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Balanço entre Mobilidade Staff Incoming (SM IN) e Outgoing (SM OUT)

6.1.5 Balanço entre Mobilidade de Docentes 2007-2014

No Gráfico 5 faz-se o balanço do número de professores em mobilidade Erasmus entre 2007 e 2014 na Universidade Comenius (UK). Tal como já foi evidenciado anteriormente, também nesta vertente o número de professores outgoing (Učitelia) (TM

OUT), representado pela barra azul, supera o número de professores incoming (Zahraničí

Učitelia) (TM IN), representado pela barra vermelha. No ano 2007/2008 60 professores

fizeram mobilidade (TM OUT) enquanto apenas 35 foram recebidos (TM IN); no ano 2008/2009 o valor de TM OUT foi 58 e de TM IN foi de 46; no ano 2009/2010 o valor de TM OUT foi de 71 e de TM IN foi de 38; no ano de 2010/2011 o valor de TM OUT foi de 84 e de TM IN foi de 17; no ano 2011/2012 o valor de TM OUT foi de 77 e de TM IN foi de 72; no ano 2012/2013 o valor de TM OUT foi de 93 e de TM IN foi de 59; por fim no ano 2013/2014 o valor de TM OUT foi de 85 e o valor de TM IN foi de 43 professores.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

6.1.6 Acordos Bilaterais celebrados pelas Faculdades da Universidade Comenius entre 2007-2014

Na tabela 3 e no gráfico 6 está representado o número de acordos bilaterais efetuados pelas diferentes Faculdades da Universidade Comenius ao longo dos últimos 7 anos. No total (Spolu) foram celebrados, entre a UK e as diversas instituições parceiras, 640 acordos bilaterais. Estes acordos são o primeiro passo no processo de mobilidade, pois é através deles que as instituições se comprometem a fazer as equivalências e correspondências entre os planos de estudos. É estabelecido o número de alunos aceites para cada plano de estudos e qual a duração máxima da mobilidade e qual o ciclo/s de estudo que é aplicável (Bc, Ma, PhD).

Analisando em detalhe a Tabela 3 verifica-se que a Faculdade de Gestão (FM UK) tem o maior número de acordos bilaterais (101), tendo em conta que, como foi dito anteriormente, é a Faculdade que mais mobilidades gere por ano faz sentido que seja a Faculdade com maior número de acordos bilaterais celebrados, contudo representa apenas 16% (gráfico 6) do número total de acordos na Universidade. A Faculdade de Filosofia (FIF UK) é a segunda Faculdade com maior número de acordos (92) representando 14 %

Tabela 3 Número de Acordos Bilaterais feitos por cada Faculdade da UK

Gráfico 6 Percentagens de Acordos Bilaterais celebrados por cada Faculdade

da totalidade como mostra o gráfico 6; em terceiro lugar surge a Faculdade de Ciências Naturais (PRIF UK) com 83 acordos, representando 13% do número total; em quarto lugar surge a Faculdade de Direito (PRAF UK) com 62 acordos, 10% da totalidade; em quinto lugar vem a Faculdade de Pedagogia (PDF UK) com 60 acordos, detendo 9% da totalidade; em sexto lugar surge a Faculdade de Matemática, Física e Informática (FMFI UK) com 51 acordos, 8% do total; em sétimo a Faculdade de Medicina (LF UK) com 49 acordos mas com a mesma percentagem (8%) da FMFI UK; em oitavo lugar surge a Faculdade de Medicina Jessenius em Martin (JFL UK) com 45 acordos, 7% do número total; em nono lugar surge a Faculdade de Educação Física e Desporto (FTVS UK) com 39 acordos representando 6% do total, em décimo lugar a Faculdade de Ciências Sociais e Económicas (FSEV UK) com 26 acordos, 4% do total; em décimo primeiro lugar a Faculdade de Farmácia (FAF UK) com 15 acordos, 2% da totalidade; em décimo segundo a Faculdade de Teologia Evangélica Luterana (EBF UK) com 11 acordos, 2% da totalidade e por fim em décimo terceiro a Faculdade de Teologia Católica Cirílica e Metódica (RKCMBF UK) com 6 acordos, representando os restantes 1% da totalidade de acordos celebrados.

6.1.7 Ranking de países acolhedores mobilidade estudantes estudos 2007 e 2014

A tabela 4 refere-se aos países acolhedores de alunos provenientes da Universidade Comenius que fizeram mobilidade de estudos entre 2007 e 2014.

A Espanha (Spanielsko) foi o país que mais alunos acolheu, concretamente, entre 2007 e 2014 fizeram mobilidade estudos nesse país 521 alunos; em segundo lugar, a Alemanha (Nemecko) recebeu 453 alunos provenientes da UK; em terceiro lugar surge a França com 439 alunos recebidos; em quarto a República Checa (Ceska Republica) com 330 alunos recebidos; em quinto lugar, Portugal (Portugalsko) com 256 alunos recebidos; em sexto lugar a Áustria (Rakusko) com 242 alunos; em sétimo lugar a Itália (Taliansko) com 176 alunos; em oitavo lugar a Bélgica (Belgicko) com 167 alunos recebidos; em nono lugar a Suécia (Svedsko) com 137 alunos recebidos; em décimo lugar a Polónia (Polsko) com 119 alunos; em décimo primeiro a Holanda (Holandsko) com 118 alunos, em décimo segundo a Finlândia (Finsko) com 115 alunos; em décimo terceiro a Noruega (Norsko) com 84 alunos; em décimo quarto Eslovénia

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Tabela 4 Ranking dos países acolhedores de alunos UK em mobilidade SMS

(Slovinsko) com 83 alunos recebidos; em décimo quinto Reino Unido (Velka Britania) com 79 alunos recebidos; em décimo sexto a Hungria (Madarsko) com 57 alunos recebidos; em décimo sétimo a Turquia (Turecko) com 55 alunos recebidos; em décimo oitavo a Lituânia (Litva) com 49 alunos. Em décimo nono a Dinamarca (Dansko) com 47 alunos recebidos; em vigésimo a Grécia (Grecko) com 40 alunos recebidos; em vigésimo primeiro a Islândia (Island) com 20 alunos recebidos; em vigésimo segundo a Croácia (Chrorvástko) com 19 alunos recebidos; em vigésimo terceiro Letónia (Lotyssko) com 18 alunos recebidos, em vigésimo quarto Bulgária (Bulharsko), Estónia (Estonsko) e Luxemburgo (Luxembursko) com 8 alunos recebidos; em vigésimo quinto Irlanda (Irsko) com 6 alunos recebidos; em vigésimo sexto Roménia (Rumunsko) com 4 alunos recebidos, em vigésimo sétimo Chipre (Cyprus) com 3 alunos recebidos e finalmente em vigésimo oitavo a Suíça (Svajciarsko) com 1 aluno recebido.

No gráfico acima (gráfico7) estão representadas as percentagens relativas ao movimento de alunos SMS OUT para os vários países de acolhimento.

A distribuição está bastante dispersa sendo que Espanha, o país que recebeu mais alunos, perfaz 14% da totalidade de alunos recebidos; França e Alemanha 12%, Portugal e Áustria 7%, Itália e Bélgica receberam 5% dos alunos; Suécia 4%; Holanda e Finlândia 3%;Noruega, Reino Unido, Turquia e Eslovénia receberam 2 % do valor total de alunos; Lituânia, Dinamarca e Grécia receberam 1% do valor total. Os 3% restantes estão divididos entre o grupo de países formado por Croácia, Letónia, Bulgária, Estónia, Luxemburgo, Irlanda, Roménia, Chipre e Suíça, os restantes países não possuem valores passíveis de significar percentagem.

Gráfico 7 Percentagem de Alunos em SMS OUT em País de Acolhimento

Espanha 14% Alemanha 12% França 12% Rep. Checa 9% Portugal 7% Austria 7% Itália 5% Bélgica 5% Suécia 4% Polónia 3% Holanda 3% Finlandia 3% Noruega 2% Eslovénia 2% Reino Unido 2% Hungria 2% Turquia 2% Lituania 1% Dinamarca 1% Grécia 1% Islândia 1% Croácia 1% Letónia 0% Bulgária 0% Estónia 0% Luxemburgo 0% Irlanda 0% Roménia 0% Chipre 0% Suiça 0% Other 3%

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Tabela 5 Ranking dos países acolhedores de alunos UK em mobilidade SMP

6.1.8 Ranking de países acolhedores mobilidade estudantes estágio 2007 e 2014

Na tabela 5 estão ordenados os países que receberam alunos em mobilidade estágio (SMP) provenientes da Universidade Comenius.

A Alemanha foi o país que mais alunos elegeram para fazer estágio, tendo recebido 61 alunos. A Espanha está em segundo lugar tendo recebido 53 alunos; encerrando o top 3 surge a República Checa com 41 alunos.

Em quarto lugar a Áustria com 41 alunos recebidos, em quinto o Reino Unido com 33 alunos, em sexto a Bélgica com 19 alunos recebidos; em sétimo a Itália com 14 alunos, em oitavo a Finlândia com 13 alunos; em nono a França com 7 alunos, em décimo a Polónia com 6 alunos.

Empatados no décimo primeiro lugar com 5 alunos recebidos estão Grécia, Hungria, Portugal, e Suécia. Em décimo segundo lugar com 4 alunos a Noruega e a Holanda; em décimo terceiro com 3 alunos recebidos Irlanda e Malta; em décimo quarto com 2 alunos recebidos Islândia, Croácia, Suíça, e Lituânia. Em décimo quinto Eslovénia e Turquia e finalmente em décimo sexo com apenas 1 aluno recebido a Dinamarca.

No gráfico 8 estão representados os países de acolhimento da mobilidade SMP mas transformados os números em percentagens, como se pode verificar, a Alemanha lidera as preferências com 18%, a Espanha detém 16%, a República Checa 15%; a Áustria detém 12% dos alunos e o Reino Unido detém 10%, os restantes países representam percentagens sempre abaixo dos 5%.

6.1.9 Bolsas atribuídas pela UK a alunos entre 2007-2014

Tabela 6 Bolsas atribuídas pela Universidade Comenius aos alunos Gráfico 8 Percentagem de alunos em SMP por país de acolhimento

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

A tabela 6 mostra o número de bolsas sociais (socialne štipendium) bolsas atribuídas a alunos com dificuldades financeiras; e o número de bolsas para alunos com deficiências particularmente graves (ZTP) (zvlášť ťažkým postihnutím) bolsas atribuídas com o intuito de auxiliar o aluno nas despesas inerentes à sua condição física/ estado de saúde.

No total, entre os anos 2007-2014 foram atribuídas 141 bolsas sociais e 38 bolsas ZTP. Coincidentemente o ano de 2012/2013 é o ano em que foi atribuído o maior número de bolsas em qualquer uma das categorias (SS 28 e ZTP 10).

Estas bolsas são atribuídas pelo governo e não pela União Europeia.

Na tabela 7 estão representados os fundos para o financiamento da implementação do programa LLP Erasmus entre 2007 e 2014. No total (celkom) foram gastos 7 819 384,89€ ao longo dos 7 anos com todas a modalidades de mobilidade. A maior fatia dos fundos foi utilizada pela mobilidade de Estudos, (6 851 017, 05€). O ano em que foram utilizados mais fundos foi o ano de 2013/2014 (1 426 841,54€). Os valores utilizados praticamente duplicaram desde 2007/2008 (746 203,50€) para 2013/2014.

6.1.10 Entrevista

Foi efetuada uma entrevista à responsável pelo Gabinete de Relações Internacionais da FSEV UK, Mgr. Zuzana Šeligová, com o propósito de obter uma perspetiva interna do funcionamento do programa LLP Erasmus.

Questionada acerca de qual a modalidade de mobilidade que costuma causar mais problemas afirma ser a mobilidade de estudos, devido ao número elevado de estudantes com que é necessário lidar.

Seguidamente aponta as disparidades no nível de inglês dos estudantes (língua oficial do programa LLP Erasmus), refere o exemplo da Universidade Comenius em que os estudantes têm que provar o conhecimento da língua, não só no inglês mas em qualquer outra língua na qual desejem estudar (espanhol, francês, italiano, alemão, etc). Esta prova é feita através da apresentação de certificados de competência linguística, através das cartas de motivação que preferivelmente são escritas na língua do país de acolhimento e especificamente para o inglês, durante o processo de seleção os alunos são sujeitos a uma entrevista para avaliação de competências. No referente aos alunos incoming, Šeligová, afirma que, ainda que nos acordos bilaterais esteja estipulado que os alunos devem ter pelo menos o nível B2 em inglês, a realidade é muito diferente, salvaguardando as devidas exceções, aponta as Universidades como responsáveis pela não garantia dos níveis de língua exigidos nos acordos bilaterais,

Ainda dentro da competência linguística questionou-se a problemática da comunicação entre o Gabinete e os alunos incoming. A esta questão Šeligová aponta uma vez mais a falta de domínio do inglês e curiosamente a falta de cortesia e maneiras de alguns alunos, principalmente provenientes dos países mediterrânicos. Os maiores problemas são o respeito de horários, o descuido na escrita de emails, já que muitas das vezes recorrem a tradutores online (ex. Google Translate), o que torna muito complicado perceber a mensagem. Ainda que o gabinete tente entender as diferenças culturais e responder efetivamente a todas as necessidades dos alunos, estes muitas das vezes parecem esquecer que o gabinete tem muitos alunos com quem lidar e outras tarefas às quais dar resposta.

Quanto à comunicação interinstitucional os problemas surgem da mesma região geográfica acima mencionada, mais uma vez o parco domínio do inglês e a falta de empenho numa comunicação eficaz.

Por fim, questionada acerca de formas de melhoramento destes problemas para um melhor funcionamento do programa no futuro, Šeligová, fala em tornar obrigatória a prova documental dos conhecimentos linguísticos por via de exames ou certificados de língua. Caso isso não aconteça, sugere que seja permitido à instituição acolhedora negar a mobilidade a

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

esse(s) estudante(s); ou, ainda que os estudantes sejam aceites, caso não detenham o nível mínimo de B2 sejam informados que estão por sua própria conta e risco no que toca a ser aceites em determinadas unidades curriculares ou passar exames. Mas, uma vez mais, Šeligová, atribui a responsabilidade às instituições que nomeiam estudantes mesmo estando cientes das limitações linguísticas.

No que toca a comportamento e respeito pelas regras, Šeligová, termina a entrevista com a seguinte frase: “To teach students how to be more independent and more emphatic is not in our hands.” Através desta frase fica patente a falta de independência e de capacidade de resolução de problemas dos jovens de que tanto se fala hoje em dia.

6.2 Análise de resultados:

Após a apresentação dos resultados será agora realizada a articulação com os objetivos propostos para este estudo. Assim, no referente a:

Analisar a mobilidade Erasmus na Universidade Comenius de 2007 a 2014;

Utilizando a tabela 1 e o gráfico 1 foi possível verificar o aumento substancial do número de mobilidades ao longo dos anos em estudo. É possível verificar que o grosso destes valores se centra na mobilidade estudos e que a Universidade Comenius é maioritariamente uma universidade “outgoing” querendo isto dizer que o número de mobilidades outgoing supera em larga escala as mobilidades incoming.

Como já foi mencionado na fundamentação teórica podemos claramente ver aqui a tentativa de reforçar a dimensão internacional (p.35) e a clara tendência internacionalista que a instituição adotou. Ainda que talvez haja a necessidade de rever as estratégias de internacionalização a nível institucional (p.10)

Verificar a mobilidade Erasmus por faculdade entre 2007 e 2014;

Recorrendo à tabela 2 e ao gráfico 2 mostra a clara supremacia da Faculdade de Gestão (FMUK) no que diz respeito às mobilidades. Sendo a faculdade que mais gente movimenta tem o papel fundamental na internacionalização da instituição.

Tendo em conta os planos de estudos existentes naquela faculdade, o processo de reconhecimento e equiparação de diplomas e competências, como previsto no processo de Bolonha torna-se mais fácil o que impulsiona o fenómeno da mobilidade.

Provavelmente esta faculdade foi mais eficaz no respeitante aos estímulos à internacionalização académica (p.17)

Comparar a mobilidade Erasmus incoming e outgoing de alunos;

Como já foi referido no primeiro objetivo, a UKBA é uma instituição sobretudo outgoing. Através do gráfico 3 verifica-se que olhando isoladamente para as mobilidades de estudos o número de alunos outgoing quase sempre dobra o número de alunos incoming. Este fenómeno poderá estar relacionado com uma politica de divulgação pouco eficaz por parte da instituição ou pelo facto de que a oferta de unidades curriculares em inglês em algumas das faculdades é muito baixo ou mesmo inexistente.

Comparar a mobilidade Erasmus incoming e outgoing de staff;

Através do gráfico 4 verifica-se novamente a supremacia outgoing, ainda que os números sejam muito inferiores à mobilidade de alunos, a tendência repete- se. Este fenómeno de fraca adesão por parte do staff pode estar relacionado uma vez mais com as barreiras linguísticas uma vez que em termos de funcionários administrativos com domínio de línguas estrangeiras o número é baixo.

Comparar a mobilidade Erasmus incoming e outgoing de docentes;

Com o gráfico 5 foi possível analisar de forma mais detalhada a mobilidade de docentes, ainda que tenha números um pouco superiores à mobilidade de staff, está longe de ser uma prática comum entre docentes. A tendência outoing continua patente. Talvez caiba a instituição reforçar estratégias e fundamentos institucionais para que se consiga tornar mais chamativa para futuras mobilidades.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Verificar o número de acordos bilaterais por faculdade;

Através do gráfico 6 e da tabela 3 é possível ter uma noção da distribuição do número de acordos bilaterais elaborados pela instituição, utilizando a autonomia das faculdades neste processo. O constante aumento de acordos mostra a vontade e o interesse dos alunos em efetuar mobilidades para cada vez um leque mais alargado de países. As motivações são as mais variadas tal como se referiu na componente teórica deste estudo no capítulo “internacionalização: motivos e fontes”.

Descrever a preferência de países acolhedores dos alunos da Universidade Comenius em mobilidade estudos;

Na tabela 4 foi possível verificar as preferências dos alunos em termos de mobilidade de estudos, as escolhas mais populares são a Espanha, a Alemanha e a França. Portugal encontra-se no quinto lugar das preferências dos estudantes. As escolhas estão ligadas às diferenças culturais mais também à forte representação destas culturas na Eslováquia. O domínio de qualquer umas das línguas, espanhol, alemão ou francês é recorrente entre os alunos.

Descrever a preferência de países acolhedores dos alunos da Universidade Comenius em mobilidade estágio;

Na tabela 5 mostrou-se as preferências dos alunos para efetuar estágios no estrangeiro. A Alemanha e a Espanha trocam de posição muito por culpa da situação financeira com que Espanha se debate. A República Checa é a terceira opção devido à proximidade geográfica, cultural e linguística.

Em termos de estágios, muitos dos alunos procuram já uma oportunidade futura de emprego, neste ponto o programa Erasmus e os objetivos propostos pela Estratégia de Lisboa foram sem dúvida mais-valias.

Verificar o tipo de bolsas e financiamento para alunos em mobilidade Erasmus;

Nas tabelas 6 e 7 abordou-se os aspetos financeiros do programa Erasmus. Graças a atribuição de bolsas de diferentes naturezas como foi referido (Bolsas Socias, ZTP) verifica-se a concretização de um dos aspetos do Processo de Bolonha (p.25) o qual se propunha a garantir o financiamento das mobilidades. Este aspeto foi reforçado pela conferência de Yerevan em que um dos objetivos ate 2020 se prende com Sistemas de Ensino Inclusivos, aqui fala-se diretamente nas verbas disponibilizadas aos alunos com problemas físicos e/ou de saúde que necessitam de outro tipo de apoios inerentes às suas condições. Estes apoios permitem que muito mais gente tenha a oportunidade de fazer mobilidade, contribuindo assim para uma Europa mais inclusiva.

Identificar alguns problemas surgidos na mobilidade Erasmus; Para atingir este objetivo contou-se com a colaboração por meio de entrevista da Mgr. Zuzana Šeligová, responsável pelo Gabinete de Relações Internacionais da FSEV UK.

Tendo em conta a reiterada falta de competências linguísticas por ela apontada, entra-se aqui no domínio do multilinguismo (ou falta dele) aspeto frisado na Estratégia de Lisboa (p.30). Ainda neste ponto, Šeligová apontou o dedo às Instituições e à falta de critérios rigorosos na seleção dos alunos para mobilidade, é possível correlacionar isto com a Liberdade académica referida na conferência de Budapeste-Viena (p.26) na qual se fala da autonomia e responsabilidade das Instituições.

Tendo em consideração que os alunos são a imagem da instituição e que esta é, em última instância, responsável por eles. Assim, mais uma vez se denota uma falha por parte das instituições no que toca a procedimentos importantes para o bom funcionamento dos programas de mobilidade.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Descrever a relação do trabalho de estágio com a mobilidade Erasmus.

Tendo em conta que se esteve presente de ambos os lados da questão, tendo sido em primeiro lugar estudante Erasmus e depois trabalhando no Gabinete de Relações Internacionais da Faculdade que anteriormente foi a Instituição de Acolhimento, foi possível analisar a questão quer enquanto estudante, quer enquanto parte da instituição.

As diferenças são notórias já que, enquanto estudante em mobilidade a noção que se tem de todo o processo burocrático, os prazos e acima de tudo a quantidade de processos que são tratados em simultâneo é praticamente nula.

As tarefas realizadas enquanto parte da equipa do Gabinete estiveram diretamente ligadas ao todo o processo de mobilidade. Dada a data de início do trabalho de estágio ser coincidente com a mudança do programa LLP Erasmus para o Erasmus + proporcionou a oportunidade de verificar as mudanças em contexto prático. Se, para os estudantes a diferença centra-se maioritariamente na redução do número de documentos necessários, para o Gabinete foi necessário estar a par da mudança na legislação no que toca a prazos, revalidação de acordos bilaterais, duração das mobilidades e distribuição de bolsas.

Alguns dos problemas apresentados pela Mgr. Šeligová foram presenciados, a necessidade de uma equipa multilingue tornou-se evidente, bem como a necessidade de mudanças em alguns aspetos no processo de nomeações. Notou-se uma clara falta de informação no que toca a procedimentos que devem estar a cargo dos estudantes.

Foi bastante enriquecedor para o estudo a possibilidade de ver o programa Erasmus de ambas as perspetivas.

7 Conclusões:

Neste estudo pretendeu-se analisar o fenómeno da mobilidade através do programa LLP Erasmus na Universidade Comenius de Bratislava, na Eslováquia. Espera-se que através deste estudo se desconstruam algumas ideias erróneas que estão ligadas à ideia do programa. Utilizaram-se como bases empíricas as experiências enquanto estudante Erasmus e enquanto membro da equipa do Gabinete de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais e Económicas.

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