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Avaliação da Aptidão Física

2.2. Variáveis, métodos e instrumentos de avaliação

2.3.2. Avaliação da Aptidão Física

A bateria de testes aplicada para avaliar a aptidão física dos atletas permitiu estudar: a velocidade máxima (20-m; em segundos e centésimo de segundo), a força explosiva e elástico-explosiva dos membros inferiores (salto vertical com e sem contra movimento e sem

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e com a ajuda dos braços; em cm), a resistência abdominal (abdominais em 1 minuto), a força de preensão manual (somatório do Handgrip à direita e esquerda; em kg), a força dos membros superiores (lançar a bola medicinal de 2-kg desde uma posição sentada e avaliar a distância alcançada; em cm), a capacidade aeróbia (Yo-Yo Intermittent Recovery Test, Level 1), a capacidade anaeróbia (Line drill) e a agilidade (Teste-T). Todos os testes de aptidão física foram realizados pela mesma equipa de investigadores.Antes dos testes de aptidão todos os participantes realizaram uma rotina de aquecimento padronizada de 20 minutos (uma corrida lenta seguida de alongamento estático e dinâmico). Os jogadores tiveram descanso passivo de 10 minutos entre os testes, bem como intervalos para a água e tempo extra de descanso. Cada participante foi instruído verbalmente e encorajado a dar o seu esforço máximo.

Velocidade em 20-m

A avaliação da velocidade consiste numa corrida de 20-m em que os participantes partem parados da posição bípede e em que se regista o melhor tempo de duas tentativas. Os tempos realizados no teste de velocidade (20-m) foram registados com recurso a células fotoelétricas (Wireless Sprint System, BROWER Timing Systems, Salt Lake City, Utah USA).

Agilidade, T-test

Na avaliação da agilidade foi utilizado o T-Test (TT), que consiste: os participantes partem da posição de pé desde a linha final do campo de basquetebol, sprintam 9.15-m em

Figura 2.1. Teste Sprint em 20-m. 20 metros

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linha reta tocando no cone A, deslizam em posição defensiva para o seu lado esquerdo devendo tocar no cone B que se encontra a 4.55-m de distância do cone A, deslizam defensivamente até ao cone C, que se encontra a 4.55-m de distância à direita do cone A (9.10-m do cone B), deslizam defensivamente novamente até ao cone A, que se encontra a 4.55-m do cone C e correm à retaguarda até à linha de partida. Os tempos realizados foram registados com recurso a células fotoelétricas (Wireless Sprint System, BROWER Timing Systems, Salt Lake City, Utah USA). O TT é o teste mais sugerido na literatura para avaliar a agilidade no basquetebol (Delextrat & Cohen, 2008, 2009; Jakovljevic et al., 2012; Spiteri et al., 2014).

Força membros inferiores

Para a avaliação da força explosiva e elástico explosiva dos membros inferiores, foram avaliados e calculados a altura e a potência dos saltos verticais realizados com os membros inferiores (Bosco et al., 1983). A potência média dos saltos verticais foi estimada através da equação de Lewis (Fox & Mathews, 1974):

Potência média (Watts) = √4.9 x massa corporal (kg) x √altura do salto (m) x 9.81. Os participantes realizaram três tipos de saltos diferenciados, Squat Jump (SJ), Countermovement Jump (CMJ) e Countermovement Jump with Arms swing (CMJ-S) tendo sido contabilizado o melhor registo de duas tentativas. Em ambos os testes o intervalo entre tentativas foi de 10 segundos. O instrumento utilizado foi o Chronojump (Bosco System, Rome, Italy) e os procedimentos adotados foram os descritos por Bosco, Luhtanen e Koni (1983).

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O protocolo do teste de SJ consiste na realização de um salto vertical com meio agachamento que parte de uma posição estática de cinco segundos com uma flexão do joelho de aproximadamente 120º sem contramovimento prévio de qualquer segmento, com as mãos fixas e próximas ao quadril, na região suprailíaca (Bosco, 1994). O protocolo do teste de CMJ consiste na realização de um salto vertical com a técnica de contramovimento sem a contribuição dos membros superiores (as mãos ficaram fixas e próximas ao quadril) em que o atleta parte de uma posição em pé com o tronco ereto, com os joelhos em extensão a 180°, executando um ciclo de alongamento e encurtamento (flexão e extensão do joelho) dos membros inferiores (Bosco, 1994). No teste do CMJ, a flexão do joelho acontece aproximadamente até um ângulo de 120° e em seguida o executante realiza a extensão do joelho, procurando impulsionar o corpo para o alto e na vertical, e permanecendo com o tronco imóvel para evitar influência nos resultados. O teste do CMJ-S consiste na realização de um salto vertical com a técnica de contramovimento com a contribuição dos membros superiores (as mãos e os braços acompanham o movimento dos membros inferiores e terminam em extensão acima da cabeça).

Força membros superiores

Para a avaliação da força dos membros superiores utilizou-se o teste de lançamento da bola medicinal de 2-kg desde o peito (passe de peito) na posição de sentado, com as costas apoiadas na parede, e foi avaliada a distância (em cm) alcançada. Os participantes realizaram duas tentativas e o melhor registo foi contabilizado.

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Relativamente à avaliação da força de preensão manual foi considerado o somatório da força da mão direita e da mão esquerda. Os participantes realizaram duas vezes a avaliação (com cada mão), o melhor resultado de cada mão foi registado. Para o efeito será utilizado um dinamómetro (Takei Physical Fitness Test, T.K.K. 5001, GRIP – A).

Resistência abdominal (Sit-Up)

Para o teste de resistência abdominal (Sit-Up) foi adotado o protocolo descrito por Semenick (1994) que consiste na realização de sit-up durante 1 minuto em que os participantes se encontram em decúbito dorsal com as pernas fletidas e com as mãos nas orelhas contabilizando o número de elevações do tronco realizadas (os cotovelos deveriam tocar nos joelhos). Os participantes realizarão o teste uma única vez e o número de execuções foi registado.

Figura 2.5. Teste de abdominais em 1 minuto.

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Capacidade Aeróbia

Para avaliar a capacidade aeróbia foi utilizado o Yo-Yo Intermittent Recovery Test, Level 1 (YYIR1). O YYIR1 é composto por 2 x 20-m sprints de progressiva velocidade intercalado por 10 segundos de recuperação ativa, realizado até a exaustão após sinais acústicos pré-gravadas (Bangsbo, 1994). A partir dos resultados do YYIR1 calculou-se o consumo máximo de oxigénio (O2máx) através da equação proposta por Bangsbo, Iaia e

Krustrup (2008) com base nos percursos completados pelos praticantes (O2máx

(ml//kg/min) = YYIR1 distância (m) × 0.0084 + 36.4). O YYIR1 foi considerado um teste válido para avaliar a capacidade aeróbia em basquetebolistas (Castagna, Impellizzeri, Rampinini, D’Ottavio, & Manzi, 2008) e as suas exigências fisiológicas são bastante similares às de um jogo de basquetebol (Ben-Abdelkrim et al., 2010).

Figura 2.6. Yo-Yo intermittent recovery test, level 1 (YYIR1).

Capacidade Anaeróbia

A capacidade anaeróbia foi avaliada através do teste Line Drill (LD). No protocolo do LD, os indivíduos correm 140-m o mais rápido possível na forma de quatro sprints consecutivos de ida e volta de 5.8-m, 14.0-m, 22.2-m e 28.0-m no campo regulamentar de basquetebol. Os atletas começaram o teste 1-m atrás da linha de fundo do campo de basquetebol. O tempo foi registado através de células fotoelétricas (Wireless Sprint System, BROWER Timing Systems, Salt Lake City, Utah USA) colocadas na linha de fundo onde os atletas mudam de direção após o sprint de ida e volta. Será dado encorajamento verbal a todos os atletas durante a execução do teste. O LD foi considerado um teste fiável (CCI = 0.9; CV = 1.4%) para avaliar a capacidade anaeróbia e para diferenciar atletas de níveis competitivos distintos (Carvalho et al., 2011).

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Figura 2.7. Teste do suicidio ou “Line drilll test”.

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