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2.3 U SABILIDADE

2.3.1 Avaliação de Usabilidade

A avaliação da usabilidade tem como objetivo estudar a usabilidade e obter resultados, se o que está a ser realizado está a ser da forma mais correta, ou seja, obter resultados se determinado produto está a ser utilizado com uma grande eficácia, eficiência e satisfação do utilizador (Law & Hvannberg, 2002).

Os principais métodos de avaliação de usabilidade são: teste, inquérito, experiência controlada e inspeção. Destes quatro métodos apenas um está relacionado com modelos analíticos, o método de inspeção, ou seja, é um método no qual os testes de usabilidade são realizados por especialistas específicos a cada uma das avaliações, com o objetivo de obter melhores resultados. Os restantes métodos de avaliação de usabilidade, são métodos normalmente utilizados nos modelos empíricos, baseando-se em dados obtidos através dos utilizadores, pois possuem determinadas tarefas que se repetem para uma maior qualidade de identificação de poder assim avaliar o design (Martins, Queirós, Rocha, & Santos, 2013).

O método de teste envolve uma observação constante dos utilizadores, enquanto estes realizam o teste ao produto, recolhendo dados sobre como melhorar a usabilidade do produto que está a ser testado (Martins, A. I., Queirós, A., Rocha, N. P., & Santos, B. S. 2013).

Especificamente, para identificar os problemas de usabilidade mais importantes num projeto, o teste deverá obter um número considerável de utilizadores, que permita recolher diferentes tipos de dados. O design iterativo é a melhor maneira de aumentar a qualidade da experiência do utilizador. Quanto mais versões e ideias de interface forem testadas com os utilizadores, melhor serão os resultados obtidos (Martins, Queirós, Rocha, & Santos, 2013).

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Estes testes podem ser efetuados com utilizadores, individualmente ou em grupo. Os testes com um grande número de utilizadores têm lugar na pesquisa de mercado, mas para avaliar os projetos de interação, devemos observar de perto os utilizadores individuais a realizar tarefas na interface. Devemos prestar maior atenção ao que é feito e como é feito para obter melhores resultados (Martins, Queirós, Rocha, & Santos, 2013).

O método de avaliação baseado em utilizadores consiste em que, os utilizadores procedam á realização de tarefas com o sitio web desenvolvido, como se fosse uma utilização diária, os avaliadores ao serem realizados os testes utilizam estes para analisar de que forma a interface se adequa aos utilizadores, na realização de suas tarefas diárias. Posta a realização dos testes, os avaliadores podem então obter conclusões com a realização de questionários, o que permite que os utilizadores verbalizem tudo o que pretendem na solução, dando de forma mais especifica respostas (Martins, Queirós, Rocha, & Santos, 2013).

Podem ser realizados testes que permitem avaliar a usabilidade baseados em utilizadores, este tipo de testes são realizados de acordo com observações e questões, permitindo aos avaliadores obter algumas informações sobre se o utilizador gosta ou não da solução e se é de acordo com as suas necessidades. Neste tipo de avaliação em campo, o avaliador terá de observar como o utilizador reage á solução no seu ambiente natural, com o objetivo de perceber como é utilizada a solução. Este é um método muito importante, pois visa avaliar o utilizador e todas as suas interações com a solução, obtendo de forma detalhada determinados aspetos que apenas são encontrados neste tipo de ambiente (Catecati, et al., 2018). O método de inspeção analisa determinadas características e aspetos utilizados para a realização de tarefas, esta inspeção consiste na identificação de todos os aspetos utilizados na execução de uma ação e de como cada um desses desempenha um papel de elevada importância para a realização das tarefas (Martins, Queirós, Rocha, & Santos, 2013). Nomeadamente como diz Catecati “este método divide entre os inspetores e os aspetos de usabilidade em subconjuntos e cada um deles organiza sessões a fim de detetar um maior número de problemas no sistema.”, isto permite que se encontrem um maior numero de problemas no sistemas, pois em cada sessão existe uma forma diferente de visualizar o problema, obtendo um maior numero de informações para os avalizadores (Catecati, et al., 2018).

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O método baseado em especialistas irá avaliar a interface que lhes é fornecida e poder identificar algumas correções necessárias ao design, sendo este um método eficiente para a identificação de problemas da interface (Rocha T. , 2014).

Um dos métodos muito utilizados para efetuar a avaliação de usabilidade é o Cognitive Walktrough, é um método muito útil para avaliação de sites. É um método que implica a realização de determinadas tarefas por parte do utilizador e uma avaliação da interface. O Cognitive Walktrough permite prever o quão simples será para as pessoas, executarem determinadas tarefas em um sistema de computador. É muito importante serem projetados sistemas que sejam capazes de facilitar aprendizagem, porque normalmente as pessoas aprendem a utilizar novos tipos de sistemas, baseados na sua utilização. O Cognitive Walktrough, foi aplicado em vários locais que possuem sistemas automáticos como as caixas multibanco (Blackmon, 2004).

O Cognitive Walktrough segue quatro características sendo estas: a avaliação terá de ser centrada em utilizadores específicos, as etapas projetadas prescrevem para efetuar a sua realização, avaliadores baseiam-se em teorias e os engenheiros de software conseguem facilmente aprender a efetuar avaliações no Cognitive Walktrough. A versão mais simples efetua duas questões uma delas na qual os designers esperam que seja a resposta correta para os utilizadores e a segunda na qual se os utilizadores tomarem a decisão correta recebem uma resposta que é fornecida pelo sistema e eles perceberão que foi tomada a decisão correta que trouxe mais proximidade do objetivo. O Cognitive Walktrough continua, até que todas as tarefas designadas terminem (Blackmon, 2004).

Existem mais métodos que podem ser utilizados para efetuar a avaliação da usabilidade, tal como o método heurísticas ou linhas de orientação, é um princípio que orienta uma decisão ou uma revisão de um projeto, este tipo de avaliação consiste em verificar os problemas possíveis que possam existir de usabilidade. Este método utiliza avaliadores diferentes, como é o caso de especialistas em usabilidade, que estão pouco ou não estão envolvidos na solução, sendo que este método não necessita da presença de utilizadores da solução em questão (Nielsen, Usability inspection methods, 1994). Outros métodos de avaliação de usabilidade existentes é o Pluralistic Walktroughs que consiste em reunir várias categorias de pessoas que estão relacionadas com o projeto, discutindo dados obtidos e cada elemento fornece uma opinião (Nielsen, Usability inspection methods, 1994). O Feature Inspection é um método de inspeção que analisa e apresenta todos os recursos utilizados para chegar a concluir determinada

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tarefa, determina também o que os utilizadores fazem fora do normal, ou seja, etapas em que os utilizadores não deveriam ter efetuado determinado passo (Nielsen, Usability inspection methods, 1994).

Durante o teste devem seguir-se algumas regras, como por exemplo: uma delas será explicar aos utilizadores que realizam o nosso teste, que vão avaliar a interface desenvolvida, deve ser também incluída um número de páginas, caso haja necessidade de referir um determinado exercício, fazendo com que os utilizadores encontrem de forma mais rápida, cada um dos utilizadores deve ainda de possuir um número de participante, caso haja necessidade de identificar algum destes, não deve haver discussão durante a realização do teste, devemos esperar por todos os utilizadores terminarem as suas tarefas para que depois possa ser respondido senão poderá afetar respostas (Rocha T. , 2014).

Na avaliação, podemos também medir o grau de severidade como relação ao impacto sobre a realização das tarefas propostas e a frequência com o qual determinado problema ocorre durante a resolução por parte dos utilizadores. Relativamente ao impacto, os problemas podem ser classificados como (Winckler & Pimenta, 2002):

 Grave: os utilizadores precisam de mais de 2 minutos sem efetuar qualquer progresso na realização de determinadas tarefas. Utilizadores podem abandonar as tarefas ou demonstrarem stress na sua realização. Utilizadores não conseguem concluir as tarefas.

 Importante: utilizadores gastam menos de 2 minutos para concluírem a tarefa, obtendo também êxito na sua realização. Utilizadores por vezes podem demonstrar stress durante a resolução.

 Impacto menor: utilizadores conseguem identificar um problema e conseguem resolver da melhor forma possível sem causar grande impacto na resolução das tarefas.

A severidade é a frequência com que um determinado problema ocorre, sendo esta a segunda dimensão, que pode ser avaliada através de (Winckler & Pimenta, 2002):

 Frequência grande: problemas ocorrem com mais de 3 utilizadores.  Frequência média: problemas ocorrem com dois ou três utilizadores.  Frequência baixa: problemas ocorrem com um utilizador.

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Uma das formas que podem ser utilizadas para efetuar a avaliação de usabilidade, passa também pelos questionários. Os questionários são ferramentas que ajudam a obter muitas respostas sobre a interface desenvolvida, especialmente sobre a satisfação do utilizador. Informações disponibilizadas nestes questionários, como a qualidade da interface e quais os problemas encontrados na sua utilização, são muito importantes, assim como o desempenho do sistema. Os questionários s podem ser muito úteis para ajudar o desenvolvimento de interfaces web, como, por exemplo (Winckler & Pimenta, 2002):

 Identificar o perfil dos utilizadores, ou seja, descobrir informações sobre os utilizadores, tais como: as preferências ou até sobre a utilização de computadores e sistemas.

 Determinar o grau de satisfação dos utilizadores em relação ao sistema em estudo.  Obter informações sobre problemas de usabilidade que são identificados pelos

utilizadores em forma de questionário e assim estruturar as informações.

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