• Nenhum resultado encontrado

Utilizaram-se as técnicas da observação estruturada (grelhas de observação), questionários, entrevistas, diários de bordo e de adesão (alunos), o registo fotográfico e o registo videográfico, estes últimos para se obterem provas visuais da evolução obtida durante o processo de aplicação do estudo e/ ou salientar aspetos relevantes do processo. Posteriormente, considerou-se ainda necessário incluir um formulário de preenchimento rápido com a perceção dos alunos e do professor no final de cada aula implementada.

O Questionário Inicial aos Alunos pretendia avaliar a perceção que o próprio aluno tinha sobre o seu trabalho e a sua participação na aula, bem como determinar, através das suas áreas de interesse pessoal, quais os temas de imagética mais apropriados para os alunos específicos com que se ia trabalhar (ver Apêndice D).

Rosado (2012) indica o questionário como uma das fontes de informação da investigação qualitativa, no sentido de compreender a vivência dos participantes e as suas perceções. Outros autores, como Dabic & Stojanov (2014), referem que os dados coletados pertencem à prática e à experiência diárias, já Chaer, Diniz & Ribeiro (2011) indicam o questionário como técnica a utilizar para este fim. Ainda Radhakrishna (2007) se refere ao questionário como o instrumento mais frequentemente utilizado neste género de investigação. Considerou-se importante a obtenção de uma imagem da situação inicial, incluindo as perceções dos alunos e dos professores, acompanhados do registo fotográfico e videográfico de elementos selecionados ou pertinentes. Para estes registos foram elaboradas autorizações por escrito, que foram assinadas pelos Encarregados de Educação e pelos alunos, no sentido de facilitar a imagem para fins do estudo em causa (apresentadas em Apêndice).

35 As grelhas de observação tiveram como objetivo o diagnóstico dos alunos com relação à sua postura na aula, ao seu trabalho técnico, às qualidades que cada aluno apresenta e as respetivas dificuldades ou pontos sensíveis da sua atuação. Tendo em conta os objetivos estabelecidos para o trabalho e acordados com a Escola Cooperante, procurou-se obter um quadro geral do trabalho da turma, sendo que as observações foram efetuadas nas aulas de dois dos professores de TDC da turma. Ainda assim, em cada aula observada, o ponto focal da observação foi, de forma sequencial, uma caracterização geral da turma, uma apreciação dos métodos de ensino e das estratégias utilizadas pelo professor, a motivação e o empenho dos alunos no trabalho, o nível de conhecimento da turma com relação à TDC de forma genérica (vocabulário e execução correta), o nível de conhecimento da turma com relação aos allegros, e finalmente uma caracterização geral da sua apresentação e da sua qualidade de movimento. Estas grelhas são apresentadas no Apêndice C.

De acordo com Dias & Morais (2004), a observação é referida como um dos métodos de observação de classes, fornecendo os dados para efetuar uma análise crítica da situação. Para realizar uma observação da situação, o investigador deve estabelecer critérios que vão organizar e dirigir a sua observação, segundo os mesmos autores, por forma a adequar a estratégia de observação delineada aos objetivos que se pretendem alcançar com a observação.

A descrição detalhada das observações efetuadas e as conclusões retiradas deste momento de avaliação são apresentadas na secção 4.1.1 e 4.2.1 respetivamente, estando as evidências da observação realizada apresentadas em Apêndice.

As entrevistas realizadas aos professores titulares da turma pretendiam obter informação sobre as dificuldades sentidas ao trabalhar com alunos desta faixa etária e com a amostra em particular (apresentadas nos Apêndices E e F).

Neste contexto de investigação a entrevista é novamente uma das técnicas mencionadas por diversos autores, como (Rosado, 2012) ou (Santos, Jones & Mesquita, 2012), sendo reconhecida como um meio de acesso ao pensamento dos intervenientes no estudo, como uma forma de identificar perceções, tornando-se assim num instrumento importante na recolha de informações em primeira mão.

Os diários de bordo do professor estagiário (apresentados no Apêndice H) são uma ferramenta fundamental na reflexão sobre a prática efetuada. Incluem a descrição da prática, mas também as dúvidas que avassalam o professor durante os momentos mais difíceis da prática, as questões que este se coloca e as sugestões de melhoria que descobre ao tentar dar resposta às questões que ele próprio levanta.

36

Rosado (2012) nomeia as notas do investigador, de caráter diverso, como um dos procedimentos usados na coleta de dados de uma investigação qualitativa, indicando a título de exemplo as reflexões pessoais, reflexões estas que se encontram de forma expressiva nos diários de bordo e que evidenciam a reflexão efetuada pelo investigador.

Os Diários de Adesão /de Imagem serviriam para verificar se os alunos mantinham a prática sistemática da imagética, mesmo fora da situação de aula, conforme sugerido por Eric Franklin (1996), como condição para a obtenção dos melhores resultados através desta técnica. Estes, no entanto, foram descurados por parte dos alunos participantes neste estudo, tendo sido obtida uma taxa muito baixa de retorno.

Assim, desenvolveu-se o Formulário Final de Aula, um para o professor e um para cada aluno, a ser preenchido por estes no final de cada aula implementada. Com este instrumento, pretendeu-se averiguar a perceção imediata dos intervenientes sobre a prática implementada e consiste num pequeno questionário de resposta rápida, com respostas curtas de opção limitada. O questionário vem apresentado no Apêndice N.

A situação final ficou documentada em registo de vídeo, mas também a nível das perceções dos alunos e dos professores sobre a evolução atingida com o estudo que se pretendeu levar a cabo, através dos questionários finais aplicados aos alunos e à professora da turma (Apêndice O).