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Avaliação de Escores Visuais e Pesagens

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.2 Atividades Desenvolvidas em Melhoramento Genético de Bovinos de

3.2.3 Avaliação de Escores Visuais e Pesagens

As avaliações de escores visuais foram realizadas no rebanho pertencente a fazenda no período de desmama e ao sobreano, totalizando 338 bovinos avaliados. O sistema de avaliações e pesagens utilizado foi o do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne – Promebo®

(Anexo D). Todos animais avaliados eram da raça angus, tanto da linhagem Aberdeen, como Red Angus.

Os animais foram trazidos para a mangueira no dia anterior, respeitando um jejum de sólidos e líquidos de 12 a 14 horas até início das avaliações e pesagens. Para uma correta avaliação, os animais foram separados conforme seu grupo de manejo e sexo.

Foi realizada uma pré-listagem de todos animais a serem avaliados, organizados em uma planilha com dados de identificação individual, data de nascimento, paternidade, peso e características a serem avaliadas. Esta planilha serviu como base para os apontamentos das pesagens e avaliações de escores visuais a serem efetuadas.

Inicialmente foi feita a observação do lote como um todo, para serem identificados os padrões para posterior avaliação individual dos animais. Neste momento se busca observar animais inferiores, médios e superiores, da forma que se tenha conhecimento das particularidades do lote para conformação, precocidade, musculatura e tamanho.

Em seguida, os animais eram conduzidos a um tronco de contenção para verificação do número de identificação, tatuagem na porção interior das orelhas nos terneiros a desmama e brincos nos animais de sobreano, e para verificação da presença de chifres, má formação congênita e presença de pigmentação de cor clara. Nos touros de sobreano era realizada a medida de perímetro escrotal.

A verificação de presença de chifres, batoques ou rudimentos córneos é necessária pois a raça é de origem mocha, devendo serem descartados do rebanho animais que possuam alguma destas características. O prognatismo ou

retrognatismo e outros defeitos congênitos, a presença de manchas brancas, também são fatores desclassificatórios.

Campos (2011), cita que somente serão permitidas manchas brancas nas seguintes regiões:

Machos:

a. na linha ventral (inferior) na região compreendida entre o saco escrotal e prepúcio, excluindo estes, na face medial (interior) das pregas de pele da virilha (sem sobressair lateralmente);

b. somente no colo do saco escrotal (inserção no corpo), não sendo admitidas manchas no corpo do saco escrotal;

Fêmeas:

a. na linha ventral (inferior) entre o umbigo e o úbere, excluindo o umbigo, e na face medial (interior) das pregas de pele da virilha (sem sobressair lateralmente);

A circunferência escrotal era medida com uma fita métrica contendo unidades de centímetros e milímetros. Era realizada a medição do perímetro escrotal na sua porção de maior circunferência.

Em seguida os animais eram pesados individualmente, obtendo se o peso em Kg. Após a pesagem os animas eram soltos em um curral da mangueira, onde era realizada a avaliação individual dos escores visuais.

Inicialmente eram esperados serem soltos no mínimo três animais, para servirem como base de comparação para atribuição dos escores. Em seguidas os animais eram avaliados um a um, sendo atribuídos escores para conformação, precocidade, musculatura, tamanho, pelame, racial e tamanho de umbigo.

Na avaliação de Conformação o animal era observado imaginando a sua carcaça no frigorífico, sendo os pontos de maior relevância, o tamanho corporal, comprimento e a cobertura muscular que a carcaça possuía. Animais musculosos e com uma boa estrutura óssea, profundos e harmônicos recebiam os melhores escores.

A Precocidade era avaliada através da profundidade de costela em relação aos membros, do arqueamento de costelas e a presença de boa musculatura aliada a uma cobertura de gordura, determinando animais com melhor precocidade de terminação. Eram atribuídos escores menores para animais mais “fínos e compridos”, com um tipo esguio e alto, enquanto que animais profundos,

musculosos, com boa deposição de gordura, virilhas preenchidas e harmônicos recebiam escores mais altos.

Para avaliação da Musculatura dos animais, eram observados pontos estratégicos como a largura e profundidade do quarto, lombo, paleta, antebraço e ângulo da porção lateral e caudal do quarto. Para realizar a avaliação os animais eram observados também em movimento, permitindo diferir musculatura de deposição de gordura. Animais com a porção caudal do quarto retilínea ou voltada para dentro, lombo sem preenchimento muscular, peito fechado, carcaça pouco musculosa, recebiam escores inferiores. Já animais com a porção caudal do quarto angulosa com preenchimento muscular até os “garrões”, peito aberto, lombo musculoso, com carcaça com ótimo desenvolvimento muscular, recebem escores superiores.

O Tamanho foi avaliado através de estimação do tamanho do esqueleto do animal, sem levar em consideração o peso do animal. É o somatório da altura com o comprimento.

A avaliação do pelame era realizada perante a observação do tamanho e característica do pêlo dos animais. Eram atribuídos escores de 1 a 3, sendo que animais com pêlo curto e liso recebiam escores próximos a 1, enquanto animais com pêlos longos e lanosos recebiam escores 3.

A avaliação racial teve como critério os padrões da raça. Os animais eram classificados com escores de 1 a 5, sendo conferido escore 5 para animais superiores, que se destacam dentro dos padrões da raça. Para uma avaliação correta racial, é de suma importância o conhecimento das características morfológicas da raça a ser avaliada.

Ao avaliar o umbigo/prepúcio dos animais eram observados quanto ao tamanho e ao ângulo formado pelo prepúcio, ideal não maior que 45°, tendo em vista a facilidade de cópula. Eram atribuídos escores de 1 a 5, porém levando em conta a raça angus, de origem européia, os animais deveriam ter escores o mais próximo de 1, ou seja, umbigo/prepúcio pequeno, pouco expressivo.

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