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P ARQUE I NFANTIL E P OLIDESPORTIVO

2.2. E STRATÉGIAS DE I NTERVENÇÃO

2.2.2. E QUIPAMENTOS D ESPORTIVOS , DE R ECREIO E L AZER

2.2.1.1. P ARQUE I NFANTIL E P OLIDESPORTIVO

O Parque Infantil é um recinto vedado, equipado com uma série de estruturas com características didácticas apropriadas ao seu uso, onde as crianças podem desenvolver as suas capacidades motoras e imaginárias. Este espaço possui como elemento agregador e diferenciador o tema dos Dinossauros (pavimento, estruturas, bancos, etc.).

O pavimento é contínuo, composto por uma camada amortecedora de impactes – de fabricação in situ, à medida do espaço – com uma base em borracha reciclada de espessura variável e uma camada de acabamento em borracha virgem de 10 mm. A sua composição decorativa integra motivos alusivos à Capital dos Dinossauros. A solução construtiva adoptada incorpora drenagem e sistemas de compensação de expansão.

A vedação e o portão são em painéis de rede plastificada com elementos estruturais e acessórios em poliamida, ou plastificados. A vedação foi assente sobre muretes em alvenaria de blocos de betão rebocados e pintados.

O Polidesportivo é também um recinto vedado com características e equipamentos que permitem a prática de diversas modalidades (basquete, andebol, voleibol, futebol de salão, ténis, etc.), dimensionado para o uso por camadas etárias mais jovens. Constitui um espaço privilegiado de aprendizagem, desenvolvimento motor e de socialização.

O piso é um pavimento sintético à base de resina estirol-acrílica aplicado sobre aglomerado betuminoso, cujas características se adequam à prática de diversas modalidades. Este tipo de pavimento, para além das normais operações de limpeza, não necessita de manutenção.

A vedação – com cerca de quatro metros de altura – e o portão – à semelhança do

parque infantil (ainda que de configuração e cor diversa) – são em painéis de rede plastificada com elementos estruturais e acessórios em poliamida, ou plastificados. A vedação foi, igualmente, assente sobre muretes em alvenaria de blocos de betão rebocados e pintados.

O Parque Infantil apresenta uma forma rectangular e constitui, juntamente com o

Polidesportivo, a frente Sul do Parque da Várzea. Orientado segundo o lado maior na direcção NE- SW é contíguo, na direcção perpendicular e para SE, ao Polidesportivo. As duas infra-estruturas formam um „L‟. Na zona vazia desse „L‟ encontra-se uma zona ajardinada e o acesso ao recinto do

Polidesportivo. Essa zona ajardinada desenvolve-se longitudinalmente e em paralelo ao passeio, que lhe é contíguo, e que ladeia a Av. Maestro Manuel Maria Baltazar (limite sul do Parque da Várzea).

Estes dois equipamentos e a referida zona ajardinada configuram uma espécie de quarteirão – salvaguardada que esteja a escala – com uma forma perfeitamente rectangular. Esta última desenvolve-se paralela à via pública e encontra-se enquadrada por percursos pedonais. O acesso ao parque infantil processa- se no caminho pedonal no sentido NE-SW. O acesso principal ao Equipamento de Restauração e Bebidas encontra-se nesse mesmo percurso pedonal.

Do lado oposto, materializa-se o acesso, mais frequentemente, utilizado ao Pavilhão do Hóquei. Este acesso desenrola-se através do bar do mesmo e, por questões de segurança, é o que se encontra sempre aberto.

É vontade expressa dos promotores da presente intervenção, em parte objecto desta dissertação de mestrado, não proceder de momento a qualquer alteração nestes espaços. Porém, tal não significa que estes não apresentem problemas e que não despertem discutíveis opções de fundo. A questão é se a dimensão desses problemas e os custos inerentes à implementação de eventuais soluções construtivas, justificam as intervenções necessárias.

Assim, e em relação à falta de espaço na envolvente destes equipamentos que lhes permitiriam respirar e autonomizar em termos de uso, a solução revela-se difícil. Atendendo à sua posição relativa não é possível inventar área extra na sua envolvente próxima, pelo menos sem custos elevados e, quiçá, injustificáveis.

Não obstante, alguma coisa deverá ser feita, nomeadamente em relação à iluminação artificial. Neste aspecto, embora se argumente que a luminosidade proporcionada pelo sistema de

iluminação pública existente seja suficiente, a vivência e uso efectivo daqueles espaços provam o contrário. Ainda que a intensidade luminosa não seja um factor fundamental para o Parque Infantil, já para o Polidesportivo esta característica é importante. O factor comum será a uniformidade luminosa, essa sim, uma propriedade fundamental para ambos os equipamentos.

Em relação à protecção aos ventos, nomeadamente aos predominantes e mais incomodativos – oriundos do quadrante NNW –, a opção passa por prolongar a cortina de abrigo que se desenvolve na linha tangente à cota superior do talude na envolvente do Lago – a Poente deste (ver Zonas Verdes e Percursos Pedonais).

Este prolongamento, ultrapassado o limite Sul do talude, sofrerá uma inflexão para SW e seguirá o alinhamento do passeio de acesso ao Parque Infantil (junto ao perfil do passeio oposto a este). O objectivo será de canalizar a massa de ar, protegendo os equipamentos a SE desta nova cortina de abrigo.

Para obviar a inexistência de qualquer protecção solar aos utentes destes dois equipamentos, a solução encontrada foi a de, por um lado introduzir uma frente de árvores de grande porte e folha caduca paralela às vedações a Sul, na alameda relvada junto ao

Polidesportivo, que irá proporcionar sombra, também, ao Parque Infantil. Por outro lado, substituir algumas das árvores de pequeno porte, nas caldeiras existentes ao longo do passeio marginal à Av. Maestro Manuel Maria Baltazar (principalmente na zona mais poente desta frente vegetal), por outras de grande porte e folha caduca.

Em relação à iluminação artificial, atendendo a que os dois equipamentos se encontram na continuação um do outro, apesar de ambos manifestarem exigências muito diversas, a solução passará por reacondicionar as fontes de luz das colunas de iluminação do sistema de iluminação do próprio parque, adequando o binómio intensidade/uniformidade, sem esquecer a influência do sistema de iluminação pública da Av. Maestro Manuel Maria Baltazar.

No que diz respeito ao sistema de iluminação do Polidesportivo deverá ser devidamente

adequado às necessidades específicas deste tipo de equipamento. A implantação, orientação e características do tipo de iluminação artificial seleccionado para o Polidesportivo deverão ter em consideração tanto os utentes do parque, como os residentes nas edificações confinantes. Para tal efeito serão empregues projectores devidamente adequados ao uso em causa.