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O grupo do ativo não circulante é composto pelas contas com prazos superiores a um ano, conforme destaca Lins (2012). O autor afirma que as contas são classificadas como ativo não circulante, sendo elas distribuídas no realizável a longo prazo, intangível, investimento e o imobilizado.

Almeida (2003) elucida que são classificadas no grupo do ativo imobilizado as contas de bens e direitos que se destinam a manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade.

Conforme Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 274) o objetivo principal da auditoria do ativo permanente da entidade é:

[...] constatar a existência física e as condições de funcionamento e uso de seus componentes. Nesse sentido, o programa de auditoria deve orientar seus procedimentos de verificação para atender a tais objetivos.

Souza e Pereira (2004) comentam que o objetivo da auditoria do imobilizado é comprovar a existência do bem fisicamente e seu respectivo registro na contabilidade da entidade está de acordo com as normas e princípios da contabilidade além de analisar se as respectivas deduções às contas do ativo imobilizado foram feitas de forma adequada e conforme a legislação vigente determina.

2.5.1 Imobilizado

Lins (2012, p. 161) define o “Ativo imobilizado como sendo um bem tangível que se destina à manutenção da atividade operacional e administrativa da empresa e que se espera possa ser utilizado por mais de um período”. Sendo possível o reconhecimento do ativo imobilizado apenas quando é provável a geração de benefícios futuros para as entidades e seja possível mensurar seu custo de forma confiável.

Já na percepção de Sá (2000, p. 378) “São imobilizações de natureza material, compostas por máquinas, ferramentas, utensílios, móveis de utilização industrial, móveis de utilização dos escritórios, veículos, equipamentos gerais, semoventes etc”.

Basso, Brizolla e Filipin (2017, p. 98) elucidam sobre o ativo imobilizado sendo “[...] que se agrupam as contas representativas de bens corpóreos, de natureza fixa, destinados à realização das atividades da entidade”.

Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 273) comentam sobre a auditoria do ativo imobilizado:

[...] não oferece muitas dificuldades ao auditor tendo em vista sua baixa movimentação. No que respeita à aquisição de bens móveis, o auditor pode basear-se nos procedimentos aplicados, por exemplo, na verificação dos estoques e das compras. [...] Um dos elementos que ajudam o auditor no exame do imobilizado é a existência de fichas de controle patrimonial dos bens imobilizados, especialmente os móveis, com sua completa identificação e origem.

Marion (2015, p. 72) contribui com o entendimento sobre o ativo imobilizado ao mencionar que:

São bens corpóreos (palpáveis) destinados à manutenção da atividade principal da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à empresa os benefícios, riscos e controle desses bens. Os bens que auxiliam a empresa na consecução de sua atividade pertencem ao imobilizado: máquinas e equipamentos, prédios (em uso), ferramentas, móveis e utensílios, instalações, veículos etc.

Desta forma o ativo imobilizado é composto de móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, equipamentos de processamento de dados, construções e depreciações.

2.5.1.1 Móveis e Utensílios

Os móveis e utensílios são os bens que a entidade possui que lhe dão suporte para sua operacionalização, tais como cadeiras, mesas, armários, bancadas, e utensílios em geral usados em seu expediente.

A principal finalidade dos exames da conta de móveis e utensílios é confrontar os saldos existentes na contabilidade com o valor de aquisição dos mesmos, identificando assim os bens da entidade e comprovando os valores contabilizados.

2.5.1.2 Máquinas e Equipamentos

Maquinas e equipamentos, outro grupo pertencente ao ativo imobilizado, são compostos pelos bens que as entidades utilizam como meio para alcance do seu objetivo, como por exemplo, um forno utilizado para assar o pão em uma padaria.

São dispositivos que auxiliam a entidade a gerar produtos para sua operacionalização e alcance de seus objetivos, desta maneira, a auditoria deste grupo tem como finalidade identificar possíveis bens superavaliados no registro contábil, identificação de possíveis bens que não estão em posse da entidade, mas registrados com valor nos demonstrativos, contagem física para averiguar possíveis casos de a entidade possuir mais ativos do que os registrados na contabilidade.

2.5.1.3 Equipamentos de Processamento de Dados

Outro componente do ativo imobilizado das entidades são os equipamentos de processamento de dados, nesse grupo são apresentados as maquinas que auxiliam a entidade tanto na sua operacionalização como na sua gestão, são componentes desse grupo os computadores, softwares, controladores e distribuidores de rede, nobreaks entre outros equipamentos.

Processamento de Dados consiste em uma série de atividades ordenadamente realizadas, objetivando produzir determinadas informações a partir de outras obtidas inicialmente. Desta forma, os processos utilizados para a auditoria destes componentes são, principalmente, a contagem física e a análise dos documentos referentes aos seus registros na contabilidade buscando evidenciar alguma irregularidade.

2.5.1.4 Construções

Construções, no campo do ativo imobilizado, são todos os bens físicos que as entidades possuem a característica de edificações, ou seja, são prédios, casas, edifícios entre outros exemplos.

São os bens que apresentam maior valor, na maioria das entidades, pois possuem um valor de mercado considerado elevado, sendo assim, é o grupo de conta que oferece a maior probabilidade de apresentar erros tanto no cadastro de seus valores na contabilidade quanto a quantidade de bens registrados nos demonstrativos em relação a quantidades de bens em uso.

2.5.2 (-) Depreciações

Em função dos bens do ativo imobilizado terem uma vida útil limitada, os princípios contábeis exigem que os gasto incorridos em sua aquisição sejam apropriados à despesa ou custo nos exercícios contábeis relacionados com sua utilização. Para efetuar os cálculos das depreciações, o contador trabalha com duas variáveis, sendo uma o período de vida útil e a outra a forma de alocar o valor do bem nos exercícios contábeis.

Sendo assim, a depreciação de um bem é definida por Basso, Brizolla e Filipin (2017, p. 272) como sendo “[...] perda de valor dos direitos que tem por objeto bens físicos, sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência”. Os autores ainda especificam que para a determinação do valor da depreciação mensal ou anual, devem apresentar os seguintes elementos.

- Valor do bem a depreciar, é, basicamente, a identificação do valor total a ser depreciável, sendo esse valor composto pelo valor de aquisição, valores gastos para sua operacionalização posteriormente e possíveis atualizações monetárias;

- Vida útil estimada, é a vida operacional do bem, ou seja, o tempo em que o bem poderá atuar na entidade, cada componente do ativo imobilizado tem sua vida útil definida, sendo determinada pelo fabricante ou por órgão competente no assunto que identifica tais valores.

-Valor residual, é o valor a ser de venda do bem considerando sua defasagem ao final da vida útil estimada, é deduzido do cálculo da depreciação.

-Teste de recuperabilidade, testes que analisam a capacidade de geração de caixa do bem, possibilitando a previsão para desvalorização ou até a possibilidade de aumentar seu valor.

-Valor depreciável, é o resultado da diminuição do valor residual do valor do bem a depreciar.

-Taxa de depreciação, é definido tomando-se o valor 100 e se dividindo pelos anos de vida útil do bem, desta forma é descoberto a taxa de depreciação e consequentemente o valor da depreciação anual do bem.

Basso, Brizolla e Filipin (2017, p. 275) ainda ressaltam que:

Quando a entidade não possuir condições de identificar por seus próprios métodos a provável vida útil dos elementos de seu imobilizado e a partir daí definir as suas taxas reais de depreciação, deve então adotar as taxas consagradas pela jurisprudência, isto é, as taxas geralmente aceitas pelas práticas contábeis em uso e, em últimos casos, pela legislação fiscal [...] Sugere-se que os administradores e encarregados da contabilidade da entidade formalizem os procedimentos de avaliação, valor residual e tempo de vida útil dos bens, entre outros aspectos inerentes aos procedimentos de

depreciação, exaustão e/ou de amortização dos elementos que integram o patrimônio da entidade.

Lins (2012, p. 165) complementa a definição de vida útil como sendo “é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade. Nesse sentido, a estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes”.

Lins (2012, p. 165) contribui também especificando que:

A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para o uso, ou seja, quando está no loca e em condições de funcionamento na forma pretendida pela administração. Por outro lado, a depreciação deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro.

Desta maneira, na auditoria do ativo imobilizado as análises de verificação, segundo Basso, Vieira e Brizolla (2016) devem analisar os cálculos referentes às depreciações do período analisado conferindo se as mesmas estão de acordo com as necessidades da entidade e as normas vigentes e recalcular os valores de depreciações e confrontar os resultados com os valores respectivos lançados na contabilidade.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Marconi e Lakatos (2010, p. 65) caracterizam a metodologia da pesquisa como sendo “o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.

Já Silva (2003) define que a metodologia é a busca de conhecimento facilitando a sistematização dos objetivos pretendidos. Desta forma a presente pesquisa classifica-se da seguinte forma:

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