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Breves considerações sobre a história do currículo da Educação Física brasileira (1932-

CAPÍTULO V Currículo escrito e a história da Educação Física no Brasil (1932-1945)

5.6 Breves considerações sobre a história do currículo da Educação Física brasileira (1932-

O processo histórico que resultou na adoção do Método Francês pelo Governo brasileiro, como guia de orientação das atividades físicas, tanto na caserna, como na escola, criou condições para um expressivo desenvolvimento curricular da Educação Física no Brasil. Nesse sentido, o Regulamento (N° 7) da Educação Física e a Revista de Educação Física, destacam-se como elaborações de currículo escrito.

No período entre 1930 até 1945, momento em que os militares estiveram entre as classes dirigentes e ditando as políticas nacionais, marca a consolidação da Educação Física escolar. Com a Constituição promulgada no Estado Novo (1937), o exercício físico se tornou obrigatório

forma de preparar a

1937, e atrelada ao Ministério da Educação e Saúde (MES), empreendeu rigorosa fiscalização quanto à utilização do Método Francês nas escolas. Em 1939, a criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD), colaborou na formação de instrutores especializados na utilização do método baseado na doutrina militar francesa.

Isto posto, embora seja possível observar que o predomínio da orientação militarista para a Educação Física escolar se acentua durante o Estado Novo, foi também o período em que foram gestadas resistências, que causariam mudanças nas concepções sobre a Educação Física escolar, presentes na transição do regime após 1945.

Segundo Cantarino Filho (1982), o Método Francês foi a orientação dominante no Brasil até 1944, data em que Antonio Pereira Lira assumiu a direção da ENEFD, introduzindo o estudo de outros métodos ginásticos.

Educação Física só conheciam e ministravam o Método Francês, com exceção daqueles que especializaram na Marinha, pois no curso desta instituição era adotado a calistenia88

(CATARINO FILHO, 1982, p. 138).

Embora desde sua criação, em 1939, a ENEFD tivesse adotado a doutrina francesa e formado instrutores especializados na Educação Física de caráter militar, que compartilhavam o pensamento dominante sobre o papel da atividade no exercício da defesa nacional, Castro (1997, p. 13), apoiado em Marinho (1958), observa que

O domínio militar sobre a educação física não deixou de encontrar críticos entre os civis, embora a conjuntura política nacional não favorecesse de forma alguma a demonstração de divergências. [Inezil Penna] Marinho dá a informação de que um

Castro (1997, p. 13) também reproduz um trecho de uma carta do professor de biometria da ENEFD, Peregrino Júnior, enviada em 1940 para o ministro Gustavo Capanema, que mostra

88A calistenia é um sistema de exercício físico de baixa intensidade, que tem o objetivo da aquisição de graça e

beleza no exercício, e foi desenvolvido na França a partir do século XVIII (Cf. BRELOGATO, 2006). A palavra provém do grego kallos (beleza) e sthenos (fortaleza).

a natureza das objeções existentes à hegemonia militar na condução da educação física no Brasil.

Do que tenho observado, um dos erros mais graves, na organização da ENEFD, foi a sua subordinação integral ao padrão militar da Escola de Educação Física do Exército. [...] E a ENEFD tem que ser, por força, diferente da EsEFEx. Embora aproveitando- lhe a experiência, não pode copiar-lhe a organização. [...] A disciplina civil é diversa da disciplina militar, e dos estudantes e professores civis tudo se pode obter, em matéria de hierarquia e cooperação, de comportamento e trabalho, sem apelar para as rígidas fórmulas disciplinares da caserna. Acredito que haveria de ser utilíssimo à Escola uma modificação dos seus trabalhos nesse sentido: 1º) Substituindo a disciplina militar pela disciplina civil; 2º) Adaptando a Escola ao regime da administração civil, desprezando o modelo militar naquilo que ele tem de peculiar e inadequado; 3º) dar à ENEFD um caráter particular [leia-se: civil], de acordo com os resultados da experiência e da observação, libertando-a da imitação servil do padrão do Exército. (interpolações do autor)

Todavia, o Método Francês não possuía adversários apenas entre os civis. As correntes

seguidores da doutrina francesa um obstáculo no desenvolvimento de um método Nesse sentido, Castro (1997, p. 19-20,) cita alguns acontecimentos que indicam o progressivo enfraquecimento do Método Francês após 1940.

89sobre o Método Nacional foi lançado em novembro de 1942. Um

dos itens (nº 36) dizia que a experiência havia tornado clara a necessidade de um método adequado ao nosso país. O Método Francês deveria ser estudado e adaptado, assim como outros métodos estrangeiros, dos quais deveriam ser extraídas as partes mais apropriadas às nossas necessidades.

[...]

al de 24/7/1943). Venceu o trabalho elaborado por uma Sociedade de Estudo dos Problemas da Educação Física, intitulado Bases científicas da Educação Física90, onde se

título, mas no espírito da sua concepção, não poderá de forma alguma ser rígido, e

Em 1944, outro concurso de trabalhos sobre educação física foi promovido pela Divisão de Educação Física. A monografia vencedora, de autoria de Inezil Penna Marinho, previa igualmente que o método, para ser verdadeiramente nacional, não m um povo originado por três continentes, o método deve ser flexível o bastante para atender a

grifo do autor)

Outro fato que indica o enfraquecimento do Método Francês é observado por Nascimento (2010). Segundo o autor, a partir do final da década de 1930, paulatinamente, a

89 Inquérito realizado pela Divisão de

da Doutrina Francesa, que era eminentemente defensiva. Desta forma o Exército Brasileiro abandonou a doutrina francesa e adotou a americana, eminentemente ofensiva, e que veio a

Por fim, a desconfiança (quando não a aversão) ao ideário militar característica do período de redemocratização, fortalece a defesa de um currículo para a Educação Física escolar de caráter não-militar. Isso não significa que as práticas militaristas foram abolidas. A influência da doutrina militar na formação dos professores e a relativa consolidação dos métodos ginásticos de fundamento militar incluso o Francês perduraram por anos, até a chegada, em meados da década de 1950, do Método Desportivo Generalizado91.

91Método elaborado por professores do Institut National des Sports francês na década de 1940, busca a educação

Considerações finais

Findando o presente estudo, apresentamos nesse item algumas conclusões sobre a temática que envolve a relação currículo e Educação Física escolar no Brasil. Aproveitamos para apresentar as contribuições dos resultados dessa pesquisa para a historiografia do currículo da Educação Física brasileira e, também, para sugerir ampliações da temática em estudos no futuro.

Durante a pesquisa exploratória, notamos a carência de estudos sobre o currículo na historiografia da Educação Física brasileira no período desde o início do processo de

os dias atuais (início do século XXI). Em se tratando, então, de

Nessa perspectiva, os poucos estudos encontrados se dividem em função do tipo da análise e da abordagem - em dois grupos, que podem ser representados, à título de ilustração, O professor da moda: Arthur Higgins e a Educação Física no Brasil (1885-1934)

abordagem que remete à história da literatura

(CHOPPIN, 2004). Esses estudos utilizam o manual como uma fonte documental, passível de análise e interpretação e capaz de revelar um ideário, uma concepção pedagógica, uma

mentalidade. Algumas vezes, como no caso de Souza (2011), o próprio título revela o caráter

acessório do Compendio. Tratando especialmente da trajetória de Higgins, a especificidade curricular do manual se dilui na historiografia do cotidiano ou dos costumes. A tendência

característica do O método francês e a Educação Física

de produção histórica do manual, relacionando desde os condicionantes sociais e econômicos que resultaram no surgimento do Método na França, até a correlação de forças que permitiram a adoção da doutrina na realidade concreta brasileira dos anos de 1930. Porém, em Goellner (1992) não há uma preocupação em analisar o Regulamento (Nº 7)

Ficamos sabendo o porquê o Método Francês, saído da caserna, foi para a escola, mas muito pouco sobre como isso aconteceu na especificidade curricular.

Diferentemente, a abordagem e o referencial teórico-metodológico que utilizamos nesse estudo, ao olhar para o Compendio de Higgins, possibilitou que ele fosse interpretado não apenas como mais um dentre os inúmeros manuais sobre ginástica que circulavam no período,

sua especificidade educativa e caráter de prescrição curricular. Nesse sentido, concluímos que o

Compendio de Higgins é um divisor de águas na história do currículo da Educação Física

brasileira, sendo possível afirmar que ele apresenta o tipo de elaboração curricular moderna, característica das primeiras décadas do século XX e fundamentada no eficientismo e

progressivismo das teorizações tradicionais do currículo. Não estamos afirmando, entretanto,

que Higgins leu Bobbitt ou Dewey (apesar de contemporâneos), mas que a elaboração curricular daquele professor brasileiro foi produzida sob a influência das transformações da sociedade brasileira que, durante a Primeira República, desenvolvia suas forças produtivas em direção da industrialização, sob a égide da eficiência e racionalidade científica. Do mesmo modo, o referencial teórico-metodológico adotado permitiu que avançássemos na análise do Método Francês, pois ao identificarmos o Regulamento (N° 7) como currículo escrito em complementaridade à Revista da Educação Física, desvelamos uma das formas através das quais o currículo da Educação Física brasileira se desenvolveu naquele período.

Acenamos, ainda, para a necessidade de pesquisas que, analisando a literatura escolar da Educação Física brasileira, permitam não apenas destacar as principais manifestações do

currículo da Educação Física escolar no Brasil. Contudo, uma periodização produzida para além da tendência simplificadora de tomar o currículo hegemônico pela concepção pedagógica predominante em determinado período histórico. Nesse sentido, durante o período analisado no

ginásti apoiada pelo conceito de currículo escrito nos permite afirmar que aquele período, em uma periodização da história do currículo da Educação Física escolar no da as múltiplas determinações concretas que extrapolam os limites do conteúdo ginástico.

Particularmente, declaramos a intenção de desenvolver um estudo que busque identificar as manifestações do currículo escrito na história da Educação Física escolar brasileira, tomando como referência inicial a clássica periodização política da história do Brasil: da Redemocratização após o término do Estado Novo em 1945 até o início da Ditadura Civil- Militar em 1964.

Declaramos, finalmente, que ainda há muito a fazer e que o nosso trabalho, felizmente, já começou.

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