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CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE GENÓTIPOS DE GIRASSOL EM GUARAPUAVA-PR

No documento ANAIS. Patrocínio. Apoio (páginas 76-78)

AGRONOMIC TRAITS OF SUNFLOWER GENOTYPES IN GUARAPUAVA-PR

EDSON PEREZ GUERRA1, THIAGO MORAES DE OLIVEIRA2, LARISSA OLIVEIRA BERBEL3, EVERSON DO PRADO BANCZEK1

1Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Departamento de Agronomia, Rua Simeão C. Varela de Sá, n. 3, CEP: 85.040-080, Guarapuava, PR. Prof. Adjunto, e-mail: epguerra@unicentro.br; 2UNICENTRO, Graduando em Agronomia; 3UNICENTRO, Pós-Graduanda em Bioenergia.

Tabela 2. Valores médios de altura (ALT) em cm, dias para floração inicial (DFI) em dias e teor de óleo (TO)

em %, nos anos de 2011 e 2012. Embrapa Cerrados, Planaltina-DF.

1Valores das colunas seguidos das mesmas letras maiúsculas, entre os anos, e por letras minúsculas, dentro do ano, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade.

Ambiente ALT (cm) DFI (dias) TO (%)

Genótipo 1° ano (2011) 2° ano (2012) 1° ano (2011) 2° ano (2012) 1° ano (2011) 2° ano (2012)

V60415 178,8 A ab 180,0 A a 61,5 B a 65,5 A a 44,06

A ab 44,91 A ab

HELIO 358 (T) 140,0 A c 148,8 A c 55,0 B bc 63,5 A ab 46,17

A ab 47,80 A ab

M 734 (T) 182,5 A ab 162,5 B abc 50,0 B cd 64,7 A ab 38,48 B c 45,26 A ab

SYN 034A 185,0 A a 166,3 B abc 55,5 B bc 59,7 A b 46,95

A ab 48,66 A a HLA 06270 172,5 A ab 167,5 A abc 62,0 B a 65,7 A a 46,30 A ab 44,52 A ab V70153 182,5 A ab 175,0 A ab 59,2 A ab 62,2 A ab 46,59 A ab 47,62 A ab SYN 4065 180,0 A ab 165,0 B abc 63,7 A a 64,2 A ab 47,63 A a 47,66 A ab BRSG 28 163,8 A b 158,8 A bc 47,2 B d 63,7 A ab 46,30 A ab 48,57 A a SRM 822 169,8 A ab 153,8 B c 63,7 A a 65,5 A a 45,27 A ab 47,77 A ab

SYN 039A 170,0 A ab 166,3 A abc 52,7 B cd 63,7 A ab 46,99

A ab 46,38 A ab SYN 042 188,8 A a 178,8 A a 63,5 A a 63,7 A ab 44,78 A ab 45,84 A ab SYN 045 186,3 A a 176,3 A ab 59,7 B ab 65,2 A ab 43,74 A ab 46,65 A ab BRSG 30 180,0 A ab 155,0 B c 51,2 B cd 64,5 A ab 42,28 A bc 43,58 b

A análise de diâmetro do capítulo apresentou di- ferenças não significativas entre os genótipos, indicando menor divergência para a caracterís- tica entre estes genótipos e homogeneidade na área experimental.

A altura média das plantas variou de 148,8 cm (HELIO 358) a 173,2 cm (V90013) indicando grande variabilidade entre os genótipos e adap- tabilidade ao ambiente, com produtividade aci- ma da média, embora tenha sido implantado experimento tardio, após a época recomendada da cultura na região.

Conclusões

O ensaio conduzido em Guarapuava apresentou alto potencial de rendimento de aquênios dos genótipos testados, sendo V90631 o de maior rendimento com 3039,6 kg ha-1 e um dos três maiores em peso de aquênios, tal como M 734 e Multissol.

Referências

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Instituto Agronômico do Paraná. Girassol. Londrina, 2008. 1 folder. O objetivo deste trabalho foi avaliar o compor-

tamento agronômico de genótipos de girassol para indicação de cultivares em Guarapuava e região.

Material e Métodos

Foi conduzido o Ensaio Final de Segundo Ano na safra agrícola 2012/2013, como parte da Rede de Ensaios de Avaliação de Genótipos de Girassol, coordenado pela Embrapa Soja. O experimento foi instalado na Universidade Estadual do Centro-Oeste, campus CEDETEG, município de Guarapuava, PR. A semeadura foi realizada no dia 30/11/2012, com as informa- ções das coordenadas de latitude 25o 23’ 10” S, longitude 51o 29’ 29” O e altitude de 1034 m. A área do experimento apresentava-se em pousio, sendo gradeada e escarificada para o cultivo convencional.

A análise do solo de 0 a 20 cm de profundidade apresentou: pH (CaCl2) de 4,8; 30,9 g dm-3 de M.O.; 1,8 mg dm-3 de P; 0,35 mmolc dm-3 de K; 4,1 mmolc dm-3 de Ca; 2,3 mmolc dm-3 de Mg; 0,0 mmolc dm-3 de Al; 6,51 mmolc dm-3 de H+Al. A análise granulométrica indicou 200 g kg-1 de areia, 300 g kg-1 de silte e 500 g kg-1 de argila. A adubação de base foi feita com 12 kg ha-1 de N, 60 kg ha-1 de P

2O5 e 60 kg ha-1 de K2O e 2,0 kg ha-1 de Boro no sulco de semeadu- ra. Foram aplicados 45 kg ha-1 de N em cobertu- ra, 30 dias após a emergência.

Foram utilizados 10 genótipos de girassol no experimento: BRS G34, BRS G35, SYN 3840, SYN 4065, V90631, V90013 e quatro teste- munhas, Multissol, M 734, Embrapa 122 e HE- LIO 358. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas de quatro linhas de 6,0 metros, com espaçamento de 0,80 m en- tre linhas e 0,30 m entre plantas. A área útil de avaliação foi de 8,0 m2, considerando-se as duas fileiras centrais de 5,0 m e descontando- -se 0,50 m nas extremidades. Foram utilizadas três sementes por cova e após sete dias da emergência foi realizado o desbaste, deixando- -se uma planta por cova, estimando-se uma população de 45000 plantas ha-1. Os capítulos das linhas centrais foram cobertos com sacos de TNT, na fase de enchimento de grãos, para preservar o material contra ataque de pássaros. A precipitação pluviométrica ocorrida durante a condução do ensaio foi de: 30,4 mm (nov), 196,0 mm (dez), 119,0 mm (jan), 271,8 mm

(fev) e 255,1 mm (mar), num total de 872,3 mm no ciclo.

Foram avaliados os caracteres: floração inicial (dias), da emergência até o início do floresci- mento na parcela; maturação fisiológica (dias) quando 90% das plantas da parcela apresentas- sem capítulos com brácteas de coloração entre amarelo e castanho; altura da planta (cm) obti- da pela média de oito plantas, do nível do solo até a inserção do capítulo; peso de 1000 aquê- nios (g); diâmetro do capítulo (cm); e rendimen- to de aquênios (kg ha-1), corrigido para umidade padrão de 11% (Leite et al., 2005).

Os dados foram submetidos à análise de va- riância e teste de comparação de médias dos tratamentos pelo teste Duncan, utilizando-se o programa computacional Genes (Cruz, 2006).

Resultados e Discussão

A análise de variância dos caracteres avaliados é apresentada na Tabela 1, indicando diferen- ças significativas entre os genótipos. Os coe- ficientes de variação observados foram baixos, de 0,7 a 15,4%, indicando boa precisão expe- rimental.

A floração inicial média foi de 58,4 dias e a maturação fisiológica de 95,0 dias. O genóti- po de florescimento mais precoce foi Embrapa 122 com 52,3 dias, diferente estatisticamente de HELIO 358 e Multissol, com 55 dias, sendo todos genótipos testemunhas. Estes também foram os mais precoces para maturação fisio- lógica. Os genótipos SYN 3840 e SYN 4065 foram os mais tardios para o florescimento e maturação fisiológica, com ciclo de 101 dias até a maturação fisiológica (Tabela 2).

A média geral do experimento para rendimento de aquênios foi de 2336,1 kg ha-1. O genóti- po V90631 apresentou produção de grãos de 3039,6 kg.ha-1 acima da média das testemu- nhas e dos demais genótipos (Tabela 2).

Os dados de peso de 1000 aquênios (Tabela 2) identificaram os genótipos M 734, Multis- sol e V90361 como os de maior tamanho de aquênios. Esta característica geralmente está relacionada com maior porcentagem de casca e menor teor de óleo em relação às cultivares co- merciais de menor P1000 e de casca mais fina aderida à semente. A análise de teor de óleo in- dicará o rendimento de óleo esperado para cada genótipo.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o compor- tamento agronômico de genótipos de girassol na região de Curitiba para indicação de culti- vares. O ensaio final de segundo ano faz parte da Rede de Ensaios de Avaliação de Genótipos de Girassol, coordenado pela Embrapa Soja. O experimento foi conduzido na PUCPR, em Fa- zenda Rio Grande, Paraná. Foram avaliados 12 genótipos sendo duas testemunhas, em deline- amento em blocos ao acaso com quatro repe- tições. A média de rendimento de aquênios foi de 3196,2 kg ha-1. Os genótipos apresentaram rendimento médio de óleo de 1395,0 kg ha-1, com HELIO 358 atingindo 1680,0 kg ha-1, não diferindo estatisticamente de SYN 039A, SYN 034A e de outros três genótipos.

Palavras-chave: Sclerotinea scleotiorum, culti-

vares, Helianthus annuus.

Abstract

The aim of this study was to evaluate the ag- ronomic performance of the sunflower geno- types in Curitiba region for new cultivar indica- tions. The second year’s final test is part of the National Sunflower Trial, coordinated by Em- brapa Soja. The experiment was conducted at PUCPR, in Fazenda Rio Grande, Paraná. Twelve genotypes with two checks were evaluated, in a randomized block design with four replicates. The average of the grain yield was 3196,2 kg ha-1. The genotypes showed oil yield average of 1395,0 kg ha-1, reaching 1680,0 kg ha-1 to HELIO 358, but not statistically different from SYN 039A, SYN 034A and three others geno- types.

Key-words: Sclerotinea sclerotiorum, cultivars, Helianthus annuus.

Introdução

O girassol (Helianthus annuus L.) pode ser cul- tivado em todas as regiões do país, de acordo com a disponibilidade hídrica e de temperatu- ra de cada região, pois o rendimento é pouco influenciado pelas latitudes e altitudes, assim como pelo fotoperíodo, o que facilita a expan- são do cultivo no Brasil (Castro et al., 1996; Leite et al., 2007).

A produção no país foi de 110,4 mil t grãos de girassol na safra 2012/2013, com 1600 kg ha-1 em área de 68,9 mil ha. O principal estado produtor foi o Mato Grosso com 71,7% da pro- dução (81,2 mil t), em 73,6% da área (49,4 mil ha). No estado do Paraná a área de girassol foi inferior a 700 ha, com produtividade de 1380 kg ha-1 (CONAB, 2013).

No Paraná a recomendação do cultivo é no ini- cio de agosto a meados de outubro. No norte do estado há possibilidade de cultivo do girassol na safrinha, podendo-se estender a época de semeadura, porém evitando-se baixas tempera- turas no final do ciclo devido a ocorrência de doenças (Leite et al., 2005; Paraná, 2008). As duas principais doenças causadoras de da- nos econômicos na cultura do girassol são a mancha de Alternaria (Alternaria helianthi) e o mofo branco ou podridão branca (Sclerotinia

sclerotiorum). A primeira causa pontuações

necróticas que coalescem, formando áreas ex- tensas de tecido necrosado, provocando cresta- mento prematuro da folha, desfolha precoce e morte das plantas (Leite, 1997; Leite; Amorim, 2002). A S. sclerotiorum pode infectar várias partes no girassol, como a raiz, o colo, a haste e os capítulos. Os sintomas iniciais são peque- nas manchas aquosas, que rapidamente aumen- tam em tamanho e evoluem para uma podridão mole dos tecidos afetados. Os danos podem chegar a 100% da área.

Novos genótipos devem ser avaliados em cada zona agroecológica para caracterização agronô- mica e indicação de cultivares. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento agronômi- co de genótipos de girassol para indicação de cultivares.

Material e Métodos

Foi conduzido o Ensaio Final de Segundo Ano na safra agrícola 2011/2012, como parte da Rede de Ensaios de Avaliação de Genótipos de Girassol, coordenado pela Embrapa Soja. O experimento foi instalado na Fazenda Experi- mental Gralha Azul, da Pontifícia Universidade

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE GIRASSOL

No documento ANAIS. Patrocínio. Apoio (páginas 76-78)

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