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Assassin’s Creed: II

No documento 2017VagnerEbert (páginas 126-128)

5.1 O HERÓI NAS SOMBRAS: OS CAMINHOS ISOLADOS

5.1.5 Assassin’s Creed: II

Ezio Auditore da Firenze é o personagem principal do game Assassin’s Creed: II,

lançado em 2009 pela Ubisoft, que também faz a continuação da história de Desmond Miles e dos Assassinos do século XXI que utilizam o Animus para reviver as memórias de seus ancestrais para obter a localização dos Pedaços do Éden.

Ezio é um jovem florentino que vê sua vida se transformar após a morte de seu pai e de

seus dois irmãos ao serem traídos por seus aliados e que, diante de um enorme desejo de vingança, torna-se um Assassino e acaba seguindo os passos de Giovanni, seu pai. Com a ajuda de inúmeros membros da Ordem dos Assassinos, sendo Mario Auditore e Nicolau Maquiavel os principais dentre eles, e outros aliados externos, como Leonardo Da Vinci, Ezio aprende as habilidades e consegue as armas necessárias para cumprir o legado da família, eliminar a ameaça Templária que planeja controlar o mundo e que está infiltrada na Itália. Os Templários, ainda, são liderados por Rodrigo Bórgia.

Um a um, os Templários são riscados da lista de Ezio e da Itália renascentista em batalhas por Florença, Veneza, Forlì e encerrando-se em Roma, quando o Assassino enfrenta seu principal inimigo, Rodrigo Bórgia, o então Papa Alexandre VI. Sob o Vaticano realiza-se uma profecia; Ezio, munido da “Maçã do Éden” e da Cruz Papal, ambos Pedaços do Éden, revela-se o profeta, o escolhido para adentrar a câmara deixada por “Aqueles Que Vieram Antes”. Ali lhe é revelado o destino do mundo; conhecidos como os deuses antigos, “Aqueles Que Vieram Antes” construíram câmaras em diferentes lugares do planeta para proteger quem a elas tivesse acesso em catástrofes mundiais. A mensagem que a “deusa” Minerva deixa não é para Ezio, mas para Desmond, alertando-o para que encontre as câmaras para salvar o mundo da destruição.

Ao sair da câmara sob o Vaticano, Ezio descobre que Rodrigo Bórgia sobreviveu e escapou. De volta ao século XXI, fora do Animus, Desmond e Lucy enfrentam alguns Templários e fogem do esconderijo. Lucy acredita que a catástrofe que destruiu a primeira civilização está prestes a acontecer novamente.

Ao se analisar com mais cautela as duas narrativas da obra, a história de Desmond e a história de Ezio, é possível perceber que a narrativa de Desmond está em segundo plano, sendo a explicação necessária para que se descubra a história de Ezio que, por sua vez, possui uma narrativa mais completa, como mostram as informações do Quadro 22 a seguir.

Quadro 22 – Elementos da narrativa de Assassin’s Creed: II

Elemento Como se apresenta na narrativa.

Tempo 2012 e 1476-1499

Espaço Itália – Florença, Veneza, Forlì e Roma.

Narrador Mais uma vez o narrador está em 3ª pessoa (narrador heterodiegético) e acompanha Desmond e Ezio em suas aventuras, servindo como o ponto de vista para o jogador realizar suas ações. Personagens Protagonistas: Desmond Miles e Ezio Auditore da Firenze

Antagonistas: Templários e Rodrigo Bórgia. Enredo Exposição:

1 - Desmond retorna ao Animus, agora pelos Assassinos, para reviver as memórias de Ezio. 2 – Ezio é um jovem florentino que vê sua vida mudar após o assassinato de sua família, evento que o leva a se tornar um Assassino.

Ação crescente:

1 – Desmond continua a usar o Animus.

2 – Ezio elimina seus alvos e torna-se um Assassino cada vez mais experiente. Complicação:

1 – A localização do esconderijo de Desmond é descoberta.

2 – Ezio descobre a localização da Câmara (no Vaticano) e decide confrontar seu inimigo antes que este tenha acesso ao seu conteúdo.

Clímax:

1 – Desmond e Lucy lutam com os inimigos.

2 – Ezio e Rodrigo Bórgia lutam utilizando os Pedaços do Éden. Após vencer seu inimigo,

Ezio entra na Câmara.

Desenlace:

1 – Desmond descobre o mistério da Câmara e o destino da humanidade por meio de Ezio. 2 – Ezio descobre sua missão na Câmara e o destino da humanidade no futuro.

Fonte: Produzido pelo autor.

Se a narrativa da franquia deu um salto em relação ao período em que as histórias acontecem, há que se destacar também as mudanças em relação a jogabilidade de Assassin’s

Creed: II. Neste novo jogo eletrônico os combates foram melhorados, mas os comandos

permaneceram semelhantes ao primeiro jogo. As principais diferenças, contudo, referem-se à recuperação da saúde (ou vida) que não é mais automática como no jogo um; Ezio precisa comprar remédios para sobreviver aos danos dos combates. Para adquirir remédios, Ezio deve roubar pessoas, fazer missões secundárias que lhe concedem dinheiro e bônus, ou ainda investir

em Monteriggioni, cidade controlada pelo seu tio Mario Auditore e que precisa de melhorias, as quais concedem ao investidor parte dos lucros dos estabelecimentos melhorados.

Missões bônus estão espalhadas por todo o game, sendo que uma delas, a missão de coletar páginas do códex dos Assassinos, revela-se como uma missão necessária para o desenvolvimento do jogo eletrônico, já que sem essas páginas a localização da câmara sob o Vaticano não é revelada, bloqueando a última fase do videogame.

Outra importante mudança é a notoriedade. O lema dos Assassinos é permanecer oculto na multidão, porém, a cada assassinato, Ezio torna-se mais conhecido pelos cidadãos e, principalmente, pelos soldados inimigos. Para diminuir sua notoriedade e tornar-se novamente um desconhecido, o Assassino precisa realizar atividades como rasgar cartazes de “Procurado”, subornar os oradores que divulgam informações pela cidade, entre outras.

Ainda, escondido no jogo, há um vídeo que conta uma releitura da narrativa bíblica de Adão e Eva. Após encontrar todas as partes do quebra-cabeça, o vídeo é inteiramente revelado e mostra o casal roubando a “Maçã do Éden” e fugindo do paraíso bíblico, porém esse novo Éden é muito mais tecnológico e futurista do que o conhecido pelos registros sagrados. Mais detalhes sobre esse vídeo ou sobre o jogo eletrônico podem ser encontrados no QR Code (Figura 21).

Figura 21 – Resumo e informações sobre Assassin’s Creed: II39

Fonte: Produzido pelo autor.

No documento 2017VagnerEbert (páginas 126-128)