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62 4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA MINERAÇÃO CAPACIDADES LOCAIS

Regularização associações para captação de recursos.

Apoio técnico para a administração pública.

Formação de lideranças jovens e mulheres.

Construção de parcerias com diferentes atores.

Construção de cooperações técnicas com início, meio e fim.

Simetria de poder: estudo, poder, gênero.

Construção de métricas e indicadores.

Planejamento e diagnóstico construído com e pela comunidade.

Alternância de poder.

Capacitar e fortalecer a instituição e não o indivíduo.

Apoio no desenvolvimento de capacidades e fortalecimento ins- titucional do setor público.

AUTONOMIA

Fortalecer as capacidades locais.

Possuir metas de autonomia.

Legitimidade e confiança no que está se desenvolvendo.

Participação e apoio do poder público.

Prestação de contas

Desenvolvimento da comunidade de forma coletiva.

Compras locais.

Processos participativos de decisão.

Implementação via organizações locais.

Comunicação acessível.

63 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A INDÚSTRIA MINERAL

INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO - IBRAM

4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA MINERAÇÃO 4.11.2

Cadeia de Fornecedores

No cenário atual, em que observamos uma crescente nas ofertas de fornecedores mundo afora, deve-se ter uma preocupação em dar possibilidade igualitária aos fornecedores locais de participarem da cadeia de relacionamentos e suprimentos do ambiente industrial, e terem acesso aos grandes projetos de sua região.

No estado do Pará, há 20 anos atuando nesse fomento local, por meio de ações que aproximam quem compra e vende, a REDES/FIEPA (Federação das Indústrias do Pará), um dos principais parceiros do IBRAM na região, tornou-se referência em esti- mular negócios entre os grandes projetos industriais naquele estado e os empreen- dedores locais.

Tendo como principal foco potencializar o crescimento e a evolução dos fornece- dores paraenses e incentivar as compras locais, a REDES está presente em vários municípios do estado, atuando como agente de informação e realizando ações que oferecem melhores resultados, por meio da elaboração e efetivação de projetos de aumento da competitividade das indústrias instaladas localmente, desenvolvimen- to de fornecedores e publicação de conteúdos técnicos.

Em seu surgimento, lançado pela FIEPA como PDF (Programa de Desenvolvimento de Fornecedores), em parceria com as empresas Imerys, Hydro (Albrás e Alunorte), Mineração Rio do Norte, Vale e o Governo do Estado, um importante desafio foi sensibilizar as grandes empresas instaladas no estado a direcionar parte de suas compras aos fornecedores locais, pois quase 85% das aquisições eram feitas de for- necedores de outras regiões do Brasil.

Com o passar dos anos, diversas outras empresas se juntaram a essa iniciativa da FIEPA, atuando proativamente para o desenvolvimento de fornecedores e do estado do Pará, sempre com consciência da importância do objetivo macro, que era buscar a capacitação e o desenvolvimento dos fornecedores locais.

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Em 2011, o PDF se transformou em REDES - Inovação e Sustentabilidade Econô- mica, mas seguiu tendo inúmeras conquistas, destacando-se a elevação conside- rável do volume de compras locais, que obteve um crescimento de 126%, saindo de 19% de compras registradas no ano de 2000, para mais de 50% do total de compras locais realizadas no ano de 2018. Totalizou um volume de mais de R$ 121,3 bilhões em compras de fornecedores do estado, melhorando a economia e internalizando as riquezas.

4.12

Fechamento de Mina

O planejamento do fechamento de uma mina, seja para um novo projeto ainda em elaboração, seja de uma mina já em funcionamento, é tema cada vez mais presente na pauta de discussão das empresas de mineração, dos órgãos regula- dores e do meio acadêmico. As questões relativas ao fechamento de uma mina estão diretamente relacionadas à sustentabilidade de uma atividade essencial à sociedade contemporânea e possui alta complexidade, podendo ser comparada ao processo de viabilidade de um projeto.

O horizonte do planejamento é mensurado em décadas e deve abarcar parâ- metros sociais, econômicos e ambientais que tendem a mudar de uma geração para outra.

É fundamental para esta abordagem a necessidade de se considerar também o fechamento da mina como parte essencial do nosso negócio. Essa integração no processo de planejamento e engenharia de operação é um mecanismo impor- tante para que a mina crie valor duradouro.

A mineração pode contribuir, assim, para a formação de um ciclo de crescimento econômico nos municípios em que se localiza, para a elevação dos níveis de renda per capita, e os efeitos positivos podem se estender para o contexto regional. Contu- do, não se pode esperar que as taxas de crescimento observadas em determinado

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4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA MINERAÇÃO

período de implantação e início de operação do empreendimento perdurem por décadas, garantindo os mesmos níveis de crescimento econômico.

Assim, é fundamental trabalhar estratégias de diversificação econômica das regiões mineradoras, preparando-as para o final do ciclo da mineração, com a exaustão dos depósitos minerais. Desta forma, a empresa deve envolver as partes interessadas e adotar iniciativas que visem o fortalecimento das capacidades da comunidade, de forma articulada ao poder público local. Idealmente, esses princípios deveriam es- tar presentes desde as etapas iniciais de um projeto de mineração, mas devem ser cuidadosamente considerados na etapa de desativação.

4.12.1

Oportunidades para Aperfeiçoar o Planejamento de

Fechamento da Mina

Programas de fortalecimento institucional dos municípios mineradores, especial- mente quanto à ampliação da capacidade de gestão econômica e financeira das receitas auferidas em decorrência da atividade mineral;

Criação de fundos municipais de longo prazo para a gestão de receitas da ativida- de mineral, com implantação de mecanismos de transparência e controle social, visando apoiar a busca de alternativas para a continuidade do desenvolvimento socioeconômico local, no contexto do pós-fechamento de minas.

É FUNDAMENTAL