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CAPÍTULO 3 – OS CAMINHOS DA PESQUISA

3.3 Caracterização da instituição

A origem da Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes - MG – “Visconde de Mauá” data de 28 de fevereiro de 1918, pelo Decreto nº. 12.893, nove anos após a criação da primeira Escola Agrícola no Brasil, ainda como Patronato Agrícola, vinculada ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.

Passou a ser chamada Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes – MG “Visconde de Mauá”, no ano de 1978, contando com 203 alunos matriculados. Desde então, desenvolveu seu trabalho com base no sistema Escola-Fazenda17, apoiada pela implantação da Cooperativa-Escola como elo entre a Escola e o mercado consumidor; o que permitiu a integração de três mecanismos fundamentais: Sala de Aula, Unidades Educativas de Produção (UEP) e Cooperativa-Escola.

Nesse período, estabeleceram-se os sistemas de Monitoria e Estágio Supervisionado como sistemas complementares. Essas ações perduraram por toda a década de 1980 o que

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proporcionou à instituição avanços nas áreas: pedagógicas, administrativas e de produção agropecuária, elevando a qualidade do Curso Técnico Agrícola em nível do antigo ensino de 2º Grau, único curso oferecido pela escola naquela época.

Na década de 1990, ocorre a autarquização da escola. No ano de 1995, foram implantados os cursos Técnicos de Informática e Agrimensura. A modalidade subseqüente também foi oferecida para o Curso de Informática. Na mesma época, foi feita uma reformulação curricular do ensino Agrícola, quando ocorreu sua subdivisão em quatro novos cursos: Técnico em Agropecuária, em Agricultura, em Zootecnia e em Agroindústria.

Em atendimento ao Decreto nº. 2.208/97, a escola efetivou a separação do Ensino Médio do Ensino Profissionalizante, no ano de 1998. Os cursos oferecidos, à época, eram: (i) área de Agropecuária: Técnico em Agropecuária, Técnico em Agricultura, Técnico em Zootecnia e Técnico em Agroindústria; (ii) área de Informática a habilitação de Técnico em Informática; (iii) área de Geomática, habilitação de Técnico em Agrimensura, nas formas concomitante e seqüencial.

Foi no final da década de 1990 que se efetivou a oferta do curso Técnico em Agropecuária, para egressos do ensino médio, somando-se ainda, os Programas de Educação Para Jovens e Adultos e o Telecurso 1º e 2º Graus, em convênio com a Prefeitura Municipal de Inconfidentes, para atender a socialização da educação brasileira.

No ano de 2000, a escola já apresentava o número de matrículas na casa de 1.200 alunos, exceto 63 alunos freqüentes ao Programa de Educação para Jovens e Adultos, em convênio com a Prefeitura Municipal de Inconfidentes-MG. Efetivou-se a parceria com a instituição PROMENOR de Pouso Alegre-MG, objetivando a ampliação das ofertas dos cursos de Qualificação Profissional em nível básico, mantendo seu vínculo com o mercado de trabalho, por meio de convênios e parcerias. O currículo desenvolvido foi alicerçado na contextualização e interdisciplinaridade.

A implantação da Proposta Pedagógica do Sistema Modular do Ensino Profissionalizante ocorreu em 2001, nesse ano a escola contava com 1.463 matrículas efetivas, exceto 60 alunos freqüentes ao Programa de Educação para Jovens e Adultos. Nessa nova proposta pedagógica o currículo valorizava o trabalho coletivo para substituir o individualismo do conhecimento fragmentado, com a articulação de propostas interdisciplinares dos projetos desenvolvidos. Os professores passam a adotar o modelo de avaliação por competência. Ampliam-se as parcerias e os convênios e a escola passa a receber recursos financeiros do Programa de Expansão do Ensino Profissionalizante (PROEP).

No ano de 2002, com 1.212 matrículas, ocorre o encerramento das inscrições para os cursos de Técnico em Agricultura e Zootecnia, sendo essas áreas de ensino absorvidas pelo curso Técnico em Agropecuária a partir de 2003.

O ano de 2003, a escola conta com 1.803 matrículas, sendo 813 no Ensino Médio, 813 nos Cursos Técnicos, além de 177 egressos do ensino médio nos Cursos Técnicos de Agropecuária, Informática, Agrimensura e Agroindústria Subseqüentes. A oferta de cursos de qualificação é mantida sendo oferecidos naquele ano 13 cursos de qualificação básica para 735 alunos da comunidade interna e externa. Outro passo que a escola deu objetivando a preparação de seus alunos para o mundo do trabalho foi a implantação do projeto de empreendedorismo: “Integração e Articulação do Processo Pedagógico por meio de Sistemas de Empresas Simuladas, Empresas Orientadas e Incubadora de Empresas na Formação Profissional”.

Em 2004, com 1.572 matrículas efetivas nos cursos citados, a EAFI-MG ampliou seu compromisso institucional de promover o desenvolvimento educacional da região por meio do oferecimento de Ensino Superior Tecnológico em diferentes modalidades. Meta que se apresentou como uma forma de atingir a maioria dos campos profissionais da sociedade da região. Dessa forma em novembro de 2004, a EAFI-MG finalizou o projeto do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental na Agropecuária, o qual foi autorizado por comissão do Ministério da Educação. (MEC). E em julho de 2005 foi realizado o primeiro vestibular para o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental em Agropecuária, no qual foram selecionados 30 candidatos, que iniciaram o curso regularmente no dia 02/08/2005.

Nos anos de 2005 e 2006, a EAFI-MG com 1.505 e 1.795 matrículas, respectivamente, firmou-se no propósito da oferta continuada de cursos técnicos (subseqüente, concomitante e Proeja) e de ensino superior. É no ano de 2006, que a escola conquista a autorização do Curso Superior de Tecnologia em Agrimensura, pela comissão do MEC e inicia a primeira turma desse curso em Março de 2007.

O ano de 2007 a escola apresentou em seu quadro de alunos matriculados os números de 608 no ensino médio, 609 no ensino técnico concomitante. Os cursos subseqüentes apresentaram o número de 190 matriculados. No curso do PROEJA, 51 alunos e nos cursos superiores 122 alunos.

A partir de 29 de dezembro de 2008, a EAFI-MG foi transformada em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, campus Inconfidentes podendo ampliar a oferta de cursos, inclusive para nível de graduação e pós-graduação.18

A visão de futuro e compromisso com a formação de cidadãos conscientes e preparados para o trabalho faz com que a EAFI-MG mantenha seu ideal de ampliação de novos cursos. Dessa forma estão em processo de elaboração, projetos para oferecimento dos Cursos Superiores de Tecnologia em Informática e Processamento de Alimentos; bem como na área Têxtil, de Agroecologia e de Turismo, os quais se encontram em fase de

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Embora a escola tenha sido transformada em IFET-Sul de Minas Gerais, nessa pesquisa optou-se por manter sua antiga identidade, EAFI-MG, devido ao período pesquisado.

estudo para a construção de propostas de implantação de cursos. Essas propostas apóiam- se nas percepções do desenvolvimento regional que apresenta um seguimento de mercado expressivo na região como o circuito das malhas e o circuito das serras verdes de Minas Gerais, nos quais a cidade de Inconfidentes encontra-se inserida. Sendo o curso de Turismo em nível superior e os cursos na área Têxtil e Agroecologia em nível técnico.

A EAFI-MG tem como missão “Contribuir para a formação de recursos humanos competentes tecnicamente e aptos a exercer de forma plena e consciente a cidadania”. (EAFI/ PDI, 2007, p. 7). Para isso, a EAFI-MG desenvolve sua estrutura educacional com base no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).