• Nenhum resultado encontrado

As possíveis soluções de Rodrick para o trilema

7.1 GLOBALIZAÇÃO

7.1.4 Globalização e o sistema político estado-nacional

7.1.4.2 As possíveis soluções de Rodrick para o trilema

Há, claramente, uma tensão entre o Rule of Law praticado pelos Estados Nacionais e o mercado global. Dani Rodrik vislumbra três opções (já mencionadas) para solucionar esta tensão. In verbis:

We can restrict democracy in the interest of minimizing internacional transaction costs, disregarding the economic and social whiplash that the global economy accationally produces. We can limit globalization, in the hope of building democratic

legitimacy at home. Or we can globalize democracy, at cost of national sovereignty. This give us a menu of options for reconstructing the world economy210.

Por isso, se há dito que a UE é mais avançada do que a ONU, uma vez que a primeira realizou as medidas prescritas por Rodrik para solucionar os problemas suscitados pela Globalização entre o sistema político dos Estados Nacionais e o sistema econômico do Capitalismo global.

Cabe concluir que mesmo com todas as melhoras concretizadas pelo sistema da UE, não é possível garantir indubitavelmente a paz. Quando a guerra se anuncia, por imperativo lógico, os Estados não buscarão manter a paz e, sim, garantir a sobrevivência dos seus indivíduos e a sua própria. Por consequência, em todas as situações possíveis, a paz no pode ser considerada como um valor supremo (como crê a ONU). No máximo, a paz será um subvalor decorrente da suprema necessidade de assegurar a sobrevivência dos homens.

210 RODRIK, D. The globalization paradox: democracy and the future of the world economy. New York: W. W. Norton and Company, 2011, p. 200.

7 CONCLUSÕES

Por todo o exposto nos capítulos anteriores, foi possível chegar a conclusão que o valor supremo para o ser humano é a sobrevivência e que o direito natural mais radial é o de sobreviver. Conclui-se, igualmente, que o direito natural de sobreviver fundamenta os Direitos Humanos, que têm como escopo garantir a sobrevivência dos seres humanos protegendo-os do poder.

A coleta e a análise dos dados, presentes nesta dissertação, também autorizam as seguintes conclusões:

• Todo Direito é objeto um cultural e, por isso, sua estrutura e compreensão dependem do contexto social em que ele foi criado e no qual ele opera.

• Não há um conceito normativo de paz aceito universalmente;

• Sem embargo, na hierarquia da tábua axiológica da ONU, a paz figura como valor supremo; e, segundo os termos da Declaração do Milênio, os demais valores são:

liberdade, igualdade, solidariedade, tolerância, respeito à natureza, e responsabilidade compartilhada.

• Esse é um modelo axiologicamente anacrônico fruto do liberalismo, que se prestou à superação fática de um dado momento histórico em um determinado espaço.

• Tanto a paz quanto a liberdade para a Organização das Nações Unidas são valores que servem atualmente de orientação ao sistema normativo Rule of Law.

• Virtualmente, o Rule of Law é capaz de atender a qualquer tábua axiológica e, por isso, são infinitas as suas possibilidade. Entretanto, exatamente porque o Rule of Law pode se orientar por qualquer valor e que os valores podem ser organizados filosoficamente em constelações, a natureza do Rule of Law poderá ser determinada pela análise da sua tábua axiológica, que determina os padrões éticos e morais que deveram realizar os valores para os quais o Rule of Law foi criado;

• O Rule of Law pode comportar diferentes orientações axiológicas; mas, isso não garante a realização dos valores pretendidos e tampouco garante, per se, a paz em um sentido mais estrito;

• A orientação axiológica do Rule of Law – usado pela ONU – pelo valor

• Que o modelo político sustentado pela ONU como instrumento vocacionado ao estabelecimento da paz, baseado no primado da lei (Rule of Law) é, per se, insuficiente ao atingimento desse desiderato;

• A doutrina sobre o Direito Humano à Paz, em um sentido estrito, ainda é escassa, limitando-se a apontar os documentos que positivam o direito, sem apontar para uma fundamentação consistente com ele;

• Não há, nos principais documentos-chave da Organização das Nações Unidas (Declaração Universal dos Direitos do Homem; A Carta da ONU; a Declaração das Nações Unidas Sobre a Preparação das Sociedades para a Vida em Paz; e a Declaração de Paz de 1984) qualquer fundamentação teórica que aponte a origem do que se entende pelo conceito de Direito Humano, que normativamente é auto-referencial; assim como não há qualquer fundamento teórico que explique a razão pela qual se passou a considerar a paz um valor, a não ser e em termos gerais a guerra em si, e especificamente as duas Grandes Guerras do século XX, na medida em que se elegeu a paz como valor a transcender a realidade fática;

• Por tanto, a rigor, não há uma fundamentação teórica propriamente jurídica secularizada para o Direito Humano no sentido estrito do termo, seu significado se forjaram em decorrência dos horrores da II Guerra Mundial. A partir de então, se procura justificá-los juridicamente;

• Nesse sentido, é possível que considerar a paz como um valor se preste a superação da realidade fática de conflito (no caso da II Guerra Mundial); entretanto, uma vez instaurado o conflito, a paz deixará de ser o valor supremo do sistema, que passará a operar segundo o valor que efetivamente é máximo para o ser humano: a sobrevivência. (Mais adiante, se voltará a esse último ponto para explicá-lo em detalhes.)

• É possível o estabelecimento de um conceito normativo de paz, defensável dentro dos termos da Declaração das Nações Unidas Sobre a Preparação das Sociedades para a Vida em Paz;

• Esse conceito normativo de paz sugere que se entenda a paz ora como um valor e, ora, como um Direito Humano;

• O Direito Humano é um valor se, e somente se, for considerado dentro de um sistema político normativo como o Estado de Direito, dentro do qual funciona a fórmula do

Rule of Law;

• O Rule of Law, orientado pelo “valor” liberdade na sociedade internacional, não é capaz de promover, garantir e realizar a paz, mesmo que seja combinado com

protocolos democráticos. Tal assertiva já foi comprovada em parte pela eclosão em sendas internacionais da I Grande Guerra e de maneira total pela II Grande Guerra;

• Os protocolos de operação da ONU, cifrados na combinação da liberdade e da democracia, também se mostraram incapaz de prevenir os conflitos provocados pelos países que defendem o modelo. Essa é o caso dos Estados Unidos da América, que estiveram envolvidos desde a metade do século XX até os dias atuais em diversos eventos beligerantes em todo o mundo.

• A democracia, em sendas internacionais, ainda que pressuponha igualdade entre os membros da comunidade não tem sido capaz de produzir decisões igualmente compartilhadas. Ao contrario, os fatos sugerem que nações que se consideram mais poderosas não se mostram inclinadas a atender as determinações, mesmo tendo sido democraticamente decididas, que contrariem seus interesses. Nesse cenário, em lugar da igualdade, surgem desequilíbrios e, consequentemente, os conflitos – tal como temos afirmado – voltam a emergir no contexto internacional e, especialmente, se pode observar que são desencadeados por nações poderosas, como os Estados Unidos.

• Além disso, o Rule of Law, diante da capacidade de adaptação do sistema capitalista, se mostra insuficiente para enfrentar os desafios deste século, por exemplo, os desafios oriundos da globalização, as questões ambientais, os novos temas laborais e, etc.

• Em relação à fórmula política Rule of Law, os Estados Nacionais diante do fenômeno da globalização terão que optar, segundo apregoa o trilema de Rodrick, por: restringir a democracia; limitar a globalização; ou globalizar a democracia ao custo das soberanias nacionais. Em qualquer um desses três cenários não se vislumbra o desaparecimento Rule of Law, ou mesmo do Estado Nacional (Estado de direito) em um curto espaço de tempo.

• Ainda que o Rule of Law não tenha a condição suficiente para alcançar a paz, seu uso confere, em alguma medida, segurança e previsibilidade às condutas dos Estados e, isso de alguma forma favorece a pacificação social na medida em que resolve e preserva até determinado ponto eventuais conflitos;

• Considerar o valor paz como superior ao valor liberdade, não implica dizer que o Direito Humano à paz seja superior ao Direito Humano à Liberdade, pois a hierarquia entre ambos é problemática e possui significativos desdobramentos;

• Como não existe normativamente uma previsão hierárquica a esse respeito, as decisões sobre a hierarquia de um ou outro Direito, em qualquer cenário, costumam ser

resolvidas subjetivamente e diante do caso concreto. Esse modelo de decisão comprova a deficiência das fundamentações racionais por trás do tema.

• A rigor, por tanto, não há prescrições racionalmente determinadas sobre os Direitos Humanos, o que existem são “mitos” que servem para a manutenção da ordem tanto quanto possível;

• Os mitos podem fundamentar grandes construções teóricas e políticas, ainda que jamais seu conteúdo tenha comprovação empírica e sua existência se deva simplesmente a um recurso metodológico; são exemplos de mito: o mito da liberdade, do contrato social ou o mito da mão invisível.

• Os mitos do contrato social e da mão invisível se prestaram à criação de uma ambiência liberal, tanto quanto a democracia e seus preceitos de liberdade e igualdade se prestam, atualmente, para a criação do Estado Social (sobre esse último ponto, veremos mais a seguir);

• A liberdade, segundo se expôs, é um mito.

• O mito da liberdade tem suas origens na Filosofia estoica, que transforma esse conceito em um valor superior. O recurso ao estoicismo veio para preencher um o hiato moral deixado pela secularização e, a medida que o fez, conseguiu atender bem ao Liberalismo. Nesse sentido, a Filosofia estoica prevê que o indivíduo deve se valer dos seus próprios valores morais. Sem embargo, esse tipo de pensamento demandou uma ênfase na realização individual egoísta, a qual é incapaz de gerar o elã social necessário para as realizações coletivas, como a paz;

• A liberdade foi um mito necessário não só para transcendência de fatos que se apresentavam, mas também para explicar a nova unidade de conservação que se pretendia ver instalada: os Estados Nacionais, que estavam – por sua vez – fundamentados no mito do Contrato Social. Existe essa relação de dependência entre Contrato e Liberdade, porque afinal só é possível falar de um contrato se o seu signatário for livre para contratar.

• O mito da liberdade atendeu aos anseios da classe burguesa, que pretendia se assenhorar do poder, servindo-se de valores habilitados para transformar a realidade fática em que viviam;

• Apesar de a liberdade ter sido um valor útil para enfrentar uma dada situação em diferente quadra da trajetória humana; atualmente, com os avanços sociais e tecnológicos, existem outros desafios a ser enfrentados por nossas sociedades e, tais novidades tornaram o uso da liberdade anacrônico;

• Não há uma construção teórico-normativa que sustente o modelo político- jurídico defendido pela ONU e, ao mesmo tempo, seja capaz de fundamentar os Direitos Humanos e, em específico, o Direito Humano à Paz;

• A deficiência teórica na construção do modelo (político-jurídico) teórico da ONU tem suas origens mais remotas em Kant e, em termos mais próximos, sua grande compatibilidade e afinidade com o pensamento neokantiano de Gustav Radbruch, em sua fase

jusnaturalista, incrementada pelo respeito aos Direitos Humanos, a Democracia e a Justiça.

Ao fazê-lo Radbruch de certa maneira se afasta do neokantismo e da Escola de Baden tanto quanto a ONU faz o mesmo ao assumir tais premissas em seu modelo de funcionamento;

• A melhor forma de investigar as origens dos Direitos Humanos, ao longo da trajetória civilizatória do ser humano na terra, é a perspectiva jusnaturalista, porque é mais abrangente. Contudo, em um nível de síntese menos elevado, é possível a investigação dos DH também sob um prisma ético ou histórico positivo.

• Atualmente, única forma de compreender a elevação da paz à categoria de Direito Humano é adotando uma ótica positivista, ou seja, compreendendo os fenômenos como uma reação axiológica ao último conflito mundial (de maneira mais remota) e uma reação à política do medo, típica da Guerra Fria.

• Contudo, como o Direito Humano é um conceito que opera em uma interface, eles devem ser analisados sob o viés humano (biológico/antropológico/psicológico) e também social (político/jurídico/civilizatório). Quanto mais complexa for uma análise, melhor será a sua compreensão desse evento.

• Vários são os modelos utópicos que têm como escopo uma sociedade melhorada, mas, dentre estes modelos, o de Immanuel Kant foi o mais popular. A razão para tanto se deve à coerência interna do seu sistema filosófico e porque o autor se preocupou em larga medida em responder aos anseios sociais da época, principalmente, se atentou em buscar alternativas de resistência ao manejo do poder. Além disso, escreveu para uma parcela importante da sociedade, aquela que detinha uma das origens do poder, a propriedade;

• Sem embargo, a construção de Kant contém falhas estruturais. As principais falhas observadas, porque são capazes de comprometer a promoção da paz, são: o individualismo e a orientação política-jurídica axiologicamente determinada pela liberdade;

• Qualquer construção política teórica que funcione segundo uma ótica individualista ou que opere segundo o paradigma kantiano se mostrará inviável para realizar a promoção ou mesmo garantia da paz.

• Em qualquer paradigma individualista – a não ser os que rodem segundo uma orientação religiosa –, se equivoca na análise sobre a paz e a guerra, porque, ao considerar o homem em sua individualidade, perde de vista o fato de que este ser ingressa no mundo fragilizado e extremamente dependente de uma unidade de conservação. O ser humano, per

se, não é capaz de sozinho guerrear ou de sozinho promover a paz, pois essas são fenômenos

e situações sociais;

• Para que o homem adquira as características com as quais o entendemos como tal, ele precisa do convívio social;

• Se a violência e os conflitos armados são em larguíssima medida fenômenos sociais, então, qualquer arquitetura política que tenha a liberdade como valor, pode estar comprometida no que tange ao atingimento do desiderato pretendido.

• Apesar de uma elaborada estrutura filosófica, os modelos teóricos que serviram de base para a construção da ONU não conseguiram estabelecer uma fundamentação para sustentar o que se concebe como Direito Humano, tornando a prescrição normativa do seu modelo em algo autorreferencial

• Uma vez que as bases da construção teórica da ONU não oferecem resposta à indagação acerca dos fundamentos últimos ou da origem do Direito Humano; e, por arrasto, não oferecem resposta acerca dos fundamentos últimos ou da origem do Direito Humano à

Paz. Então, a investigação ou o estabelecimento de fundamentos teóricos para o Direito

Humano à paz implica, necessariamente, a quebra ou superação do paradigma kantiano, neokantista e, talvez, até do próprio paradigma da modernidade.

• O paradigma kantiano precisa ser questionado também porque ele não se presta à análise dos fundamentos últimos dos Direitos Humano e tampouco analisa com propriedade as grandes narrativas, como as da guerra ou da paz.

• Seguindo uma senda de análises biológica, pode-se afirmar que não há evidencias que provem qualquer tendência humana à violência; por tanto, não existe coisa tal qual o homem beligerante, pelo menos não como uma característica biologicamente determinada;

• Como vimos, alguns valores se opõem aos fatos; em termos fáticos, foi com esse intuito que os Direitos Humanos como valor sistêmico-normativo foram fixados, com isso, se pretendia marcar distância em relação aos horrores da Segunda Grande Guerra;

• A falsa crença na beligerância ou tendência do homem à violência é fruto de um conjunto de padrões ativados em situações excepcionais que garantem a sobrevivência do indivíduo. Esses padrões podem ser – e normalmente são – confundidos com violência.

Entretanto, tais padrões não podem ser tomados como determinantes da natureza humana, porque seria transformar a exceção em regra;

• O argumento do homem beligerante, na atualidade, foi sustentado pelos neo- hobbesianos, como Francis Fukuyama, porém ele não se sustenta. O argumento de fundo para essa defesa é a proximidade entre os homo sapiens e os símios e uma eventual passagem de uma característica biológica para um caráter psicológico, Ao propor tais considerações, esses autores acabam desprezando uma das principais características humanas: a formulação de pensamentos conceituais e a transmissão de conhecimento sob a forma de símbolos. Além disso, não existe nenhum dado que ligue o homem a um símio e que permita fazer a passagem de uma característica biológica a um comportamento psicológico de maneira tão simplista;

• Uma vez que o homem é capaz de pensamento conceitual e é o único ser capaz de promover grandes mudanças em sua vida, na sua organização social, e em sua trajetória civilizatória, ele poderá, virtualmente, criar mecanismos capazes de estabelecer uma paz duradoura; sendo essa conclusão, em particular, suportada por dois argumentos principais: primeiro, o homem tem um histórico exitoso de resolução de problemas, em especial, daqueles que coloca em risco a sua sobrevivência como espécie; e segundo, o homem sobreviveu como espécie, a ponto de suas aptidões o terem alçado à posição dominante em relação a todas as outras espécies. Isso aconteceu, exatamente por ser o homem capaz de influir até na ambiência que possibilita a vida no planeta;

• Ademais, os argumentos neo-hobbesianos podem ser contraditados pelos argumentos do processo civilizatório de Norbet Elias que, em apertada síntese, sustenta a capacidade do ser humano de evoluir biologicamente e se desenvolver culturalmente. Esse último processo se dá pela transmissão de conhecimento por meio dos símbolos, dos quais as línguas são apenas manifestações culturais dos significados subjacentes.

• Segundo Elias, não há qualquer paralelo conhecido entre o homem e quaisquer outros seres gregários, na medida em que esses último não estão aptos como o homem está para empreender uma significativa mudança em sua estruturação social, tais como a observada na passagem econômica do feudalismo para o capitalismo;

• Nos termos do paradigma social proposto por Norbert Elias a paz seria, pelo menos virtualmente, possível. Isso porque os símbolos – base de todo pensamento conceitual – radicam em si a possiblidade de se transmitir conceitos racionais e emocionais, tais como os valores;

• A atribuição de valores, para o homem, favorece enormemente a sua sobrevivência;

• Há uma íntima relação entre poder e valores;

• O homem, como ser gregário que é, nunca viveu sem o amparo de uma unidade de conservação, seja ela qual for; que um homem assim, exatamente pelo rubicão que teria que atravessar, só poderia ser explicado em sendas míticas ou no mínimo religiosas, escapando destarte aos critérios racionais e bem por isso, e também por conta da secularização, em qualquer dos casos, não autorizam a construção de modelos políticos partindo de tal ideia ou constatação;

• Há sempre e invariavelmente uma influência entre os seres de natureza gregária quando postos juntos. No caso do homem, essa influência em ambiência social coincide com a noção de poder tanto em termos mais gerais como em termos estritamente políticos;

• O poder, portanto, é uma constante nas relações pessoais e sociais;

• O poder tem origens variadas, mas todas elas podem ser resumidas em tr[es categorias: a personalidade; a propriedade e a organização.

• Invariavelmente, existem três instrumentos de acesso às origens do poder e, portanto, existem três tipos de poder, a sabê-los: o poder condigno (ameaça ou violência); o poder compensatório (influência por meio de compensação); e o poder condicionado (influência do comportamento humano por meio de condicionamentos, que são alcançados frequentemente por meio da educação e da propaganda);

• Tendo em vista as origens e instrumentos de poder, pode-se propor que é impossível alcançar a paz por meio da violência, do medo ou da força. Isso porque existe um grande risco de que esse tipo de pensamento conduza р “destruição mutua assegurada”, expressão corriqueira para um estado de belicosidade extrema nas relações internacionais. Por isso, racionalmente se infere a necessidade de dar ênfase as outras formas de poder como forma de estabelecimento e garantia da paz;

• As relações internacionais, no período anterior às Grandes Guerras, estabeleceu uma política de equilíbrio de poder; que essa politica de equilíbrio de poder estava presente mesmo quando presente a diplomacia que é inteiramente dependente do manejo do instrumento condigno de poder, a saber: medo ou força.

• A política de equilíbrio de poder se mostrou instável e ineficaz para a manutenção da paz, já que sob sua influencia eclodiram as duas Guerras Mundiais;