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CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE PLANTAS DE GIRASSOL SUBMETIDAS AO STIMULATE®

No documento ANAIS. Patrocínio. Apoio (páginas 30-32)

GROWTH OF SUNFLOWER PLANTS ROOT SYSTEM SUBMITTED TO STIMULATE®

VIVIANE GUZZO DE CARLI POELKING1, CARLOS ALAN COUTO DOS SANTOS2, CLOVIS PEREIRA PEIxOTO1, ELVIS LIMA VIEIRA1, EVERTON VIEIRA CARVALHO1, JAMILE MARIA DA SILVA DOS SANTOS1

1 Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – CCAAB – UFRB, Cruz das Almas, BA, Brasil. vivianedecarli@gmail.com 2 Instituto Federal Baiano, Campus Governador Mangabeira, BA, Brasil

Tabela 1. Crescimento radicular vertical diário (VCRD) e matéria seca total (MST) de plantas de girassol

cultivadas em condições de rizotrons, aos 7 DAS.

Médias seguidas por letras maiúsculas na coluna diferem entre si a 1% de probabilidade pelo teste Tukey.

Figura 1. Plantas de girassol da variedade Catissol 01(A).T1: oriundas de sementes pré-embebidas com Stimulate® (4 mL

de Stimulate® L-1 de solução durante 4 horas), T2: oriundas de sementes pré-embebidas em água durante 4 horas e T3: controle, em condições de rizotron aos 7 DAS. Raízes secundárias (rs) e raiz pivotante (rp).

Figura 2. Desempenho do crescimento radicular vertical diário (CRVD) de plantas de girassol da variedade Catissol 01,

em resposta a três tratamentos: T1: plantas oriundas de sementes pré-embebidas com Stimulate® (4 mL de Stimulate® L-1 de solução durante 4 horas), T2: plantas oriundas de sementes pré-embebidas em água durante 4 horas e T3: con- trole, durante 7 dias. Em cada dia, colunas com a mesma letra, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os valores representam médias de 4 repetições (n=4) e as barras verticais representam o desvio padrão. Coeficientes de variação: 1 DAS = 14,50. 2 DAS = 15,7; 3 DAS=5,94; 4 DAS=11,60; 5 DAS=11,06; 6 DAS=18,26; 7 DAS=17,80. Catissol 01 Tratamento VCRD (cm d-1) MST (g) T1=ES 6,00 A 0,210 A T2=EA 5,21 B 0,112 B T3=CT 4,83 B 0,088 C

O genótipo Catissol 01, durante todo o período de avaliação, as plantas oriundas de sementes pré-embebidas com Stimulate® (T1), apresenta- ram um crescimento diário superior aos demais tratamentos (Figura 2). Sendo que no 4º dia, os tratamentos não diferiram estatisticamente e ambos apresentaram comprimento da raiz pi- votante de aproximadamente 9,4 cm (Figura 2). Verificou-se também, que a pré-embebição das sementes em água (T2), promoveu médias su- periores em relação ao controle (T3), aos 2 e 3 DAS para a variedade Catissol 01 (Figura 2). Portanto, o T2 promoveu média inferior a T1, evidenciando os efeitos fisiológicos do Stimu- late® no crescimento inicial da raiz pivotante no período estudado (7 DAS) para o CRVD.

A queda no crescimento da raiz pivotante ob- servada a partir do 4° e 5° DAS do CRVD, provavelmente surgiram em função da partição de reservas no interior do aquênio durante a germinação e emergência. Antes desse período, a degradação (hidrólises) de biomoléculas que ocorre em função da presença do GA3 é desti- nada principalmente ao crescimento e emissão da radícula. A partir desse período (4° e 5° dias), com o desenvolvimento da haste, a par- tição de nutrientes dentro do aquênio fica mais equilibrada, reduzindo com isso o CRVD (Figu- ras 2 e 3). Leite et al. (2003) verificaram que a emergência das plantas de soja e o comprimen- to das raízes foram reduzidos com o tratamento de sementes com giberelina e citocinina, porém com o decorrer do experimento a diferença no crescimento radicular desapareceu.

Emergência e crescimento inicial rápidos ofere- cem vantagens ao vegetal, pois refletem direta- mente no vigor da plântula e, consequentemen- te, na sua estratégia de sobrevivência. Segun- do Leite et al. (2005), o atraso na emergência expõe a semente em germinação ao ataque de patógenos e pragas presentes no solo. Além disso, plantas com sistema radicular profundo e vigoroso e com grande massa de raízes são mais tolerantes ao déficit hídrico do solo, em função do maior perfil do solo explorado, incre- mentando a absorção de água e de nutrientes e a ancoragem da planta.

Conclusões

O uso do bioestimulante vegetal Stimulate® é eficiente no crescimento inicial do sistema ra- dicular de plantas de girassol, promovendo me- lhor crescimento da raiz pivotante.

O sistema radicular da variedade Catissol 01 é sensível à ação do Stimulate®.

Referências

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da Bahia - UFRB, no Campus de Cruz das Al- mas. Para determinar a área foliar foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casu- alizado com quatro tratamentos, sendo quatro métodos para determinar a área foliar (Método dos pontos; dimensões foliares; equação expo- nencial e o scanner) em 18 repetições. A unida- de experimental foi composta por cinco folhas por parcela experimental, com a amostragem de 90folhas por tratamento em cada avaliação. As avaliações de área foliar foram realizadas com coletas quinzenais de plantas a partir de trinta dias após a semeadura (DAS) até a matu- ração plena.

Foi determinada a área foliar utilizando-se o método dos pontos. Para isto, foram utilizadas folhas de transparência contendo pontos digita- lizados com papel milimetrado, em quadrados medindo 1 cm2 cada, em seguida foram con- tados os quadrados preenchidos pelo contorno de cada folha. Dessa forma, a área foliar foi es- timada pelo número de quadrados preenchidos (Peixoto e Peixoto, 2009).

No segundo método utilizado, também não des- trutivo e denominado método das dimensões lineares, foi obtida a largura e o comprimento da folha com a utilização de uma régua mili- metrada em campo. Para a estimativa da área foliar, multiplica-se o produto do comprimento (C) com a largura (L) por um coeficiente, deno- minado fator de correção (FC). Em teoria, esse mesmo coeficiente poderá ser usado para esti- mar a área de qualquer outra folha da espécie. Para isso, calculou-se a área foliar por um mé- todo conhecido (imagem digital por scanner), dividiu-se os valores obtidos pelo produto das dimensões lineares. Dessa forma, o valor médio do FC passou a ser considerado como fator ca- paz de corrigir os valores superestimados pelo método das dimensões lineares (Cairo et at., 2008; Peixoto et al., 2011).

O terceiro método não destrutivo foi calculado pela equação exponencial AF= 1,7582* L1,7067 (R²=0,98), onde AF é a área foliar e L a maior largura (L) perpendicular ao alinhamento da ner- vura em cm (Maldaner et al., 2009).

O quarto método e o utilizado como padrão foi o da imagem digital por scanner. As folhas fo- ram processadas em um escâner de mesa aco- plado a um computador pessoal e as imagens arquivadas e processadas em programa para análise de imagens (Leaf Area Measurement).

Por fim, os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias significativas, a análise de regressão por meio do software estatístico Sisvar.

Resultados e Discussão

Nas Figuras 1 e 2 estão apresentados os re- sultados das análises de regressão para a esti- mativa de área foliar nos genótipos de girassol H250 e Aguará, respectivamente, por meio dos quatro métodos avaliados. Os métodos de me- dição de área foliar diferiram estatisticamente quando comparados entre si (P<0,01). Os mé- todos obtiveram valores de coeficiente de de- terminação na maioria dos testes, apresentando valores aceitáveis (acima de 70%). Foi encon- trado o fator de correção (FC) 0,67, o que pos- sibilitou a obtenção da área foliar dos genótipos por meio do método das dimensões lineares (L x C), que resultou na formula AF= (L*C)* 0,67, em que AF é área foliar (cm²), L a maior largura (cm), C maior comprimento (cm) e 0,67 o FC encontrado, o que possibilitou facilmente o cál- culo da área foliar dessa cultura por meio das dimensões utilizadas.

Na Tabela 1 encontram-se as equações obtidas com seus respectivos valores de área foliar má- xima e a quantidade de dias após a semeadura (DAS). Os métodos avaliados obtiveram ajustes variáveis em relação aos genótipos estudados. O método do scanner utilizado como padrão manteve um ajuste médio significativo e similar para ambos os genótipos. Observou-se que en- tre os métodos utilizados, o método do scanner tende a obter AF Máx. superestimada pelos de- mais (Tabela 1). Ao observar as Figuras 1 e 2, pode-se notar uma similaridade entre as curvas dos métodos do scanner e o dos pontos, assim como o método que utiliza um modelo expo- nencial proposto por Maldaner et al. (2009) e a equação que utiliza largura x crescimento x 0,67. Da mesma forma na Tabela 1, observam- -se valores similares entre os métodos dos pon- tos e do scanner e o método L x C x 0,67 e exponencial. Para ambos, tanto os valores da AF Máx. e dos DAS da AF Máx. são similares. Utilizando o método do scanner como padrão, pode-se compará-lo ao método dos pontos de- vidos as suas similaridades.

A utilização de medidores automáticos de área foliar geralmente proporciona bom grau de afe- rimento, tendo como problema o alto custo dos aparelhos além de necessitarem da destruição das amostras. Poucos são os autores que rele-

Resumo

Objetivou-se avaliar diferentes métodos para a obtenção da área foliar em genótipos de giras- sol durante o seu desenvolvimento. O experi- mento foi realizado na estação experimental da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, no Campus de Cruz das Almas. As avaliações de área foliar foram realizadas com coletas quinzenais de plantas a partir de trinta dias após a semeadura (DAS) até a maturação plena. Foram utilizados os genótipos H250 e Aguará. O delineamento experimental foi intei- ramente casualizado, com quatro tratamentos, 4 métodos para determinação de área foliar em 18 repetições. Os métodos para a obtenção da área foliar foram subdivididos em destruti- vo (Análise de Imagem Digital por Scanner) e não destrutivos (Pontos, Dimensões Lineares e Modelo exponencial). Os métodos de medição de área foliar diferiram estatisticamente quan- do comparados entre si (P<0,01). O uso de métodos simples e de fácil aquisição como os métodos dos pontos e das dimensões lineares podem ser utilizados com alto grau de exatidão em substituição ao método padrão do Scanner para medidas de área foliar na cultura do giras- sol.

Palavras-chave: Helianthus annuus L., folhas,

métodos de avaliação.

Abstract

The aim of this study was to evaluate diffe- rent methods for obtaining the leaf area in sun- flower genotypes during its development. The experiment was conducted at the Experimen- tal Station of the Federal University of Bahia Reconcavo - UFRB, Campus Cruz das Almas. Assessments of leaf area were performed with fortnightly collections of plants from thirty days after sowing (DAS) to full maturity in both plan- ting dates. Genotypes H250 and Aguará were used. Were used completely randomized design with four treatments and four methods for de- termining leaf area in 18 repetitions. The obtai- ning of leaf area methods were subdivided into destructive (Image Analysis for Digital Scanner) and nondestructive (points, dimensions linear and exponential model). The measuring of leaf

area methods differ when compared with each other (P <.01). The use of simple and easy acquisition as methods of Points and Linear di- mensions can be used with a high accuracy de- gree to replace the standard method Scanner measures for leaf area in sunflower cultivation.

Keywords: Helianthus annuus L., leaves, evalu-

ation methods.

Introdução

Vários autores destacam a importância da me- dição da área foliar e do índice de área foliar como parâmetros da análise de crescimento, dentro da experimentação em fitotecnia (Seve- rino et al., 2004; Cairo et al., 2008).

A área foliar de uma cultura é conhecida como uma variável indicativa de produtividade, pois o processo fotossintético depende da intercepta- ção da energia luminosa e da sua conversão em energia química (Favarin et al., 2002). As esti- mativas de área foliar (AF) podem ser realizadas por métodos diretos ou indiretos e destrutivos ou não destrutivos. Os métodos indiretos são baseados na correlação conhecida entre a variá- vel medida e a AF e são todos não destrutivos. Já os métodos diretos podem alternar em des- trutivos ou não destrutivos.

Assim como o método das medidas lineares, métodos como o dos pontos, planímetro, foto- cópia, dos discos, são opções de fácil opera- ção e de baixo valor aquisitivo disponíveis na literatura. Diversas são as formas de se medir a área foliar de um cultivo, porém muitas são inadequadas por serem destrutivas e/ou por dependerem de aparelhos disponíveis somente em laboratórios ou, ainda, por demandarem ex- cessiva mão-de-obra para execução (Cardoso et al., 2006).

Dessa forma, objetivou-se avaliar diferentes métodos para a obtenção da área do limbo fo- liar de genótipos de girassol.

Material e Métodos

O experimento foi realizado na estação experi- mental da Universidade Federal do Recôncavo

MÉTODOS PARA DETERMINAR A VARIAÇÃO DA ÁREA

No documento ANAIS. Patrocínio. Apoio (páginas 30-32)

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