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3 FATORES DE COMPETITIVIDADE E RISCO NA MINERAÇÃO DE TERRAS-

3.1 Fatores de competitividade e risco

3.1.2.6 Aspectos conjunturais

Os fatores de risco relacionados aos aspectos políticos, econômicos e conjunturais podem ser medidos a partir de parte de dados combinados de três pesquisas (que são realizadas regularmente há pelo menos 10 anos), havendo assim uma série histórica para a análise estatística.

Essas pesquisas resultaram na construção de três índices: o Índice de

Atração de Investimento ou Investment Attractiveness Index, de empresas de

mineração, pelo Instituto Fraser; o Índice de Liberdade Econômica ou Index of

Economic Freedom, da Fundação Heritage em parceria com o Wall Street Journal; e

o Índice de Desempenho Logístico ou Logistics Performance Index pelo Banco Mundial (World Bank). Mais detalhes sobres essas três pesquisas serão explanados a seguir.

A primeira pesquisa/o primeiro índice, do Instituto Fraser, tem a intenção de avaliar como o potencial mineral/geológico e fatores de políticas públicas como a tributação e a incerteza regulatória afetam os investimentos em exploração mineral na jurisdição analisada. As respostas das pesquisas são computadas para classificar províncias, estados e países de acordo com os fatores de políticas públicas que encorajam ou desencorajam o investimento na exploração mineral.

A última pesquisa anual do Instituto Fraser (publicada em 2016) de empresas de mineração foi enviada a cerca de 3.800 gerentes e executivos de empresas de exploração e desenvolvimento e outras empresas relacionadas à mineração, em todo o mundo, no período de 15 de setembro a 27 de novembro de 2015. Foram recebidas um total de 449 respostas. Na pesquisa publicada em 2015, 57% respondentes eram o presidente ou vice-presidente da empresa, e 27% eram gestores ou gerentes seniores. A pesquisa incluiu 109 jurisdições de todos os continentes, exceto Antártida (JACKSON; GREEN 2016).

- Índice de Atratividade de Investimentos = [(Índice de Percepção Política) + (Índice Potencial de Melhores Práticas Minerais (potencial mineral/geológico)].

- Índice de Percepção Política (PPI): faz uma avaliação da atratividade das políticas de mineração. O PPI é um índice composto que captura as opiniões dos gestores e executivos sobre os efeitos das políticas em jurisdições com as quais estão familiarizados. O índice é constituído de respostas para fatores que afetam as decisões políticas de investimento na exploração mineral. Os fatores políticos analisados incluem informações relacionadas à:

a) Incerteza relativa à gestão, interpretação e aplicação dos regulamentos existentes;

b) Incerteza sobre as regulamentações ambientais (estabilidade de regulamentos, coerência e pontualidade dos processos de regulamentação);

c) Duplicações e incoerências regulamentares (federais/provinciais, federais/estaduais, sobreposição interdepartamental etc.);

d) Sistema legal (processos legais que sejam justos, transparentes, não corrompidos, oportunos, administrados de forma eficiente etc.);

e) Regime de tributação (pessoal, corporativo, de folha de pagamento, de capital e outros impostos, e a complexidade no cumprimento das obrigações fiscais);

f) Incerteza quanto a reivindicações de terras em disputa;

g) Incerteza a respeito das áreas que serão protegidas, como deserto, parques, sítios arqueológicos etc.;

h) Qualidade da infraestrutura (acesso a estradas e disponibilidade de energia, transporte, comunicações, educação, moradia etc.);

i) Acordos socioeconômicos/condições de desenvolvimento comunitário (inclui os requisitos de aquisição ou de transformações locais e/ou fornecimento de infraestruturas sociais como escolas ou hospitais etc.);

j) Barreiras comerciais (barreiras tarifárias e não tarifárias, restrições sobre a repatriação de lucros, restrições de moeda etc.);

k) Estabilidade política;

l) Regulamentação do trabalho/de contratos de trabalho e militância trabalhista/interrupções do trabalho;

m) Qualidade da base de dados geológicos (inclui qualidade e escala dos mapas, facilidade de acesso à informação etc.);

n) Nível de segurança (inclui a segurança física, devido à ameaça de ataque por terroristas, criminosos, grupos guerrilheiros etc.);

o) Disponibilidade de mão de obra/competências.

O PPI é normalizado para uma pontuação de 0 até 100. Embora seja útil para medir a atratividade de uma jurisdição com base em fatores políticos, como as regulamentações onerosas, os níveis de tributação e a qualidade da infraestrutura, o Índice de Percepção Política sozinho não reconhece o fato de que as decisões de investimento são muitas vezes tomadas puramente com base no potencial mineral. De acordo com a pesquisa do Instituto Fraser, cerca de 40% das decisões de investimentos são determinadas por fatores políticos. Nesse sentido, os relatórios

vêm mantendo a relação de ponderação precisa de 60/40 (Índice Potencial de Melhores Práticas Minerais/Índice de Percepção Política) na determinação do Índice de Atratividade de Investimentos, permitindo a comparabilidade com outros anos (JACKSON; GREEN, 2016).

Os entrevistados da pesquisa foram solicitados a marcar apenas jurisdições com as quais eles eram familiarizados e apenas os fatores políticos dos quais eles tinham conhecimento. Para cada um dos 15 fatores, os entrevistados foram convidados a escolher entre cinco respostas uma que melhor descrevesse cada jurisdição com a qual eles estavam familiarizados:

a) Incentiva o investimento na exploração;

b) Não é um impedimento para o investimento na exploração; c) É um impedimento leve a investimentos na exploração; d) É um forte impedimento para investimentos na exploração; e

e) Não prosseguiria com o investimento na exploração nesta região devido a esses fatores.

Nova metodologia: na pesquisa publicada em 2016 (ano-base 2015), os pesquisadores do Instituto Fraser utilizaram duas metodologias para a determinação do Índice de Percepção Política (PPI). A primeira é denominada “metodologia antiga” (utilizada até então) e a segunda, “metodologia nova”, adotada para os próximos anos e justificada pelos pesquisadores como uma maneira mais adequada de capturar as percepções. Esta nova metodologia difere daquela por considerar as respostas de todas as categorias (cinco respostas), enquanto na metodologia antiga tomava-se como referência apenas a resposta dos respondentes da alternativa “a” (incentiva o investimento na exploração). O percentual de respondentes quantificado para cada variável/fator de política da respectiva jurisdição é posteriormente normalizado para uma pontuação de 0 a 100, sendo o PPI de uma jurisdição a média de pontuação de todas as respectivas variáveis/fatores de política (JACKSON; GREEN, 2016).

Por se considerar que a “metodologia antiga”, até então utilizada pelo Instituto Fraser, atende às principais intenções do modelo proposto (praticidade e usabilidade), além de mensurar de forma satisfatória a percepção política sobre o encorajamento de se investir na exploração mineral de uma província/uma jurisdição/um país, a metodologia “antiga” foi adotada para a quantificação de 10

componentes entre as 15 componentes constituintes do PPI atual (ou seja, será um PPI parcial) que irão compor o modelo de competitividade e risco (MCRM-TR). As componentes adotadas para o MCRM-TR foram: (1) incerteza relativa à gestão, interpretação e aplicação dos regulamentos existentes; (2) incerteza sobre as regulamentações ambientais (estabilidade de regulamentos, coerência e pontualidade dos processos de regulamentação); (3) duplicações e incoerências regulamentares (federais/provinciais, federais/estaduais, sobreposição interdepartamental etc.); (4) regime de tributação (pessoal, corporativo, de folha de pagamento, de capital e outros impostos, e a complexidade no cumprimento das obrigações fiscais); (5) incerteza a respeito das áreas que serão protegidas, como deserto, parques, sítios arqueológicos etc.; (6) qualidade da infraestrutura (acesso a estradas, disponibilidade de energia, transporte, comunicações, educação, moradia, etc.); (7) acordos socioeconômicos/condições de desenvolvimento comunitário (inclui os requisitos de aquisição ou de transformações locais e/ou fornecimento de infraestruturas sociais como escolas ou hospitais etc.); (8) estabilidade política; (9) qualidade da base de dados geológicos (inclui a qualidade e escala dos mapas, facilidade de acesso à informação etc.); e (10) nível de segurança (inclui a segurança física, devido à ameaça de ataque por terroristas, criminosos, grupos guerrilheiros, etc.).

Os dados da segunda parcela do Índice de Atratividade de Investimento (o Índice Potencial de Melhores Práticas Minerais) não serão utilizados no modelo (MCRM-TR), pois seus efeitos já estarão contemplados nos demais fatores utilizados. Mas, a título de conhecimento, o Índice Potencial de Melhores Práticas Minerais faz uma avaliação da atratividade geológica de uma região. Ele é obtido por meio de entrevistas nas quais se classifica a atratividade puramente pelo potencial mineral da região, independentemente de quaisquer restrições políticas. O índice classifica as jurisdições com base em como a geologia da região encoraja o investimento na exploração ou não é um impedimento para o investimento.

A segunda pesquisa/o segundo índice se realiza pela Fundação Heritage (The Heritage Foundation) em parceria com o Wall Street Journal (Índice de Liberdade Econômica ou Index of Economic Freedom – IEF). Esse índice é construído por meio de informações coletadas de múltiplas fontes internacionais. A pesquisa publicada em 2016 envolveu 186 jurisdições (THE HERITAGE FOUDATION, 2016).

Mensurar a liberdade econômica sugere uma visão do desenvolvimento humano para a população de cada país. O Índice de Liberdade Econômica é uma ferramenta que possibilita analisar a profundidade da evolução política e econômica de um país (THE HERITAGE FOUDATION, 2016). A análise dos componentes de liberdade econômica proporcionará um diagnóstico das políticas econômicas de um país/jurisdição, além de estabelecer parâmetros que medem seus pontos fortes e fracos. Vale destacar que liberdade econômica não significa a ausência de qualquer intervenção estatal, e sim a existências de um Estado mínimo que fornece proteção da liberdade para os indivíduos na sociedade. Dessa forma, nas sociedades economicamente livres os governos permitem que o trabalho, o capital e os bens circulem livremente (THE HERITAGE FOUDATION, 2016). Também é importante frisar que a liberdade econômica é distinta da liberdade política (participação no processo político em igualdade de condições, concorrência livre e justa para o poder político) e das liberdades civis (a liberdade de religião e liberdade de expressão) (BERGGREN, 2003). Pela ótica do investimento estrangeiro direto, Sambharya e Rasheed (2015) verificaram que o papel desempenhado pelos governos nas economias de seus países tem influência significativa sobre as decisões de investimentos estrangeiros, e que para atrair esses investimentos os governos terão de melhorar os ambientes institucionais de seus países, ou seja, melhorar os níveis de liberdade econômica e política pode facilitar o ingresso de investimentos.

A análise dos componentes de liberdade econômica centra-se em quatro categorias fundamentais do ambiente econômico sobre as quais os governos exercem tipicamente uma política de controle. São elas:

a) Estado de direto (direitos de propriedade, liberdade de corrupção); b) Limitação de governo (liberdade fiscal, tamanho do governo);

c) Eficiência regulatória (liberdade empresarial, liberdade trabalhista, liberdade monetária);

d) Livres mercados (livre-comércio, liberdade de investimento e liberdade financeira).

Ao avaliar as condições nessas quatro categorias, o índice mede 10 componentes específicos de liberdade econômica. Trata-se de 10 fatores quantitativos e qualitativos, os quais são classificados em uma escala de 0 a 100. Esses componentes/subvariáveis são igualmente ponderados e a pontuação global

(Índice de Liberdade Econômica) é obtida pela média dos 10 componentes, que são: direitos de propriedade, liberdade de corrupção, liberdade fiscal, tamanho do governo, liberdade empresarial, liberdade trabalhista, liberdade monetária, livre- comércio, liberdade de investimento e liberdade financeira.

a) Estado de direto

- direitos de propriedade: a capacidade de acumular riqueza e propriedade privada é entendida como uma força motivadora central para os trabalhadores e investidores numa economia de mercado. O reconhecimento dos direitos de propriedade privada e de um Estado de direito efetivo para protegê-los é característica vital de uma economia de mercado em pleno funcionamento.

- liberdade de corrupção: a corrupção pode ser mais bem entendida como o fracasso da integridade no sistema econômico, uma distorção pela qual indivíduos ou grupos com interesses específicos são capazes de ganhar em detrimento do todo. Muitas vezes resultado direto da concentração do poder econômico ou político do governo, a corrupção se manifesta de muitas formas, tais como suborno, extorsão, nepotismo, clientelismo, apadrinhamento, peculato e fraude. Assegurar a transparência é crucial para lidar eficazmente com a corrupção. A abertura de procedimentos e processos de regulação pode promover um tratamento equitativo e maior eficiência.

b) Limitação de governo

- liberdade fiscal é uma medida direta da extensão em que o governo permite que indivíduos e empresas mantenham e giram sua renda e riqueza para seu próprio benefício e uso. Um governo pode impor encargos fiscais sobre a atividade econômica por meio da tributação, mas também faz isso quando se depara com a dívida pública que, em última análise, deve ser paga através de impostos. Taxas de imposto mais elevadas interferem na capacidade dos indivíduos e das empresas de atingirem seus objetivos no mercado e, assim, reduzem a atividade global do setor privado.

- tamanho do governo: o custo excessivo do governo é uma questão central na liberdade econômica, tanto em termos de geração de receita quanto em termos

de gastos. Os gastos do governo vêm em muitas formas. Alguns, por exemplo, são realizados no fornecimento de infraestrutura, no financiamento de pesquisas ou no aperfeiçoamento do capital humano (e podem ser considerados investimentos). Todos os gastos do governo que devem, eventualmente, ser financiados por uma tributação mais elevada implicam um custo de oportunidade. Esse custo é o valor do consumo privado ou investimento que teria ocorrido se os recursos envolvidos tivessem sido deixados no setor privado.

c) Eficiência regulatória

- liberdade empresarial: consiste no direito do indivíduo de estabelecer e conduzir uma empresa sem interferência indevida do Estado. Regulamentações onerosas e redundantes são as barreiras mais comuns para a condução livre de uma atividade empreendedora. Ao aumentar os custos de produção, os regulamentos podem provocar maiores dificuldades para os empresários de ter sucesso no mercado. Uma vez que uma empresa está aberta, a regulamentação governamental pode interferir no processo normal de tomada de decisão ou de fixação de preços. Curiosamente, dois países com o mesmo conjunto de regras podem impor encargos regulatórios diferentes.

- liberdade trabalhista: consiste na capacidade de os indivíduos trabalharem tanto quanto e onde eles quiserem; é um componente-chave da liberdade econômica. Da mesma forma, a capacidade das empresas de contratar livremente para o trabalho e demitir trabalhadores quando eles não são mais necessários é essencial para aumentar a produtividade e sustentar o crescimento econômico global. O princípio fundamental de qualquer mercado é a livre-troca voluntária. Os regulamentos do governo tomam uma variedade de formas, incluindo controle de salários e restrições à contratação e demissão. Leis trabalhistas onerosas penalizam as empresas e os trabalhadores.

- liberdade monetária: requer uma moeda estável e preços determinados pelo mercado. Agindo como empresários ou como consumidores, as pessoas livres precisam de uma moeda estável e confiável como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. Sem liberdade monetária, é difícil criar valor no longo prazo ou acumular capital. O valor da moeda de um país pode ser influenciado significativamente pela política monetária de seu governo. Com uma política

monetária que se esforça para combater a inflação, manter a estabilidade dos preços e preservar a riqueza da nação, as pessoas podem contar com os preços de mercado para um futuro previsível. Investimentos, poupança e outros planos de longo prazo podem ser feitos com mais segurança.

d) Livres mercados

- livre-comércio: esse parâmetro reflete a abertura de uma economia para o fluxo de bens e serviços de todo o mundo e a capacidade do cidadão para interagir livremente como comprador ou vendedor no mercado internacional. As restrições ao comércio podem manifestar-se sob a forma de tarifas, impostos de exportação, quotas de comércio ou proibições comerciais definitivas. O grau em que o governo impede o livre fluxo do comércio exterior tem uma relação direta com a capacidade dos indivíduos de perseguir seus objetivos econômicos e maximizar sua produtividade e seu bem-estar. Em muitos casos, as limitações de comércio também colocam os produtos e serviços de tecnologia avançada fora do alcance dos empresários locais, limitando o seu próprio desenvolvimento produtivo.

- liberdade de investimento: um ambiente de investimento livre e aberto oferece máximos incentivos e oportunidades empresariais para a expansão da atividade econômica, além de maiores produtividade e criação de emprego. Os benefícios de tal ambiente não fluem somente para as empresas individuais que tomam o risco empresarial na expectativa de maior retorno, mas também para a sociedade como um todo. Um quadro de investimento eficaz será caracterizado pela transparência e equidade, suportando todos os tipos de empresas, em vez de apenas as grandes corporações ou as estrategicamente importantes, e irá incentivar em vez de desencorajar a inovação e a concorrência.

- liberdade financeira: um sistema financeiro formal acessível que funcione de forma eficiente assegura a disponibilidade da economia diversificada, do crédito, do pagamento e de serviços de investimento para os indivíduos. Ao expandir oportunidades de financiamento e promoção do espírito empresarial, um ambiente bancário aberto incentiva a concorrência a fim de proporcionar a intermediação financeira mais eficiente entre famílias e empresas, bem como entre os investidores e empresários. Tal como acontece com o sistema bancário, o papel do governo na

regulação dessas instituições é garantir a transparência e a integridade, e promover a divulgação de ativos, passivos e riscos.

A terceira pesquisa/o terceiro índice se realiza pelo Banco Mundial (World Bank) em parceria com instituições acadêmicas internacionais, empresas privadas e indivíduos envolvidos em logística internacional, abrangendo mais de 5.000 avaliações de países. É o Índice de Desempenho Logístico ou The Logistics

Performance Index (LPI) (WORLD BANK, 2016).

O Índice de Desempenho Logístico (LPI) é uma ferramenta de benchmarking interativa criada para ajudar os países a identificar os desafios e as oportunidades que enfrentam no seu desempenho na logística de comércio e o que eles podem fazer para melhorar seus resultados.

Esse índice é composto por seis categorias/variáveis de indicadores. As variáveis selecionadas possuem a mesma escala para medição, pois os entrevistados avaliam seis dimensões em uma escala de 1 (pior) a 5 (melhor), sendo que as pontuações finais são a média de todos os entrevistados (WORLD BANK, 2016).

As categorias/variáveis do Índice de Desempenho Logístico (Internacional) são:

a) A eficiência do processo de desalfandegamento (customs). Trata-se da percepção da eficiência dos processos de desembaraço aduaneiros, isto é, velocidade, simplicidade e previsibilidade das formalidades;

b) A qualidade do comércio e a infraestrutura de transportes (infrastructure). Trata-se da percepção da qualidade do comércio e dos transportes, e da infraestrutura relacionada (por exemplo, portos, ferrovias, estradas, tecnologia da informação);

c) A facilidade de organizar embarques a preços competitivos (ease of

arranging shipments). Trata-se da percepção da facilidade de organizar embarques

a preços competitivos para os mercados;

d) A competência e a qualidade de serviços logísticos de transporte rodoviário, encaminhamento e despacho aduaneiro (quality of logistics services). Trata-se da percepção do nível geral de competência e qualidade de serviços logísticos, por exemplo: operadores de transportes, despachantes aduaneiros etc.;

e) A capacidade de controlar e rastrear as remessas (tracking and tracing). Trata-se da percepção da capacidade de controlar e rastrear as remessas quanto ao transporte para o mercado;

f) A frequência com que as remessas chegam aos destinatários dentro dos prazos de entrega programados ou esperados (timeliness). Trata-se da percepção de pontualidade.

Vale salientar que, para o modelo de competitividade e risco (MCRM-TR) proposto, das seis componentes constituintes do LPI serão utilizadas cinco (ou seja, será um Índice de Desempenho Logístico parcial): (1) a eficiência do processo de desalfandegamento (customs); (2) a facilidade de organizar embarques a preços competitivos (ease of arranging shipments); (3) a competência e a qualidade dos serviços logísticos de transporte rodoviário, encaminhamento e despacho aduaneiro (quality of logistics services); (4) a capacidade de controlar e rastrear as remessas (tracking and tracing); e a (5) frequência com que as remessas chegam aos destinatários dentro dos prazos de entrega programados ou esperados (timeliness).

Fica de fora a componente “qualidade do comércio e infraestrutura de transportes” (infrastructure), por seus efeitos já estarem contemplados de forma satisfatória na componente “qualidade da infraestrutura” do fator FPPCS (na pesquisa