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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

4.2 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA

Deve-se lembrar que ao adquirir um apartamento o indivíduo leva em consideranção muitos fatores relacionandos a características do imóvel bem como as pessoais. Neste ítem a pesquisa procurou conhecer alguns dados relevantes dos clientes adquirente desse tipo de imóvel.

Em relação a aquisição deste bem imóvel, a pesquisa pretendeu saber se o bem adquirido na planta havia sido a primeira experiência em transações imobiliárias do entrevistado, contudo 90% dos respondentes já possuem ou possuiram imóvel em seu nome, somente para 10% dos entrevistados se caracterizaram como sendo a primeira aquisição.

Figura 11 – Primeiro Imóvel Próprio Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Neste quesito se verifica que a grande maioria dos entrevistados possuem experiências anteriores com comercializações de imóveis e que desfrutam de características favoráveis para investimentos deste tipo como os citados anteriormente, exemplificando com sua faixa etária, tempo de atividade profissional e renda, também a pesquisa enfatiza que a aquisição do imóvel na planta é uma boa opção para quem busca um imóvel novo e não tem muita pressa para a mudança.

É dada a devida atenção de que no mercado imobiliário, o comprador geralmente se comporta de forma prudente, fazendo geralmente apenas uma ou duas aquisições ao longo de sua vida, segundo Stahl e Pecahan (2005).

No questionário, foi abordada também a questão sobre com quem ele reside atualmente e, as respostas foram divididas em 5 categorias: 1 - Pais; 2 - Filhos; 3 - Cônjuge; 4 - Sozinho; 5 - Outros. As respostas obtidas mostraram que 53% dos entrevistados moram com o cônjuge, e 27% moram só.

Figura 12- Residência atual. Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística), o padrão de família no Brasil apresentou algumas mudanças nas últimas décadas do século XX - o tamanho da família brasileira diminuiu em todas as regiões: de 4,3 pessoas por família em 1981, chegou a 3,3 pessoas em 2001. O número médio de filhos por família é de 1,6 filhos. Em 2002, o número médio de pessoas na família se manteve o mesmo em quase todas as regiões e por isso a média para o país se manteve em 3,3 pessoas, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2003. O número médio de filhos apresentou uma diferença mínima em relação do ano anterior: de 1,6 para 1,5 filhos na família em domicílios particulares.

Concomitante a está pergunta a pesquisa procurou saber sobre a quantidade de pessoas que iriam residir no imóvel adquirido na planta. As respostas foram divididas em 4 faixas: 1 - de 1 a 2 pessoas; 2 - 3 a 4 pessoas; 3 - 5 a 6 pessoas; 4 -

mais que 6 pessoas. Foi verificado que 71 % dos entrevistados vão residir só ou com uma pessoa, enquanto que os outros 23 % vão residir no máximo 4 pessoas no imóvel. Mostrando que a procura do imóvel em sua maioria é para dividir o espaço com poucas pessoas, dessa forma constanta-se que o núcleo familiar vem diminuindo nos últimos anos.

Figura 13 - Número de pessoas que irão residir no imóvel Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Perguntou-se aos entrevistados também quantas crianças irão residir no imóvel, as respostas foram divididas em 4 categorias: 1 - não haverá; 2 – 1 criança; 3 - 2 crianças. 4 - 3 ou mais. A grande maioria, ou seja 82% não terão crianças em seus apartamentos. A pesquisa acredita que isso se deve a faixa etária da maioria dos moradores e também basea-se em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) que informam que o país tem menos crianças e mais idosos, 7,6% da população são crianças, com idade até 5 anos, número menor que os registrados pelo levantamento em 2000 (9,8%) e em 1991 (11,5%). A população de idosos, acima de 65 anos, apresentou crescimento, e também a pouca freqüência de crianças se deve ao fato de que as mulheres estão tendo, em média, apenas um filho, sendo que em outros períodos, por exemplo, na década de 40, a média era de seis.

Figura 14 - Quantidade de crianças que irão morar no imóvel. Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Foi perguntado ao entrevistado a quanto tempo que ele reside em Três Passos. As respostas foram dividas em 06 seis faixas. Faixa 1 – 01 a 10 anos; Faixa 2 – 10 a 20 anos; Faixa 3 – 20 a 30 anos; Faixa 4 – 30 a 40 anos; Faixa 5 – 40 a 50 anos; Faixa 6 – acima de 50 anos, as respostas foram bastante diversificadas, porém predominou a faixa entre 01 e 10 anos, caracterizada por 28% dos entrevistados, seguida pela faixa 4 de 30 a 40 anos com 24% dos entrevistados. Com esses dados deduz-se que a grande parte dos entrevistados não moraram durante sua vida toda em Três Passos.

Figura 15 -Tempo de residência em Três Passos. Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Buscou-se saber dos entrevistados qual o motivo da compra do imóvel. As respostas foram divididas em 6 categorias: 1 - casamento; 2 - sair do aluguel; 3 - independência; 4 - comodidade; 5 - investimento; 6 – outros, porém apenas 4

categorias obtiveram respostas. Verificou-se que 44% tem a compra deste imóvel como investimento e outros 40% por questões de comodidade.

Figura 16 – Motivo da compra. Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Souza Filho e Arraes (2004) que definem em dois grandes grupos divisores dos consumidores de imóveis, tendo o grupo dos que adquirem o imóvel para utilização do bem e suprir suas necessidades básicas como a comodidade, e o outro que adquirem o mesmo para compor uma cesta de investimentos.

Para os investidores que representam 44% dos entrevistados, acredita-se que realizaram a comprar um imóvel na planta, com objetivo de ganhar com a valorização do bem. Para diretor da Vitacon, Alexandre Lafer Frankel, os imóveis na planta podem, ser uma boa alternativa. “Um imóvel na planta tende a valorizar de 30% a 70%”, afirma. Entretanto, ele lembra que algumas características são fundamentais para que o bem traga o retorno financeiro esperado. “O empreendimento precisa estar bem localizado e ter projeto arquitetônico moderno e atualizado. Itens como vagas de estacionamento podem ajudar na valorização”,

Quem comprou o imóvel por comodidade, normalmente leva em consideração aspectos voltados à qualidade de vida da sua família, e a praticidade que o imóvel pode lhe trazer.

De acordo com a teoria de Maslow, tem-se a percepção que a aquisição de um imóvel é um instrumento importante na satisfação das necessidades mais básicas. Ao mesmo tempo, a compra do imóvel pode representar um meio de satisfazer necessidades ligadas ao topo da pirâmide de Maslow, na medida em que uma residência, além de lhe oferecer abrigo, segurança e proteção contra os elementos naturais, pode também ser uma necessidade do ego, no sentido de mostrar a todos o status adquirido através de imóvel.

Por ora também fora perguntado aos entrevistados, se eles consideram a aquisição do imóvel na planta uma boa opção. Verificou-se que 90% acreditam sim que o imóvel na planta seja uma boa opção de aquisição.

Figura 17 - Aquisição de imóvel na planta uma boa opção. Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

A pesquisa pretendeu saber dos entrevistados se eles voltariam a realizar a aquisição de um imóvel na planta, a resposta de 90% das entrevistas foi positiva, que ele voltaria sim a adquirir um imóvel na planta, enquanto que 10% não teriam interesse nesse tipo de negociação outra vez. Mesmo o investimento imobiliário através de imóveis na planta inicialmente sendo um produto de caráter intangível obteve-se uma boa aceitação e é favorito de uma grande parcela dos entrevistados.

Figura 18 - Voltaria a realizar aquisição de imóvel na planta. Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Em relação às figuras 17 e 18, a pesquisa procurou identificar a satisfação do entrevistado com a compra realizada, baseada no conceito de Kotler, Philip e Armstrong, Gary (2004) que a chave para a construção de relacionamentos duradouros é a criação de valor e satisfação superiores para o cliente, que clientes satisfeitos têm maior probabilidade de se tornar clientes fiéis, e clientes fiéis têm maior probabilidade de dar à empresa uma participação maior em sua preferência. A pesquisa completa dizendo que clientes satisfeitos tornam se indicadores dos produtos e serviços.

A compra de um bem imóvel pode ser caracterizada segundo Kotler e Armstrong (2004) como o comportamento de compra complexo, sendo que ocorre quando há um alto envolvimento do comprador e uma significante diferença entre as marcas. Os consumidores se envolvem bastante com a compra do produto, o produto é caro, envolve riscos de insatisfação pós-compra, não é comprado com freqüência.

Foi perguntado ao entrevistado qual o preço pago pelo imóvel. As respostas foram dividas em 06 seis faixas. Faixa 1 – até R$ 100.000,00; Faixa 2 – 101.000,00 a 130.000,00; Faixa 3 – 131.000,00 a 160.000,00; Faixa 4 – 161.000,00 a 180.000,00; Faixa 5 – 181.000,00 a 200.000,00; Faixa 6 – 201.000,00 a 220.000,00, observasse que a faixa 01 não obteve nenhum respondente, as respostas foram bastante diversificadas, porém predominou a faixa de valores entre R$ 161.000,00 e R$

180.000,00, caracterizada por 27% dos entrevistados, seguida pela faixa 3 com valores entre de R$ 131.000,00 e 160.000,00 com 23% dos entrevistados.

Figura 19 – Valor do Imóvel

Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

Deduz-se que a diferença entre os valores faz referência a metragem quadrada do apartamento, número de box de estacionamento na garagem e também outro fator que deve ser levado em consideração que os preços são cotados por andar, quanto mais alto, mais caro, esses são alguns fatores que agregam valor ao imóvel.

Através do questionário a pesquisa procurou saber qual a forma de pagamento utilizada pelo adquirente do imóvel na planta, se o mesmo realizou o pagamento à vista ou através de financiamento habitacional. Conforme tabela 6, do total dos entrevistados 40% realizaram o pagamento à vista e 60% através do financiamento habitacional junta a instituição financeira. Santos (1999) destaca que a habitação é um bem de alto valor econômico, deste modo a comercialização, depende muito, na maioria das vezes, de financiamentos de longo prazo para os consumidores finais. As taxas de juros e as condições de financiamento estão muito atrativas nos dias de hoje, no então financiar ou pagar à vista depende das condições de cada um, a pesquisa acredita que quem paga aluguel não terá retorno desse valor, então o financiamento acaba sendo um boa opção, já a compra à vista

é uma boa opção para quem dispoem desses valores ou possui aplicação bancaria, possibilitando muitas vez a redução no preço do imóvel.

Figura 20 – Forma de pagamento.

Fonte – Dados da pesquisa, (2012).

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