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Lecionação Autónoma – 3º Tema de Imagética – Plié/ Fondu

Data: 02 de dezembro de 2016

Ainda não troquei os Diários de Imagem; entregar na próxima aula!

Em conversa preliminar com os alunos, apurei que não acreditam realmente no poder da mente; uma aluna dizia sobre a respiração para ajudar a ter mais força: “Não resulta!”

Como conseguir alterar este estado nos alunos, por forma a potenciar a utilização da imagem? Pesquisar!

Detetei que, talvez pelo stress do exame que se aproxima, e como os alunos apresentam ainda dificuldades ao nível da memorização dos exercícios, sendo necessário investir o máximo de tempo de aula a pôr o programa de exame apresentável, durante a aula, ao corrigir, vou dando indicações sobre certas imagens pertinentes para os erros observados, mas não foco especialmente a imagem apresentada no início. Melhorar isto nas próximas aulas, em que já não haverá este stress!

Finalmente, como observação em jeito de desabafo, cabe-me anotar que começa a ser um pouco exasperante ver a desmotivação constante nestes alunos, e provavelmente não estou a lidar bem com esta situação. Para reverter, há que lhes mostrar que conseguem pequenas melhorias, o que irá gradualmente estimular o seu avanço. Mas penso que, principalmente pelo facto de serem alunos do ensino vocacional, e mostrarem uma atitude de trabalho muito pouco apropriada, não escolhi o melhor caminho, até agora, para conseguir obter resultados.

LXXXV Há então que reavaliar a forma de estar em aula, e procurar uma melhoria nos procedimentos, que vá de encontro às necessidades destes alunos. Como? O que fazer? …

Fico ainda com a dúvida sobre a questão técnica, pois há elementos técnicos muito mal compreendidos pelos alunos, que confundem exercícios (como já mencionei antes, por exemplo, a sissonne com a glissade!). Mas também sobre a execução, porque está também ligada ao aspeto anterior: motivação.

Relato da aula:

Como estamos na última aula antes do exame, optei por apresentar as imagens de forma sucinta, ao início, iniciando depois o programa completo de exame, de forma mais fluída, para potenciar a resistência.

Expliquei as imagens, perguntei se compreediam, pedi que escolhessem uma para trabalharem com ela na aula. (Este é o erro!)

(Incluí, em jeito de resumo, um póster com o somatório das imagens anteriores, para relembrar).

Barra: A barra foi fluindo com poucas paragens e com algumas indicações/ correções (na minha perceção, ainda em menor quantidade do que seria esperado). Os alunos não aparentavam estar a pensar nas linhas de energia (imagem já trabalhada), o que faz supor que não fizeram os TPC…

A qualidade técnica do trabalho é diminuta. Problema: Como colmatar as falhas para ter maior qualidade técnica e manter a aula a fluir e interessante para os alunos?

Não desistir deles! Se é o que lhes digo: “Não desistir!”, tenho também que o fazer. Dar-lhes momentos de “alegria” por uma melhoria observada e consciente.

Estimular a motivação.

Talvez construir um quadro de auto-avaliação para o fim de cada aula: Tomada de consciência do nível de concentração e do rendimento atingido.

Pedir uma distinção teórica entre os passos confundidos para limpar a dúvida.

Observação: As atitudes comportamentais destes alunos e o estado de técnica em que se encontram, levam a pensar que ainda estão um passo atrás, que ainda demonstram muita imaturidade no trabalho. É pena, dado alguns alunos apresentarem bom potencial para esta arte.

No centro, o trabalho mantém-se com qualidade incerta, mas principalmente com um nível de energia muito baixo, pelo que fica a aula muito pesada.

LXXXVI

Os alunos referem que há confusão nas indicações dadas pelos professores, e que por isso estão confusos… Isto está correto. Com quatro professores de clássico para quatro aulas semanais de clássico, é difícil articular o trabalho. E neste período, o trabalho foi coordenado já muito tarde, pelo que não houve o cuidado de pensar em todos os detalhes da aula de exame atempadamente, ficando os detalhes sempre ‘para confirmar depois’.

É urgente alterar isto e combinar o trabalho do segundo período com a maior brevidade possível.

O facto de os alunos gostarem ‘de coisas novas’, é também pertinente, pois ao início ficaram entusiasmados com a minha aula; agora já se queixam de todos os professores, exceto a professora que mais recentemente começou a trabalhar com eles (logo, a ‘novidade’), referindo ainda uma antiga professora, que penso ter sido responsável por esta turma ao início (possivelmente, não havendo outros professores à mistura…)

Tudo isto indica tempo demais gasto com conversas que não cabem na aula, que quebram o ritmo e que não ajudam estes alunos a melhorar.

Imperativo mudar procedimentos para encontrar forma de trabalhar produtivamente com estes alunos.

No geral, senti que a aula fluiu com o trabalho de exame; dei duas correções importantes com paragem, tudo o resto foi seguido, como devia, mas a correção individual ao longo da execução dos exercícios ainda não é feita de forma mais eficiente e equilibrada. Melhorar! Mas foi muito dececionante ouvir os ‘desbafos’ dos alunos sobre os professores. Agravado na aula de CF (Condicionamento Físico, fora do âmbito do estágio) pelo facto de estarem muito barulhentos e alvoroçados, perturbando a calma que havia sido conseguida antes. Quando questionados, queixam-se dos alunos do segundo e do terceiro anos estarem juntos com eles, queriam uma aula só para eles; e queixam-se de injustiça no trato, porque só lhes ralhei a eles. Isto não é verdade, embora eu admita que tenho tendência para ‘apertar’ mais, exigir mais dos alunos que são de turmas minhas (quando misturados com outros), tal como exijo mais de familiares perante os restantes alunos. O intuito é não ser considerado que são os favoritos; pode ter efeito oposto…

Mas hoje foi justificado, pois os outros estavam sossegados até eles chegarem… Não sei o que fazer com este caso…