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5 AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS RESULTADOS NOS BAIRROS POR DIMENSÕES

Para a dimensão espacial observou-se uma qualidade ruim em 8,00% dos bairros; regular em 28,00%; boa em 34,67% e uma qualidade ótima em 29,33% (Quadro 3).

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Teoria e Evidência Econômica - ano 14, n. 29, p. 149-170 – jul./dez. 2007 Faixas de índice parcial

(%) Quantidade de bairros (%) 0 – 25 8,00 25 – 50 28,00 50 – 75 34,67 75 – 100 29,33 TOTAL 100,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

Quadro 3 - Distribuição da dimensão espacial por faixa de desempenho do índice parcial

Os bairros mais populosos entre os 8,00% são Água Verde (o mais populoso), Centro (5,47%), Juvevê (12,16%) e Vila Izabel (13,62%), que são regiões antigas. Este valor está muito afastado da média de densidade demográfica para Curitiba, que é de 59,56%. Os menos populosos são Caximba (97,10%), Riviera (99,18%), Augusta (96,09%) e Lamenha Pequena (98,03%). Para uma melhor visão da qualidade do ambiente de cada bairro ver o Apêndice 1. Estes bairros se localizam nas fronteiras com outros municípios, ou seja, distantes do centro. Se fosse deslocada metade da população dos bairros de Água Verde, Centro, Vila Izabel e Juvevê para o Caximba, Augusta, Riviera e Lamenha Pequena, respectivamente, a qualidade ambiental para a dimensão espacial seria de 4,00% com qualidade ruim, 28,00% com qualidade regular, 41,33% com qualidade boa e 26,67% com qualidade ótima. Portanto, a qualidade boa melhoraria em 6,67%.

Na dimensão econômica só aparece o indicador “Mercadão popular”, cuja classi- ficação é de 93,33% dos bairros como “ruim”; 2,67%, como “regular”; 2,67%, como “bom” e 1,33%, como “ótimo” (Quadro 4). Isso se dá pelo fato de existirem poucos mercadões populares por bairro. Apenas o bairro Caximba possui uma qualidade ótima, por ter a quantidade de mercadões considerada essencial por pessoa num bairro.

Faixas de índice parcial (%) Quantidade de bairros (%) 0 – 25 93,33 25 – 50 2,67 50 – 75 2,67 75 – 100 1,33 TOTAL 100,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

Quadro 4 - Distribuição da dimensão econômica por faixa de desempenho do índice parcial

Se a população for mais bem distribuída nos bairros, mudará o valor do índice da dimensão econômica, porque não são necessários tantos mercadões por bairro. Assim, a qualidade ruim para a dimensão econômica passaria de 93,33% para 84%, ou seja,

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diminuiria praticamente 9%. Nota-se, portanto, uma correlação entre duas dimensões: a espacial e a econômica. Além disso, a qualidade ambiental dos bairros chegaria mais próxima da qualidade espacial de Curitiba, que é de 99,94%, assim como a qualidade econômica, que é de 86%.

Na dimensão ambiental 33,78% dos bairros foram classificados como “ruim”; 1,33%, como “regular”; 8,44%, como “bom” e 56,44%, como “ótimo” (Quadro 5). Os indicadores que fazem parte da dimensão ambiental são: Total de domicílios com ligação de água na rede/canalização interna, Total de domicílios com rede de esgoto ou fossa séptica e ECOS. O fato de mais da metade dos bairros possuir uma qualidade ótima significa que mais da metade dos domicílios já possui ligação de água e rede de esgoto ou fossa séptica. A qualidade só não é maior porque a quantidade de ECOS é péssima, pois 100% dos bairros possuem uma qualidade ruim para este indicador.

Faixas de índice parcial (%) Quantidade de bairros (%) 0 – 25 33,78 25 – 50 1,33 50 – 75 8,44 75 – 100 56,44 TOTAL 100,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

Quadro 5 - Distribuição da dimensão ambiental por faixa de desempenho do índice parcial

Se a quantidade de ECOS for aumentada para uma unidade por bairro (exceto no bairro Riviera, pois a população entre 5 a 14 é tão pequena que seria mais viável transportá-la para bairros vizinhos do que construir uma unidade), a qualidade ruim de ECOS passaria de 100% para 93,33%; teria uma qualidade regular de 5,33% e ótima de 1,33%. Esses 1,33% são relativos ao bairro Lamenha Pequena, que necessita de apenas uma unidade para atender a todas as crianças do bairro.

Além disso, melhoraria o índice de qualidade da dimensão ambiental para o município, cujo valor passaria de 58,54% para 59,35%, o que levaria o índice sintético a mudar para 76,20%, ou seja, mudar a qualidade da dimensão ambiental significa mudar a qualidade ambiental de todo um município.

Na dimensão social, 37,90% dos bairros foram classificados como “ruim”; 3,81%, como “regular”; 0,76%, como “bom” e 57,90%, como “ótimo”, como demonstrado no Quadro 6.

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(%) Quantidade de bairros (%) 0 – 25 37,90 25 – 50 3,81 50 – 75 0,76 75 – 100 57,52 TOTAL 100,00

Fonte: Elaborado pelo autor.

Quadro 6 - Distribuição da dimensão social por faixa de desempenho do índice parcial

A qualidade ótima se dá pelo fato de existirem poucos domicílios em aglomerados subnormais. Se tomado individualmente, este indicador apresenta 97,33% de qualidade ótima, assim como o indicador Nascidos vivos, que possui 100% de qualidade ótima.

Em oposição, a educação apresenta dados mais preocupantes. Apesar de possuir uma qualidade ótima de 100% em analfabetismo, ou seja, praticamente não existem analfabetos nos bairros, a qualidade em relação ao número de creches, PIAs e Faróis do Saber é péssima em 88,44% dos bairros, regular em 8,89%, boa em apenas 0,89% e ótima apenas em 1,78%, que são os bairros de Lindóia e Portão, por possuírem o número de creches necessário para atender às crianças.

Com apenas uma unidade de PIA, Farol do Saber e uma creche nos bairros que ainda não possuem algum dos indicadores, a classificação da qualidade na dimensão social mudaria para 62,67% de qualidade ruim, 19,56% regular, 7,11% boa e 10,67% de qualidade ótima, ou seja, a qualidade péssima diminuiria mais de 20%. Além disso, a qualidade social do município também mudaria de 59,35% para 61,90%, o que aumentaria o índice sintético de 75,96% para 76,84%.

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Teoria e Evidência Econômica - ano 14, n. 29, p. 149-170 – jul./dez. 2007 Fonte: Elaborado pelo autor – Apêndice 1.

Figura 2 - Mapa do índice sintético da qualidade do ambiente para os bairros de Curitiba

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