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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

2.4 PROCESSO TRABALHISTA

2.4.2 Audiência

O Magistrado marca o dia da audiência, onde ambas as partes deverão estar presentes e tenta uma conciliação, conforme disposto nos artigos 845 CLT: “O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados de suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas”, e art. 846: “Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação”.

2.4.3 Conciliação

Um processo trabalhista na esfera judicial, assim como qualquer outro processo, é muito desgastante e pode se estender por muitos anos devido aos diversos tipos de recursos que são possíveis de acordo com a legislação. No intuito de prolongar possíveis desembolsos a parte condenada recorre até esgotar todas as possibilidades. A fim de evitar possíveis aborrecimentos e maiores danos, aconselha-se que as partes cheguem a um acordo, uma conciliação, conforme disposto no art. 764 da CLT: “Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da justiça do Trabalho serão sempre submetidos à conciliação”.

A conciliação consiste na proposta de determinado valor por uma das partes, onde caberá a outra parte verificar se aceitará ou não a proposta. Aceitando, encerra-se o processo; não aceitando, poderão ser apresentadas contrapropostas, onde ambas considerem o valor justo ou ainda não chegarem a nenhum consenso, de forma se estendendo novamente o processo.

O Perito é nomeado em situações que não há conciliação entre as partes, houver dúvidas em relação às alegações e fatos mencionados nos autos do processo e, quando a prova depender de conhecimento técnico-científico específico. Nesse caso, o Juiz entende a necessidade de um profissional para apurar as verdades, bem como os valores devidos, caso haja e, nomeia um Perito Contador para realizar a perícia.

De acordo com Zanna (2005, p.306), “[...] o papel do perito contador, no Processo Trabalhista, é apresentar os cálculos que quantificam, monetariamente, o valor dos direitos sentenciados”.

2.4.4 Contestação

Compreende o processo de defesa do reclamado, ou seja, ocorre quando o reclamante não aceita os valores requeridos pelo reclamado e os contesta, de forma a apresentar motivos para determinada contestação.

De acordo com o art. 847 da CLT, “Não havendo acordo, o reclamado terá 20 (vinte) minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes”.

O art. 300 do CPC, assim dispõe acerca da contestação: “Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir”.

2.4.5 Provas

Tudo que possa provar, confirmar ou desmentir algo como: depoimentos, fotos, registros, anotações, entre outros, deve ser levado em consideração, dessa forma se constituindo em provas. Dispõe o art. 332 do CPC, acerca do assunto: “Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa”.

Com relação a função do Perito e do Assistente, aborda o art. 429 do CPC:

Para desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ou vindo de testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças.

Enfim, as provas se constituem em elementos indispensáveis para se confirmar o que está alegando ou contestar um fato inverídico, dependendo delas o julgamento de uma sentença, pois um Juiz não poderá alegar algo ou até mesmo condenar uma das partes sem ter provas ou documentos que serviram como elementos e embasamentos para sua decisão. As provas que o Perito deve buscar serão baseadas nos quesitos apresentados e requeridas mediante o termo de diligências.

2.4.6 Liquidação de sentença

O Perito emite o laudo pericial antes da sentença no intuito de auxiliar o Juiz em sua decisão. Sendo aceito a laudo e todas as dúvidas sanadas, o Juiz tem condições para decidir a sentença e estabelecer o valor a ser pago. Poderá ainda a parte condenada recorrer a sentença quando não concordar, de acordo com o disposto no art. 893 da CLT:

Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I - embargos;

II - recurso ordinário; III - recurso de revista; IV - agravo.

Não ocorrendo recursos, sendo a reclamada condenada em sentença transitada em julgado, esta deverá proceder com o pagamento, ou seja, a decisão judicial. Esse pagamento poderá ser de forma espontânea quando o reclamado simplesmente paga o valor devido ao reclamante, ou a execução da sentença se dará pelo Poder judiciário.

Nem todas as decisões são líquidas, ou seja, determinam o valor, nesse caso, são chamadas de ilíquidas. Dispõe o art. 879 da CLT acerca da sentença ilíquida:

Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.

§ 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal.

§ 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.

A Liquidação por cálculos ocorre, segundo o art. 475-B do CPC: “Quando a

determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo”.

Referindo-se a Liquidação por arbitramento, dispõe o art. 475-C e D do CPC:

Art. 475 C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando:

I- determinado pela sentença ou convencionado pelas partes; II- o exigir a natureza do objeto da liquidação.

Art. 475 D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e

A Liquidação por artigos, de acordo com o art. 475-E do CPC: “Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo”.

Para casos em que sentença é ilíquida, o papel do Perito Contador ocorre após a sentença, sendo de sua competência torná-la líquida, ou seja, quantificá-la. Deve, portanto, o profissional elaborar um laudo de liquidação de sentença, onde devem constar os valores atualizados, bem como todo o detalhamento dos cálculos.

3 METODOLOGIA DO ESTUDO

A metodologia do estudo visa demonstrar, de forma detalhada, os caminhos e instrumentos utilizados para a elaboração do trabalho, ou seja, objetiva mostrar como de fato a pesquisa ocorrerá para que seja resolvido o problema formulado. Sendo que o objetivo principal dessa fase do projeto é a classificação da pesquisa, definição do universo e amostra do estudo, os instrumentos a serem utilizados para a coleta dos dados, bem como o plano de análise e interpretação dos dados.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A classificação da pesquisa tem como objetivo delinear os caminhos do estudo sob aspectos como a natureza da pesquisa, a forma de abordagem do problema, aos objetivos e aos procedimentos técnicos.

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