para duas questões específicas: o que impulsionava profissionais especializados a embarcarem em longas viagens marítimas, sob todos riscos dessas atividades e se havia algum regulamento ou etiquetas que norteavam o trabalho desses profissionais.

Sobre a primeira questão, sem dúvidas, nos escapam os desejos por aventura, conhecer outras regiões do mundo, ambições e etc, aspectos que apenas podemos imaginar sobre a vida dessas pessoas que encaravam viagem de anos ao Oriente, ou se habilitavam a viajar para África ou Brasil. Mas apontamos aqui dois aspectos, primeiramente nos referimos a existência de nichos profissionais especializados em atividades específicas de suas profissões, e em segundo lugar enfatizamos o aspecto econômico, ou seja, os benefícios financeiros do trabalho nos barcos.