• Nenhum resultado encontrado

Fluxograma 2- Distribuição dos estudantes que acessaram a primeira turma de Ensino Médio Integrado campus Maria da Graça Ano 2014 (total de vagas ocupadas pelas cotas

3.3 A ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO CEFET/RJ

Diferente de algumas IFEs, o Cefet/RJ ainda não conta com uma política de assistência estudantil formalmente institucionalizada121. Considerando a atuação institucional para a

permanência estudantil na educação profissional e técnica de nível médio, buscamos, nos documentos institucionais, as estratégias previstas para atuação nesse âmbito e, em específico, as propostas para a assistência estudantil. Tomamos como principais fontes: os Planos de Desenvolvimentos Institucionais - PDIs - e o Projeto Pedagógico Institucional - PPI, instituídos a partir da implementação do PNAES (em 2007) e o início do ensino médio integrado (em 2012 - sob vigência do Decreto n. 5154/04). Observemos abaixo o que é disposto, nessas regulamentações, como estratégia e ação:

121 Existe um GT, criado em 2015, com o objetivo de construir a política de assistência estudantil do Cefet/RJ. Mas até a presente data deste estudo tal GT ainda não havia concluído suas atividades.

Quadro 5- A permanência estudantil nos Planos de Desenvolvimento Institucionais – PDIs (Cefet/RJ: 2005-2014) Estratégia Ação PDI 2005- 2009 Estabelecer medidas de apoio à permanência dos alunos nos cursos

• Desenvolver estudos do perfil socioeconômico dos candidatos aos cursos e dos alunos ingressantes;

• Ampliar programa de assistência estudantil; • Atualizar a política institucional de estágio;

• Utilizar o centro como campo de prática, estágio e pesquisa (grifo

nosso).

PDI 2010- 2014

Reduzir as taxas de evasão nos cursos dos diferentes níveis pela adoção de medidas de

apoio à permanência e ao sucesso dos alunos

nos cursos

• Promover campanha de valorização da vaga pública e gratuita dos cursos oferecidos pela Instituição;

• Desenvolver estudos sistemáticos do perfil socioeconômico dos candidatos aos cursos e dos alunos ingressantes, bem como das causas de evasão;

• Reestruturar e ampliar os serviços de apoio pedagógico e assistência social, como suporte contínuo às atividades docentes e discentes; • Adotar novos procedimentos metodológicos na área de ensino

(soluções de natureza didático-pedagógica), principalmente no primeiro ano de estudos e nas disciplinas em que se constata o baixo desempenho do alunado;

• Implantar mecanismos de monitoria, tutoria, cursos de férias e de nivelamento, mediante ação integrada de docentes e alunos de graduação e de pós-graduação;

• Manter programa de assistência estudantil em todas as Unidades de Ensino;

• Estudar e adotar outras medidas de apoio à permanência dos alunos nos cursos (grifo nosso).

Expandir o programa de assistência

estudantil*

• Ampliar os benefícios oferecidos aos estudantes de baixa renda de todas as Unidades de Ensino;

• Fomentar o sistema institucional de bolsas de extensão com recursos próprios e oriundos de convênios específicos

• Participar do FONAPRACE (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis). (grifo nosso)

PDI 2015- 2019 Colaborar com a permanência do aluno do Cefet/RJ nos diversos cursos de ensino técnico de nível médio em que

se encontram regularmente matriculados, buscando diminuir os índices de desistência e de evasão escolar.

• Modernização das salas de aula, dos laboratórios de aulas práticas e de informática, com reformas e aquisição de equipamentos, até 2018; • Compartilhamento dos laboratórios, em todos os níveis de ensino, até

2018;

• Melhoria da acessibilidade do espaço da Coordenadoria de Assistência Estudantil (CAE) até 2018;

• Recuperação gradual dos espaços de convívio e lazer como forma de se dispor de um espaço em condições para a realização de eventos de interesse dos estudantes e dos servidores até 2017;

• Consolidação da rede sem fio até 2016;

• Criação de espaços e infraestrutura para os setores que atuam com assistência estudantil nos campi até 2018;

• Aumento do número de bolsas permanência até 2019.

Fonte: Documentos institucionais – sítio virtual do Cefet/ RJ (http://www.cefet-rj.br/). Elaboração própria.

* Essa estratégia aparece nos objetivos relacionados ao fortalecimento da extensão.

No PDI 2015- 2019, vigente no momento da pesquisa, para além das estratégias, metas e ações, encontramos uma estruturação expositiva, no que diz respeito à permanência estudantil no ensino técnico de nível médio, que se dividiram em três eixos: Estímulos à permanência, programas de apoio pedagógico e financeiro e programas de Assistência Estudantil. Cabe

relembramos que, em 2015, o EMI foi expandido para todos os campi (com exceção do campus Angra dos Reis), nesse sentido, compreendemos que esse direcionamento, se fez necessário devido à ampliação da oferta. Por outro lado, também tivemos a intervenção do MEC no combate à evasão da RFEPTC, a partir de 2014122. São dois fatores que impuseram que a

instituição passasse a pensar em estratégias de combate à evasão. No que diz respeito ao

estímulo à permanência encontramos a exposição de ações de suporte acadêmico e pedagógico:

6.2 Estímulos à permanência (...)

Algumas dessas ações direcionam-se, especialmente, aos alunos do 1º ano e outras a todos os alunos do ensino técnico. Ambas visam oferecer um suporte acadêmico e pedagógico no desenvolvimento dos processos de aprendizagem do aluno.

Concretamente, são oferecidas, aos alunos, aulas de apoio. Além disso, há um programa de monitorias em diversas disciplinas, tanto nas do propedêutico quanto nas do técnico, para auxiliar os alunos na compreensão e no aprofundamento dos conteúdos curriculares.

A todos os alunos do ensino técnico de nível médio são oferecidas, também, oportunidades de atendimento pessoal pelos professores das diversas disciplinas, assim como pelos coordenadores, para esclarecer dúvidas e, se for o caso, receber uma indicação mais personalizada sobre a metodologia de estudo mais adequada à disciplina em questão. (PDI, 2015-2019, p.83)

Existe outro ponto que trata dos Programas de apoio pedagógico e financeiro. A descrição neste ponto, destaca ações realizadas somente no campus-sede Maracanã, como, por exemplo, a Direção de ensino (DIREN) e a equipe pedagógica que a compõe. Os demais campi não contam com essa estrutura:

6.3 Programas de apoio pedagógico e financeiro

Todos os campi do Sistema Cefet/RJ possuem um setor de apoio pedagógico composto por técnicos educacionais e pedagogos. No campus Maracanã, esse setor, denominado DIAPE, conta com a presença também de psicólogos. O setor pedagógico, entre outras atividades, atua na orientação e supervisão pedagógica dos cursos técnicos. A Direção de Ensino conta com uma equipe pedagógica constituída por técnicos educacionais para suporte aos projetos pedagógicos dos cursos do Centro Federal.

A DIREN é responsável pelo Programa de Monitoria, que oferece bolsas do próprio Cefet/RJ para alunos do ensino técnico de nível médio e do ensino superior de todos os campi. Também está sob a responsabilidade da Diretoria de Ensino o Programa Jovens Talentos para a Ciência, com bolsas da Capes, e o Programa Ciência sem Fronteiras, com bolsas da Capes e do CNPq, ambos voltados para a graduação (CEFET/RJ, 2015, p.83).

122 O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), elaborou um plano de ação intitulado Documento orientador para a superação da evasão e retenção na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, publicado em 2014, que abrange o entendimento dos fenômenos da evasão e retenção e medidas para o seu combate. Esse plano de ação foi elaborado em resposta ao Acórdão n. 506, de 2013, do Tribunal de Contas da União (TCU), após a realização da Auditoria Operacional, realizada com vistas a avaliar as ações de estruturação e expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.