• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO XX

No documento livro4 (páginas 128-156)

DA GERAÇÃO DOS ARAÚJOS QUE POVOARAM PRIMEIRO EM VILA FRANCA DO CAMPO E DEPOIS EM OUTRAS PARTES; E VIERAM A ESTA ILHA NO TEMPO DE RUI

GONÇALVES DA CÂMARA, QUINTO CAPITÃO DELA E SEGUNDO DO NOME

No tempo do Capitão Rui Gonçalves da Câmara, segundo do nome, veio a esta ilha de S. Miguel Lope Anes de Araújo, de Viana, na era de mil e quinhentos e seis anos, pouco mais ou menos, rico e abastado e dos principais de Viana, donde era natural, e o mesmo foi nesta ilha. Casou com Guiomar Roiz, filha de Rui Vaz Medeiros e de sua mulher Mécia Gonçalves. Teve filhas: Maria de Araújo, Inês Gonçalves, Lianor do Paraíso, Ana da Madre de Deus, Guiomar de Santiago, freiras no mosteiro de Santo André, de Vila Franca, e Breatiz de Medeiros; filhos: Matias Lopes, Miguel Lopes, Hierónimo de Araújo.

Maria de Araújo Pereira, filha de Lopeanes, o Velho, casou com António Furtado, cidadão de Vila Franca, filho de Rui Martins e de Maria Roiz; teve filhos: Rui Martins, clérigo, já defunto, Lopeanes Furtado, também cidadão de Vila Franca; Manuel Furtado, que faleceu solteiro; filhas: Lianor de Medeiros, Jordoa Botelha, Maria de Araújo e duas falecidas no mosteiro da dita vila. Lopeanes Furtado, filho de António Furtado, casou a primeira vez com Maria Jácome, filha de Manuel Vaz; faleceu ela sem ter filhos. Casou segunda vez com Inês Correia, filha de Gaspar Correia, juiz dos órfãos que foi na cidade da Ponta Delgada; tem dois filhos e uma filha. Lianor de Medeiros casou com Fernão Vaz Pacheco, filho de Belchior Dias, de Porto Fermoso, de que tem filhos e filhas. Jordoa Botelha casou com Custódio Pacheco, de que tem filhos e filhas. Maria de Araújo, filha de António Furtado, casou com Pero de Freitas, filho de Pero de Freitas e de Briolanja Manuel; tem filhos e filhas.

Inês Gonçalves, segunda filha de Lopeanes de Araújo, o Velho, casou com Gaspar Pires, o Preto; não teve filhos.

Breatiz de Medeiros, terceira filha de Lopeanes, o Velho, casou com João da Mota, cidadão de Vila Franca, filho de Jorge da Mota; teve filhos, João de Medeiros, Miguel Botelho, António da Costa, Jorge da Mota, Hierónimo de Araújo, clérigo, Matias da Mota, falecidos três. João de Medeiros, primeiro filho de João da Mota e de Breatiz de Medeiros, casou com Caterina da Costa, filha de Luís Fernandes da Costa; teve duas filhas. Miguel Botelho, segundo filho de João da Mota, casou com Solanda Cordeira, filha de João Roiz Cordeiro.

Matias Lopes de Araújo, primeiro filho macho de Lopeanes de Araújo, o Velho, casou com Eva Francisca, filha de Francisco Fernandes, de que não houve filhos; foi homem magnífico de condição, muito abastado e de grande casa, de muitos hóspedes e grande cavaleiro.

Miguel Lopes de Araújo casou com Catarina Luís, filha de Gaspar Pires, o Velho. Teve filhos: António de Araújo, discreto e bom sacerdote, vigairo na vila da Água do Pau, Manuel de Medeiros, solteiro, e Francisco de Araújo, casado em Lisboa; filhas: Ana de Medeiros e Maria de Medeiros. Ana de Medeiros casou com Gaspar Dias, nobre e rico mercador (211), filho de Manuel Dias (212), tem filhos e filhas; e Gaspar Dias serviu os nobres carregos desta ilha (213). Maria de Medeiros casou com Manuel Rebelo, filho de Baltesar Rebelo; tem uma filha.

Hierónimo de Araújo, homem de grandes espritos, casou com Ana Pacheca, filha de Manuel Vaz Pacheco. Teve filhas: Isabel de Medeiros, casada com Paulo Gago da Câmara, filho de Rui Gago da Câmara; filhos, Francisco de Araújo, António de Araújo, e Gaspar de Araújo, ainda solteiros. Todos estes filhos e descendentes de Lopeanes são valentes de suas pessoas e homens de grandes espritos. E as filhas são de muita prudência e virtude.

Teve Lope Anes, o Velho, outra filha, chamada Francisca de Medeiros, que casou com João Gonçalves, o Bacharel, homem de muitas letras e conselho, de que teve um filho, chamado

Hierónimo Gonçalves de Araújo (214), que casou com uma filha de Francisco Ramalho, sobrinho do dito Bacharel, que vieram a esta ilha da serra de Amarão, onde está o mosteiro e casa de S. Gonçalo de Amarante, de grande romagem.

Foi este Lope Anes de Araújo, de grandiosa condição, teve grande casa, muito abastada e de muita lavrança, discreto, prudente, conversável, amigo dos nobres, entre os quais tinha tanta autoridade que o Capitão Rui Gonçalves da Câmara, terceiro do nome, o mandou a Portugal a fazer conta do que devia ao mosteiro, onde seu irmão Rui de Melo fora frade professo. E Barão Jácome Correia, por ele ser tanto seu amigo e homem tão grave, lhe rogou que fosse à ilha Terceira a receber a mulher em seu nome, o que ele fez, como se dele esperava, porque com sua pessoa autorizava as coisas e acudia a fazer amizades e concórdias em quaisquer discórdias que antre partes havia na terra, e tudo acabava e punha em paz, com muita discrição que tinha e com a gravidade e autoridade de sua pessoa; e por ser homem de quem se tinha grande confiança e fazer tudo bem feito, como foram as coisas do Capitão, em Portugal, e quando tornou, recebeu dele muitas honras e boas obras e sempre o teve em muita estima, porque era ele para isso, como foram depois e são seus filhos e netos. E o mesmo Lope Anes se diz que foi casar a Pero Soares, Capitão da ilha de Santa Maria, à ilha da Madeira.

CAPÍTULO XXIX

DOS PAVÕES, POVOADORES NA VILA DA ÁGUA DO PAU (215)

Manuel Pavão veio casado de Portugal a esta ilha no tempo de Rui Gonçalves da Câmara, quinto Capitão dela e segundo do nome, e habitou primeiramente na vila da Água do Pau e houve de sua mulher três filhos: — o primeiro, Manuel Pavão (216), que foi casado com Guiomar Viana e houve dela três filhos, sc., Gaspar Manuel, André Manuel e Manuel Afonso Pavão.

Gaspar Manuel casou com Violante de Vasconcelos, filha de Diogo de Oliveira, e houve dela três filhos: — Manuel de Oliveira, Pero Manuel e Pedro, que faleceu moço. O Manuel de Oliveira casou com uma filha de Manuel de Crasto, de que não teve filhos; o Pero Manuel casou em Lisboa e não teve filhos.

Teve mais Gaspar Manuel uma filha chamada Marquesa Manuel, que casou a primeira vez com Sebastião Vicente, de que teve um filho que agora está casado na vila de Água do Pau.

André Manuel, segundo filho de Pero Manuel Pavão e de sua mulher, Guiomar Viana, casou com uma filha de João Gonçalves, da ilha da Madeira, de que houve dois filhos: um chamado Gaspar Manuel, que casou em as Sete Cidades, e outro, Manuel Afonso, que faleceu solteiro.

Manuel Afonso Pavão, filho de Pero Manuel e de Guiomar Viana, sua mulher, casou com Lianor Soeira, filha de Garcia Roiz Camelo, da cidade da Ponta Delgada, de que houve estes filhos, sc., Pero Manuel Pavão, que casou duas vezes (217) e outro, chamado João Roiz Pavão, que casou primeira vez com Maria Pimentel, filha de João Lourenço Tição e de Maria Martins Pimentel, de que tem uma filha, por nome Maria de São João, freira professa no mosteiro de Santo André, da cidade; e segunda vez nas Sete Cidades (218). E outro, por nome Simão Rodrigues Pavão, sacerdote que foi e vigairo da freguesia de S. Roque, no lugar de Rosto de Cão.

Houve mais Manuel Afonso Pavão, filho de Pero Manuel, duas filhas, uma chamada Breatiz Roiz, que casou com o licenciado António de Frias, cavaleiro do hábito de Cristo, padroeiro do mosteiro de Santo André, da cidade da Ponta Delgada; e outra, Guiomar Soeira, que casou com Pero de Teves, filho de António da Mota, morador em Rosto de Cão, de que tem filhos e filhas.

O segundo filho de Manuel Afonso Pavão, o Velho, se chamava João Manuel Pavão, que casou com Inês de Oliveira, filha de Diogo de Oliveira e de sua mulher; houve dela dois filhos: Diogo Manuel que casou com uma filha de Daniel Fernandes, de que houve dois filhos e duas filhas; o segundo filho, chamado Manuel Afonso Pavão, casou com Margarida Anes, filha de João Gonçalves, da ilha da Madeira, e de Branca Alvres sua mulher, de que houve filhos e filhas. Houve mais João Manuel, de sua mulher Inês de Oliveira, quatro filhas: a primeira casou com Sebastião Gonçalves dos Poços, de que houve muitos filhos e filhas; a segunda filha, Isabel Manuel, casou também e não sei se teve filhos; a terceira filha, Maria Manuel, casou com Braz Dias Caridade, de que tem algumas filhas; a quarta filha de João Manuel e de Inês de Oliveira, chamada Guiomar de Oliveira, casou com Sebastião Afonso de Sousa (219), dos nobres Sousas, capitão na Bretanha, de que houve muitos filhos e filhas, um dos quais é bom letrado, e todos homens para muito (220).

O terceiro filho de Manuel Afonso Pavão, o Velho, chamado Pero Manuel, foi casado com Inês Pinheira, filha de Pero Luís, o Velho, e de Violante de Sousa, sua mulher, de que houve algumas filhas que casaram honradamente, uma das quais, chamada Maria Manuel, casou com Fernão Roiz Medeiros, da vila da Alagoa, filho de Vasco de Medeiros e de Luzia da Ponte, sua mulher.

Houve mais Manuel Afonso Pavão, de sua mulher, quatro filhas, sc., Inês Manuel que casou com Estêvão de Oliveira, de que houve quatro filhos e quatro filhas. O primeiro filho Diogo de Oliveira, casou com Lianor Afonso, filha de Gonçalo Afonso Giraldo, morador na Água do Pau, de que houve um filho, chamado Estêvão de Oliveira, que casou com uma filha de Gonçalo Pires Leão, de que tem filhos e filhas, e um filho clérigo. O segundo filho de Estêvão de Oliveira e de sua mulher Inês Manuel, chamado Sebastião de Oliveira, casou com Joana Fernandes, filha de Mateus Dias e de Francisca Jorge, sua mulher, de que houve muitos filhos e filhas. O terceiro filho de Estêvão de Oliveira e de Inês Manuel, se chama Manuel de Oliveira, licenciado em leis, bom letrado e de muita experiência, que casou com Isabel Nogueira, filha de Estêvão Nogueira, de que tem um filho, chamado Manuel de Oliveira (221), mui esforçado e grande cavaleiro, e duas filhas, sc., D. Isabel, casada com Francisco de Arruda da Cunha, bisneto de João Soares de Sousa, Capitão da ilha de Santa Maria, que foi casado com uma neta do primeiro Capitão que foi desta ilha de S. Miguel, e outra filha, chamada Francisca de Oliveira, casada com Miguel Lopes de Araújo, filho de Gaspar Dias. O quarto filho de Estêvão de Oliveira, chamado Rui de Oliveira, casou com uma filha de mestre Gaspar, na cidade da Ponta Delgada.

Das quatro filhas de Estêvão de Oliveira e de sua mulher Inês Manuel, a primeira, chamada Catarina de Oliveira, casou com Sebastião Lopes, filho de Guterres Lopes, de que houve muitos filhos e filhas. A segunda filha, Isabel de Oliveira, faleceu solteira. A terceira, Maria de Oliveira casou com Gaspar Fernandes, do Cabouco, de que houve muitos filhos e filhas. A quarta, Hierónima de Oliveira, casou com Lucas de Rezende, filho de Domingos Afonso, do lugar de Rosto de Cão, e de sua mulher, de que tem muitos filhos e filhas.

A segunda filha de Manuel Afonso, o Velho, se chamava Guiomar Manuel e casou com Guterres Lopes, cavaleiro e homem muito honrado e valente, de que houve quatro filhos, sc., João Lopes, Diogo Lopes, Pero Guterres e Domingos Guterres, que todos se foram para fora desta ilha, para as Índias de Castela e para o Brasil e Canárias. E uma filha, que casou com Salvador Daniel, de que tem um filho chamado Francisco Daniel, casado com uma filha de Sebastião Pires Paiva, na Ribeira Grande.

A terceira filha de Manuel Afonso, o Velho, chamada Ana Manuel, foi casada, primeira vez, com Rodrigualvres, de que houve três filhos, sc., Pero Roiz, Lourenço Roiz e Roque Rodrigues, todos homens honrados. Pero Roiz casou com Francisca de Frielas, filha de Fernão Lopes de Frielas, de que houve um filho, chamado Manuel Roiz, que foi para as Índias de Castela e lá faleceu; e outro, chamado Pero Roiz, que casou com uma filha que teve Salvador Daniel, da primeira mulher, neta de Baltasar Roiz, de Santa Clara. Lourenço Roiz casou primeira vez com uma filha de Pero Esteves, chamada Caterina Vaz, de que houve um filho, chamado Miguel Roiz, e duas filhas que casaram na vila de Água do Pau (222). Casou Lourenço Roiz, a segunda vez, com uma filha de Brás de Almeida e de Isabel de Sequeira, de que tem filhos e filhas. Roque Roiz, terceiro filho de Rodrigalvres e de Ana Manuel, sua mulher, foi casado com Isabel de Oliveira, a primeira vez, de que houve um filho que faleceu; e segunda vez casou com Madalena Delgada, filha de Gonçalo Vaz Delgado, de que não houve filhos, e faleceu no Cabo Verde.

A quarta filha de Manuel Afonso, o Velho, foi casada com Rui de Oliveira, de que houve um filho.

Teve mais Luís (sic) de Oliveira duas filhas, uma chamada Maria de Oliveira, que foi casada com Vicente Pires, e outra com João Dias, filho de João Bastião.

Outros afirmam, por mais certo, que veio a esta ilha logo no princípio do descobrimento dela um Afonso Roiz Pavão, alemão, com sua mulher, natural de Aragão, a que não soube o nome.

Teve quatro filhos e três filhas: uma chamada Mécia Afonso, bisavó dos filhos de Amador da Costa; outra (dizem que) Africanes, a qual casou na ilha de Santa Maria; outra, de que nasceram Álvaro Pires, da Lomba, Duarte Pires e outros.

O primeiro filho de Afonso Roiz Pavão, chamado Manuel Afonso Pavão, teve estes filhos, sc., Pero Manuel, o Velho; João Manuel; Pero Manuel, o Moço; e seis filhas: uma delas casou com Guterres Lopes; outra, Ana Manuel, mãe de Lourenço Roiz, de Água do Pau; outra, mulher de Estêvão de Oliveira, pai do licenciado Manuel de Oliveira, grande jurisconsulto.

João Roiz; o segundo Pero Manuel; o terceiro Garcia Roiz; o quarto Diogo Vaz, que faleceu de vinte e cinco anos; o quinto Guiomar Soeira, mulher de Pero de Teive; o sexto António Afonso; o sétimo Simão Rodrigues Camelo, bom sacerdote, vigairo de S. Roque; o oitavo Manuel Pavão; o nono Breatiz, que faleceu moça; o décimo Rui Vaz; o undécimo Matias Camelo; o duodécimo Breatiz Roiz, mulher do licenciado António de Frias.

Um Rui Vaz Camelo, do Castelo da Feira, teve nove filhos, homens, no tempo de el-Rei D. João, de boa memória, e com todos o serviu na guerra. Dizem que tendo uma dúvida com um Bispo, indo visitar sobre o assento de sua mulher, lhe deu com uma cana na cabeça, pelo que lhe mandou el-Rei semear a casa de sal. Nesta dispersão se veio a esta ilha um seu filho, chamado Garcia Roiz Camelo, com Fernão Camelo, seu primo com-irmão, e casou nesta terra com Guiomar Soeira; teve dela quatro filhos, sc., João Roiz Camelo, pai do licenciado António Camelo, grande cavaleiro e letrado; Breatiz Rodrigues, mulher de Diogo Vaz Carreiro, que fez e dotou o mosteiro de Santo André, da cidade da Ponta Delgada; outro filho, chamado Henrique, faleceu moço, e outra filha, Lianor Soeira, casou (como tenho dito) com Manuel Afonso Pavão, filho (223) de Manuel Afonso Pavão, o Velho, de que houve os doze filhos que disse, um dos quais foi Simão Roiz Camelo, vigairo de S. Roque, nesta ilha de S. Miguel.

Falecida Guiomar Soeira, casou Garcia Roiz Camelo segunda vez com Maria Travassos, filha do contador Martim Vaz Bulhão, de que teve sete filhos: João Botelho; Isabel Botelha, mulher de Rui Gago da Câmara; Hierónima de Melo, mulher de Roque Gonçalves Caiado; e Francisco de Melo, que se foi desta terra; António Botelho, já defunto; Francisca da Trindade, também defunta; Maria da Trindade, freira e boa religiosa no mosteiro da Ribeira Grande, a qual no mosteiro de Santo André, da cidade da Ponta Delgada, foi alguns anos abadessa.

CAPÍTULO XXX

DOS NOBRES OLIVEIRAS E DE PEDRO ANES PRETO E JOÃO ALVRES CAVALEIRO, QUE FIZERAM SEU ASSENTO NA VILA DE ÁGUA DO PAU

A geração dos Vasconcelos dizem proceder do senhor de Gasconha, que alguns chamam Vasconha, grande senhor em França, donde procedeu Rui Mendes de Vasconcelos que teve um filho chamado Martim de Oliveira de Vasconcelos, casado com Tareja Velha, irmã de Gonçalo Velho, comendador de Almourol e Cardiga e senhor da Bezelga e Capitão destas ilhas de S. Miguel e Santa Maria. O qual Martim de Oliveira, sendo da casa dos Infantes D. Anrique e D. Fernando, de quem estas ilhas eram, veio a esta ilha com sua mulher e filhos; e não querendo viver nela, se tornou para o Reino, deixando aqui a seu filho (224), Diogo de Oliveira de Vasconcelos, homem nobre que veio com seu pai de Portugal, dizem que de Beja de Alentejo, casado com Maria Esteves, filha de Afonso Velho, homem poderoso, da geração dos Velhos (225), de que houve seis filhos: Diogo de Vasconcelos, Estêvão de Oliveira, Rui de Oliveira, Martim de Oliveira, João de Oliveira e Afonso de Oliveira; e duas filhas, Isabel de Vasconcelos e Violante de Vasconcelos.

O primeiro filho de Diogo de Oliveira, chamado Diogo de Vasconcelos, foi licenciado em leis e ouvidor do Capitão Rui Gonçalves da Câmara, pai de Manuel da Câmara, nesta ilha muitos anos, e juiz dos Resíduos; foi casado com Genebra Anes, filha de Diogo Vaz, morador na vila da Alagoa, irmão de Pero Vaz Marinheiro, de que houve muitos filhos e filhas. E um se chamava Manuel Vaz, que foi casado com uma filha (226) de Domingos Afonso, do lugar de Rosto de Cão, de que houve um filho chamado Jordão de Vasconcelos, homem de grandes espíritos e grandiosa condição, que está solteiro. Houve mais, entre outros filhos e filhas, o licenciado Diogo de Vasconcelos, outro filho chamado Diogo de Vasconcelos, como seu pai, que foi a melhor contrabaixa que houve nestas ilhas dos Açores.

O segundo filho de Diogo de Oliveira, chamado Estevão de Oliveira, foi casado com Inês Manuel, filha de Manuel Afonso Pavão, o Velho, de que houve filhos e filhas, como disse na geração dos Pavões.

O terceiro filho de Diogo de Oliveira, chamado Rui de Oliveira, casou com a quarta filha de Manuel Afonso Pavão, o Velho, de que houve os filhos que disse na geração dos Pavões.

O quarto filho de Diogo de Oliveira, chamado Martim de Oliveira, casou com uma filha de João Gonçalves, da ilha da Madeira, a primeira vez, de que houve filhos e filhas. E casou segunda vez com uma filha de Domingos Afonso, do lugar de Rosto de Cão, de que houve filhos e filhas.

O quinto filho de Diogo de Oliveira, por nome João de Oliveira, casou com uma filha de Gonçalo Vaz e de Guiomar Fernandes, naturais de Água do Pau, de que houve muitos filhos e filhas que estão casados.

O sexto filho de Diogo de Oliveira, chamado Afonso de Oliveira, foi casado com Solanda Lopes, filha de Afonseanes, de alcunha Mouro Velho, Colombreiro, de que houve alguns filhos.

Teve mais Diogo de Oliveira duas filhas: a primeira, Isabel de Vasconcelos, casou com João Pires, filho de Pedreanes Preto, natural de Água do Pau, que foi escrivão na cidade da Ponta

No documento livro4 (páginas 128-156)

Documentos relacionados