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Ao apresentar Jaime do Algodoal para Edmundo Navarro de Andrade, José de Melo Moraes salienta como qualidades daquele aluno o trabalho como administrador da fazenda de café do pai, quando ainda era estudante da ESALQ e como estagiário no Posto de Desinfecção de Sementes da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Segundo José de Melo Moraes, Jaime do Algodoal preferia ganhar 450$000, do que 700$000 no Rio de Janeiro no "sindicalismo". Para trabalhar na Capital Federal, Jaime pretendia ganhar um pouco mais, cerca de um conto de réis. Mas para aprender, como acontecia no Posto de Desinfecção de Sementes, estava disposto a despender dinheiro119. A idéia de que o estudo e a pesquisa podem ser atividades não remuneradas é bastante clara na comparação dos salários e propõe que estas atividades existiam imbricadas aos cargos de execução, por exemplo, dentro da Secretaria de Agricultura.

Este também parece ter sido o caso de Salvador Toledo Piza e de Ângelo da Costa Lima, que, respectivamente, serviu como assistente sem remuneração da ESALQ e esteve empregado em vários cargos do Ministério da Agricultura, antes de depois de ingressar como catedrático da ESAMV em 1914, buscando conhecer cada vez mais sobre os insetos. Por outro lado, o fato de permear vários meios profissionais indica que a pesquisa como profissão não era reconhecida, estando situada restritamente nos Institutos e nas cátedras de algumas escolas agrícolas.

Outro pequeno exemplo, em se tratando da trajetória dos egressos das escolas agrícolas pode ser compreendido na carta de José de Carvalho Barbosa, quando envia suas credenciais para José Belo Lisboa. Enviara esta carta no intuito de ingressar como docente na cadeira de Economia Rural que estava vaga na ESAV. Depois dos dados civis, salienta:

“Ser agrônomo, diplomado pela Escola Agrícola “Luiz de Queiros”, Piracicaba –

Estado de São Paulo, - turma de 1912 que deu quatro professores para a mesma Escola: Juvenal Mendes de Godoy, Philippe Westin Cabral de Vasconcellos, Raul de Magalhães Duarte e Paulo

119

Negreiros; o Diretor Técnico da Secretaria da Agricultura do Estado de Minas Gerais, José de Mello Soares Gouveia; o vice-diretor do Departamento Técnico do Café, com sede nesta Capital, Gastão Faria; Diretor da Diretoria de Fruticultura do Ministério da Agricultura, José Eurico Dias Martins; o Inspetor Agrícola Federal, de Pernambuco, Liberalino Gadelha; o Diretor do Horto Florestal em Bebedouro, Estado de São Paulo, Armando Jordão; os adeantados lavradores e criadores, José da Silva Carvalho, no Estado de São Paulo e, João de Mattos Carvalho, no Estado de Sergipe, Alcides Chagas e Augusto Simões Pires, respectivamente, em São Gabriel e São Sepê, no Estado de Rio Grande do Sul e, ainda, Lucas de Souza Dutra e Julio da Costa Marques, respectivamente, no Estado de Minas e Estado do Mato Grosso”120.

O trecho acima pode não ter convencido Belo Lisboa de imediato sobre o mérito de José Barbosa, mas destaca como o pertencer a um grupo de formados de um determinado ano da ESALQ poderia ser usado para tanto. Como se José Barbosa fosse portador da mesma essência ‘superior’ que os 15 colegas mencionados, que já estavam empregados em cargos de chefia ou de destaque no ideal de modernização da agricultura. Assim, o trecho acima corrobora as finalidades da ESALQ observadas por Mendonça (1999, p.91), como uma instituição de concepção, cujos egressos são destinados às carreiras rápidas, às posições dominantes, às funções de autoridade e à própria administração de fazendas. Essa inserção profissional diferia em muito dos egressos da ESAMV/ENA, porém não diferia da carreira de José Barbosa que foi Inspetor Agrícola Federal em Mato Grosso e em São Paulo por 20 anos consecutivos.

Neste cargo, de ‘menor prestígio’, provavelmente de igual maneira aos 16 formandos não mencionados, José Barbosa pôde realizar viagens a título de observação e estudos pela Europa e América do Sul, publicado no Boletim da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo e no Boletim do Ministério da Agricultura. Ele também chegou a ocupar “cargos de certa

responsabilidade”, como redator da Revista Agrícola Ceres (SP), agrônomo da Delegação da

Associação de Produtores de Salitre do Chile, membro da comissão executiva da Comemoração do Bi-centenário da Introdução do Cafeeiro no Brasil e da Câmara Nippo-Brasileria de Comércio (SP). Sobre suas publicações acrescenta que sempre privilegiou nas suas exposições o caráter econômico dos ensinamentos agrícolas, do que José Belo Lisboa poderia aferir a sua capacidade didática (!). Curiosamente, apenas os cargos foram mencionados em seu currículo resumido, no

120

documento elaborado para o reconhecimento da mesma sobre o corpo docente em 1934121, não constando suas publicações ou áreas de pesquisa.

Aliás, no mesmo documento da ESAV, apenas João Geraldo Kuhlmann, que por ser botânico autodidata, menciona ter 17 trabalhos publicados sobre botânica sistemática, sem identificar onde os publicou ou os nomes dos artigos. Consultando a lista de artigos publicados no período na Revista Rodriguésia, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, observamos o nome de diversos agrônomos e engenheiros agrônomos publicando trabalhos em botânica, fisiologia, zoologia, entomologia, fitopatologia e genética. Dentre esses nomes posso destacar: Geraldo Kuhlmann, Gregório Bondar, Jacy Bondar Nogueira, A. Pinto Viegas, Angesilau Bitancourt, Osvaldo Bastos de Menezes, A. Graener, Albert Stanley Muller, O Drumond, Frederich Brieguer, Alcides Franco, Bento Pickel, Celeste Gobatto e Heitor Silveira Grillo, professor de fitopatologia da ENA e um dos diretores da Sociedade Brasileira de Botânica.

Outra publicação bastante utilizada para a publicação dos alunos da ESAV foi a Revista Ceres ou a Seiva, ambas da própria escola. Na área de Medicina Veterinária e Zootecnia, alguns professores, inclusive também da ENA, chegaram a publicar trabalhos na Revista da Escola de Medicina Veterinária, inclusive depois de sua transferência para Belo Horizonte. Entretanto esses dados não aparecem constantemente nos currículos encontrados, sendo mais freqüente quando da elaboração de relatórios para os diretores da escola.

A característica de não apresentar os trabalhos publicados nos currículos também parece ter sido a regra na ESALQ, quando foram requisitados a apresentar um currículo com dados bio-bibliográficos em 1935122. Dez professores nada citaram sobre seus trabalhos, apresentando apenas os cargos exercidos na escola e técnicos, em escolas, empresas privadas e serviço público. Dez outros, sendo a maioria de professores assistentes, identificaram alguns trabalhos, especialmente publicados na revista O Solo, do Centro Agrícola da ESALQ, na Revista

de Agricultura, da ESALQ, e as teses. Como exceções, nota-se o currículo de Salvador Toledo

Piza que apenas relata que publicou diversos trabalhos a partir de 1924, cuja relação podiam ser obtidas com o autor e o de José de Melo Moraes que aponta os nomes de 14 trabalhos, mas não

121

“Para os efeitos legaes, declaro que o preenchimento dos lugares de professores desta Escola, é feito de acordo com o que dispões 123 do regulamento”, caixa 2 de 1935, Arquivo Histórico Central da UFV.

122

indica onde foram publicados, versando sobre adubação, elementos do solo, fertilidade e ensino agrícola.

Em relação aos professores da área de zootecnia geral, especializada e laticínios nota- se que fizeram questão de apontar os trabalhos publicados e onde. Alcides Paravancini Torres que ocupou a cadeira deixada por Otávio Domingues, renomeada de Zootecnia Geral e Genética Animal, publicou enquanto aluno da ESALQ apenas na revista O Solo e, depois como assistente, no São Paulo Avícola e Revista Agrícola. Lamartine Antonio de Almeida, que era formado pela ESALQ em 1917, Mestre de Leitaria da ESALQ, publicou diversos trabalhos e livros sobre laticínios e a indústria leiteira, na Revista de Agricultura, O Solo, Revista da Sociedade Rural,

Chácaras e Quintaes, Revista Agrícola e Industrial de SP, O Campo, Agricultura e Pecuária, Jornal de Piracicana, Boletim do Leite, La hacienda, O Jornal do Rio, Revista dos criadores, A Lavoura, mencionando também uma tese “Escolha e preparo dos terrenos aos futuros cafezais.

Influência da topografia, exposição e propriedades hídricas do solo”123. Já Nicolau Athanassof apresenta cinco páginas de artigos publicados e organizados segundo o tipo do periódico e ano da publicação. Como boletins técnicos, enumera seus artigos no Boletim da Secretaria da

Agricultura do Estado de São Paulo, e como Jornais e Revistas, identifica os artigos publicados

nas seguintes revistas: O criador Paulista, O Solo, Revista de Zootecnia e Veterinária, Annaes da

Sociedade Rural Brasileira, O Estado de S. Paulo, Revista da Sociedade Rural Brasileira, O progredior, Almanaque Agrícola Brasileiro, Lavoura e Criação, Revista da Liga Agrícola, Fazenda Moderna, Revista Agrícola e Industrial Mineira, Ceres, Revista de Agricultura, A fazenda, O Agricultor, Anuário da Sociedade Brasileira de Agronomia e Chácaras e Quintaes.

A mesma dualidade encontramos no anuário de 1936 da EAB, em que os cargos de chefia, cargos de execução e publicações científicas foram privilegiados em relação às publicações científicas. Identificaram trabalhos publicados Camilo Torrend, da cadeira de botânica, que publicou na revista Brotéria (Portugal) e também em publicações avulsas sobre suas viagens outras sobre a descrição de espécies. Arquimedes Pereira Guimarães, catedrático de química inorgânica e analítica, foi redator chefe da Revista Politécnica e do O Estudante

Brasileiro, publicando trabalhos na revista Ciência e Arte, mencionando outros que estão em

preparação, como “Geologia Econômica do Estado da Bahia”, “Os folhetos betuminosos de

123

A não relação entre os temas gerados durante a formação e a atuação aparece com freqüência e sugere mais uma vez que o aumento das instituições relativas à agricultura não forçou a formação de canais específicos de

Maraú”, “Problemas numéricos de Química Geral e Analítica” e “Problemas Numéricos de Química Tecnológica”. Raymundo Acioly Borges que formou-se pela ESAMV, publicou sua conferência sobre as “Crises Climatéricas do Nordeste e de como atenuá-las” na Revista do Grêmio da ESAMV. Gratulino Albuquerque Mello, professor de Agricultura Geral, apresentou inúmeros trabalhos ou conferências publicadas em congressos e exposições agrícolas. Pedro Batista Peres, da cadeira de zootecnia especial e lacticínios, formado como técnico agrícola no Rio Grande do Sul, seguindo posteriormente para uma especialização na França (Montpellier), indica vários artigos publicados no Correio da Manhã, A Tarde, Bahia Rural, O Campo, Correio

Agrícola, Boletim do Leite, além de congressos e anuário da EAB de 1935. O Médico Veterinário

Aluisio Lobato Valle, formado pela ESAMV, publicou artigos no Diário do Interior, Sul Brasil,

Bahia Rural, Diário dos Campos e Diário de Notícias. O médico Eutiquio Leal, formado pela

faculdade de Medicina da Bahia, e lecionando Higiene Rural na EAB, indicou vários trabalhos sobre o tracoma, doença oftalmológica, em congressos e nos Arquivos Brasileiros de Medicina. José Carlos de Abreu Ribeiro, professor da cadeira de Ciências Econômicas e Rurais, publicou no

Diário Oficial, O Imparcial, Anuário da Sociedade Brasileira de Agronomia e anuário da EAB

de 1934.

Igualmente à ESALQ e à ESAV, na EAB foram os professores da área de zootecnia e botânica que destacaram publicações especializadas como parte de seu currículo. Outra semelhança é o caráter regional das publicações zootécnicas em contraposição ao caráter internacional das de botânica e zoologia, que inclusive nem foram mencionadas, por exemplo, por Salvador Toledo Piza. Em todas as escolas, nota-se a grande ênfase em periódicos diários, trabalhos apresentados em conferências, congressos e exposições e publicações das escolas. Analisando esses dados resumidos sobre onde se publicava, compreendo que a pesquisa científica não era valorada da mesma forma que atualmente, sendo possível que o mérito científico estivesse muito mais imbricado ao caráter pessoal das pessoas do que, por exemplo, a um nome referência.

Formados para exercerem diversos tipos de atividades em uma crescente e dispendiosa infra-estrutura, não bastaria dizer em que lugares se inseriram os diplomados, se nas fazendas, se no Ministério ou no corpo docente das escolas, como sinônimo de uma escala entre o executor e o pesquisador, entre o ensino teórico e o prático, entre o fazer manual e o intelectual. É preciso saber qual o tipo de atividade era exercida em cada lugar, se investigativa e aquisitiva ou de

difusão, e em que áreas, e não apenas em relação às culturas privilegiadas, bem como uma análise mais criteriosa em relação à carreira e não apenas ao primeiro emprego profissional. A partir de 1930, a necessidade da diversificação agrícola era uma tendência em todos os estados, e as escolas trabalharam alternativas para isso, não necessariamente com culturas tradicionais da grande propriedade. Na EAB, além das preocupações com a agroindústria canavieira, fumageira e cacaueira, nota-se o estudo da indústria leiteira, da bovino e caprinocultura, do coqueiro, do cará, da mandioca e da laranja. Na ESAV, além dos estudos da agroindústria canavieira, do café e da pecuária, nota-se o estudo do milho, do feijão, do tomate, da batata, de hortaliças, do abacate e de outras frutas. Cada cultura dessas poderia apresentar um problema agronômico específico, como no caso das doenças das hortaliças e frutas ou da adaptação do gado aos terrenos irregulares.

Esses estudos e experimentações estavam baseados nas relações do meio com a planta e com o animal e em testar as melhores condições, e muito pouco ainda se fazia em relação a modificar as características inerentes às plantas ou dos animais. Foi a partir da década de 1930 que a genética ingressaria no currículo das escolas como mais uma ferramenta científica para agrônomos e engenheiros agrônomos no incremento da produção, além da adubação, manejo e mecanização das culturas. Apenas a partir da análise mencionada acima seria possível relacionar o quadro institucional das escolas com o tipo de atividade científica exercida por seus docentes e o processo de reconhecimento.

Mesmo assim, podemos dizer que a atuação dos órgãos fiscalizadores contribuiu positivamente para a consolidação de uma base científica nas escolas, onde todos os ramos eram igualmente importantes para a formação eclética do novo profissional. Por outro lado, como um resultado positivo, advindo da adversidade, o processo de reconhecimento favoreceu ou incentivou pesquisas conjuntas entre docentes pela falta de um orçamento próprio para essa finalidade, de espaços e materiais. Portanto, o reconhecimento das escolas se deu pela fiscalização da infra-estrutura necessária para que o ensino técnico profissional fosse eficiente, por meio de um regulamento que garantisse a organização, excelência do corpo docente e autonomia da congregação, de lugares para as atividades práticas de demonstração das aplicações dos conhecimentos científicos, pelo controle das matrículas e da certificação dos diplomas, e não pela pesquisa científica.

Foi nesse contexto que Geraldo Correa e Edson Potsch Magalhães salientam que a ESAV e a ESALQ, a despeito das falhas numerosas que apresentavam, ainda ocupavam a

liderança do ensino agronômico do país no início da década de 1940. Como falhas, apontavam sobre a ESALQ: 1) os professores só aparecem para ministrar as suas aulas, não mais que duas vezes por semana, existindo até um divorciamento entre alunos e professores; 2) professores ganham pouco e não estão sob regime de “full time”; 3) apenas o Departamento de Genética conduzia pesquisas contínuas; 4) não se faz extensão agrícola em nenhum grau; 5) a maioria das instalações é deficiente, possuindo um número maior de alunos do que a sua capacidade; 6) há um descontentamento geral entre os professores; 7) alunos estudam pouco; 8) alguns professores já deviam ter se aposentado. E concluem:

“Se a Escola “Luiz de Queiroz” desaparecesse não acarretaria tão grande mal ao

Estado bandeirante como ao Estado de Minas se tal acontecesse com Viçosa. E isso porque o Estado Paulista possue o Agronômico e o Biológico que garantem a agricultura e a pecuária paulistas. Na verdade, todas as pesquisas promanam desses dois centros [...] O Governo Paulista entretanto, Snr. Diretor, observou a situação de Piracicaba, tirou as suas conclusões, traçou os seus planos e já os está executando. Espera-se que todas as dificuldades sejam eliminadas para o êxito de Piracicaba e para que ela possa fazer jus á posição de componente da Universidade de São Paulo e possa honrar as suas tradições”

Este aspecto levantado, ou em outras palavras, o “viver de tradições gloriosas”, também pode ser observado na leitura das atas. Nota-se que após a passagem para a USP, a ESALQ perdeu seu canal direto e irrestrito de barganha financeira e política com a Secretaria de Agricultura, embora ainda existisse para alguns outros aspectos, teve seu orçamento restringido e apresentou um relacionamento dificultoso junto ao Conselho Universitário para a aprovação das suas reformas. Somente com o ingresso de José de Melo Moraes na Secretaria da Agricultura em 1943, tendo como Interventor Federal um ex-aluno, Fernando Costa, que a ESALQ seria o alvo de uma grande reforma, que traria um novo pavilhão de Química, copiado de Leipzig, aquisição de terrenos, inclusive para a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar de Piracicaba, montagem de laboratórios, construção de residências para todos os professores e introdução do regime de

Quanto à ESAV, Geraldo Correa e Edson Potsch reclamavam a necessidade de um regulamento efetivo, a estabilidade do corpo docente, em sua maioria ex-alunos, o que os faziam perguntar se todos os ex-alunos seriam docentes bons e capazes, a necessidade de residências, melhores salários, a publicação das experiências realizadas nos últimos 16 anos, laboratórios melhor aparelhados e maiores terrenos, a resolução das discórdias entre os níveis de ensino e uma biblioteca moderna. Os aspectos levantados nesse relatório evidenciam quais as conseqüências do processo de reconhecimento federal: a especificação das escolas como formadoras de mão-de- obra profissional, com o objetivo de ingressarem no serviço agronômico do Estado que depois de 1930, foi sucessivamente reestruturado e alargado nos seus postos de trabalho, tanto em âmbito nacional como estadual.

TABELA 3 – Concluintes do Ensino Superior e de Agronomia na População Brasileira, 1935 – 1955. ANO TOTAL ENG. AGR. TOTAL ENS. SUP. POP. EST. (X 1.000) ENG.AGR./ ENS. SUP.% ENS.SUP/ POP.EST.% ENG. AGR./ POP. EST.%

1935 178 3.514 37.150 5,07% 0,009% 0,0004%

1940 286 3.450 41.144 8,30% 0,008% 0,0006%

1945 206 4.924 46.215 4,18% 0,010% 0,0004%

1950 171 5.979 51.976 2,86% 0,011% 0,0003%

1955 306 9.649 58.456 3,17% 0,016% 0,0005%

Fontes: IBGE Estatísticas Históricas: Extraído de Anuário de Estatística do Brasil. Rio de Janeiro:IBGE, vol. 21, 1960 e vol 17, 1957.

TABELA 4 – Número de Escolas de Agronomia e de seu corpo docente e discente no Brasil, de 1935 – 1955.

Fontes: IBGE Estatísticas Históricas: Extraído de Anuário de Estatística do Brasil. Rio de Janeiro:IBGE, vol. 21, 1960; ESA, Origem, desenvolvimento, Atualidades, Ed. UEMG, 1963; Romero, 2001, p.237 e 252/3; DAENA, Diplomados da ENA - Catálogo, 1960;

Pastas de Alunos da ESALQ, ENA, ESAV e EAB.

* Dados contém todas as matrículas de ingressantes e a cada ano no curso. ANO NÚMERO DE ESCOLAS MATRÍCULA GERAL* CORPO DOCENTE CONCLUSÕES Concluintes da ESALQ, ENA, EAB e ESAV Concluintes das quatro escolas em relação ao total de conclusões

1935

20

959

283

178

82

46,1%

1940

18

941

310

286

94

32,9%

1945 13

1069

339

206

110 53,4%

1950

11

1027

326

171

98

57,3%

1955 12

1253

398

306

147 48,0%

QUADRO 9 - Número de concluintes e de Escolas (entre parênteses) no ensino superior nas modalidades que compõem o CONFEA, 1935 – 1955.

ANO AGRONOMIA ENGENHARIA QUÍMICA

INDUSTRIAL ARQUITETURA MEDICINA VETERINÁRIA

1935 178 (20) 247 (10) 34 (5) 13 (6) 59 (8)

1940 286 (18) 178 (10) 48 (5) 28 (6) 89 (9)

1945 206 (13) 426 (10) 57 (4) 30 (9) 54 (5)

1950 171 (11) 696 (11) 117 (5) 125 (9) 61 (7)

1955 306 (12) 786 (18) 59 (5) 297 (7) 145 (8)

GRÁFICO 1 – Número de concluintes das quatro escolas no período analisado

0

10

20

30

40

50

60

70

80

AN

O

1931

1933

1935

1937

1939

1941

1943

1945

1947

1949

ANO ESALQ ENA

EAB ESAV

QUADRO 10 – Total de alunos concluintes de 1930 a 1950*

Fonte: Pastas de alunos da ESALQ, ENA, EAB, e ESAV * Dados Correspondem a 100% dos alunos concluintes de 1930 a 1950.

ANO ESALQ ENA EAB ESAV

1930 21 3 13 0 1931 12 8 18 6 1932 22 6 7 6 1933 19 11 57 7 1934 22 12 0 14 1935 39 17 13 13 1936 25 7 13 16 1937 48 14 27 19 1938 41 10 42 18 1939 15 21 25 10 1940 39 20 23 12 1941 54 10 20 8 1942 56 20 15 18 1943 64 23 8 15 1944 54 30 3 10 1945 60 31 10 9 1946 54 23 15 20 1947 74 33 19 23 1948 73 39 24 12 1949 58 42 25 20 1950 35 28 17 18 TOTAL 885 408 394 274

QUADRO 11 – Diplomas Registrados na Divisão do Ensino Agrícola do Ministério da Agricultura, segundo o local de formatura (1937 – 1939)

ESTADOS

1 937

1 938

1 939

TOTAL

Amazonas

5

2

10

17

Pará

11

5

16

32

Ceará

13

23

22

58

Paraíba

6

6

12

Pernambuco

7

25

22

54

Bahia

10

20

39

69

Rio de Janeiro

4

3

7

Distrito Federal

13

16

8

37

São Paulo

63

81

29

173

Paraná

8

2

14

24

Rio Grande do Sul

17

25

43

85

Minas Gerais

141

63

69

273

Totais

288

272

281

841