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3.1 EEBA: presença de uma aura de respeito

3.1.8 As atividades extra-classe

A imagem era aquela referência de formação, de um local aonde você ia com satisfação pra buscar um aprendizado, dar uma referência de um futuro melhor,

dar uma formação para um futuro melhor. Integrava a parte da satisfação com a escola pelo lado da boa formação que a escola dava e ela trazia também outros atrativos: você tinha uma estrutura legal pra fazer educação física, tinha vários eventos, bandas marciais... a escola era um atrativo! [...] A escola era atraente. (Entrevista - Colaborador 8)

“A escola era um atrativo”. Esporte, lazer, entretenimento, momentos de sair da sala de aula, de sair daquele esquema fechado, indubitavelmente chamavam a atenção dos alunos. As atividades extra-classe atraiam os alunos. A escola participava de eventos que envolviam a união dos estudantes fora do universo da sala de aula, como por exemplo, os campeonatos esportivos e as apresentações cívicas.

Talvez, somente hoje, ao olharem para essas atividades é que os alunos as consideram como um atrativo, pois faziam parte da rotina escolar, mas, sem sombra de dúvidas podemos dizer que essas atividades faziam parte da identidade da instituição e se colocavam como um dos meios pelos quais os alunos podiam ornamentar o status que estudar nessa instituição lhes proporcionava ao apresentarem-se para a sociedade quer seja por meio do esporte, quer seja por meio das apresentações cívicas.

[...] Antigamente as atividades que a escola tinha mantinham você muito mais ligado na escola, então tinha jogos, cada escola tinha o seu campeonato de voleibol, de basquetebol, de futebol, tínhamos gincanas, e então elas eram muito mais introduzidas dentro do meio estudantil. (Entrevista - Colaborador 7)

As reminiscências dos alunos trouxeram a forte presença do esporte na escola. As aulas de educação física, a prática do vôlei e do basquete, os professores, a participação em eventos como os Jogos da Primavera marcaram presença em suas memórias:

O esporte era um atrativo na escola?

Ah era ali que encontrávamos todos os nossos amigos, era legal! Olha foi um tempo muito bom e passou muito rápido.

As aulas eram fora do período.

Eram. Treinávamos no período oposto às aulas e a noite. (Entrevista - Colaborador 5)

A disciplina Educação Física era ministrada em todas as séries do 2º Grau e, com uma carga horária total de 327 horas. No prontuário dos alunos não há presença de notas para essa disciplina o que no leva a entender, que, apesar de ser obrigatória, essa não tinha um caráter

avaliativo. Ao verificarmos os prontuários dos alunos do 3º F podemos perceber que uma pequena parcela de alunos apresentava atestado médico para não participar das aulas.

Na minha época [...] Educação Física era obrigatório, você reprovava não por nota, mas se você não fazia Educação Física a não ser se você tinha atestado médico, mas comprovado, eu vejo, que nem minhas filhas, eu conseguia atestado médico direto, elas não fizeram Educação Física, na nossa época não, a gente fazia, eu fazia, eu jogava no time de basquete do EEBA, joguei muitos anos, a gente representava o EEBA, ia jogar com outras escolas e lá quando nós começamos era assim: seis meses você fazia vôlei, seis meses você fazia basquete. Tinha que ir uniformizado na aula, eu não sei se você também já não conversou com o pessoal, nós tínhamos, era horrível o uniforme naquela época, mas tinha que ir. As meninas tinham um shortinho e era com perninha, vermelho e a sainha era vermelho e branco pregueada e camiseta branca de manga, tênis e meia. Bom, a saia era pregueada vermelha de um lado e do outro lado era branca só pra professora poder montar time, então se você participava do time vermelho, por exemplo de basquete, seis jogadores, não, cinco jogadores, ai então as cinco ficavam com a sainha do lado branco e o outro time virava a sainha do lado vermelho. E tinha que ir à aula de Educação Física se não você reprovava mesmo. Fazia até prova! A Dona Eulália, que era excelente, adorava ela, professora de Educação Física e também não sei se ela ainda tá viva ou não, e.... nossa a gente respeitava, a gente morria de medo da Dona Eulália. [...] (Entrevista - Colaborador 9)

As aulas de Educação Física, conforme relatadas pelos alunos eram ministradas no período oposto ao das aulas:

[...] Nós fazíamos Educação Física em horário fora do período escolar (eu acho fantástico isso porque eu acho uma judiação colocar a criança pra fazer Educação Física e depois ir pra sala de aula), mas a gente fazia aula a tarde com a Dona Eulália, fazíamos muito basquete, jogávamos muito basquete.

Os meninos e as meninas faziam juntos?

Não. Era separado. As meninas num horário e os meninos num outro horário, acho que com o professor Volmes, se não me engano, aí eles faziam basquete e vôlei, mas o forte da Dona Eulália, que ela dava no aquecimento da quadra pra gente e nós usamos sunga, aquela sunga azul, então tinha umas e outras que gostavam de se aparecer, era oportunidade de colocar uma sunguinha, e ela falava "olha essas almôndegas pra fora do prato" pra gente arrumar que tinha uma parte do bumbum que tava pra fora. Isso era muito bacana, a parte de Educação Física. (Entrevista - Colaborador 6)

Olha eu me lembro que você tinha aquele período que você ia pra sala de aula, depois você tinha período em que você tinha Educação Física, contrário, duas vezes por semana. Tinham os dias que a gente voltava pra escola pra encontrar os amigos porque a gente tinha reservado a quadra, era assim, bem intenso... a vivência com a escola. (Entrevista - Colaborador 8)

Dois eram os esportes praticados nas aulas de Educação Física:

[...] naquela época não tinha futebol, você jogava basquete, vôlei, mas pra quem gosta de esporte faz parte. (Entrevista - Colaborador 1)

A dedicação dos professores também foi lembrada pelos alunos:

Você falou que gostava de esportes. O que o esporte significava pro aluno? Ah, era prazer.

E você participava?

De atletismo, de competições inter-classes. Os professores de Educação Física eram muito dedicados. O Seu Volmes, o Seu Horácio, a Dona Darcy, tinha uma equipe e eram “os professores”. Eles promoviam, estimulavam. Tem a Dona Eulália e se não me engano a quadra coberta de esportes do ginásio leva o nome dela. Colocaram entre aspas "Eulalião". A Dona Eulália era também muito dedicada nessa área.

Isso foi no 2º Grau?

Desde o 1º Grau. (Entrevista - Colaborador 8)

Eventos cívicos e esportivos eram uma marca desse período e de tempos anteriores. Podemos reconhecer a presença do esporte dentro dessa instituição de ensino por meio dos artefatos esportivos conquistados por essa escola e que ganham destaque em sua exposição no prédio escolar. Expostos no corredor de entrada da escola, na sala de direção e na sala de educação física saltam vistas por sua grande quantidade. Ao todo, a escola possui 109 artefatos, conquistados por meio do esporte, da Banda Marcial e do Canto Orfeônico52.

A título de exemplo a foto abaixo expõe uma das conquistas da escola neste tipo de evento:

52 Esses artefatos fazem parte do Acervo da Cultura Material Escolar, organizado pelos pesquisadores do “Projeto

EEBA: história e memória do ensino secundário em Araraquara”. Sob a forma digital, o acervo foi construído com o intuito de erigir um inventário analítico do acervo armazenado em uma base de dados para uso da comunidade escolar e dos pesquisadores, tudo isso levando em consideração os problemas decorrentes das restrições de manuseio freqüente dos objetos e para agilizar a identificação de dados. Para mais informações consultar: Souza e Fiscarelli, 2007.

Figura 05 – Troféu Jogos da Primavera (1976)

Fonte: Acervo da Cultura Material Escolar da Escola Estadual Bento de Abreu de Araraquara

A significativa participação da escola em eventos esportivos em nível Municipal, Estadual e Nacional, nos demonstra a relevância e importância da prática esportiva dentro do âmbito escolar. A exposição dessas conquistas nos corredores escolares, decisivamente nos denota que tais aquisições representavam glórias para essa instituição escolar e fazem parte constituinte de sua história:

Nas instituições escolares, os troféus constituem indícios significativos de práticas relacionadas à educação física, especialmente os certames e as competições esportivas. Além dessas práticas, são indicadores de outras atividades de natureza cívico e socioculturais. Eles põem em cena habitus estudantis e os vínculos entre a escola e a sociedade. (SOUZA; FISCARELI, 2007, p. 104)

Ainda, segundo as autoras:

Nesses certames de grande projeção social, a Escola Estadual Bento de Abreu reafirmava a sua excelência enquanto instituição de ensino. Os troféus auferidos pela escola nos Jogos da Primavera, Jogos de Inverno, Jogos Colegiais de Araraquara (JOCOARA), entre outros certames esportivos, revelam a

importância do esporte nas práticas educativas e na convivência estudantil. (SOUZA; FISCARELI, 2007, p. 104-105)

Nesse mesmo sentido:

Considerada uma “boa escola pública”, a excelência escolar era garantida dentro e fora das salas de aula. As conquistas nos jogos esportivos ratificavam o bom desempenho dos alunos, mais um traço de pertencimento e de identidade estudantil e institucional. O mesmo se passava nos demais concursos e competições. (SOUZA; FISCARELI, 2007, p. 105)

A participação nesses eventos esportivos esteve presente na memória dos alunos. Não somente participar das equipes de competidores, mas também torcer pela escola fazia parte da cultura estudantil:

[...] A escola tinha time de vôlei, tinha um pessoal que jogava nos Jogos da Primavera e a gente ia assistir, mas não tinha na época o futebol, então eu não participava, mas eu ia assistir. E até mesmo porque essa parte dos jogos a gente gostava muito. [...] (Entrevista - Colaborador 1)

Eu nunca fui boa de vôlei, essas coisas. Eu participava assim, nas aulas, mas tinha um time lá que o pessoal jogava muito, mas eu nunca fui muito boa nisso. Quando tinha os jogos a gente ia torcer. (Entrevista - Colaborador 2)

Você participava do time da escola? Participava, sempre participei. Era legal competir?

Nossa, muito. Eu gostava assim de paixão mesmo. E tinha bastante competição?

Tinha. Até acho que teve Jogos Panamericanos aqui no EEBA que o EEBA foi representando a Ucrânia, carregando a bandeira da Ucrânia na frente, a roupa era toda de cetim preto, bem ucraniano mesmo, eu fui representando homem porque naquela época não tinha muito homem pra representar, um chapéu alto preto, uma calça meio bombacha com um cinto laranja e uma bota preta. Eu me lembro que era cômico. (Entrevista - Colaborador 6)

Podemos dizer que participação dos alunos da EEBA nos diversos eventos esportivos reforçava a idéia de pertencimento bem como a identidade estudantil e educacional. O desempenho dos alunos poderia não apenas defender, mas reforçar a aura de respeito dessa instituição. Podemos pensar que, a idéia que reforçava essas práticas esportivas estava intrinsecamente ligada à defesa do nome da instituição a fim de mantê-la presente, nas

representações sociais, como uma “boa escola pública” cercada de sucesso e excelência tanto dentro como fora das salas de aula.

Não somente os eventos esportivos estavam presentes na identidade da instituição. Outro atrativo da escola, lembrado pelos alunos foi a Banda Marcial. Sem sombra de dúvidas, essa organização, ao lado do esporte, contribuiu para elevar o nome da Instituição, servindo de meio para a divulgação da escola e para o alcance do prestígio na comunidade.

Quando discutimos acerca das reminiscências que indicavam certa rivalidade entre a EEBA e a Escola “Francisco Monteiro da Silva” vimos que os alunos ficavam empolgados com essas situações, pois os desfiles das bandas das escolas era um momento onde os alunos podiam competir entre si, de modo a mostrar qual banda se apresentaria com maior maestria, e isso, por conseqüência, traria maiores prestígios à escola.

Você se lembra se na época em que você estudava lá tinha banda marcial, fanfarra?

Tinha, tinha uma banda marcial muito boa, muito famosa. Ela ia até fazer apresentação em escolas. O EEBA era, alias ela era a melhor, até brigava com a Banda do Chicão da Vila, mas não tem comparação, a banda do EEBA....eles não conseguiam, eles nunca conseguiram. (Entrevista - Colaborador 1)

Tais considerações nos remetem à grande importância dada às práticas educativas que enalteciam a escola e a dotavam de sentimento cívico, indispensável ao momento histórico, além da grande ênfase dada à formação esportiva e patriótica que se colocava como intrinsecamente necessária para o desenvolvimento da Pátria.

Segundo Souza e Fiscarelli (2007), as fanfarras de bandas estudantis conseguiram grande difusão no Estado de São Paulo e no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Especificamente no Estado de São Paulo, os campeonatos de fanfarras e bandas promovidos pela Rádio Record tiveram um papel fundamental no incentivo a esse tipo de formação musical nas escolas.

A participação da Banda Marcial da EEBA em eventos esportivos também está relatada no Acervo da Cultura Material dessa instituição. A Figura 06 destaca um troféu, conquistado pela escola em 1976, quando da participação de um concurso de bandas marciais e fanfarras de Araraquara.

Figura 06 – Troféu Concurso Municipal de Bandas Marciais e Fanfarras de Araraquara (1976)

Fonte: Acervo da Cultura Material Escolar da Escola Estadual Bento de Abreu de Araraquara

A memória de um de nossos colaboradores, que estudou na escola desde a 5ª série atesta a presença dessa organização, bem como a participação desta em comemorações cívicas e demais eventos:

Você se lembra do cotidiano da escola, por exemplo, as atividades que vocês faziam, se havia Banda Marcial no seu 2º Grau, se ainda havia Fanfarra? Sim, eu fazia parte da Fanfarra.

E no 2º Grau ainda tinha? Sim, a Fanfarra era extraordinária. E como era participar da fanfarra?

Ah, eu adorava! Eu desfilava na primeira fila, com bota branca, saia azul e cacharrel branca e batom vermelho nos lábios.

Você tocava algum instrumento?

Não, eu não tocava nada. Eu só desfilava. Nas comemorações cívicas hasteei muita bandeira e recitei várias vezes. Era muito legal. (Entrevista - Colaborador 5)

[...] Eu tocava na fanfarra, a gente tinha ... três fanfarras, era legal porque você era assim, a sua mente era muito mais aberta pra um monte de coisas, então, a

formação como hoje, como chefe de família, como homem, é muito diferente da que se vê hoje. [...]. (Entrevista - Colaborador 7)

Campeonatos esportivos, apresentações das bandas e fanfarras nos desfiles cívicos, talvez esse pudesse ser o momento (pelo menos para os alunos) de exibirem-se para a sociedade sob o status que estudar nessa instituição lhes garantia. Para a instituição, mais do que exibir-se, a sua participação nesses eventos indiscutivelmente lhes garantia a conservação do seu nome nas representações sociais; exibir-se com excelência reforçaria a sua imagem de boa escola pública seja dentro ou fora da sala de aula. Quer seja para os alunos ou para a própria instituição, o que parece estar em jogo, no campo das representações, é a manutenção da aura de respeito que sustenta o nome da Escola Estadual Bento de Abreu.

Outro espaço de vivência e lazer dos alunos, por eles memorado, refere-se ao Centro Cívico Escolar “Bento de Abreu”. O grêmio de estudantes teve um papel importante no fortalecimento dos vínculos de identidade dos alunos. À essa organização cabia a realização de eventos sociais, esportivos e culturais.

Segundo Souza (2008) o cultivo dos valores cívico-patrióticos foi reforçado nas escolas nos anos 1970 em harmonia com a ideologia do regime militar. Nesse sentido, o Centro Cívico Escolar (criação do governo federal pelo Decreto n. 68.065/71) compreendia uma associação de alunos voltada exclusivamente para a promoção de atividades cívicas e culturais.

As reminiscências dos alunos associam Centro Cívico à atividades de lazer:

O que você fazia lá?

Ah, bater papo, às vezes tinha jogo de pingue-pongue e... era só isso. (Entrevista - Colaborador 1)

Ah, o Diretório para nós que não queríamos no envolver com o Diretório, com a atuação no DA, era entretenimento. Era ir lá para jogar baralho, jogar pingue- pongue, ouvir música. Era num local separado, inclusive um tipo de subsolo e tinha várias salas. Era bem legal. (Entrevista - Colaborador 8)

Tinha o Grêmio, eu lembro bem que tinha uma mesa de pingue-pongue, eu lembro sim disso daí. E eu nunca fui de esporte também sabe, então eu lembro dali porque a gente encontrava os amigos, mas eu nunca fui de participar. Até da Educação Física eu pulava fora! (Entrevista - Colaborador 3)

Além de um local reservado para o lazer, o Centro Cívico também foi lembrado pelos alunos por uma carteirinha que este oferecia e que lhes garantia o pagamento de metade da entrada nos cinemas:

Olha, sinceramente eu não lembro de fazerem nada pelos estudantes. Lembro de uma mesa de pingue-pongue. Eu lembro que tínhamos a carteirinha para ir ao cinema, pois todos na época gostavam muito disso. (Entrevista - Colaborador 5)

O Diretório? O Diretório servia pra cobrir janela de aula, quando faltava algum professor ou alguma coisa a molecada descia lá, na hora do intervalo a moçada descia lá e... era música, era pingue-pongue, o Diretório lá (você conhece a escola né, fazem trinta anos que eu não vou lá) o Diretório era um porão embaixo de uma sala de aula e o pessoal ia lá pra isso, pra jogar pingue-pongue, pra jogar baralho, jogar dama.

Vocês do Diretório tinham algum envolvimento com a escola?

Não, nós éramos alunos e na medida do possível, fora do horário de escola, ou numa emergência você saia durante a aula pra atender o Diretório, você trabalhava interligado, você ia a tarde pra ver alguma coisa o cara que estudava a tarde vinha de manhã pra ver alguma coisa, o outro ia a noite pra atender o pessoal da noite.

Cuidava só da parte de recreação, de lazer?

Não, não era só recreação não, tinha a carteirinha de cinema, que tinha na época, e o Diretório que emitia a carteirinha de cinema... promovia ali campeonatos internos, sabe, esse tipo de coisa, mas era mais a parte de lazer mesmo. (Entrevista - Colaborador 4)

Ah... era um pessoal bacana, inclusive no terceiro ano alguns da nossa classe e alguns de outras classes, inclusive eu participei da nossa classe, nós montamos uma chapa e nós ganhamos a eleição no... na época era... Diretório Acadêmico era na faculdade... era Centro Cívico? também eu já não lembro... mas era um tipo de um DA, você fazia carteirinha de cinema, tinha duas mesas de pingue- pongue, naquela época era bacana, não era o que hoje é a escola. (Entrevista - Colaborador 4)

Eu acho que no final tinha sim porque eu tinha até uma carteirinha, do grêmio... tinha sim, mas eu não me lembro muito, assim, eu não me lembro, tinha, tinha, porque teve uma época também que teve jornalzinho mas assim eram fofoquinhas só internas, fulano com cicrano, sabe aquelas, é, namoradinhos, essas coisinhas aí, então tinha e o grêmio que fazia esse jornalzinho. (Entrevista - Colaborador 9)