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4. ANÁLISE DE RESULTADOS

4.2. AVALIAÇÃO PARA REGIÃO SUDESTE

A Tabela 3 apresenta os valores atualizados e já normalizados para as mesmas variáveis já definidas anteriormente para as 17 DMUs agora consideradas. Para esta nova avaliação, foi utilizado também o modelo CCR orientado a inputs, já que a alteração para esta etapa é apenas uma segmentação das DMUs anteriormente utilizadas. O objetivo de reduzir os custos relacionados ao frete mantendo um equilíbrio entre as limitações de peso, quantidade e valor dos produtos transportados foi mantido.

Tabela 3 - Dados das transportadoras de janeiro de 2020 à agosto de 2021 com atendimento apenas a Região Sudeste

Transportadora Frete Total Peso Total Valor Total de NF Qtd de Itens (Input) (Ouput) (Ouput) (Ouput)

001 753,69 543,83 228,11 640,39

002 1000 1000 1000 1000

003 364,29 371,81 134,09 553,16

004 166,81 105,30 45,98 138,80

005 266,32 253,49 132,12 332,33

006 9,52 4,72 2,65 5,39

007 1,29 1,16 0,36 1,50

008 413,71 380,38 338,96 426,26

009 71,67 37,05 29,92 45,66

012 109,42 88,10 91,35 84,46

013 82,28 30,23 36,65 34,93

015 241,00 97,40 128,02 107,18

Ao conduzir uma análise considerando o grupamento com filtro para entregas apenas na Região Sudeste, a expectativa é que as DMUs apontadas como eficientes, assim como seus alvos e benchmarks, apresentem similaridades nas práticas adotadas. Cabe ressaltar que as DMUs anteriormente consideradas eficientes não necessariamente devem manter os seus índices de eficiência, uma vez que houve alteração nos dados.

Os resultados para a nova avaliação de eficiência das 17 DMUs analisadas estão dispostos na Tabela 4, seguindo o mesmo padrão de tabela utilizado anteriormente, exceto pela região de atendimento, devido ao fato de todas as entregas desta análise serem concentradas na Região Sudeste.

Tabela 4 - Resultados da 2ª Avaliação - Eficiências no CCR orientado a Input, Benchmarks e Categorias de Produtos Transportados para cada DMU

Transportadora Eficiência Benchmarks Categorias de Produtos Transportados

002 100,00% - Dermocosméticos (466), Público Geral (1184), Luxo (112), Profissional (101)

003 100,00% - Dermocosméticos (1), Público Geral (264), Profissional (1) 019 100,00% - Dermocosméticos (4), Público Geral (36), Profissional (2)

021 98,38% 002 Dermocosméticos (9), Público Geral (10), Luxo (2), Profissional (2) 008 93,52% 002, 003 Dermocosméticos (90), Público Geral (280), Luxo (24), Profissional (27) 005 93,38% 002, 003, 019 Dermocosméticos (30), Público Geral (217), Luxo (1), Profissional (4)

015 53,12% 002 Dermocosméticos (70), Público Geral (158), Luxo (32), Profissional (35) 018 51,13% 002, 003, 019 Dermocosméticos (27), Público Geral (146), Profissional (5)

006 48,23% 002, 003, 019 Dermocosméticos (1), Público Geral (7)

013 44,54% 002 Dermocosméticos (27), Público Geral (51), Luxo (5), Profissional (6)

Três transportadoras foram consideradas como eficientes na fronteira padrão, sendo mantidas as DMUs 002 e 019. Desta vez, a transportadora 003 também foi dada como eficiente pelo modelo, sendo que na análise geral seu índice de eficiência havia sido de 43,2%. Esse comportamento reforça a discrepância quando se analisa o atendimento a todas as regiões do país versus o atendimento à Região Sudeste. A Figura 7 representa um gráfico comparativo entre as eficiências de cada transportadora, sendo que a linha vermelha demonstra a avaliação geral e a linha azul indica a avaliação para atendimento apenas na Região Sudeste. A análise do gráfico permite identificar que, com o grupamento, os índices de eficiência aumentaram na segunda avaliação, tendo sido maior na avaliação geral apenas nos casos das transportadoras 007, 008, 012 e 018.

Figura 7 - Gráfico comparativo avaliação geral x avaliação para Região Sudeste

Para a determinação dos alvos de cada DMU ineficiente, foram utilizadas as equações (8) e (9) devido ao modelo utilizado ser orientado a input e os resultados são apresentados na Tabela 5 mais abaixo. Esses resultados indicam quais são os esforços a serem feitos pela Empresa AZ e cada transportadora ineficiente para que estas possam alcançar na fronteira de eficiência.

Assim, a transportadora 007, antes dada como eficiente, apresentou um índice de eficiência de 87,0% para sua única entrega. O índice de eficiência agora obtido pode ser interpretado como um reflexo do ajuste na nova avaliação, trazendo as transportadoras para um nível mais similar nas condições de entregas e nas distâncias do CD até os destinos de entrega.

Desta forma, a DMU anteriormente classificada como eficiente na avaliação geral, nesta nova avaliação passa a apresentar oportunidades de melhoria, tendo como benchmarks as transportadoras 003 e 019. Assim, tem como alvo uma alteração no frete de 1,29 para 1,12 e,

25.000%

50.000%

75.000%

100.000%

002 003 019 021 008 005 007 012 016 001 017 004 009 015 018 006 013 Eficiência Sudeste Eficiência Geral

para o valor total dos produtos transportados, ainda tem espaço para um aumento de 0,36 para 0,43 nos próximos carregamentos a serem realizados com esta transportadora.

Já a transportadora 018 apresentou um dos piores índices de eficiência (51,13%), o que reforça o que foi destacado para uma oportunidade de melhoria junto a essa transportadora. Isso porque, na avaliação geral, esta DMU já havia apresentado um índice de eficiência inferior ao de outras transportadoras com atuação generalizada entre as categorias de marcas, mesmo tendo sua atuação apenas no Sudeste. Os principais pontos de atenção são referentes ao valor do frete por item transportado, já que a maior parte dos produtos transportados são das marcas de público geral, ou seja, produtos com valores mais acessíveis e de pesagem média. Assim, como alvo, é apontado uma redução no valor normalizado de frete total de 209,73 para 107,23.

O menor índice de eficiência encontrado foi para a transportadora 013, com 44,5%. O principal ponto de atenção para esta DMU é o fato de transportar produtos de alto valor, atingindo a limitação de valor assegurado com um volume de itens consequentemente menor.

Assim, o valor do frete é bastante alto, o que reflete em seus resultados do modelo DEA. Esta transportadora apresentou como alvos uma alteração em três das quatro das variáveis, conforme apresentado na Tabela 5 abaixo.

É possível observar que, no caso das transportadoras 012, 013, 015 e 021, houve um comportamento na definição dos alvos que apontam para um mesmo valor em todas as variáveis. Este é um efeito que ocorre por conta da normalização dos dados, atrelada ao fato de todas estas ineficientes terem a transportadora 002 como benchmark. Como a transportadora 002 possui o maior valor em todas as variáveis, cada uma delas apresentou o valor final de 1000. Logo, as DMUs ineficientes que a têm como referência única são indicadas a apresentar o mesmo comportamento, devido ao fato do λ002 (associado a transportadora 002) ser igual a 1.

Finalmente, como ganho potencial, o alcance dos alvos definidos para o Frete Total poderia trazer para a Empresa AZ uma economia de até 29,5%, a partir da negociação de melhores valores nos fretes tabelado. Entretanto, atingir todos alvos com todas as transportadoras seria um grande desafio para a empresa, porém os resultados apontam as principais oportunidades para que sejam depositados os esforços do time responsável.

Tabela 5 - Alvos para as DMUs ineficientes na 2ª avaliação

Transportadora Frete Total Peso Total Valor Total de NF Qtd de Itens

001 753,69 523,88 543,83 228,11 640,39

Como um dos objetivos propostos pelo estudo, após realizadas as análises de eficiências, identificação do conjunto de referência e alvos para as DMUs, é possível elencar o ranqueamento das transportadoras com base nos resultados obtidos. Para esta última etapa, serão utilizados os resultados obtidos na segunda análise, considerando apenas entregas na Região Sudeste, utilizando-se da técnica da fronteira invertida, conforme apresentado na seção 2.2.2. A Tabela 6 apresenta a ordenação das DMUs de acordo com as eficiências compostas normalizadas, calculadas a partir da equação (17). Vale ressalvar que, para uma DMU atingir o índice de 100% na eficiência composta normalizada, é necessário que ela seja eficiente na fronteira padrão e apresente o menor resultado na fronteira invertida.

Tabela 6 - Ranqueamento das DMUs com entregas na Região Sudeste por eficiência composta normalizada

Transportadora Padrão Invertida Composta Composta* Ranking

002 100,0% 43,4% 78,3% 100,0% 1

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