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Parte I – Estudos Considerações Iniciais

0,44Avaliação do impacto

0,6 Avaliação do impacto -0,27 Avaliação do impacto 0,9 Avaliação do impacto 0,4 Avaliação do impacto -0,03 Avaliação do impacto 0,08 Avaliação do impacto 0 Avaliação do impacto

Essa matriz foi realizada com todos os itens de avaliação utilizados na época e os resultados numéricos dos aspectos avaliados foram inseridos na matriz geral, o que permitiu que a avaliação possuísse mais uma camada de avaliações numéricas no aperfeiçoamento da diminuição de julgamentos subjetivos.

Uma importante inovação observada nesse caso foi a inserção do item “função social da propriedade”. De fato esse foi o item que recebeu as melhores avaliações positivas e um peso importante para justificar a implantação do empreendimento e compensar os impactos negativos identificados.

Essa nova forma de avaliação bastante simples gerou então a seguinte tabela:

Tabela 45 – Índices obtidos pela avaliação

Fonte: o autor.

Nota: tabela elaborada para EIV de Condomínio HIS, em Diadema.

Infraestrutura redes -0,12

Infraestrutura equipamentos urbanos 0 Infraestrutura - Transportes -0,12

Equipamento Comunitários -0,2

Estrutura viária urbana -0,1

Ambiente natural -0,08

Patrimonio Hist. Natural e Cultural 0

Paisagem urbana 0

Uso e ocupação do solo 0,4

Poluição -0,03

Estrutura sócioeconomica 0,44

Valorização imobiliária 0,6

Função social da propriedade 0,9

Gráfico 2 – Índices obtidos pela avaliação

Fonte: o autor.

Essa nova forma de avaliação também foi incorporada na metodologia da matriz objeto desta tese.

Outra matriz inserida foi a matriz não numérica relacionada com a existência de equipamentos comunitários no entorno e sua distância em reação ao empreendimento, conforme se verifica na Tabela 46 a seguir.

Tabela 46 – Matriz obrigatória definida pela companhia habitacional

Fonte: o autor.

Nota: tabela elaborada para EIV de Condomínio HIS, em Diadema.

O EIV de Diadema apresenta a matriz geral com os cálculos de índices de impacto feitos de forma ainda experimental com relação aos pesos. Nesse caso, como havia três avaliadores, estipulou-se que o peso deveria variar entre apenas quatro valores: 0,25, 0,5, 0,75 e 1. Dessa forma, os avaliadores não poderiam aumentar o valor de um item já previamente avaliado, mas poderiam diminuir percentualmente o valor de um item que pudesse estar superavaliado. Para a montagem do quadro geral de índices o EIV se utilizou das duas formas de avaliação, a que já estava em uso a partir do estudo de caso 4 e a matriz parcial de avaliação de impactos. Isso permitiu verificar pontos de concordância e discordância das avaliações, e o índice final foi obtido pela média aritmética das pontuações.

Descriminação Inexistente Em construção Existente (distancia em m) Insuficiente

Escola 1ºgrau 300 Escola 2º grau 300 Hospital/Maternidade 1000 Posto de Saúde x Creche 500 Posto Policial x Campo de esportes x Abastecimento x Feiras livres x Comércio em geral 200 Mercado x Centros comunitários x Rede de água 10 Rede de esgotos 10

Rede de energia elétrica 10

Rede de águas pluviais 10

Iluminação pública 10 Teatro/Cinema x Indústrias 50 Indústrias poluentes x Campo de pouso x Cemitérios Cortume x Conjuntos Habitacionais Coleta de lixo 10 Coleta de correio 100

Tabela 47 – Matriz geral de avaliações do EIV de Diadema

Fonte: o autor.

Nota: tabela elaborada para EIV de Condomínio HIS, em Diadema.

MATRIZ DE IMPACTOS Efeito Grau I-1 I-2 Índice 1 Peso Relativo Índice 2 REVERSIBILIDADE MITIGAÇÂO

INFRAESTRUTURA URBANA

Abastecimento de água Negativo Baixo 2 7 -0,25 1 -0,25 Não Sim Esgotamento sanitário Negativo Baixo 2 7 -0,25 1 -0,25 Não Não

Drenagem urbana Negativo Baixo 2 6 -0,25 1 -0,25 Não Sim

Iluminação pública Positivo Médio 2 6 0,5 0,75 0,375 Não Sim

Indice do sub-tema Negativo Baixo 2 6,5 -0,06 0,9375 -0,0586

ESTRUTURA VIÁRIA URBANA

Alterações do sistema Negativo Baixo 4 7 -0,25 1 -0,25 Não Sim

Geração de tráfego Negativo Alto 8 10 -1 1 -0,5 Não Não

Incremento período de obras Negativo Alto 5 10 -1 0,5 -0,83 Sim Sim

Indice do sub-tema Negativo Médio 4,25 9 -0,75 0,8333 -0,6250

PAISAGEM URBANA

Alteração da paisagem Positivo Alto 4 7 0,75 1 0,75 Não Sim

Alteração do padrão urbanístico Positivo Médio 5 6 0,5 0,75 0,375 Não Não Barreiras visuais Negativo Médio 5 5 -0,5 0,75 -0,375 n/a n/a

Paisagismo Positivo Baixo 4 6 0,25 1 0,25 Sim Sim

Ventilação - alterações e barreiras Negativo Baixo 4 6 -0,25 1 -0,25 n/a n/a Insolação - sombreamento de edificações e espaços Negativo Baixo 2 8 -0,25 1 -0,25 n/a n/a

Indice do sub-tema Positivo 4,00 6,3333 0,08 0,9167 0,0764

AMBIENTE NATURAL HISTÓRICO MORFOLÓGICO

Alteração ambiente natural Negativo Médio 4 7 -0,5 1 -0,5

Interferência ambiente histórico Nulo 0 1 0 0 1 0

Alteração da morfologia terreno Negativo Baixo 4 5 -0,25 1 -0,25

Indice do sub-tema Nulo 3 4 -0,25 1,0000 -0,2500

PRODUÇÃO DE POLUIÇÃO

Poluição atmosférica Negativo Baixo 2 6 -0,5 1 -0,5 Não Não

Poluição por Resíduos Sólidos Nulo Baixo 4 6 0 1 0 Não Sim

Poluição em corpos d'água Nulo 0 0 6 0 0 0 n/a n/a

Poluição visual Nulo Baixo 2 4 0 0 0 n/a n/a

Poluição sonora Negativo Baixo 2 4 -1 1 -1 Não Não

Poluição por odores Nulo 0 0 4 0 0 0 n/a n/a

Vibrações e tremores por máquinas e assemelhados Nulo 0 0 4 0 0 0 n/a n/a

Indice do sub-tema Negativo 1,4286 4,8571 -0,2143 0,4286 -0,0918

EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS URBANOS INFRA-ESTRUTURA

Equipamentos para abastecimento de água Nulo 0 0 6 0 0 0 n/a n/a Equipamentos para tratamento de água Nulo 0 0 6 0 0 0 n/a n/a Equipamentos para recolhimento de esgotos Nulo 0 0 6 0 0 0 n/a n/a Equipamentos para tratamento de esgotos Nulo 0 0 8 0 0 0 n/a n/a Equipamentos para energia elétrica Negativo Baixo 2 8 -0,25 1 -0,25 Não Sim

Equipamentos para drenagem Nulo 0 2 8 0 1 0 n/a n/a

Equipamentos para telecomunicações Nulo 0 0 6 0 0 0 n/a n/a

Indice do sub-tema Nulo -0,0357 0,2857 -0,0102

URBANOS TRANSPORTE

Incremento de demanda/carregamento Negativo Médio 6 8 -0,5 1 -0,5 Não Não

Necessidade de investimentos Nulo 0 2 8 0 0,5 0 n/a n/a

Equipamentos (ponto e onibus) Negativo Médio 4 6 -0,5 1 -0,5 Não Sim

Modificação de sistema Nulo 0 0 4 0 0,75 0 n/a n/a

Indice do sub-tema Nulo -0,2500 0,8125 -0,2031

EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Escolas - creches - fundamental - Negativo Baixo 2 6 -0,25 1 -0,25 Não Sim Escolas - segundo grau Negativo Médio 4 6 -0,5 1 -0,5 n/a n/a

Postos de Saúde Nulo 0 0 6 0 0 0 n/a n/a

Postos de Segurança Positivo Médio 2 6 0,5 1 0,5 n/a n/a

Serviços de apoio social Nulo 0 0 4 0 0 0 n/a n/a

Indice do sub-tema Nulo -0,0500 0,6000 -0,0300

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Tipologia da ocupação Positivo Médio 6 6 0,5 0,75 0,375 Não n/a Indices Urbanísticos T0 e CA Positivo Médio 6 6 0,5 1 0,5 Não n/a Taxa de permeabiliade do terreno Negativo Baixo 2 6 -0,5 0,75 -0,375 Não Sim

Usos perigosos Nulo 0 0 4 -0,5 0 0 n/a

Usos incomodos ou desconformes Nulo 0 2 4 -0,5 1 -0,5 Não Não

Valorização imobiliária Positivo Alto 6 6 0,5 0,5 0,25 Não Não

Conformidade com legislação Positivo Baixo 6 6 1 1 1 Não n/a

Indice do sub-tema Positivo 0,1250 0,7143 0,0893

ESTRUTURA SÓCIO-ECONOMICA

Alteração do padrão social do entorno Positivo Médio 2 6 1 1 1 n/a n/a

Inserção de desnivelamento social Nulo 0 0 6 0 0,5 0 n/a n/a

Incremento da economia local Positivo Alto 4 6 0,5 1 0,5 n/a n/a Criação de empregos Positivo Alto 8 8 0,5 1 0,5 Não Não se aplica

Indice do sub-tema Positivo Médio 0,5000 0,875 0,438

Valorização Imobiliária

Alteração da dinamica imobiliária local Positivo Médio 6 6 0,75 1 0,75 Não n/a

Valorização efetiva Positivo Médio 4 6 0,5 0,75 0,5 Não n/a

Indice do sub-tema Positivo 0,6250 0,875 0,547

Outros Impactos

Trafego de caminhões Negativo Médio 6 6 -1 1 Sim Sim

Tabela 48 – Resumo dos índices de impacto do estudo de caso 5

Fonte: o autor.

Nota: tabela elaborada para EIV de Condomínio HIS, em Diadema.

O estudo de caso 5 permite verificar o desenvolvimento do sistema de avaliações por meio de matrizes matemáticas como uma ferramenta auxiliar de identificação e avaliação dos impactos. Permite também verificar que o sistema de avaliações por matrizes matemáticas, embora ainda tenha se mostrado passível de criticas, cumpriu um papel importante nas discussões internas sobre os cenários previstos com a implantação do empreendimento.

Devemos ressaltar, mais uma vez, que neste estudo de caso foi acrescentado mais um item de análise que, a nosso julgamento, é um dos mais importantes em um EIV, que é o papel do empreendimento como cumpridor da função social da propriedade. Existe nesse item a avaliação dos objetivos do empreendimento, que trata de um aspecto até então formalmente inexistente nos estudos de caso analisados. Também foi inserido mais uma coluna de subíndices originados na avaliação de impactos realizadas por 3 especialistas.

6.6 Estudo de caso 6

O estudo de caso 6 encerra a série de análises de EIVs desenvolvidos pelo autor e apresenta o método de avaliação de impactos de vizinhança por matrizes matemáticas já quase em seu formato final, que será apresentado no capítulo dos resultados.

Este estudo de caso foi desenvolvido em 2016 e trata dos estudos desenvolvidos para um loteamento para uso residencial e comercial em área valorizada do município de São João da Boa Vista em São Paulo.

O EIV foi requerido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE) em decorrência de divergências conceituais sobre áreas verdes e áreas de lazer e do fato de um EIV anterior não ter apresentado a necessária amplitude e profundidade de análises sobre os impactos decorrentes da futura implantação do loteamento. O município não possui legislação específica sobre EIV embora o instrumento esteja previsto no plano diretor municipal.

É importante salientar que este EIV, junto com outros três desenvolvidos pelo autor em São João da Boa Vista, foram os únicos a ser objeto de uma apresentação pública. Em todos os 50 EIVs pesquisados nesta tese a publicidade dada aos resultados dos estudos se limitou a, no máximo, disponibilizar o produto na internet, casos dos municípios de Jundiaí, Bragança Paulista, Santo André.

Dados do empreendimento:

Microbacia do Ribeirão da Prata/Sub-bacia do Rio Jaguari Mirim. Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu.

Zoneamento municipal: área urbana.

Distância do centro histórico do município: 3,0 km. Área mínima dos lotes: 300,00 m².

Tabela 49 –Áreas do empreendimento

Fonte: adaptado pelo autor.

Nota: tabela elaborada para EIV de loteamento, em São João da Boa Vista.

O projeto tira partido da baixa declividade da gleba e propõe a extensão de avenida estrutural a fim de melhorar a integração de bairros valorizados com o centro da cidade e cria áreas públicas ao longo de parte dessa avenida, destinada a abrigar uma área de lazer, área verde e área institucional.

Figura 44 –Projeto do loteamento.

Fonte: o autor.

Nota: figura elaborada para EIV de loteamento, em São João da Boa Vista.

ITEM ÁREAS (m²) % 1 139.514,05 54,14% 2 118.170,95 45,86% 2.1 53.031,72 20,58% 2.2 12.892,14 5,00% 2.3 2.3.1 ÁREAS VERDES/APP 26.434,74 10,26% 2.3.2 SISTEMA DE LAZER 25.812,35 10,02% 3 257.685,00 100,00% 4 257.685,00 100,00%

ESPAÇOS LIVRES DE USO PÚBLICO

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