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ASPECTOS PSICONEUROLÓGICOS: Condição para a (re)socialização.

2.2 (RE) SOCIALIZAÇÃO NO PROC ESSO DE APRENDIZAGEM:

2.3. ASPECTOS PSICONEUROLÓGICOS: Condição para a (re)socialização.

A importância do aprendizado para a (re) socialização e as condições inibidoras deste processo, são variáveis psicossociais relativas ao indivíduo, em decorrência do meio a ser integrado por este. A relação biopsicosocial no contexto da (re)socialização abrange fatores que, de certa forma, podem ser alterados pela intervenção do próprio sujeito

s subjetivos são mais difíceis de serem alterados, pois , exemplo: eliminar o ruído do ambiente, quando este interfere nos objetivos finais da ação. Os fatore

dependem exclusivamente de questões pessoais do individuo, tais como a vontade e a segurança emocional para atingir sua autonomia. Portanto, qualquer relação psicossocial esta fortemente relacionada ao psiconeurológico. Para melhor entender esta relação é importante conhecer a anatomia do sistema nervoso que conduz este processo ou, o conhecimento da neuroanatomia. O Cérebro é composto por dois hemisférios, o Direito e o Esquerdo, unido por vários feixes de fibras de comunicação, sendo o maior de todos denominado de Corpo Caloso, de acordo com os neurocientistas Sally P. Springer e Georg Deutsch ( Springer & Deutsch / 1998). Pesquisas cientificas comprovam o predomínio de um lado do corpo sobre o outro, como ocorre na Dexteridade (mão e membros que se usam mais), não somente tem uma base neurofisiológica e neuroanatomica, mas também se generaliza para outras áreas das funções cerebrais. Roger Sperry (1981), ganhador do prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, define os hemisférios com características especificas:

Hemisfério Direito Hemisfério Esquerdo

1. Não usa a linguagem, é considerado intuitivo e usa a imaginação; 2. Predomina o sentimento e a emoção.

1. Responsável pela linguagem;

raciocínio lógico; memória e cálculo. 2. Predomina a lógica.

(Fonte: Cérebro Esquerdo, Cérebro Direito, Springer & Deustsh, 1998)

Carneiro, C. (Carneiro, 2002, p.6-7), em estudos recentes, cita os doutores Norman Geschwind e Albert Galaburda, e suas pesquisas sobre a correlação entre lateralidade e sistema imunológico, chegando à conclusão de que a presença de Testosterona no desenvolvimento fetal diminui o aprimoramento do Hemisfério Esque

e estudo é pertinente quando justifica a influência dos fatores neurofisiológicos para o comportamento do individuo e, conseqüentemente, as ações rdo, favorecendo o desenvolvimento do Hemisfério Direito. O fato de que a Testosterona atingir fetos de ambos os sexos, tendo uma menor atuação no feto feminino, explica a maior incidência de deficientes de linguagem e cognição na população masculina. Est

emocionais destes. Considerando os estudos de Carneiro correlacionados às pesquisas

de Ma da

for aç o do sujeito, sup oso do sexo

ma ção de no ência de fat a se ory”) (5), os se se te às

situações de confronto e/ou press

os a, im de pro lar se om ten is se s su o em te ap processo emocional e o

aprendizado, entendo a cognição como a capacidade do indivíduo em processar as informações, de acordo com seu entendimento passado e cultural. É a capacidade de interpr

rkert (2004), quando analisa a interação /comunicação na perspectiva

m ã õe-se que no processo da (re) socialização, o id

scu no sofre maior influência da deficiência de auto – estima e na aquisi vos alores, em relação à idosa. Na busca de justificativa, quanto à influ

ores neurofisiológicos nas pessoas, principalmente nas de mais idade, apresento guir aplicação do inventário S.T.A.X. I (“State – Trait Anger Expression Invent trabalho científico orientado em grupo alvo de alunos e professores de ambos xos, faixas etárias diferenciadas entre 17 anos a 70 anos (Oliveira, 2003), verificou- que as características refletem de forma diferente as reações emocionais, fren

ão social. A conclusão deste estudo define para todos sujeitos pesquisados, professores e alunos, o estado emocional acima da médi plica do nestes indivíduos uma maior vulnerabilidade a qualquer situação

voc ção. Existe forte pré - disposição do sexo feminino, acima de 40 anos, contro u estado emocional, diferente do sexo masculino, na mesma faixa etária, c

dên ia à falta de controle de suas emoções (Oliveira, 2003, p. 48-50). As variáve xos idade são também refletidas nas questões socioeconômicas pertinentes ao jeitos estudados, interferindo na vida acadêmica. Nesta pesquisa, fica claro que ocio al prejudica qualquer relação para a existência da lógica e o conseqüen rend zado (Oliveira JBE, 2003 ). Para correlacionar o

li v a e n a c e n i

etar e perceber as situações, baseadas em suas experiências e/ou na condição de adaptação a situações diferentes, interagindo ou não com fatores emocionais.

(5) S.T. A. X. I é um inventário de expressão de raiva traço-estado, que fornece medidas concisas da experiência e expressão da raiva. O estado emocional caracterizado por sentimentos subjetivos, que variam em intensidade, indo desde um leve aborrecimento ou irritação, até a fúria. (Charles D. Spielberger,1992).

A teoria da cognição enfatiza o funcionamento mental humano em: a) Linguagem, memória e raciocínio lógico; b) Afetos ligados ao prazer e desprazer no sentido emocional; c) Motivação, correlacionada com as necessidades básicas (sono,

sexo, fome, sede e outros ). Do ponto de vista psicológico não se pode falar em

cognição sem falar em emoção, desta forma as estruturas do encéfalo ligadas à memória estão diretamente associadas a fenômenos afetivos e da motivação. Santos, C.Q. médico neuropsiquiatria, que trabalha com reabilitação de pacientes com disfunções cognitivas, entende a cognição como a capacidade de processar informações e de reagir ao que percebemos, no mundo e em nós mesmos. Santos, ainda, acrescenta que o funcionamento mental é idiossincrásico: extremamente individual e único ( Santos, 2004). Tal fundamentação não justifica a generalidade do declínio cognitivo do idoso. Todos os seres humanos apresentam características em comum, ou seja, desde que nascemos às informações são processadas conforme nossa experiência passada. A forma de reagirem a determinadas situações varia de pessoa para pessoa, de cultura para cultura. Santos (2004, p. 1-6), acrescenta que as vítimas de violência ou agressões costumam apresentar Amnésia Lacunar (o indivíduo apresenta um “vazio” de memória em determinado período). Os picos de alegria ou de tristeza podem prejudicar a rememoração e as amnésias de curta duração ocorrem normalmente quando a pessoa é obrigada a realizar algo sob forte tensão. Em artigo sobre depressão na terceira idade (“ Jornal da 3ª idade “/ Agosto de 2005, p.2), Mario R. Louzã, médico psiquiatra e psicanalista, fala da freqüente queixa de idosos e dos fatores que podem levar à depressão: predisposição genética, fatores ambientais (aposentadoria e renda), doenças físicas, etc. A pessoa idosa se sente apática, sem vontade e sem esperança, tem queixas físicas, vive irritada, achando que ninguém gosta dela.

Em matéria sobre a depressão, artigo editado pela AFABESP- Associação dos Funcionários Aposentados do Banco do Estado de São Paulo (20/12/05) , vê-se a interferência nas questões sociais do idoso , principalmente no processo cognitivo na sua adaptação ao meio :

A emoção é um estado transitório causado por um agente externo e, em geral, as principais causas são as ameaças e as injustiças. Adler

ALFABESP – Associação dos Funcionários Aposentados do