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3.2 Thuja occidentalis Linn

3.2.1 Aspectos botânicos

As árvores de T. occidentalis têm característica conífera e monoica, medindo 12-21 m de altura (HEBER, 2007; NASER et al., 2005a), com caule ereto do tipo tronco com córtex marrom-avermelhado e galhos bastante ramificados (FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2011). Os ramos são achatados, curtos, horizontais, de extremidade ascendente e cobertos com pequenas folhas rígidas, imbricadas umas às outras. As folhas são ovais, persistentes, verdes, parecidas com escamas cruzadas de forma oposta e com extremidades acuminadas sobre uma superfície dorsal convexa (HEBER, 2007; FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2011). Na extremidade dos ramos ocorrem também cones ovoides pequenos (6-8 mm de comprimento), microesporofilados, de cor amarelo-esverdeado e cobertos de coriáceas amarelos (HEBER, 2007; FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2011). Estes cones são formados por 8 ou mais escamas, com 1-3 óvulos cada um (STANGERLIN et al., 2008). As flores apresentam-se em cones separados (monoicas), compostas por flores masculinas (cor marrom-escuro) e flores femininas (cor amarelo-esverdeada), que tem quase o formato de estrela. As sementes são marrom-amareladas, têm 3-5 mm de comprimento e aproximadamente 1 mm de largura (HEBER, 2007). O fruto é cone megasporofilado estróbilo oblongo subcônico, verde- castanho (FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2011).

Esta espécie demonstra grande tolerância à disponibilidade de água, podendo ser encontrada em habitats diversos, variando de seco a superfícies pantanosas. Há evidências de que T. occidentalis exibe ajustamento osmótico em resposta ao déficit hídrico. Esta resposta ao ajuste osmótico é comum frente ao déficit hídrico em algumas herbáceas e espécies de plantas lenhosas (EDWARDS; DIXON, 1995).

Em relação ao seu cultivo, com base em visitas técnicas realizadas em viveiros e pequenos produtores rurais de quatro municípios do Rio Grande do Sul (Brasil), foi constatada a preferência de multiplicação de T. occidentalis por estacas, com escolha de árvores sadias para o fornecimento de galhos, e cultivadas a campo, onde permanecem por 2 a 4 anos para então serem transplantadas para vasos e vendidas com custo total médio da muda propagada por estaquia de R$ 2,79 (STANGERLIN et al., 2008).

Com relação aos fatores que afetam a regeneração de T. occidentalis, Larouche (2009) constatou que o crescimento das árvores em altura é influenciado pela região e disponibilidade de luz, enquanto o seu crescimento diametral está relacionado com o corte parcial, sendo preferível o corte parcial de baixa intensidade ou o trabalho com regeneração natural. Posteriormente, o estudo descrito por Larouche, Ruel e Lussier (2011) confirma os resultados anteriores, apontando, inclusive, que o crescimento inicial de mudas plantadas e a produção de biomassa foram proporcionais à disponibilidade de luz.

3.2.2 Propriedades farmacológicas

Diversas atividades farmacológicas da espécie T. occidentalis encontram-se descritas na literatura, dentre as quais pode-se citar as atividades antiviral (GOHLA et al., 1992; OFFERGELD et al., 1992; BODINET et al., 2002); hepatoproterora (DUBEY; BATRA, 2008b); antidiabética (DUBEY; BATRA, 2008a); antioxidante (DUBEY; BATRA, 2009b); anti-ulcerativa (DUBEY; BATRA, 2009c); anti-aterosclerótica (DUBEY; BATRA, 2009a); antimicrobiana (TSIRI et al., 2009); e imunomoduladora e antitumoral (SUNILA; HAMSA, 2006; SUNILA; HAMSA; KUTTAN, 2011).

Seu emprego na forma de tinturas-mãe hidroalcoólicas ou diluídas, vêm sendo largamente utilizado na homeopatia e fitoterapia humana e veterinária (FETROW; AVILA, 2000; NASER et al., 2005b), tendo como principais aplicações o tratamento de infecções agudas e crônicas do trato respiratório superior, e como adjuvante dos antibióticos em infecções bacterianas graves, como a bronquite, angina, faringite, otite média e sinusite. Além disso, a tintura tem sido aplicada no trato genital inferior para o tratamento de verrugas, papilomas, condilomas, excrescências de diversos tipos, principalmente aquelas relacionadas ao Papiloma Vírus Humano (HPV) (FETROW; AVILA, 2000), sendo estimado que a taxa de cura das verrugas seja de 84,2% (NEVES-JORGE et al., 2000). Estes efeitos são atribuídos principalmente as suas atividades antiviral e imunomoduladora já demonstradas em diversos experimentos in vitro e in vivo (GOHLA et al., 1992; BODINET et al., 2002; SUNILA; KUTTAN, 2006; SUNILA; HAMSA; KUTTAN, 2011).

É importante mencionar que T. occidentalis é uma das espécies vegetais que compõem o Esberitox® N, um fitoterápico produzido e comercializado na Alemanha pela Aspen

Pharmacare Australia ® e indicado para aumento da imunorresistência do organismo, sendo indicado para o tratamento dos sintomas do resfriado comum e fortalecimento do sistema

imunológico de indivíduos com suscetibilidade aumentada para infecções, devido a fatores como estresse, falta de sono, ou tensão nervosa. Além disso, pode ser utilizado como terapia concomitante ao tratamento com antibióticos, para impedir seu efeito imunossupressor; de modo que as infecções recuem rapidamente e recidivas sejam evitadas (ESBERITOX® N, 2014). Este fitoterápico, na forma de comprimidos, contém 3,2 mg de extrato seco das raízes de Echinacea (Echinaceae pallida e Echinaceae purpureae), raízes de Baptisiae tinctoriae e partes aéreas de T. occidentalis, com eficácia clínica demonstrada em diversos estudos clínicos controlados por placebo (REITZ; HERGARTEN, 1990; BODINET; FREUDENSTEIN, 1999), sendo o de Naser et al. (2005a), o estudo mais recente.

3.2.3 Perfil fitoquímico

O perfil fitoquímico de T. occidentalis abrange diferentes classes de substâncias como saponinas, fenóis, taninos, aminas, mucilagens, princípios amargos, compostos lactônicos, carotenos, óleo essencial, triterpenos, esteroides (CASTELLÓN et al., 2000), açúcares redutores, cumarinas (ácido p-cumárico e umbelliferona), ácido tânico, polissacarídeos, proteínas e minerais (NASER et al., 2005b). Contudo, os óleos essenciais constituem um dos grupos metabólicos característicos da espécie (SVAJDLENKA et al., 1999), sendo o monoterpeno tujona seu principal constituinte (TSIRI et al., 2009). Já em termos de atividade terapêutica, destacam-se os polissacarídeos e flavonoides. Estes constituintes, juntamente com os taninos e proteínas, foram identificados por investigações fitoquímicas na fração etanólica das partes aéreas de T. occidentalis utilizada em estudos farmacológicos conduzidos por Dubey e Batra para as atividades antidiabética, hepatoprotetora, hipolipemiante, antioxidante e anti-ulcerativa (2008a, 2008b, 2009a, 2009b, 2009c).

Adicionalmente, os polissacarídeos têm sido indicados em vários estudos como os constituintes ativos responsáveis pelas suas atividades antiviral e imunomoduladora (GOHLA et al., 1992; OFFERGELD et al., 1992; BODINET et al., 2002; NASER et al., 2005b; SUNILA; HAMSA; KUTTAN, 2011). Um dos estudos mais recentes, realizado por Sunila, Hamsa e Kuttan (2011), revelou que o potencial terapêutico do extrato metanólico e fração de polissacarídeos de T. occidentalis na mediação da resposta imune celular e nos níveis de citocinas sobre as células metastáticas em modelos animais (SUNILA; HAMSA; KUTTAN, 2011). Por este motivo, nos últimos anos T. occidentalis vem sendo associada a outras plantas imunomoduladoras (NASER et al., 2005b; CORRÊA, 2006), como é o caso da associação

com as espécies E. purpurea, E. pallida e B. tinctoria do Esberitox® N (ESBERITOX® N, 2014).

3.2.4 Aspectos toxicológicos

Um levantamento feito por Naser et al. (2005a) em torno dos efeitos adversos verificados em ensaios clínicos com T. occidentalis, constatou que as preparações obtidas a partir desta planta são consideradas seguras nas infecções do trato respiratório. Contudo, a recomendação geral é que durante a gravidez e lactação, estas preparações não sejam administradas sem o consentimento médico, pois embora não tenham exibido efeito abortivo, ainda verifica-se ausência de resultados conclusivos.

A toxicidade de T. occidentalis também foi avaliada por Valsa e Felzenszwalb (2001) utilizando amostras de três tinturas para verificação da genotoxicidade in vitro por meio do teste de Ames - Mutateste e do SOS-cromoteste-indução de β-galactosidase em Escherichia

coli. Ao fim do estudo, foi constatado que nenhum dos extratos possuiu efetiva indução de

mutagênese ou na síntese da β-galactosidase, indicador de sinal geral e precoce de lesão no ácido desoxirribonucleico (DNA), mesmo com a metabolização.

Esse resultado foi recentemente confirmado por Nikolić et al. (2011), onde foi analisado o potencial antigenotóxico dos monoterpenos cânfora, eucaliptol e tujona de T.

occidentalis sobre células procariotas e eucariotas, com elucidação do seu efeito sobre o

reparo do DNA. Os resultados obtidos indicaram que pequenas quantidades de cânfora, eucaliptol e tujona podem estimular o processo de reparo do DNA e atuar como antimutagênicos, embora maiores concentrações de monoterpenos possam induzir a rupturas dos filamentos de DNA.

3.3 POLISSACARÍDEOS

Os polissacarídeos são polímeros formados pela condensação de um grande número de monossacarídeos, mutuamente unidos por ligações O-glicosídicas (REN; PERERA; HEMAR, 2012); e encontram-se largamente distribuídos em plantas, micro-organismos (fungos e bactérias), algas e animais. Estes compotos desempenham um papel fundamental na comunicação célula-célula, na adesão celular e no reconhecimento molecular do sistema imunológico e, como tal, são biomacromoléculas essenciais aos organismos vivos (YI et al.

2012; ZENG et al., 2015); apresentando um amplo espectro de atividades biológicas, incluindo radioproteção e as atividades antitumoral, antioxidante, antilipidêmica (ZENG et al., 2015). Vale ressaltar que a maioria dos polissacarídeos derivados de plantas medicinais são atóxicos (YUAN et al., 2008; XIA et al., 2012; XU et al., 2012) e sem efeitos colaterais significativos (NGUYEN et al., 2012; XIA et al., 2012; XU et al., 2012) quando comparado com polissacarídeos de origem bacteriana e compostos sintéticos, respaldando-os como candidatos ideais para a indústria de alimentos e medicamentos moderna (ZHANG et al., 2015).

3.3.1 Propriedades farmacológicas

3.3.1.1 Ação imunomoduladora

Os polissacarídeos modulam essencialmente a imunidade inata (ALAMGIR; UDDIN, 2010; LENZI et al., 2013), havendo uma série de mecanismos descritos na literatura, como por exemplo, a ativação de células monocíticas e indução à sua diferenciação em macrófagos, como demonstrado para os polissacarídeos da espécie Salicornia herbacea (ALAMGIR; UDDIN, 2010); a indução da produção de NO, Fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e Interleucina (IL)-6 em macrófagos murinos da linhagem celular RAW 264.7, conforme evidenciado para os polissacarídeos da alga vermelha Porphyridium cruentum (ABDALA- DÍAZ et al., 2010); o estímulo da proliferação de linfócitos e da fagocitose dos macrófagos, tal como demonstrado para os polissacarídeos da polpa do fruto de Dimocarpus longan (YI et al., 2012); e a proliferação de esplenócitos, reforço da fagocitose e da citotoxicidade mediada por células Natural Killer (NK), aumento da produção de NO pelos macrófagos; além de estimulação da secreção de citocinas, tanto em esplenócitos como em macrófagos, como comprovado para os polissacarídeos do tronco de Dendrobium officinale (XIA et al., 2012).

Somado aos resultados promissores demonstrados nas avaliações farmacológicas, os estudos de identificação e isolamento tem alcançado contribuições relevantes neste campo de pesquisa. De modo que alguns trabalhos tem apontado o isolamento e a identificação desses metabólitos, dentre os quais podemos citar as xiloglucanas, hetrepolissacarídeos de armazenamento das sementes de Copaifera langsdorffii e Tamarindus indica (DO ROSÁRIO et al., 2011); os componentes cíclicos e lineares β-(1→2)-D-glucanos da microalga verde comestível Chlorella pyrenoidosa (SUÁREZ et al., 2008); as frações polissacarídicas,

contendo arabinogalactano tipo II, das folhas de Alchornea cordifolia (KOUAKOU et al., 2013); e as arabinoxilanas do farelo de trigo - Triticum aestivum, que além de efeito imunomoduladora, também mostraram efeitos protetores contra a gripe aviária (AKHTAR et al., 2012).

Alguns estudos têm demonstrado, inclusive, uma correlação entre o peso molecular dos polissacarídeos e sua ação imunomoduladora (SUÁREZ et al., 2010; REN; PERERA; HEMAR; 2012; KOUAKOU et al., 2013), tal como demonstrado por Kouakou et al. (2013), que isolaram e caracterizaram 4 frações e 2 subfrações de polissacarídeos, com diferentes pesos moleculares (4,9-39,5 kDa), do extrato aquoso das folhas de A. cordifolia. O estudo confirmou que a subfração de maior peso molecular (39,5 kDa) foi a fração altamente ativa nos testes biológicos, enquanto a subfração de baixo peso molecular (5,9 kDa) foi inativa ou minimamente ativa.

Além dos polissacarídeos constantes nas espécies supracitadas, os polissacarídeos pertencentes à planta medicinal T. occidentalis tem assumido caráter de destaque na mediação da resposta imune celular. Nesse caso, o experimento apresentado por Offergeld e coladoradores (1992) demonstrou que a fração de polissacarídeos de T. occidetnalis foi indutora de celulas CD4+ em células de sangue periferico humanas, e que estimulou a expressão das citocinas ILs-1β, -2, 3 e -6; e IFN-γ, Fator de estimulação de colônias de granulócitos (G-CSF) e Fator de estimulação de colônias de granulócitos e macrófagos (GM- CSF) em culturas de linfócitos de sangue periférico humano e de ILs-1β e -6 em culturas de monócitos / macrófagos. Já o experimento mais recente apresentado por Sunila, Hamsa e Kuttan (2011) relatou que tanto a fração rica em polissacarídeos quanto o extrato metanólico oriundo das partes aéreas dessa planta promoveram uma regulação nos níveis de citocinas sobre as células metastáticas em modelos animais, sendo demonstrado um aumento da atividade das células NK, da citotoxicidade dependente de anticorpo e da citotoxicidade dependente do complemento em células metastáticas, além do aumento dos os níveis dos fatores antitumorais IL-2 e Inibidor Tecidual de Metaloproteinase; e diminuição dos elevados níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6, TNF-α e GM-CSF no soro dos animais portadores de tumor metastático, quando comparado aos animas controle.

Nos últimos anos tem havido um crescente interesse na busca por antioxidantes naturais, eficazes e seguros, para proteção do corpo humano contra os radicais livres e assim retardar o progresso de muitas doenças crônicas (YE; HUANG, 2012). Dentre os compostos de origem natural recentemente estudados, os polissacarídeos têm demonstrado um importante papel no sequestro e eliminação de radicais livres (CHEN et al., 2012c; LUO et al., 2010; YE; HUANG, 2012), sendo apontados como novos potenciais bioativos antioxidantes para uso medicinal ou como alimento funcional (ZHAO et al., 2015).

Resultados promissores vem sendo demonstrados para as frações polissacarídicas advindas de diferentes partes das plantas, tal como demonstrado para as frações isoladas das folhas de Hibiscus rosa-sinensis (AFSHARI; SAMAVATI; SHAHIDI, 2015); assim como para as frações do rizoma Alisma orientalis (ZHAO et al., 2015) e flores de Lonicera

macranthoides (Wu et al., 2015). Experimentos in vitro indicaram ainda que os

polissacarídeos das partes aéreas de Sarcandra glabra tem efeitos significativos sobre a inibição dos radicais hidroxila ( ), superóxido ( ), radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil ( ) e 2,2′-azinobis-3-etilbenzotiazolina-6-sulfonato ( ) de maneira dose- dependente, indicando seu uso como potencial antioxidante natural (JIN et al., 2012).

Além disso, também tem sido evidenciado que a atividade antioxidante dos polissacarídeos é resultante de uma combinação de múltiplos fatores estruturais, incluindo a composição de monossacarídeos, o peso molecular e a proporção de ligações glicosídicas, conforme demonstrado para a fração polissacarídica FMPS3 de Fortunella margarita (ZHEN et al., 2015).

Alguns estudos demonstram ainda a importância da ação combinada dos efeitos antioxidante e imunomoduladora dos polissacarídeos no tratamento de patologias que são ocasionadas ou agravadas pela disfunção imune e estresse oxidativo. Chi et al. (2015), por exemplo, demonstraram os efeitos benéficos da atividade imunomoduladora e antioxidante dos polissacarídeos conjugados dos frutos de Ziziphus Jujube

s

obre a Síndrome da Fadiga Crônica em ratos. Seguindo esta tendência, diversos estudos têm avaliado estas duas ações para os polissacarídeos de origem vegetal, tal como demonstrado para os polissacarídeos das raízes de Actinidia Chinensis (ZHANG et al., 2015) e dos frutos de Prunella vulgaris (LI et al., 2015).

O potencial anti-inflamatório de polissacarídeos isolados de plantas superiores é menos explorado na literatura quando comparado à ação imunomoduladora (PEREIRA, 2011). No entanto, ao longo dos anos diferentes estudos vem sendo publicados, apresentando resultados dessa atividade para o extrato aquoso rico em polissacarídeso das sementes de

Sterculia striata (YU; ZHU, 1997) e frações polissacarídicas de Orchis morio, Orchis mascula, Platanthera bifolia (BUCHALA, FRANZ; MEIER, 1974; FRANZ; MEIER, 1971), Bletilla striata (TOMODA; NAKATSUKA; SATOH, 1974; TOMODA et al., 1973) e Dendrobium officinale (HUA et al., 2004).

Essa propriedade anti-inflamatória vem sendo demonstrada por diferentes modelos experimentais. Como exemplo, os polissacarídeos pécticos extraídos da parte aérea da planta

Comarum palustre inibiram o edema de pata induzido por formalina em ratos, e a adesão de

leucócitos peritoneais in vitro (POPOV et al., 2005). Frações polissacarídicas do mesocarpo do fruto de Orbignya phalerata e das flores de Cyrtopodium cardiochilum apresentaram atividade anti-inflamatória, inibindo o aumento da permeabilidade vascular induzido por ácido acético (SILVA; PARENTE, 2001; BARRETO; PARENTE, 2006). Já os polissacarídeos ácidos de tubérculos de Apium graveolens inibiram a migração de leucócitos peritoneais in vivo (OVODOVA et al., 2009). Além disso, os polissacarídeos totais e frações isoladas das vagens de Caesalpinia ferrea Mart e dos tegumentos das sementes de

Azadirachta indica A. Juss tiveram sua ação anti-inflamatória comprovada pela inibição do

edema de pata induzido por carragenina, dextrana, histamina, serotonina, composto 48/80, bradicinina, prostaglandina E2 (PGE2) e L-arginina; além da inibição da migração de leucócitos e o extravasamento proteico induzidos por carragenina (PEREIRA, 2011). Estudo recentes tem demonstrado ainda os efeitos benéficos da ação anti-inflamarória e antioxidante sobre patologias anti-inflamatórias, como artrite (PAIVA et al., 2011).

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