• Nenhum resultado encontrado

A rentabilidade da cultura do abacaxi, considerando o risco e a ausência de políticas de incentivo, é baixa, entre R$ 75,04 e R$ 144,49 por mês/hectare. Sem uma política de crédito, a atividade do abacaxi é pouco viável, favorecendo o abandono da atividade e o êxodo rural.

A implementação de mecanismos para disponibilizar crédito com apoio de assis- tência técnica de qualidade pode proporcionar elevação na produtividade da cultura de 30 t/ha para 52 t/ha. A política de crédito rural, considerando o custo do risco, elevaria a renda da atividade para valores entre R$ 371,18 e R$ 454, 51 por mês/ha, tornando a atividade viável financeiramente. O crescimento do VPL de R$ 3.713,00 sem a política para R$ 20.573,00 com a política e da TIR de 91,79% para 597,75% indica a importância e viabilidade da política de crédito que financie custeio e/ou investimento aos produtores paraibanos de abacaxi.

O prêmio de risco elevado (R$ 4.714,02) demonstra que os produtores consideram a atividade bastante arriscada. O risco diminui com a política, conforme indica o benefício de eficiência com valor positivo (0,0286). Pelo valor do benefício de transferência (2,5), observa-se o grande crescimento da renda com a política em relação àquela na ausência da mesma.

Revista TEE 29.indd 77

78

Teoria e Evidência Econômica - ano 14, n. 29, p. 63-80 – jul./dez. 2007

6 REFERÊNCIAS

AGRIANUAL 2006: Anuário da Agricultura Brasileira. São Paulo: FNP Consultoria, 2006. 521p.

BARI, M. L. Análise econômico-financeira do crédito fundiário no Brasil. Tese (Doutorado em Economia Rural) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1997. 170 p.

BARREIRO NETO, M.; SANTOS, E. S. Abacaxicultura: contribuição tecnológica. João Pessoa: Emepa-PB, 1999. 96p. p. 37-56 (Emepa - PB. Documentos, 26).

BRAVERMAN, A. et al. Commodity price stabilization and policy reform: an approach to the evaluation of the brazilian price band proposals. World Bank Regional and Sectoral Studies, Washingt, 1992. 109 p.

BUAINAIN, A. M.; SOUZA FILHO, H. M. de. Política agrícola no Brasil: evolução e principais instrumentos. In: BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 2 v.

CEASAMINAS. Disponível em: <http:// www.ceasaminas.com.br>. Acesso em: abr. 2006.

COELHO, C. N. 70 anos de política agrícola no Brasil (1931-2001). Revista de Política

Agrícola, ed. esp., jul./ago./set. 2001.

EMBRAPA Mandioca e Fruticultura Tropical. Disponível em: <http://www.cnpmf. embrapa.br/index.php?p=pesquisa-culturas_pesquisadas-abacaxi.php&menu=3>. Acesso em: abr. 2006.

HOFFMANN, R. et al. Administração da empresa agrícola. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1987. 325p.

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola. Rio de Janeiro: LSPA, 2003. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/cgi-bin/prtabl.>. Acesso em: 25 out. 2004.

LIMA, João Ricardo F. de. A evolução das rendas e atividades não-agrícolas na Paraíba

dos anos 90. Campina Grande: UFPB. Centro de Humanidades, 2002. 86 p. Dissertação

(Mestrado). Disponível em: <http://www.eco.unicamp.br>.

______. Pluriatividade e rendas não-agrícolas das famílias rurais paraibanas nos anos 90. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 40, 2002a, Passo Fundo/RS. Anais CD-ROM.

MOREIRA, Emília; TARGINO, Ivan. Capítulos de geografia agrária da Paraíba. João Pessoa: Editora Universitária, 1997. 332 p.

Revista TEE 29.indd 78

79

Teoria e Evidência Econômica - ano 14, n. 29, p. 63-80 – jul./dez. 2007

NEWBERY, D. M. G.; STIGLITZ, J. E. The theory of commodity price stabilization: a study in the economics of risk. New York: Oxford University Press, 1985. 426 p.

NOGUEIRA, E. Análise de investimentos. In: BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão

agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 2 v.

NORONHA, J. F. Projetos agropecuários: administração financeira, orçamento e viabilidade econômica. São Paulo: Fealq, 1981. 274p.

OLIVEIRA, E. F. et al. Abacaxi: sistema de cultivo para o tabuleiro paraibano. João Pessoa: Emepa-PB, 2002. 38p. (Emepa - PB. Documentos, 38).

OLIVEIRA, M. A. S.; TEIXEIRA, E. C. Política de estabilização de renda para a agricultura familiar: uma análise de risco. RER, Rio de Janeiro, v. 43, n. 1, p. 45-62, jan./mar. 2005.

PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 711 p.

RODRIGUEZ, Janete Lins (Coord.). Atlas escolar da Paraíba. 3. ed. João Pessoa: Grafset, 2002. 112 p.

SILVA, A. P. da. Sistema de recomendação de fertilizantes e corretivos para a cultura do

abacaxizeiro. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) - Universidade Federal

de Viçosa, Viçosa, 2006. 169 p.

WALLACE, T. O. Measure of social costs of agricultural programs. Journal of Farm

Economics, v. 44, p. 580-94, May 1962.

Revista TEE 29.indd 79

80

Teoria e Evidência Econômica - ano 14, n. 29, p. 63-80 – jul./dez. 2007

ABSTRACT

AGRICULTURAL CREDIT POLICY FOR REORGANIZATION OF PINEAPPLE IN THE STATE OF PARAÍBA: A PROJECT ANALYSIS UNDER RISK

The objective of this paper is to analyze the economic and financial viability of borrowing from agricultural credit to produce pineapple in the state of Paraíba. The applied methodology is that of the project analysis under risk. The Newbery and Stiglitz risk model is used for model specification. The results suggest pineapple has low attractiveness to producers in its current status under risk and no access to credit, since the generated income vary from R$ 75.00 to R$144.00/month/ha. The production of pineapple becomes much more attractive yielding income varying from R$ 371.18 and R$ 454.51/month/ha when farmers, under the activity risk, have access to family agricultural credit and to the technologically improved system of production now available.

Key-words: Agricultural development. Credit policy. Risk.

RESUMEN

POLITICA DE CRÉDITO DE COSTEO PARA PLANTACIÓN DE LA PIÑA EN EL ESTADO DE PARAÍBA: CALCULO CONSIDERANDO EL RIESGO

En el sector agropecuario, los riesgos se potencializan debido a la dependencia del mismo de factores exógenos. Consecuentemente, es necesario algún tipo de política específica para mejorar las condiciones de vida de los agricultores. El objetivo de esta pesquisa es evaluar la viabilidad económica y financiera del uso de crédito de costeo para plantación de la piña en el Estado de Paraíba. La metodología utilizada es el cálculo, con y sin la política, de algunos indicadores, como VPL, TIR y Beneficio/Costo, considerando el riesgo mediante el uso de los software @Risk y BestFit y el modelo de riesgo de Newbery y Stiglitz. Los resultados obtenidos demuestran la baja viabilidad de la actividad en la condición actual de los productores, pues el ingreso mensual de los mismos varia de R$ 75,04 a R$ 144,49 por mes/hectárea cuando los riesgos son considerados. El apoyo gubernamental, mediante crédito, puede contribuir para mudar este cuadro, aumentando el ingreso para valores máximos que varían de R$ 371,18 a R$ 454, 51 por mes/hectárea.

Palabras-llave: Desarrollo agrícola. Agricultura familiar. Apoyo gubernamental.

Revista TEE 29.indd 80

81

Teoria e Evidência Econômica - ano 14, n. 29, p. 81-107 – jul./dez. 2007

ESTUDO DOS EFEITOS DA RESPONSABILIDADE