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As fotografias da exposição “Templos Politeístas”

No documento A fotografia panorâmica de Dimitri Lee (páginas 34-42)

As fotografias da exposição “Templos Politeístas”

A exposição consistiu de cinco fotografias, cinco estádios paulistas, mais uma fotografia maior, do Maracanã colocada sobre os painéis das fotografias destes cinco estádios, ocupando o teto da cinemateca.

Morumbi

Juventus

Parque Antártica

Parque São Jorge

A exposição

A exposição

A exposição “Templos Politeístas” do fotógrafo Dimitri E. Lee é o resultado de estudo e reflexão sobre a fotografia panorâmica de 360º. Para fugir das curvas geradas em fotografias panorâmicas, ele imaginou fotografar um local circular, que pudesse resultar em retas. Este trabalho foi desenvolvido nos anos de 2004, 2005 e 2006, e participou da exposição do Coletivo Fotográfico no MIS, uma exposição que congregou diversos fotógrafos e suas pesquisas com imagens panorâmicas, foi publicado na revista Trip, em uma matéria em que foi solicitado a diversos escritores um texto para acompanhar as

fotografias.5 Esta exposição do MIS depois foi levada para diversas capitais pelo Banco

do Brasil. Depois, durante a copa do mundo de 2006, foi feita a exposição na Cinemateca com fotografias dos estádios do São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos e Juventus, e painéis traziam o texto das crônicas que foram publicadas com as fotografias na revista Trip. Acima da exposição das 5 fotografias, uma fotografia enorme do estádio Maracanã. Junto com a exposição das fotografias, houve a exposição de pinturas, esculturas e filmes em que o futebol era o assunto, em outras salas da Cinemateca.

A exposição

O nome “Templos Politeístas” foi usado para indicar estes estádios pela pluralidade de heróis (Deuses), neste palco de 22 jogadores e local de devoção dos torcedores: jogadores e técnicos mudam, mas o templo permanece. A abertura foi em 28 de Julho a de 2006. As fotografias foram impressas e montadas no tamanho correspondente à distância entre as colunas da cinemateca. A cinemateca tem 10 colunas, cinco de cada lado. Nestes espaços foram colocados as imagens dos 5 estádios. Sobre estas montagens, uma fotografia ainda maior do Maracanã. Toda a iluminação foi de responsabilidade de

Fotografia do Morumbi, na exposição da Cinemateca. Observe no teto, a fotografia do Maracanã

A exposição

Lúcio Kodato, o que contribuiu muito para a boa visualização das fotografias. No ano 2007 as fotografias foram novamente publicadas na revista Podium.

Informações técnicas: Equipamento, processamento e impressão das Fotografias

Todas as fotografias foram feitas a partir de um modelo desenvolvido no início da série. Foi usada uma máquina Noblex com filme Plus X 125 asa. Revelador D76. Foram 5 fotografias para cada montagem. As fotografias de cada estádio foram escaneadas scanner Icon 8000 e montadas com o programa Sticher, em um computador Macintosh G4. O negativo de cada fotografia tem 6x 15 cm, e na montagem, isto significa aproximadamente 6 x 60 cm. A qualidade foi prejudicada por limitações dos softwares utilizados

Sticher e Photoshop, que não

trabalham com imagens de 2 G, que seriam produzidas. Por isso, cada imagem tem aproximadamente 500 megabites, o que foi considerado suficiente pelo autor.

A fotografia do Maracanã foi impressa com 25 x3 metros, em lona, sem emendas, impressora de jato de tinta. As fotografias dos clubes paulistas foram impressas em tamanho 6 x1 metros, usando Lambda que é a impressão é produzida com base de prata com o auxílio de feixes de laser.

A exposição

Nos textos apresentados na exposição, se destaca a mudança da forma de fotografar, escolhendo um centro em vez de escolher o objeto a ser fotografado, aqui é tomado uma oposição à postura de “caça” da fotografia tradicional, como mostra a terminologia de “mirar” e “disparar.” Os textos sugerem também que, por serem politeístas, a diluição de valores religiosos diminui a propensão para a guerra...

As imagens de formato alongado, sem cor, sem pessoas, sem movimento. Não seria interessante se esta fotografia tivesse cor? Não seria interessante um estádio lotado? A intenção não é, como na publicidade, contentar os anseios, nem mesmo agradar à primeira vista, mas poder mostrar coisas que vemos todos os dia como algo novo. Fugindo de qualquer forma de sedução.

Depois dos estádios, o fotógrafo vem produzindo novas série: uma delas tem como tema o registro da passagem do tempo.

Dimitri na exposição “Templos Politeístas.” Atrás, pode ser visto uma das fotografias panorâmicas (Parque São Jorge, extremo esquerdo).

A exposição

Outra com imagens do deserto de sal, e uma série que deverá se chamar “2ª Lei da termo dinâmica” em que aparece a decadência das construções humanas, com a passagem do tempo.

Depois de 360º o encontro com o tempo Depois dos estádios, o fotógrafo faz

um estudo do tempo em fotos que ultrapassam 360º. Uma fotografia panorâmica com mais de uma volta contém o tempo, sem o quadro a quadro do cinema, com a captação de momentos consecutivos. Não é cinema, não tem movimento, exige uma leitura, como se fosse uma história em quadrinhos. Deste caminho de continuidade, várias fotografias contam histórias. A

primeira, uma corrida do Jokey Club, em que os cavalos aparecem na largada, na passagem e na chegada. Mostrar começo, meio e fim em uma única imagem sugeriu criar fotografias

de eventos irreversíveis. Nascimento e morte por exemplo.

Neste trabalho o fotógrafo se aproxima do que é feito para o cinema, e começa a conviver com novas situações, onde é necessário direção de ator, ajuste de sincronismo entre os acontecimentos e o

movimento da camera, uma produção de cinema, diferente do trabalho de fotógrafo, que é mais solitário: O trabalho em equipe de cinema exige outras competências, e a demora para se conseguir resultados é maior porque não depende só do fotógrafo, depende da equipe

A exposição

No documento A fotografia panorâmica de Dimitri Lee (páginas 34-42)

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