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BENEFÍCIOS DA PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA COMUNIDADE ESCOLAR NO MODELO DE

3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

3.4 BENEFÍCIOS DA PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA COMUNIDADE ESCOLAR NO MODELO DE

O relato dos entrevistados durante a pesquisa de campo levou a considerar as seguintes proposições como benefícios da participação efetiva da comunidade na escola:

A. Melhoria das condições de estudo,

B. melhoria no rendimento escolar dos alunos e

C. aumento da satisfação dos professores em atuarem em uma escola cujo modelo de gestão compartilhada permite a criatividade, a liberdade de expressão e acima de tudo a autonomia.

A menção a esses benefícios da gestão compartilhada foi uma constante em todas as entrevistas, conforme pode ser verificado no trecho a seguir:

Nossa, só o orgulho de ver um filho meu, que entrou nessa escola, passar pelo ensino médio, e hoje tem filhos deles, que estudam aqui, que são meus netos, tem a minha neta que estuda aqui, que a mãe dela estudou aqui. Essa daqui oh que estava aqui com o nenenzinho, ela estudou aqui, saiu na 5ª série, para o ensino médio. E eu tenho aquele orgulho tão grande de ver, eu que estudei aqui, meus filhos estudaram e hoje eu estou vendo os filhos dos meus filhos estudando aqui, no mesmo lugar onde eu trabalho. E aquilo ali incentiva a gente demais, a gente fica feliz demais, e já é a 3ª direção que passa por aqui pela escola e eu estou aqui junto, até hoje (P4).

Foi possível verificar, através da análise dos questionários que a comunidade escolar nutre um sentimento de orgulho e satisfação com a escola, o seu modelo de gestão e os resultados apresentados por ela. Verificou-se também que o modelo de gestão compartilhada adotado torna a escola mais segura, menos marginalizada e mais atuante na vida social da localidade em que está inserida. Também foi observado que a comunidade começou a se prontificar mais com as necessidades da escola, participando de forma ativa nos mutirões para manutenção e melhoria das dependências da escola, não apenas naquilo que beneficiaria seus filhos, mas no que traria benefício também para aqueles que prestam serviços à escola e a comunidade:

Tem a horta comunitária que foi plantada esse ano. Que já tinha sido feita numa época, mas ai parou. E teve um menino que veio aí e reativamos a horta. Fizemos uma belíssima de uma horta, eu acho que vocês viram lá, o “cafofo” da servidora. Aquilo ali também foi uma coisa maravilhosa que nós fizemos para ela, porque elas não tinham onde ficar. Elas ficam dentro de um

depósito de material de limpeza, ai nós fizemos aquele.... Foi tudo da comunidade. Um ajudou a comprar os ferros, o serralheiro fez a mão de obra, o outro doou as telhas e assim a gente construiu ... a gente chama o “cafofo” das servidoras (P4).

A participação da comunidade na escola traz para os usuários daquela unidade escolar, segurança e confiança. E com a participação ativa da comunidade, a escola continua mantendo seu papel fundamental, educando, protegendo e resguardando as crianças que ali se encontram; preparando-as para o mundo lá fora, dando conhecimento e vivência e, sobretudo, deixando-as a salvo e em segurança na ausência de seus pais. Essa segurança pode ser percebida como a confiança que os pais têm no trabalho oferecido pela escola:

Como por exemplo, quando a gente entra na escola, logo na entrada você é obrigado a dar o seu nome, se identificar, dizer o que você veio fazer na escola. Se você não é conhecido, “ah! É pai? Não” você não pode ir sozinho, tem sempre uma pessoa que te acompanha.... Tem segurança. O meu outro filho mais velho ele estuda lá no Centrão, então você chega lá “ah! Moça você é mãe de quem?” e vai entrando, porta a dentro. Já é totalmente diferente. Na escola 13 onde a minha filha estudava, também o portão ficava aberto. Já houve caso de criança sumir, e aqui Graças a Deus é totalmente diferente, e muito. Então, se você quiser falar com alguém, com a direção, aluno, porteiro, limpeza, você é obrigado a se identificar na entrada. Você não entra se você não colocar seu nome, se você não se identificar (P3).

Os relatos das entrevistas demonstram que os pais se sentem bem acolhidos na escola e que consideram que a sua participação na escola é importante para o desenvolvimento escolar do estudante:

Os benefícios? Eu vejo beneficio nas crianças. Eu acho que só o fato das crianças verem que a família está participando, com a gestão escolar, já é um fato bem relevante (P1).

Esse sentimento de zelo e cuidado, que leva à percepção de que a escola é um ambiente bom e saudável, gera nos membros da comunidade um constante interesse de que a excelência da escola seja reconhecida. Demonstrando que a participação da comunidade na vida escolar não traz benefícios apenas aos estudantes, mas que o que foi construído será preservado e melhorado para outras gerações que também irão frequentá-la:

A fama? Se eu fosse catalogar o que os pais falam aí na frente, porque a gente que trabalha na portaria, ali na entrada, a gente ouve tanta coisa que os pais falam, que se a gente for catalogar a gente faz um livro de tanto elogio que a gente ouve. Ali, daquela portaria, quando não tinha, que era toda feia, agora está lá toda bonitona, com aquele nome. Tem o estacionamento que a gente já está com o projeto de asfaltá-lo. A quadra coberta que já tem o

projeto também para ser feita agora, se Deus quiser, no recesso escolar, nas férias agora de janeiro, estamos querendo fazer a nossa quadra coberta. (P4)

Conforme a visão do sujeito P4 é possível notar o nível de interação e a presença ativa dos membros da comunidade também no que diz respeito à melhoria do espaço escolar.

Com base nos relatos fornecidos na coleta de dados por meio de aplicação de entrevistas semi-estruturadas realizadas com professores e pais de alunos, observou-se que o implemento da gestão compartilhada na escola, objeto deste estudo, trouxe benefícios tanto para a área da educação quanto para o desenvolvimento daquela comunidade.

A participação da comunidade foi aos poucos quebrando velhas concepções, desmistificando certos paradigmas e revitalizando a auto-estima e confiabilidade daquela localidade. Foi de fundamental importância a gestão dos diretores daquele Centro de Ensino em inserir, ressaltar e observar que nada daquilo que foi conquistado teria valor se a comunidade não tivesse abraçado aquela causa, se a comunidade não tivesse apoiado e participado das atividades escolares.

Prova maior disso foi a premiação promovida pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (CONSED), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Fundação Roberto Marinho. A comunidade se sentiu parte da conquista daquele prêmio, não o vendo como um mérito exclusivo da escola ou do trabalho feito dentro do âmbito escolar, mas sim de uma vitória de todos, da força da união daquelas pessoas que se juntaram para melhorar não apenas a educação de seus filhos, mas a si mesmos como seres humanos integrantes daquela localidade.

Com a conquista do Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar, os dirigentes da escola puderam mostrar a toda a comunidade uma prova real do reconhecimento social da importância do trabalho realizado pela escola em conjunto com toda a comunidade. A premiação contribui, dessa forma, para que a escola se torne ainda mais unida, forte e valorizada. Pode-se sair das ideias, projetos e ações e mostrar o resultado do que já havia sido feito e de tudo que poderia e seria ainda executado. E tal trabalho tem gerado resultados bons que se perpetuam ao longo do tempo. Pois o que se observou foi que os pais de alunos, que ajudaram nesse trabalho de desenvolvimento escolar se sentem orgulhosos ao verem seus filhos e netos estudando na escola que eles ajudaram a construir e melhorar.

O modelo de gestão compartilhada deve ser adotado sempre visando à coletividade, não a promoção daquela ou desta escola, mas sim o benefício que esse modelo de gestão trará

para a comunidade escolar, para a reestruturação de famílias, para a melhoria social de pessoas que foram marginalizadas, e para a educação dos jovens para a vida.

A gestão democrática pauta-se pela demonstração de que as escolas públicas não são de responsabilidade exclusiva dos governos, mas sim patrimônio do povo, são bens daqueles a quem elas servem e por isso devem ser cuidadas e fiscalizadas por seus usuários e servidores. Além disso, ali estão para prestarem serviços à comunidade e por isso se constituem espaços denominados como ‘públicos’. Pauta-se, sobretudo, de transparência. Da necessidade de se tomarem atitudes coletivas, em prol da coletividade, dando-se conhecimento daquilo que será feito e como será feito, prestando-se conta não apenas dos gastos, mas dividindo-se a responsabilidade pelos bons resultados alcançados. Repartindo as conquistas e derrotas da gestão compartilhada, onde as ideias são discutidas e implantadas. Tomando-se por base a vontade de todos e não apenas o desejo de um.

As palavras mais utilizadas para caracterizar a participação da comunidade escolar foram: “nossa escola” e “juntos”, palavras que traduzem o sentimento que a gestão democrática busca, o sentimento de que a escola faz parte da comunidade na mesma proporção que a comunidade é parte integrante da escola.

A preocupação que se apresenta não apenas com os assuntos administrativos da escola, mas também com a condição social dos alunos e pais que se beneficiam daquela instituição, torna o processo de aprendizado mais amplo, mais coletivo, atribuindo à escola a verdadeira função de apoio e de um segundo lar para os estudantes.

A condição social dos alunos é um fator muito importante que não pode ser ignorado pela escola na construção do seu projeto administrativo-pedagógico. Não se pode mais pensar no aluno como um ser exclusivo da escola. Atualmente, esses estudantes levam para a escola problemas sociais, inerentes à localidade em que vivem e à condição social e financeira que possuem. Há também os casos de pais que não buscam de tomar conhecimento da vida escolar de seus filhos.

A forma como essa participação é feita é outro atrativo para a inserção da comunidade na vida escolar. Quando se promovem ações que afetam diretamente a realidade de uma localidade, de forma clara e objetiva, a perspectiva de sucesso, de se obter o êxito almejado é muito maior.

O interesse que a escola demonstra em conhecer melhor o seu aluno, além dos muros da escola onde ele estuda, é o primeiro passo para quebrar barreiras de contato. Canais de comunicação que façam com que os pais sejam instigados a participar ativamente das decisões da vida escolar fazem com que a relação de confiança entre pais e escola, se fortaleça

e cresça gradativamente, gerando nos educadores a satisfação por verem seus alunos bem encaminhados e cultivando nos pais o interesse em participar mais da vida de seus filhos.

A comunidade passa a se sentir valorizada e interessa-se em promover ações voltadas para a melhoria da escola e para o bem comum. Isto é facilmente observado com os relatos dos mutirões que foram organizados, muitas vezes apenas com o auxílio financeiro/material dos moradores, que naquele momento não estavam pensando somente em seus filhos, mas sim na coletividade.

A visão que se construiu de um todo forte e valoroso, fez com que os projetos apresentados pela escola, fossem vistos com bons olhos, sempre na expectativa de trazer a todos conquistas e melhorias.

As propostas educacionais devem levar em consideração o objetivo a ser atingindo. Assim, os projetos e ações sociais que visam aproximar o aluno da escola devem ser direcionadas a este e serem diferentes das que visam a aproximação da comunidade.

Nas entrevistas coletadas, foram ressaltados os trabalhos de mutirão, oficinas e congressos, todos esses visando à proximidade da comunidade. Além dessas atividades com caráter educacional, profissionalizante e social; foram citadas as participações de cunho decisório, onde a comunidade é consultada a respeito das modificações que serão realizadas na escola e ouvidas as sugestões que a comunidade acredita serem importantes para o bom andamento e funcionamento daquela instituição.

Essa participação ativa e decisiva da comunidade é feita de forma bem simples, de forma que os pontos importantes sejam discutidos e organizados. As opiniões são levadas em consideração e aquilo que se é categorizado como de importância máxima, é votado e adequado à dotação orçamentária. Foram relatados casos em que a verba da escola não englobava as obras que a comunidade julgava necessária, e nesse momento a força dos membros daquela localidade se fez valer, seja pela doação dos materiais necessários, seja pela disponibilidade da mão-de-obra.

Em relação aos estudantes, os professores e pais apontaram as peças de teatro, apresentações de dança e jogos escolares como as atividades de principal interesse dos alunos. Os temas abordados sempre buscam correlação com o currículo escolar, mas a forma como os alunos tratarão essas temáticas é deixada livre, estimulando assim a criatividade e o trabalho em grupo.

Os professores enalteceram as propostas apresentadas pelos alunos, e a forma como eles mesmos escolheram os temas a serem abordados e como essa abordagem aconteceria. Foi demonstrado, mais uma vez, o sentimento de orgulho, tanto de pais e educadores no que se

refere à criatividade, interesse e organização desses alunos. O que se sentiu é que a gestão democrática torna o estudante mais autônomo para tratar não apenas com os assuntos pertinentes à sua vida estudantil, mas para principalmente lidarem com o mundo que os espera.

A escola também demonstrou estar disponível não apenas para atividades de cunho escolar, abrindo suas portas para eventos específicos da comunidade, festas de igrejas, aniversários e confraternizações. Isso contribui para reforçar o elo entre a comunidade e a escola e reforça a presença da escola naquela localidade, não como um simples centro de ensino, mas como um ambiente de todos, onde a comunidade encontra acolhida e apoio, um local de todos e para todos.

O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto [...] o êxito de uma organização depende da ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva (LUCK,1996).

O modelo de gestão compartilhada quando praticado de forma transparente e objetiva tende a gerar inúmeros benefícios. Em sua grande maioria esses benefícios são visíveis nos alunos, quando nos referimos à diminuição da evasão escolar e aos índices de repetência. Conforme foi verificado na escola estudada e apresentado no Projeto Político Pedagógico da mesma, o índice de aprovação e a nota do Ideb melhoraram nos últimos anos, ao mesmo tempo em que a evasão escolar é bastante baixa.

Porém, deve-se entender que gestão compartilhada tem alcance muito mais amplo que apenas melhorar a educação. Seu foco ampliado é a modificação da sociedade como organismo complexo, seja levando para dentro dela indivíduos mais responsáveis e conscientes, ou levando mais dignidade às pessoas que residem na localidade daquela escola.

A mudança da visão que a comunidade tinha da escola anterior ao modelo compartilhado ressalta a grande diferença que faz quando a comunidade é chamada a participar de algo que, anteriormente, era distante de suas realidades. As famílias se sentem integrantes ativas da vida escolar e preservam esse ambiente, lutando para sua manutenção, conservação e melhoria, pois sabendo que tudo o que ali está é deles, faz parte de suas vidas, embeleza a localidade em que vivem, traz orgulho e cidadania, e gera zelo e cuidado. Os professores se sentem igualmente responsáveis pelos alunos e passam a vê-los com olhos de

pais, sentindo orgulho naquilo que eles se superam e buscam junto às famílias solucionar as falhas apresentadas.

As ações sociais, projetos e oficinas além da função de sociabilização têm o cunho de ensinar, reinserir pessoas que, por razões econômico-sociais, foram retiradas do mercado do trabalho, sentiram que não tinham mais valor para a sociedade e encontra dentro da escola de seus filhos um local para eles mesmos, um retorno ao período de aprendizagem e crescimento. Ganha a comunidade por saber que os recursos utilizados naquela escola serão revertidos a seu favor, melhorando o local onde eles moram, a visão que as pessoas de fora da comunidade têm daquela localidade, e a crença na educação pública levada a sério na formação do caráter de seus filhos.

Ganha a educação, pois se transmite o conhecimento curricular necessário, mas em especialmente pela formação de pessoas dignas, conscientes, de caráter comunitário, voltadas para o bem estar coletivo nas suas decisões e atitudes. E esse regate da gestão democrática contribui para a formação de uma escola acolhedora, não só para os alunos, professores e colaboradores; mas para toda a comunidade onde ela está inserida.

A gestão democrática resgata valores sociais e de cidadania e auxilia na reconstrução de valores familiares e comunitários perdidos pela violência, pelas drogas, pela miséria e pela falta de interesse em contribuir para a melhoria da comunidade. Também ajuda a desenvolve no indivíduo o cuidado com o outro, a necessidade de ajudar, de se fazer presente. Retoma a ideia de que a coletividade somos nós e para nós devemos nos aprimorar, nos melhorar, nos engrandecer.

A junção das famílias, dos membros de uma localidade com o trabalho realizado dentro da escola, transforma os alunos em cidadãos melhores, mais preparados para o mundo e mais sociáveis, independente da cidade onde moram ou da condição social que possuem. A gestão democrática tem o mesmo ponto basilar que a própria democracia, qual seja, de ser uma gestão de todos para todos.

4. CONCLUSÃO

Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação (DRUCKER).

O presente estudo baseou-se na estruturação de uma pesquisa qualitativa, tendo como parâmetro principal a bibliografia referendada acerca do tema da Gestão Compartilhada. Partindo-se dessa premissa, foi elaborada uma pesquisa, com quatro perguntas básicas que

foram aplicadas tanto aos professores quanto aos pais de alunos da escola objeto deste estudo, tudo isso com o foco na verificação das características essenciais para a implementação de um modelo de gestão compartilhada de sucesso.

Os dados foram coletados em pesquisa de campo através de entrevista semi- estruturadas, ressalta-se, mais uma vez, que apesar da entrevista ser pautada em perguntas diretas, os entrevistados foram orientados a se expressarem de forma livre, sem se preocuparem em estar ou não respondendo exatamente ao que está sendo questionado, mas que deixassem claras suas observações acerca do tema abordado.

Ao contrário do que se percebeu em outras unidades escolares, citadas como referências pelos autores aqui mencionados, a escola objeto desse estudo, pareceu não ter encontrado resistência ao modelo de gestão compartilhada. Pelos relatos coletados, a impressão que se observou foi de que a comunidade já sentia uma necessidade premente de algo compartilhado entre a escola e os membros daquela localidade, porém não sabiam exatamente como a participação deveria acontecer, faltava um projeto. Quando da apresentação do Projeto Político Pedagógico os anseios foram sanados, sendo a participação praticamente em massa desde o começo da aplicação de tal projeto.

Objetivou-se estudar a relevância da participação da comunidade em um modelo de gestão compartilhada, assim, com base na literatura existente foi observado que os diversos autores estudados entendem como características de uma gestão compartilhada de sucesso, a relação de dependência entre escola e comunidade, devendo aquela ser um espaço aberto, comum a todos, acessível à participação, sendo essa participação uma alternativa para os problemas enfrentados pela comunidade escolar como um todo.

Ressaltar-se a figura do gestor, que deve se desvencilhar de pensamentos autoritários e dividir com os membros da comunidade, a responsabilidade e os méritos de conduzir a escola, fazendo com que a gestão compartilhada ou democrática atinja sua total aplicação.

Considera-se que este estudo é uma primeira contribuição para a pesquisa acerca da importância da gestão participativa. Assim, recomenda-se que seja feita uma pesquisa que, embasada neste estudo, analise como a participação da comunidade junto com a escola engrandece não apenas a comunidade escolar, mas principalmente os alunos, que, convivendo dentro de um modelo de gestão compartilhada, se sentem mais cidadãos, integrantes da vida escolar, e desenvolvem o senso crítico e a cidadania.

A escola se enriquece pela troca de experiências e pelas oportunidades que são criadas no contexto de desenvolver parcerias e de conquistar reconhecimento dentro da comunidade local e de âmbito nacional. Além do que os objetivos de melhorias e aperfeiçoamento são

mais facilmente alcançados, considerando-se que as ações implementadas são em prol não