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3 A AFETAÇÃO DO MEIO AMBIENTE COM A APROVAÇÃO DA RESERVA

3.5 CÓDIGO FLORESTAL: MODERNIZAÇÃO OU RETROCESSO?

Considerando que a vasta gama de opiniões, sejam neutras, a favor ou contra a reforma do Código Florestal de 1965, relevante observar se esta traz em seu bojo instrumentos eficazes de proteção e conservação do meio ambiente, desde que aliada ao desenvolvimento sustentável do setor econômico. Segundo Valle, apud Fellet (op cit.) integrante do Instituo Socioambiental (ISA), o Projeto de Lei n° 1.876/99 significa uma “afronta à sociedade e um retrocesso de muitas décadas”. Destaca três pontos principais, a abertura de uma lacuna para novos

desmatamentos em áreas até então proibidas, a fim de permitir atividades agrosilvopastoris; a possibilidade de compensação em áreas de reserva legal em outro Estado, desde que no mesmo bioma, isso porém, dificultaria a fiscalização; e ressalta ainda, a dispensa de recuperação das reservas legais pelas pequenas propriedades rurais.

Fernandez (2010) acentua que apesar dos diversos argumentos pró ou contra a reforma do Código Florestal de 1965, não há discussão acerca do ponto fundamental da proposta, ao referir-se à prováveis consequências da flexibilização do código para a conservação da biodiversidade, o que poderá afetar negativamente o meio ambiente com a aprovação da reforma.

Por conseguinte, vislumbra-se do texto concernente à área de Reserva Legal, contido no Projeto de Lei da Câmara n° 30/2011 (BRASIL, 2011, não paginado) aprovado no dia 23 de novembro de 2011 no Senado que:

[...] dispõe sobre as áreas de reserva legal para defini-las e estabelecer critérios para a sua utilização; estabelece o Regime de Proteção da Reserva Legal; preconiza regras para a supressão de vegetação para uso alternativo do solo; estabelece regras gerais para a regularização ambiental; cria o Cadastro Ambiental Rural, no âmbito do Sistema Nacional de Informações de Meio Ambiente, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, combate ao desmatamento, além de outras funções previstas no regulamento; estabelece regras específicas para a regularização ambiental em área de preservação permanente; estabelece regras específicas para regularização ambiental em reserva legal; impõe critérios para a exploração florestal, determinando que a exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de domínio público ou privado, dependerá de licenciamento pelo órgão competente do SISNAMA, mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme; (BRASIL, 2011)

Nota-se que o Senado realizou pequenos retoques na proposta do Deputado Aldo Rebelo, manteve a proteção atinente a reserva legal, porém, sua definição ocorrerá de acordo com sua utilização e acentuou ainda instrumentos de monitoramento ao estabelecer regras específicas para a regularização ambiental (FERNANDEZ, op cit.).

Acentua Fernandez (op cit.) que a reforma do Código Florestal não possui sustentação científica, fundamenta-se em ideologias voltadas para o crescimento

econômico sem observar os limites e uso finito dos recursos naturais, vez que não se ajusta ao essencial e necessário, que exige o uso e ocupação das áreas já desmatadas, de forma a reconstruir a qualidade de vida no campo e na cidade, no intuito de se produzir em mais e melhor em caráter de sustentabilidade, de modo que sob a visão jurídica, o Projeto de Lei da Câmara (PLC n º 30/2011) revela ser a reforma do Código Florestal vigente um retrocesso da legislação ambiental brasileira, não refletindo sequer, indícios de modernização.

CONCLUSÃO

A proposta de alteração do Código Florestal por meio do Projeto de Lei n° 1.876/99 foi analisada criticamente, levando-se em consideração diversos aspectos atinentes à Reserva Legal, observando-se opiniões de especialistas sobre as prováveis mudanças, argumentos prós e contra a reforma do código, impactos sobre a biodiversidade, bem como a presença de entendimentos neutros sobre o assunto e a possibilidade de se implementar projetos que busquem aliar a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico, com arrimo no princípio da sustentabilidade.

Convém ressaltar que a reforma do Código Florestal em questão culminará numa flexibilização da legislação ambiental, onde a redução da Reserva Legal, sua isenção em propriedades com até quatro módulos fiscais, anistia ao desmatamento ocorrido até 22 de julho de 2008, assim como, a possibilidade de compensação com espécies exóticas ou em áreas de outro Estado, mesmo que no mesmo bioma, trarão conseqüências negativas ao meio ambiente.

Dentre os principais impactos na biodiversidade, com a aprovação do texto sobre a reserva legal contido no projeto, conclui-se que implicará efeitos biológicos que afetarão significativamente o meio ambiente, vez que haverá a redução de áreas de habitat remanescente para animais e plantas e a emissão de CO2, agravando desta forma, o problema ambiental do século, qual seja, o aquecimento global.

Certo é que o patrimônio ambiental brasileiro possui valor incalculável, de modo que qualquer proposta de alteração na legislação pertinente exige discussões de cunho científico, técnico, jurídico, aliada a participação de todos os setores envolvidos no estudo do assunto da sociedade. Por sua, vez realizar-se com cautela a análise de possibilidades e alternativas para se construir normas de proteção do meio ambiente que possam relacionar preservação com desenvolvimento socioeconômico, por meio da sustentabilidade. Desta forma, evitar possíveis flexibilizações ou retrocessos na legislação ambiental.

Cabe ainda, mencionar o embate jurídico acerca das mudanças, onde se discute a fragilidade do texto aprovado, o qual carece de especificações no tratamento do agricultor familiar e no aspecto concernente a pequena propriedade rural e isenção de reserva legal.

Nesta quadra, vislumbra-se ainda as campanhas promovidas pelas Organizações não governamentais (ONGs) no Brasil e seu trabalho de mídia, em prol da manutenção do Código Florestal de 1965, por consequência não aprovação do Projeto de Lei n° 1.876/99.

Ante as ponderações explanadas, pode-se concluir que a proteção do meio ambiente e sua utilização econômica de forma sustentável é preceito constitucional, eis que a Carta Magna de 1988 dispõe que é dever de todos protegê-lo para as gerações presentes e futuras, devendo as atividades econômicas ter como pilar a proteção ambiental. Assim, o Novo Código Florestal tende a voltar-se para o crescimento econômico, porém, não promove a efetiva participação da sociedade, apenas de alguns setores, quedando-se inerte a opinião dos cidadãos brasileiros no segmento de defesa dos interesses difusos da sociedade, revelados na questão da afetação ao meio ambiente.

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ANEXO A

PROJETO DE LEI DA CÂMARA N° 30/2011 (SENADO)

Estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, dispõe sobre as áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal, define regras gerais sobre a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos; determina que as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta lei estabelecem; considera como sendo uso anormal da propriedade as ações ou omissões contrárias às disposições desta Lei quando da utilização e exploração da vegetação, acarretando a responsabilidade civil, penal e administrativa; define Amazônia Legal, área de preservação permanente, área rural consolidada, leito regular, manejo sustentável, nascente, olho d’água, pousio, pequena propriedade ou posse rural familiar, reserva legal, restinga, uso alternativo do solo, vereda, apicum, salgado ou marismas tropicais hiper-salinos; estende às terras indígenas demarcadas e às demais áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território o tratamento dispensado à pequena propriedade ou posse rural familiar; dispõe sobre as áreas de proteção permanente para definir suas medidas de delimitação e estabelecer regras e critérios para a sua utilização; dispõe sobre as áreas de uso restrito para defini-las e estabelecer critérios para a sua utilização; dispõe sobre as áreas de reserva legal para defini-las e estabelecer critérios para a sua utilização; estabelece o Regime de Proteção da Reserva Legal; preconiza regras para a supressão de vegetação para uso alternativo do solo; estabelece regras gerais para a regularização ambiental; cria o Cadastro Ambiental Rural, no âmbito do Sistema Nacional de Informações de Meio Ambiente, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, combate ao desmatamento, além de outras funções previstas no regulamento; estabelece regras específicas para a regularização ambiental em área de preservação permanente; estabelece regras específicas para regularização ambiental em reserva legal; impõe critérios para a exploração florestal,

determinando que a exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de domínio público ou privado, dependerá de licenciamento pelo órgão competente do SISNAMA, mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme; estabelece regras específicas para o controle da origem dos produtos florestais, determinando que o controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos florestais incluirá sistema que integre os dados dos diferentes entes federativos, coordenado pelo órgão federal competente do SISNAMA; proíbe o uso de fogo e estabelece regras para o controle dos incêndios; dispõe sobre os instrumentos econômicos para a conservação da vegetação; impõe regras para o controle do desmatamento, determinando que o órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do desmatamento em desacordo com o disposto nesta Lei, poderá embargar a obra ou atividade que deu causa ao uso alternativo do solo, como medida administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental, propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada; obriga a registro no órgão federal competente do SISNAMA os estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de motosserras,

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