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AS EGRÉGORAS DAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS E CABALÍSTICAS

SISTEMA SEFIRÓTICO

2. AS EGRÉGORAS DAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS E CABALÍSTICAS

Esta é uma análise das estruturas das diversas Egrégoras surgidas ao longo da história como exemplo das Tradições que podemos seguir. A análise segue-se baseada em uma estrutura cabalística, onde percebemos o sentido da força da Egrégora atuando em todos os planos. Ela vai desde um ponto acima do elemento “Yod”, que reflete na força que originou o processo de formação (geralmente ligado a uma personalidade encarnada), até o 5º elemento do ciclo “Yod-Hé-Shin-Vau-Hé”, o 2º Hé, que se trata da política a um nível social. Essa estrutura é baseada nos elementos da Família da Egrégora:

Yod (Macroprozopos - Essência – Fonte): É o motivo da criação da Egrégora. Deverá ser

um motivo invariável e completamente desprovido de interesses egoístas. Representa a essência metafísica da filosofia unitária, construída a partir da idéia do conjunto dos elementos formados ou das partes que a constitui.

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1º Hé (Pai - Alma): É a ambientação onde ocorre um processo histórico; são os costumes,

os meios, a situação, a cultura, favorecendo sua existência e seu desenvolvimento.

Shin (Mãe - Mente): É a reserva ou depósito dos conhecimentos dos fatos que formam os

símbolos astrais (clichês), elementos atraentes responsáveis pela aquisição e permanência dos prosélitos (pessoas que abraçam a causa sem ser a sua própria) na Egrégora; estes clichês têm também a função de projetar nos prosélitos a contrariedade pelas heresias e cismas.

Vau (Filho ou Microprozopos - Instinto): É o corpo de discípulos ou seguidores agrupados

em torno do mestre. É a própria forma pessoal de seguir ou ser conduzido pela corrente egregórica.

2º Hé (Noiva ou Esposa do Filho - Self – Ego): É a sociedade real e existente de

seguidores, sua política e governo. É a idéia geral de como que influencia as pessoas que fazem parte da egrégora, direta ou indiretamente.

Krishna - Hinduísmo (Índia - 3150 a.C.):

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): A Unidade passa ter um conceito metafísico no Ternário sob a forma de um triângulo descendente (aspecto criativo), análogo a um triângulo ascendente (aspecto evolutivo).

1º Hé (Ambientação Histórica): O povo indiano estava cansado do culto sinistro e altamente emocional à deusa Kali; buscavam uma regeneração moral suplicando por ideais.

Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Era garantida a este povo a certeza da permanência evolutiva no grau humano (não retornavam a encarnar como animais) e, também, o consolo que, até bem pouco tempo, era tão caro a todos os indianos – “A matéria é uma ilusão; os sofrimentos e os desastres no mundo físico são ilusórios e temporários; os prazeres são ainda menos reais, como uma miragem; busquem a realidade no mundo espiritual”.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): Todo o culto leva a adoração de Krishna, à perpetuação de sua memória e a mais devotada gratidão a ele.

2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): É a política de centralização, uma hierarquia forte e o sistema de castas. Os conflitos entre as castas criaram os maus costumes, nos quais cansaram toda uma nação. Isso levou à reação na forma do surgimento do Budismo.

Hermes Trismegisto, Toth, Henoch – Hermetismo (Egito - 3000 a.C.): Sistema magnífico

de três planos, sintético e metafísico, criado pelos adeptos egípcios nos Templos Iniciáticos de Mênfis e de Tebas. A Egrégora desse Sistema Hermético compreende a existência dos ensinamentos do Tarô.

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): O sistema hermético é uma religião, cuja egrégora foi capaz de estender sua influência e poder no plano físico por cerca de 3000 anos sem interrupção.

1º Hé (Ambientação Histórica): A nação na qual se manifestou esta Egrégora era composta de escravos que habitavam o vale do Nilo. Seu dever principal era cuidar das plantações das quais dependia toda a vida da nação. Uma total constituição de crentes obrigou os sacerdotes a apoiarem a autoridade da religião mostrando poderes de realização, chamados de “milagres” pelos leigos. Isso também era considerado com evidência de sua aliança com os deuses, mas para o segmento mais iluminado da sociedade do Egito antigo, que acreditava em conceitos mentais mais refinados, era

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apenas evidência de conhecimentos profundos das leis da Natureza e a capacidade de aplicá-los inteligentemente. Nos dois casos, a obediência aos sacerdotes era necessária e a crença na Egrégora (divindade) tinha bases sólidas. Os sacerdotes eram os únicos capazes de regular a economia do país. Sendo assim, a ciência era serva da religião. Os engenheiros e mercadores eram apenas executores dos planos desenvolvidos nos templos. Os milagres dos sacerdotes podem ser classificados em duas categorias: 1º - A demonstração de coisas baseadas em um certo conhecimento de física, química, magia pessoal e cerimonial, e psicurgia; 2º - A manipulação da eletricidade atmosférica, da simples exibição de certos efeitos isolados à direção dessa força sobre uma área e distância bastante consideráveis. Sabemos que os grandes Iniciados daquela época estavam muito a nossa frente no uso pessoal da eletricidade estática; criavam fenômenos com base na eletricidade por meio do uso de poderes psíquicos, vontade humana ou do prâna (energia vital). Por meio desse conhecimento, os Iniciados podiam interferir ativamente nos fenômenos meteorológicos, provocando chuvas e tempestades, quando necessário, e afetando dessa maneira a quantidade de água do Nilo, um elemento vital, porque, simplesmente, controlava as colheitas.

Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Este elemento incluía- se, fortemente, entre os milagres mencionados anteriormente.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): O próprio culto mudava gradualmente em alguns períodos e regiões. Mas, em termos gerais, sempre consistiu em demonstrar aos leigos alguns fragmentos dos Ensinamentos, escondendo cuidadosamente, ao mesmo tempo, a sua totalidade. Não apenas os leigos, mas até mesmo os Iniciados de diferentes graus sofriam limitações da doutrina e eram fortemente atados aos subplanos em sua interpretação desses conhecimentos. Hoje em dia chama-se esse sistema de ensino de sistema teocrático e absoluto. Mas funcionou durante milhares de anos. Na distante época pré-histórica da vida egípcia, a fórmula do Deus Único era expressar com mais clareza do que nos períodos subseqüentes. Havia o culto unitário do deus “Ptah” e a memória do rei mítico “Menes”. Mais tarde, esse deus foi transformado em “Osíris-Hammon”. Nesse período o centro iniciático era em Mênfis. A fundação dos “Mistérios de Ísis” (2703 a.C.) marca a época da transferência do centro religioso para Tebas. Sendo assim, surge Ísis no lugar de “Osíris”. Esse fato mostra-nos o medo dos sacerdotes ante a invasão dos cultos vizinhos, e em particular, do culto grosseiramente sensual de “Ashtoreth”. Assim, o culto de Ísis, popularmente semelhante aos outros cultos femininos, devia preservar a nação da expansão indesejada de práticas estrangeiras do mesmo caráter. Por outro lado, a parte mitológica do culto de Ísis simbolizava sutil e cuidadosamente o Ternário do Unitarismo na forma do triângulo descendente. O gênio do mal, Typhon (Set), mata Osíris, corta seu corpo em 12 partes e lança-os aos quatro cantos do mundo. Isso simboliza o nascimento do Duodenário a partir do Quaternário (por causa dos nosso pecados e do nosso mergulho na matéria, o Sol não pode mais aceitar-nos em seu meio de maneira paternal; pode somente derramar sobre nós seus fluidos vitais, a distância, através dos 12 signos do zodíaco). A fiel Ísis dá o melhor de si para juntar os restos de seu marido, de maneira a restaurar sua unidade; mas ela só tem sucesso na criação do clichê astral dessa unidade, o que significa: um plano de Reintegração possível com o Centro do Sol. Realizar esse plano físico não era sua tarefa, mas de seu filho, “Horus”, que, naturalmente, é o elemento “Vau” do casamento de Ísis com Osíris. É assim que Horus, secando as lágrimas de sua mãe, lhe diz: “O pai Osíris é o Sol dos mortos, mas eu sou o novo Sol nascente dos seres vivos”. A explicação hermética para esse fato é a seguinte: o influxo superior (Osíris), atingindo o “Protoplasma perfeito” sem quaisquer obstáculos, foi transformado, no momento da queda deste último, nos interesses

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ilusórios e maus do plano material (o nº 12). Então a Intuição (Ísis) incita-nos a juntar novamente os pedaços de Osíris, lançados e dispersos pelos quatro cantos do mundo. Temos que procurá-los a partir das quatro Virtudes herméticas (ousar, silenciar, saber e querer); mas conseguiremos juntá-los apenas astralmente. Para introduzir evolução real nessa Terra, temos de encarnar os restos que juntamos em Horus, que efetivamente, conduzirá a humanidade ao longo do caminho da Reintegração. Ísis não era exposta de uma forma tão clara assim. Havia diante dela um véu impenetrável para o leigo, escondendo seu significado evolutivo das pessoas más. Ísis-Lua, em um primeiro momento aparecia como uma mãe comum, uma deidade sublunar grosseiramente materialista. Somente os que haviam passado por várias experiências ocultas podiam desfrutar das influências benéficas dos Mistérios de Ísis. Esta Egrégora foi a única que se salvou e continua até hoje como o Tarô, o Livro de Toth ou Henoch. 2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Esta Egrégora significa a política da

religião que, neste caso, era a criação de um governo teocrático forte. Subseqüentemente, isso levou os sacerdotes à exploração do povo em benefício de um pequeno círculo de Iniciados. A disciplina que garantia a permanência de tal autoridade era tão categórica e impiedosa em suas regras que mesmo nas profundezas dos templos egípcios houve motins, não somente de neófitos, mas também de Iniciados dos graus médios. Os de natureza mais obstinada tornaram-se mártires de seu próprio liberalismo. Os de mentalidade mais flexível aceitavam as regras e tornavam-se humildes em face do poder superior. Mais tarde, na velhice, vestindo os graus superiores da Iniciação, apoiavam a regra teocrática com toda a convicção e amaldiçoavam seus inimigos. Os lados fracos desta Egrégora que a levou à morte foram: 1º - Havia uma certa dualidade no governo dos templos. O sacerdote principal era também administrador, enquanto o Grande Hierofante possuía os Poderes Místicos. Por meio de um equilíbrio habilidoso, esses dois pólos garantiam a estabilidade; mas se um deles começasse a sobrepujar o outro, toda a máquina cessava de funcionar completamente, trazendo como resultado muitos conflitos. 2º - A ausência de auto- sacrifício entre os membros da fraternidade iniciática, junto com uma tendência a explorar os leigos, a submissão aos poderes de realização e a promessa de favores mundanos.

Zoroastro – O Zoroastrismo (Irã - 2450 a.C.):

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): Era o conhecimento do astral do sistema solar em suas manifestações ativas.

1º Hé (Ambientação Histórica): Eram homens, favoravelmente situados, pela natureza e pelas condições climáticas de sua terra, mas torturados pelas paixões e, portanto, profundamente infelizes. Havia muito egoísmo, e aquilo que pode ser chamado de “falta de espiritualidade”.

Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): A atração do lado passivo do astral solar, o elemento divinatório penetrando em toda parte e aparentemente tornando mais fácil caminhar pelo labirinto dos problemas terrestres dando, ao mesmo tempo, inspiração para a escolha de caminhos.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): O culto de “Mithra”, com sua parte central, os mandamentos de altruísmo, visíveis até mesmo nas relações tradicionais entre o mestre e o discípulo que passa pelas Iniciações aos Grandes Mistérios. Os professores-magos ofereciam pão ao neófito e lhe diziam: “Pegue este pão e parta-o, coma-o e sacie a fome”. Dava-se ao candidato um cálice de vinho e o mestre dizia: “Beba deste vinho e ajude a saciar aos que tem sede”. O Grande Ternário da Luz era “Ormuzd-Mithra-Ariman”. Somente os sacerdotes conheciam. Para

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as pessoas simples eram apenas ensinados os pólos do bem (Ormuzd) e do mal (Ariman). A falta do termo médio (Mithra) para educar o povo é que foi responsável pela destruição desta Egrégora. Mais tarde, os sacerdotes sem escrúpulos aterrorizaram a nação em nome de Ariman e abriu caminho para os abusos e, por fim, a destruição da Egrégora no plano físico.

2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Era uma política liberal, mas ao mesmo tempo, um tanto doutrinária. Acontecia devido à magnífica iniciativa e ao exemplo dos líderes com grau mais elevado de Iniciação.

Pho-Hi – Taoísmo (China - 1950 a.C.):

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): Semelhante ao princípio de Krishna, porém com os nomes chineses para as pontas dos triângulos.

1º Hé (Ambientação Histórica): Adequação ao povo chinês, acostumado ao sofrimento e à miséria, que se submetia com total humildade ao destino; eram amigos do trabalho, do esforço braçal. Essas raízes são muito profundas e existe essa Egrégora até hoje, especialmente entre as massas destituídas de autogoverno. O amor ao trabalho é a base do poder material da nova Egrégora que surge.

Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): É a majestade do mistério que cerca o passado e o presente dos mestres dessa escola, seu modo de vida e o próprio culto.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): O culto dos ancestrais e do passado enfatizados fortemente pelo axioma: “O avô tinha maior Iniciação que o Pai; o Pai maior que o Filho. A idade anterior tinha mais sabedoria do que a que acabou de passar, e esta última tinha mais sabedoria do que a época atual”. Sistema de Egrégora derrubado pelo advento do materialismo sob a forma do comunismo.

2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): É a construção piramidal da hierarquia. Era um sistema complicado de sábios graus iniciáticos, cujos representantes podiam, sempre e em toda parte, tirar vantagem de suas prerrogativas. Essa Egrégora foi derrubada em 1911, pela Revolução Chinesa contra o governo do imperador.

Orfeu (Trácia - 1580 a.C.):

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): A base fundamental de Orfeu, o Trácio, foi a notícia do nascimento de Dionísio, o deus da Vida Única, a partir de Zeus, o Pai andrógino. O desenvolvimento dessa tese conduziu à seguinte concepção: “A arte é criada pelo Amor (Pai) e pela Inteligência (Mãe)”. Esse movimento deve ser considerado passivo.

1º Hé (Ambientação Histórica): Era o ambiente das pessoas que amavam seus corpos: elas transmitiam ao corpo as formas conhecidas no astral. O resultado era a beleza. Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Era o reconhecimento de

tudo o que é fortemente estético no mundo visível.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): Exprimia-se em festivais e feriados de caráter religioso, pleno de alegria e de coisas belas.

2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): A política religiosa era ausente. O jardim pereceu simplesmente porque alguém se esqueceu de cercá-lo. O culto tornou-se materialista, de maneira que a sensualidade se misturou ao lado da estética. O simbolismo degenerou em androlatria. O núcleo mental da Egrégora demonstrou ser inacessível aos seguidores e adeptos que vieram depois.

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Moisés – O Judaísmo e a Qabalah (Egito - 1560 a.C.): Seu nome real era “Hosarsiph”,

sua mãe foi a irmã do faraó Ramsés II. O seu nome iniciático Moisés significa “tirado das águas” (aquele que recebeu o batismo astral). Educado na corte real egípcia, teve todas as oportunidades de receber a Iniciação nos Mistérios de Ísis; mas cometeu um crime (matou um homem) em um acesso de cólera. Para um iniciado, naqueles tempos, ele tinha duas opções: provocar o suicídio ou se exilar, levar uma vida ascética por um longo tempo para se redimir deste erro. Moisés escolheu o exílio no deserto de Sinai, onde existia um último centro de Iniciação da raça negra. O sumo sacerdote do templo de Ammon-Ra, o cruel Jethar (Jethro) era famoso por sua dureza nos testes que impunha àqueles que desejavam receber a Iniciação sob sua direção. Era fato conhecido que, em todo o reino do Egito, não existia ninguém que houvesse sido capaz de sobreviver a esses testes. Por isso, Moisés considerava essa opção uma forma honrada de suicídio. Sendo assim, Hosarsiph procurou Jethar, que o aceitou como discípulo. A filha mais jovem do temível legislador do templo, a virgem Séfora, gostou daquele jovem que demonstrava uma vontade férrea e decidiu escolhê-lo para marido. Portanto, ajudou Moisés em uma das provas perigosíssimas: a escolha entre duas taças de vinho idênticas, uma das quais continha veneno. Escondendo- se atrás de uma cortina, ela conseguiu mostrar-lhe a taça que continha o vinho puro. Salvo dessa maneira, com o tempo, foi passando em todos os testes até chegar na alta Iniciação. Casou-se com Séfora e tornou-se colaborador de seu sogro. Recebeu uma missão em sonho, e quando esteve pronto, retornou legalmente ao Egito. Sua missão tratava-se de criar uma nação para uma nova religião. Nessa época os judeus que viviam no Egito era apenas uma tribo nômade (os prováveis remanescentes hicsos) sem qualquer religião ou credo definidos; Moisés percebeu neste povo que seu audacioso objetivo poderia ter êxito. Ele se pôs em ação com todos os seus poderes e recursos teúrgicos e mágicos, por um lado para influenciar o faraó e, por outro, ganhar a confiança dos judeus para poder uni-los. A Egrégora de Moisés obedecia ao seguinte padrão:

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): Era a idéia da transmissão, na sua parte metafísica, de ambas as Tradições (Egípcia e da Raça Negra). A verdadeira religião unitária foi corajosamente revelada nos padrões completos dos ensinamentos metafísicos de Hermes Trismegisto. Isso significa que Moisés, por meio de seus livros iniciáticos e de seus comentários orais, revelou aos sacerdotes e aos levitas toda a possibilidade de ampla Iniciação nesse reino. Como se não fosse o bastante, ele não temeu em pregar o monoteísmo, até mesmo aos leigos; tudo o que disse a seu povo era verdadeiro e vindo do “alto”. Não eram todos que recebiam o dogma do ensinamento em sua totalidade, mas a parte revelada por Moisés era absolutamente verdadeira e exata. Tudo isso se refere apenas ao aspecto metafísico do hermetismo egípcio. As realizações, mistérios e segredos mágicos, muito naturalmente tinham de ser ocultados pelo uso amplo do simbolismo e eram parcialmente velados pelo silêncio. O objetivo de Moisés era a transmissão da Tradição numa forma possivelmente não-adulterada. 1º Hé (Ambientação Histórica): O solo no qual a nova religião devia ser semeada,

aparecia como um povo materialista, incrédulo; era vulnerável à exploração dos vizinhos próximos e distantes; basicamente levado pela sorte dos acontecimentos naturais que tanto podia dar certo como errado. A tarefa de Moisés foi quase sobre- humana, mas acabou por completá-la com perfeição.

Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Por causa da necessidade das demonstrações de poder divino, muitos elementos e elementares foram atraídos de todos os subplanos para penetrar na corrente desta Egrégora. Alguns desses componentes, algumas vezes, afetaram a liderança da corrente, tornando muito difícil o seu exercício. Mas também, foi de muita ajuda, garantindo, por um lado, o medo e o respeito pelos seus feitos. Não apenas Moisés possuía os poderes e técnicas

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de governar os elementos e os habitantes astrais, mas seus assistentes também eram iniciados nesses segredos.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): É o culto do Deus Único, o monoteísmo. Isso se devia ao fato de criar uma base moral para o princípio da Vida Única. Esse conceito estava explícito nos Dez Mandamentos.

2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Foi a política do isolamento da raça judaica de todas as outras, para assegurar a manutenção e a transmissão da Tradição. Essa política de exclusividade tinha de ser executada por alguns líderes do judaísmo mesmo a despeito de contrariar os interesses da nação. Moisés preocupava-se com a preservação da Tradição e não da nação.

Obs.: Os Cinco Livros de Moisés chegaram até o primeiro século antes de Cristo em poder dos levitas do passado. Devido à perda dos elementos da Iniciação oral, a interpretação desses livros e de quase todo o Velho Testamento era praticamente inacessível à compreensão. Nessa época, os textos bíblicos eram objetos de uma luta acirrada entre suas seitas judaicas: os saduceus (defendiam a tradução literal) e os fariseus (defendiam uma compreensão alegórica que chegava à fantasia pessoal de cada intérprete). Mas, a seita dos essênios neutralizava essa discussão defendendo o sentido literal dos textos apenas com um véu escondendo aos leigos e aberto aos iniciados nos arcanos do Tarô (na mesma linguagem que Moisés transmitia).

Siddharta Gautama, o Buda – O Budismo (Índia - 700 a.C.):

Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): Aparece como a essência do mecanismo do triângulo ascendente, percorrendo o encadeamento completo de todas as encarnações de uma individualidade humana. Seu lema é: “Faça bom uso das tuas encarnações, pois são dadas para teu aperfeiçoamento e não sem qualquer motivo”. 1º Hé (Ambientação Histórica): Apareceu basicamente, como o ambiente da raça hindu,

cansada e torturada pela opressão dos privilégios de casta que haviam se transformado numa fonte de abusos e maus tratos (processo inicial da escravidão).

Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Consistia na tese do caráter ilusório da matéria: “É difícil para ti viver neste plano material? Sabes, então, que a matéria é uma ilusão, como uma miragem; que é fácil salvar-te da amargura e dos desastres. Precisas, não somente, cessar de apreciar a matéria, mas tornar-se indiferente aos sofrimentos do plano físico, libertando-te gradual, mas irresistivelmente, pelo poder da meditação, até alcançar o estado do Nirvana”.

Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): Manifestou-se na gratidão ao professor como a um Salvador e na prática ampla da fraternidade como resultado natural do desejo de libertar-se do egoísmo.