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Pode-se afirmar que o processo de dominação econômica que é imposto há séculos pelos “países centrais” aos “países periféricos” continua. Mudou-se apenas a forma de exploração. Esse processo que começou com o “descobrimento” das Américas foi responsável pela dilapidação das riquezas naturais e pela criação de um antagonismo que persiste até os

102 “Na realidade, a experiência mostra que para retirar material biológico da Amazônia não há necessidade de

grandes aparatos ou de estruturas formais. Na era da biotecnologia e da engenharia genética tudo que se precisa para reproduzir uma espécie são algumas células facilmente levadas e dificilmente detectadas por mecanismos de vigilância e segurança. O bolso, a caneta, o frasco de perfume, os estojos de maquiagem, os cigarros, os adornos artesanais, as dobras e costuras das roupas, enfim, há milhares de maneiras de esconder fragmentos de tecidos, culturas de microorganismos, minúsculas gêmulas ou diminutas sementes, sem que seja necessário sequer o uso de muita criatividade. Além disso não se pode esquecer que o comércio legalizado de plantas medicinais e a indústria de fitoterápicos disponibilizam livremente fragmentos e extratos vegetais que podem ser adquiridos nos mercados e feiras e levados sem nenhuma restrição. Quanto às práticas delituosas ou criminosas, elas podem ser praticadas em qualquer ponto dos cinco milhões de quilômetros quadrados da Amazônia que estão disponíveis para receber a visita autorizada de vários tipos de pessoas, entre as quais se incluem turistas, empresários, estudantes, missionários de várias seitas e religiões, jornalistas de periódicos do mundo inteiro, equipes de cinema e televisão, dirigentes e membros de ONGs nacionais e internacionais, agentes comerciais, curiosos, contrabandistas, narcotraficantes, etc. E existem ainda as visitas não autorizadas que podem transpor os mais de 13 mil quilômetros de fronteira terrestre e oceânica onde a fiscalização é quase nula, embora seja heróica onde é exercida. Adicione-se a esse contingente de peregrinos constantes e eventuais, os cerca de 19 milhões de habitantes da região que são absolutamente livres para ir e vir e teremos um universo de possibilidades onde o combate a essa prática lesiva aos interesses nacionais, se torna uma tarefa inexeqüível”. (FONSECA, Ozório José de M. Biopirataria, uma questão (quase) insolúvel. Disponível em: <http://www.inpa.gov.br/artigos/BIOPIRATARIA.doc>. Acesso em: 05 ago. 2007).

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dias atuais, colocando de um lado dominadores e do outro lado dominados e, conseqüentemente, dividindo o mundo em centro e periferia.

Todo ouro e prata que estava ao alcance dos “descobridores” foi levado para a Europa e serviu, como denuncia Eduardo Galeano, como “formidável contribuição da América para o progresso alheio”.103 O autor citado ressalta que:

Entre 1503 e 1660, chegaram ao porto de San Lúcar de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata. A prata transportada para a Espanha em pouco mais de um século e meio, excedia três vezes o total de reservas européias. E é preciso levar em conta que essas cifras oficiais são sempre minimizadas.104

Rifkin, aliás, também fez considerações neste sentido, lembrando que a biopirataria, ou o que ele chama de “biocolonialismo”, não é um fenômeno novo, pois:

A história das lutas coloniais tem sido sempre a história da usurpação das riquezas biológicas nativas em benefício do colonizador. As grandes expedições exploradoras ao Novo Mundo eram voltadas tanto à tarefa de encontrar novas fontes biológicas de alimentos, fibras, pigmentos e medicamentos quanto à de encontrar ouro prata e outros metais preciosos.105

Seguindo essa linha de argumentação, em época bem mais recente, como mostram Fernando Henrique e Enzo Faletto, com o término da Segunda Guerra Mundial, alguns países da América Latina estavam em condições de se industrializar e dar início a um processo de desenvolvimento auto-suficiente, porém, apesar das inúmeras condições favoráveis, esta etapa não foi alcançada.106 A resposta para esse insucesso está, segundo os autores, na teoria da dependência, que reservou aos países da periferia uma posição bem definida na estrutura econômica internacional e na relação de dominação:

Em todo caso, a situação de subdesenvolvimento produziu-se historicamente quando a expansão do capitalismo comercial e depois do capitalismo industrial vinculou a um mesmo mercado economias que, além de apresentar graus variados de diferenciação do sistema produtivo, passaram a ocupar posições distintas na estrutura global do sistema capitalista. Dessa forma, entre as economias desenvolvidas e as subdesenvolvidas não existe uma simples diferença de etapa ou de estágio do sistema produtivo, mas também de função ou posição dentro de uma mesma estrutura econômica internacional de produção e distribuição. Isso supõe, por outro lado, uma

103 GALEANO, Eduardo. As veias abertas da américa latina. 45. ed. Tradução Galeno de Freitas. São Paulo:

Paz e Terra, 2005. p. 41.

104 Id. Ibid., p. 40.

105 RIFKIN, Jeremy. O século da biotecnologia: a valorização dos genes e a reconstrução do mundo. Tradução

Arão Sapiro. São Paulo: Makron, 1999. p 51.

106 CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na américa latina:

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estrutura definida de relações de dominação.107

Transferindo a análise para o contexto atual, em uma sociedade da informação, deter a informação e dominar as novas tecnologias, significa ter controle sobre os países que estão alijados desses conhecimentos e, portanto, manter o processo de dominação.

É cada vez mais evidente que a sociedade industrial está em declínio e que surge uma nova estrutura social que alguns chamam de sociedade de informação, pós-industrial, pós- moderna, sociedade dos serviços, tecnotrônica ou, ainda, programada.108 Enfim, adjetivos variados, porém que significam que a sociedade atual apresenta novas características que apontam para uma nova forma de organização social na qual o processamento de informações, a preponderância do setor de serviços, o domínio das novas tecnologias são os seus principais fundamentos. De Masi indica pelo menos cinco aspectos que revelam essa mudança na estrutura social:

Os cinco aspectos que a definem são: 1) a passagem da produção de bens para a economia de serviços; 2) a preeminência da classe dos profissionais e dos técnicos; 3) o caráter central do saber teórico, gerador da inovação e das idéias diretivas nas quais a coletividade se inspira; 4) a gestão do desenvolvimento técnico e o controle normativo da tecnologia; 5) a criação de uma nova tecnologia intelectual.109

Nessa nova realidade social a biotecnologia assume lugar de destaque, ao ponto de Rifkin chamar esse momento histórico de o “Século Biotecnológico”.110

Na esteira dessa nova sociedade seguem também os diversos processos de globalização que têm gerado mais desigualdade e exclusão social.

Neste sentido, o poder econômico internacional das grandes potências se assenta sobre diversos fatores, porém merece destaque, como frisa Petras, a concentração de empresas transnacionais que cada país detém.111 Assim, esclarece o citado autor que:

Os Estados Unidos da América (EUA) continuam sendo o poder dominante em termos absolutos e relativos: contam com 227 (45%) das 500 EMNs mais importantes, seguidos pela Europa Ocidental, com 141 (28%), e Ásia, 92 (18%). Esses três blocos regionais controlam 91% das principais EMNs do

107 CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na américa latina:

ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. p. 38-39.

108 DE MASI, Domenico. A sociedade pós-industrial. Tradução Anna Maria Capovilla et. al. 4. ed. São Paulo:

Senac, 2003, p. 32.

109 Id. Ibid., p. 35.

110 RIFKIN, Jeremy. O século da biotecnologia: a valorização dos genes e a reconstrução do mundo. Tradução

Arão Sapiro. São Paulo: Makron, 1999.

111 PETRAS, James. Imperialismo e luta de classes no mundo contemporâneo. Florianópolis: UFSC, 2007. p.

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mundo. A “globalização” pode ser entendida em seu sentido mais geral como o poder derivado das EMNs estabelecidas nos três blocos de poder citados, que lhes permite movimentar capitais, controlar o comércio, o crédito, o financiamento e o espetáculo. Quase três quartos (73%) das grandes instituições corporativas encontram-se na esfera de poder configurada pela Europa-EUA. Embora as EMNs asiáticas tenham um papel cada vez maior e possam representar um certo perigo nas próximas décadas,a curto e médio prazo, o eixo econômicos EUA-Europa continuará sendo predominante.112

Outro dado que se apresenta de suma importância para se compreender o momento atual e se tentar definir alternativas sustentáveis para o Brasil e os demais países da região amazônica diante de um contexto de economia globalizada, diz respeito às áreas de atuação dessas empresas transnacionais.

Petras revela que os Estados Unidos detêm os oito lugares entre as dez primeiras posições de empresas transnacionais que atuam no setor do comércio varejista.113

Segundo Petras, as oito das dez principais empresas transnacionais do setor de tecnologia e informação são norte-americanas114 e no setor de meios de comunicação de massa e entretenimento pertencem aos Estados Unidos onze das quatorze empresas transnacionais de maior importância.115

Não se pode deixar de destacar, até por razões de maior interesse para esta pesquisa, que os Estados Unidos dominam o setor de produtos farmacêuticos, controlando as principais empresas transnacionais dessa área. Isto significa, em outros termos, que a concentração de empresas transnacionais principalmente nos setores de tecnologia, informação e medicamentos, torna o Brasil e os países da região amazônica, detentores de biodiversidade e, por sua vez, desprovidos nos setores explorados pelas grandes potências, em alvos prioritários à expansão do “poder imperial”.

Hoje, de um lado estão os países centrais com suas indústrias poderosas de biotecnologia e, do outro lado, os “países periféricos” detentores de biodiversidade. Em outros termos, países ricos detentores do poder econômico e consumidores de biodiversidade, explorando países pobres fornecedores de biodiversidade.

É, portanto, inarredável que se estabeleça o quanto antes instrumentos eficazes para o controle do acesso à biodiversidade e aos conhecimentos tradicionais associados, garantindo- se a conservação desse patrimônio e a repartição dos benefícios.

112 PETRAS, James. Imperialismo e luta de classes no mundo contemporâneo. Florianópolis: UFSC, 2007, p.

12.

113 Id. Ibid., p. 14. 114 Id. Ibid., p. 15. 115 Id. Ibid., p. 15.

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Compreendida essa conjuntura, faz sentido o raciocínio de Petras quanto à expansão do “projeto imperialista” norte-americano e europeu, assinalando que a América Latina e, especialmente o Brasil por sua relevância estratégia, fazem parte do processo de partilha comandado pelas grandes potências com o objetivo de garantir os interesses das suas empresas transnacionais.116

Uma vez apresentados os aspectos destacados da globalização, constata-se que em linhas gerais, as relações internacionais se desenvolvem em uma dimensão de desigualdade, onde há países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Sob o ângulo econômico, os países da periferia, autorizando a dilapidação do patrimônio genético extraído da sua biodiversidade ou se limitando à condição de simples fornecedores desse patrimônio, só estarão perpetuando a relação de dependência com os países desenvolvidos.

Esse contraste, que revela claramente a perpetuação em um cenário atual da relação de dominação e dependência entre Norte e Sul, conduz a um referencial teórico embasado nas obras de Vandana Shiva para o enfoque da questão ambiental.

Vandana Shiva, ambientalista e ativista de renome internacional, por ser indiana e trabalhar com os movimentos sociais junto a populações rurais pobres do seu país, constrói o seu pensamento a partir de um olhar dos países em desenvolvimento, ou seja, da perspectiva do oprimido e dominado. Em sua obra Biopirataria: A pilhagem da natureza e do

conhecimento, a autora sustenta que: “Resistir à biopirataria é resistir à colonização final da

própria vida”.117

É inegável que com o descobrimento das Américas deu-se início a um processo contínuo de dominação, no qual os “países centrais” dilapidaram todo o ouro e prata dos “países colonizados” e ainda exterminaram grande parte das populações locais.

Com o comércio global que teve lugar no início da Idade Moderna, marcado principalmente pelas grandes navegações, a Europa conseguiu amealhar lucros fabulosos e impôs o seu domínio sobre o resto do mundo. O comércio, baseado na exploração inescrupulosa, era triangular e consistia no envio de matéria-prima oriunda das colônias do Novo Mundo para as metrópoles, onde eram confeccionados produtos manufaturados, que, então, alimentavam o tráfico de escravos negros para as plantações das colônias.

Após o capitalismo mercantil, veio o capitalismo industrial, sendo evidente que os “países periféricos” sempre estiveram, no processo comercial global, em uma posição

116 PETRAS, James. Imperialismo e luta de classes no mundo contemporâneo. Florianópolis: UFSC, 2007,

passim.

117 SHIVA, Vandana. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. Tradução Laura Cardellini

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secundária, que os coloca na condição de meros fornecedores de matérias-primas, sem alternativa de assumir um papel de destaque na cadeia produtiva, que lhes permita desenvolvimento e efetivo crescimento, pelo menos econômico.

A situação desses países na sociedade da informação não mudou, pois a “colonização” continua sendo implementada sutilmente, agora pelo conhecimento privilegiado da biotecnologia.

Vandana Shiva revela, portanto, forte preocupação com o surgimento deste novo modelo de dominação e critica o reconhecimento dos direitos de propriedade intelectual aos países desenvolvidos com fundamento no acordo geral sobre propriedade intelectual no âmbito da Organização Mundial do Comércio, apontando o sistema de patentes como um novo instrumento de conquista e exploração.

Segundo Vandana Shiva, os direitos à propriedade intelectual defendidos pelos países desenvolvidos são ilegítimos por duas razões: a) em primeiro lugar, trata-se de apropriação indevida da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais; e, b) em segundo lugar, a patente leva à presunção falsa de que o produto foi criado pelo detentor do registro.118

A pesquisadora constata, portanto, que a violência e a pilhagem praticadas pelos países desenvolvidos são os instrumentos atuais usados por eles para a geração de riqueza e a colonização da natureza por meio das novas tecnologias.119

O pensamento de Vandana Shiva fortalece um sentimento autóctone e valoriza o que é construído pelo povo, objetivando que as riquezas dos países em desenvolvimento não sejam mais uma vez objeto da cobiça internacional. Para a autora:

A biodiversidade é um recurso do povo. Enquanto o mundo industrializado e as sociedades afluentes deram as costas à biodiversidade, os pobres no Terceiro Mundo dependem continuamente dos recursos biológicos para obter comida, cuidar da saúde, extrair energia, fibras, e construir moradias.120

A pesquisadora exerce um papel muito importante na denúncia do processo exploratório a que os países em desenvolvimento estão submetidos, revelando a ideologia do poder dominante, ou se poderia até dizer globalizante quando afirma que:

Os que são explorados tornam-se criminosos, os que exploram reivindicam proteção. O Norte tem que ser protegido do Sul para poder continuar seu roubo ininterrupto da diversidade genética do Terceiro Mundo.121

118 SHIVA, Vandana. Tradução Laura Cardellini Barbosa de Oliveira. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do

conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 97-98.

119 Id. Ibid., passim. 120 Id. Ibid., p. 92. 121 Id. Ibid., p. 81.

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Sob essa perspectiva crítica, que pressupõe como primeiro passo uma tomada de consciência, a teoria de base colhida a partir do pensamento de Vandana Shiva representa uma importante ferramenta para se compreender a realidade do Brasil e dos países da região amazônica – que detêm biodiversidade e conhecimentos tradicionais – dentro de um contexto mundial, no qual, ou continuarão dominados, explorados e fornecedores de matérias-primas a preços vis, ou poderão desempenhar o papel de protagonistas, partilhando a riqueza de forma justa, mediante a utilização sustentável da biodiversidade.

Lembra Alfredo Homma que uma lei contra a biopirataria provavelmente já estaria vindo tarde demais, pois: “É bem provável que uma grande parte de plantas amazônicas estejam em diversos jardins botânicos do mundo, como parte do esforço que se caracterizou a partir do século XVII”.122 O cientista ressalta, também, que vários recursos genéticos oriundos da Amazônia, conforme apurado na CPI da Biopirataria, há bastante tempo já foram levados para outros países.123

Nessa mesma esteira, em 1987, Pat Mooney já relatava a existência de vários bancos genéticos espalhados pelo mundo, onde está armazenado um grande número de espécies:

Na base da escada da conservação genética estão aproximadamente sessenta bancos de genes, formados para coletar e preservar tesouros nacionais e para colher, dos recursos mundiais, qualquer material que possa ser solicitado por melhoristas locais.

[...] Desde que o sistema de coleções tornou-se oficial, em 1898, o governo norte-americano subvencionou mais de 150 expedições ao exterior, que trouxeram para o país mais de 350 mil novas plantas. O relatório de 1978 do “Sistema Nacional de Germoplasma Vegetal” identificou onze principais bancos de genes, com o total de 276.124 introduções de plantas.124

Assim sendo, fica a impressão de que certamente os governos dos países desenvolvidos sabem mais sobre a biodiversidade dos países detentores dos recursos genéticos, do que esses próprios países. Tudo isso faz com que se concorde com a afirmação de que, realmente, é possível que seja um pouco tarde para criminalizar a biopirataria, mas não é por isso que se deva deixar de criar os mecanismos de proteção ao que se considera um patrimônio nacional e que não pode ser entregue gratuitamente, repetindo-se a história de exploração.

122 HOMMA, Alfredo. Biopirataria na amazônia: ainda é tempo para salvar? Disponível em:

<http://www.atech.br/agenda21.as/download/amazonia2.pdf>. Acesso em 17 out. 2007.

123 Para maiores detalhes, vide Anexo P.

124 MOONEY, Pat Roy. O escândalo das sementes: o domínio na produção de alimentos. Tradução Adilson D.

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Conforme se observa no Capítulo II, o que realmente se propõe quando se quer criminalizar a biopirataria é a proteger o Brasil e os países detentores de biodiversidade do processo exploratório a que estão submetidos por causa da sua condição de “países periféricos” na ordem internacional. Assim sendo, a biopirataria representa a continuidade da relação de dominação econômica, pois os “países periféricos” mantêm sua posição de explorados e fornecedores de matérias-primas. A diferença agora é que os exploradores são as empresas transnacionais da biotecnologia, que ficam com as vantagens e benefícios das atividades econômicas desenvolvidas com a exploração da biodiversidade.

Assume-se, portanto, nesta investigação a premissa de que para se assegurar um desenvolvimento sustentável dos “países periféricos” é preciso também reforçar os instrumentos jurídicos para a proteção da biodiversidade, inclusive de natureza penal.

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CAPÍTULO II – CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA NA REPÚBLICA

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