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PARTE II – CONCEPTUALIZAÇÃO DO PROJETO PSICOTERAPEUTICO ‘DA

3.3. Caraterização e Correlações dos resultados

A amostra de conveniência em análise é composta por 14 indivíduos com diagnóstico de transtorno depressivo major, em regime de internamento num Hospital do Alentejo. A tabela seguinte (Tabela 2) mostra as caraterísticas sociodemográficas identificadas na amostra em estudo.

Tabela 2

Caraterização Sociodemográfica da Amostra

N % SEXO Feminino 10 71,4

Masculino 4 28,6 ESTADO CIVIL Casado 8 57,1 Divorciado 4 28,6 Solteiro 2 14,3 AGREGADO FAMILIAR (TIPO DE FAMÍLIA) Família Alargada 12 85,7 Família Unitária 2 14,3 OCUPAÇÃO Desempregado 5 35,7 Doméstica 3 21,4 Empregado 4 28,6 Reformado 2 14,3 ESCOLARIDADE Ensino básico 2 64,3 Secundário 3 21,4 Licenciatura 2 14,3

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Na presente amostra identifica-se 10 elementos do sexo feminino (71,4%) e 4 elementos do sexo masculino (28,6%). A respeito do estado civil, identifica-se que 14,3% dos indivíduos são solteiros, 57,1% encontram-se casados e 28,6% divorciados. Por sua vez, 85,7 % da amostra indicam pertencer a uma família alargada, sendo de 14,3% correspondem a uma família unitária. A respeito do nível de escolaridade, 64,3% concluíram o ensino básico, 21,4% o ensino secundário e 14,3% concluíram uma licenciatura no ensino superior. Também se identifica que 35, 7% dos indivíduos se encontra em situação de desemprego e 14,3% encontram-se reformados.

Na Tabela 3, identifica-se os valores mínimo e máximo, média, moda e desvio padrão associados a dimensão quantitativa idade:

Tabela 3

Descrição da amostra na dimensão ‘Idade’.

MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO MODA DESVIO PADRÃO IDADE 49,36 28 67 61 11,65

Por sua vez, a distribuição da dimensão ‘Idade’, em intervalos, é expressa na Tabela 4.

Tabela 4

Distribuição da dimensão ‘Idade’ em intervalo, expresso em anos

INTERVALO IDADE NÚMERO TOTAL %

20 – 30 (ANOS) 1 7,1 30 – 40 (ANOS) 2 14,2 40 – 50 (ANOS) 2 14,2 50 – 60 (ANOS) 6 42,6 60 – 70 (ANOS) 3 21,3

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Desta forma, identifica-se que a amostra tem uma representatividade de 42, 3% de indivíduos com idades compreendidas entre os 50 e os 60 anos. Por sua vez, 7,1% dos indivíduos têm idades compreendidas entre os 20 e 30 anos.

Entrando no campo da psicopatologia, e de forma a compreender o contexto de desenvolvimento dos quadros depressivos, foi identificado a existência de internamentos anteriores, bem como a existência de outras psicopatologia associadas.

Desta forma, na Tabela 5 identifica-se a existência de internamentos anteriores pelo diagnóstico de transtorno depressivo major:

Tabela 5

Internamentos anteriores

N %

INTERNAMENTOS

ANTERIORES sim não 8 6 57,1 42,9

Identifica-se uma 57,1% de indivíduos com internamentos anteriores e 42,9% em que o contexto de colheita de dados correspondia ao primeiro internamento.

Por sua vez, na Tabela 6, identifica-se a existência ou não de comorbilidade psicopatológica na amostra em estudo.

Tabela 6

Comorbilidade psicopatológica

COMORBILIDADE NÚMERO TOTAL %

NÃO 12 85,7

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Identifica-se 14,3% dos indivíduos com outra psicopatologia associada; identificada o alcoolismo como psicopatologia associada em todos os casos em que existia comorbilidade psicopatológica.

Por sua vez, a tabela seguinte (tabela 6) expressa a análise feita ao número de dias de internamento. Tabela 7 Tempo de internamento N MÍN MÁX M DP TEMPO DE INTERNAMENTO (DIAS) 14 6 62 28,93 16,37

No gráfico seguinte (gráfico 1), encontra-se expresso a evolução da sintomatologia depressiva existente na 1ª e 2ª avaliação.

Gráfico 1

Evolução da Sintomatologia (1ª e 2ª avaliação).

0 2 4 6 8 10 12 14 16 humor deprimido

perda acentuada de interesse ou prazer perda/ganho de peso insónia/hipersónia agitação psicomotora lentificação psicomotora fadiga/perda de energia sentimentos de inutilidade culpa excessiva/inapropriada capacidade de concentração diminuída capacidade diminuída de pensar alteração da funcionalidade social/familiar pensamentos recorrentes de morte

E V O LU Ç Ã O D A S IN TO M ATO LO G IA D E P R E S S IVA

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A tabela seguinte (tabela 8), diz respeito também à sintomatologia, os valores obtidos nas duas avaliações:

Tabela 8

Sintomatologia Presente (1ª e 2ª avaliação)

SINTOMATOLOGIA PRESENTE 1ª AVAL.

(N) 1ª AVAL. (%) 2ª AVAL. (N) 2ª AVAL. (%)

Humor deprimido 12 85,7 12 78,6

Perda acentuada de interesse ou prazer 7 50 7 42,9 Perda/ganho de peso 3 21,4 3 21,4 Insónia/hipersónia 14 100 14 92.9 Agitação psicomotora 3 21,4 0 0 Lentificação psicomotora 6 42.9 4 21,4 Fadiga/perda de energia 8 57,1 7 42,9 Sentimentos de inutilidade 8 50 8 50 Culpa excessiva/inapropriada 8 57,1 7 50 Capacidade de concentração diminuída 7 50 5 28,6 Capacidade diminuída de pensar 5 35,7 4 21,4 Alteração da funcionalidade social/familiar 6 42,9 2 21,4 Pensamentos recorrentes de morte 6 42,9 5 7,1

Nesta tabela, observa-se que a sintomatologia presente diminuiu na segunda avaliação à exceção do sintoma ‘sentimentos de inutilidade’, que manteve o mesmo valor nas duas avaliações. Por sua vez, nos resultados obtidos na 2ª avaliação, no momento da alta clínica, foi avaliado na sintomatologia depressiva, o número de sintomas que estariam em remissão completa, identificados na Tabela 9.

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Tabela 9

Número de sintomas em remissão completa no momento da alta clínica. NÚMERO DE SINTOMAS EM REMISSÃO COMPLETA NÚMERO TOTAL % 0 4 28,6 1 5 35,7 2 4 28,6 3 - - 4 1 7,1

Por sua vez, a respeito dos níveis do autocriticismo e das suas formas eu inadequado e eu detestado, e também o eu tranquilizador, avaliados pela escala das Formas do Auto- Criticismo e Auto-Tranquilização, segue-se o seguinte gráfico (gráfico 2):

Gráfico 2

Evolução do Eu detestado, Eu inadequado e Eu tranquilizador

Na análise do gráfico, identifica-se uma diminuição do eu inadequado e do eu detestado, e por outro lado um aumento do eu tranquilizador da primeira para a segunda avaliação. 1ª avaliação (media) 2ª avaliação (media) Eu tranquilizador 1,64 2 Eu inadequado 2,83 2,67 Eu detestado 1,71 1,06 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

EVOLUÇÃO DO EU DETESTADO, EU INADEQUADO E EU TRANQUILIZADOR

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Por sua vez, a respeito do eu inadequado, este diminuiu os seus valores em todas as questões correspondentes, à exceção da questão 20. Há uma parte de mim que se quer libertar dos aspetos que não gosta, como se pode observar no gráfico 3.

Gráfico 3

Evolução das respostas correspondentes à subescala eu inadequado

A respeito do eu detestado, este diminuiu os seus valores em todas as questões correspondentes, como se pode observar no gráfico 4.

- 1,00 2,00 3,00 4,00 1. Desaponto-me facilmente comigo mesma

2. Há uma parte de mim que me inferioriza 4. Tenho dificuldade em controlar a minha raiva e…

6. Há uma parte de mim que sente que não é… 7. Sinto-me derrotado pelos meus pensamentos… 14. Lembro-me e penso muito sobre os meus… 17. Não consigo aceitar fracassos e contratempos…

18. Penso que mereço o meu auto-criticismo 20. Há uma parte de mim que se quer libertar dos…

22. Não gosto de ser como sou

E V O L U Ç Ã O D E R E S P O S T A S C O R R E S P O N D E N T E S A O E U I N A D E Q U A D O ( M É D I A )

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Gráfico 4

Evolução das respostas correspondentes à subescala eu inadequado

A respeito do eu tranquilizador, este aumentou os seus valores em todas as questões correspondentes, como se pode observar no gráfico 5.

Gráfico 5

Evolução das respostas correspondentes à subescala eu tranquilizador

- 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 9. Fico tão zangado comigo mesmo que

quero magoar-me ou fazer mal a… 10. Tennho um sentimento de nojo por

mim mesmo

12. Deixo de me importar comigo mesmo

15. Chamo nomes a mim mesmo

E V O L U Ç Ã O D A S R E S P O S T A S D O E U D E T E S T A D O ( M É D I A )

2ª Aval 1ª Aval

- 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 3. Sou capaz de lembrar a mim…

5. Perdoo-me facilmente 8. Continuo a gostar de quem sou 11. Continuo a sentir que posso ser… 13. É-me fácil gostar de mim mesmo

16. Sou carinhoso e cuido de mim… 19. Sou capaz de cuidar e preocupar-… 21. Encorajo-me a mim mesmo em…

E V O L U Ç Ã O D A S R E S P O S T A S S O B R E O E U T R A N Q U L I Z A D O R ( M E D I A S )

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Em relação à evolução dos graus de autocriticismo (como resultado da soma total das respostas das subescalas ‘eu inadequado’ e ‘eu detestado’) verifica-se um decréscimo do seu valor na 2ª avaliação, como se pode observar no gráfico 6.

Gráfico 6

Evolução dos níveis de autocriticismo

Por sua vez, no sentido de dar resposta às hipóteses traçadas, foram estabelecidas correlações seguidamente descritas, através das funções Análise da variância (ANOVA) de Regressão, coeficiente de correlação de Pearson e Teste de duas amostras relacionadas wilcoxon.

Para a Hipótese I. Existe maior nível de autocriticismo (nas suas formas ‘eu inadequado’ e ‘eu detestado’) em indivíduos com transtorno depressivo major, expressa na tabela 10: 1ª Avaliação 2ª Avaliação Autocriticismo 35,1 26,7 0 5 10 15 20 25 30 35 40

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Tabela 10

Identificação de Correlação entre o eu detestado e o eu inadequado e os sintomas depressivos (na 1ª e 2ª avaliação). TOTAL SINTOMAS DEPRESSIVOS (1) TOTAL SINTOMAS DEPRESSIVOS (2) EU INADEQUADO (1) p -0,08 Sig. 0,79 n 14 EU DETESTADO (1) p 0,19 Sig. 0,53 n 14 EU INADEQUADO (2) p 0,28 Sig. 0,35 n 13 EU DETESTADO (2) p 0,27 Sig. 0,37 n 13

Não se verificam resultados estatisticamente significativos, uma vez que eu todos os resultados apresentados sig.> 0.05. Identifica-se que a correlação entre o autocriticismo, nas suas formas de eu inadequado e eu detestado, não é cientificamente significativa na presente amostra, nas duas avaliações realizadas.

Para a Hipótese II. Existe menor nível de autocompaixão em indivíduos com transtorno depressivo major, expressa na tabela 11:

Tabela 11

Identificação de Correlação entre o eu tranquilizador e os sintomas depressivos (na 1ª e 2ª avaliação). TOTAL SINTOMAS DEPRESSIVOS (1) TOTAL SINTOMAS DEPRESSIVOS (2) EU TRANQUILIZADOR (1) p -0,10 Sig. 0,74 n 14 EU TRANQUILIZADOR (2) p -0,34 Sig. 0,26 n 13

Não se verificam resultados estatisticamente significativos, uma vez que eu todos os resultados apresentados sig.> 0.05. Identifica-se que a correlação entre o nível de

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autocompaixão, na forma de eu tranquilizador, não é cientificamente significativa na presente amostra, nas duas avaliações realizadas.

Para a Hipótese III: Existe diminuição dos níveis do autocriticismo (nas suas formas ‘eu inadequado’ e ‘eu detestado’) após intervenções no âmbito do projeto psicoterapêutico, expressas nas tabelas 12 e 13:

Tabela 12

Teste de Wilcoxon referente ao eu inadequado e eu detestado

Eu inadequado n Mean

Rank Sum of Ranks Desaponto-me facilmente comigo

mesma

Negative Ranks 2 1,50 3,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00 Ties 11

Há uma parte de mim que me inferioriza

Negative Ranks 2 1,50 3,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00 Ties 11

Tenho dificuldade em controlar a minha raiva e frustração comigo mesma

Negative Ranks 4 2,50 10,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00 Ties 9

Há uma parte de mim que sente que

não é suficientemente boa Negative Ranks Positive Ranks 4 0 2,50 0,00 10,00 0,00 Ties 9

Sinto-me derrotado pelos meus

pensamentos auto-críticos Negative Ranks Positive Ranks 4 0 2,50 0,00 10,00 0,00 Ties 9

Lembro-me e penso muito sobre os

meus fracassos Negative Ranks Positive Ranks 6 1 4,00 4,00 24,00 4,00 Ties 6

Não consigo aceitar fracassos e contratempos sem me sentir inadequado

Negative Ranks 4 3,00 12,00 Positive Ranks 1 3,00 3,00 Ties 8

Penso que mereço o meu autocriticismo

Negative Ranks 4 3,00 12,00 Positive Ranks 1 3,00 3,00 Ties 8

Há uma parte de mim que se quer libertar dos aspetos de que não gosta

Negative Ranks 1 3,00 3,00 Positive Ranks 4 3,00 12,00 Ties 8

Não gosto de ser como sou Negative Ranks 3 3,33 10,00 Positive Ranks 2 2,50 5,00 Ties 8

eu detestado Negative Ranks 9 5,00 45,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00

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Fico tão zangado comigo mesmo que quero magoar-me ou fazer mal a mim mesmo

Ties 4

Tenho um sentimento de nojo por

mim mesmo Negative Ranks Positive Ranks 7 0 4,00 0,00 28,00 0,00 Ties 6

Deixo de me importar comigo mesmo Negative Ranks 5 3,00 15,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00 Ties 8

Chamo nomes a mim mesmo Negative Ranks 7 4,00 28,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00 Ties 6

Tabela 13

Teste Z referente ao eu inadequado e eu detestado

Z Sig.

eu

inadequado Desaponto-me facilmente comigo mesma Há uma parte de mim que me inferioriza -1,414 -1,414 0,16 0,16 Tenho dificuldade em controlar a minha raiva e frustração comigo

mesma -1,890 0,06

Há uma parte de mim que sente que não é suficientemente boa -2,000 0,05 Sinto-me derrotado pelos meus pensamentos auto-críticos -2,000 0,05 Lembro-me e penso muito sobre os meus fracassos -1,890 0,06 Não consigo aceitar fracassos e contratempos sem me sentir inadequado -1,342 0,18 Penso que mereço o meu autocriticismo -1,342 0,18 Há uma parte de mim que se quer libertar dos aspetos de que não gosta -1,342 0,18 Não gosto de ser como sou -0,707 0,48 eu

detestado

Fico tão zangado comigo mesmo que quero magoar-me ou fazer mal a mim mesmo

-2,754 0,01 Tenho um sentimento de nojo por mim mesmo -2,530 0,01 Deixo de me importar comigo mesmo -2,121 0,03 Chamo nomes a mim mesmo -2,530 0,01

Determina-se que existe diminuição dos níveis do autocriticismo, após intervenções no âmbito do projeto psicoterapêutico, ao nível de:

 ‘eu inadequado’, quanto à variável “Sinto-me derrotado pelos meus pensamentos autocríticos”

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Para a Hipótese IV: Existe aumento dos níveis do autocompaixão após intervenções no âmbito do projeto psicoterapêutico expressas nas tabelas 14 e 15:

Tabela 14

Teste de Wilcoxon referente ao eu tranquilizador

n Mean

Rank Sum of Ranks eu tranquilizador Sou capaz de lembrar

a mim mesmo das minhas coisas positivas

Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 10 5,50 55,00

Ties 3

Perdoo-me facilmente Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 1 1,00 1,00

Ties 12 Continuo a gostar de

quem sou Negative Ranks Positive Ranks 1 3 2,50 2,50 2,50 7,50 Ties 9

Continuo a sentir que posso ser amado e que ainda sou aceitável

Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 2 1,50 3,00

Ties 11 É-me fácil gostar de

mim mesmo Negative Ranks Positive Ranks 0 4 0,00 2,50 10,00 0,00 Ties 9

Sou carinhoso e cuido

de mim mesmo Negative Ranks Positive Ranks 0 2 0,00 1,50 0,00 3,00 Ties 11

Sou capaz de cuidar e preocupar-me comigo mesmo Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 4 2,50 10,00 Ties 9 Encorajo-me a mim mesmo em relação ao futuro Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 6 3,50 21,00 Ties 7 Tabela 15

Teste Z referente ao eu tranquilizador

Z Sig. Sou capaz de lembrar a mim mesmo das minhas coisas positivas -3,051 0,00 Perdoo-me facilmente -1 0,32 Continuo a gostar de quem sou -1 0,32 Continuo a sentir que posso ser amado e que ainda sou aceitável -1,414 0,16 É-me fácil gostar de mim mesmo -2 0,05 Sou carinhoso e cuido de mim mesmo -1,414 0,16 Sou capaz de cuidar e preocupar-me comigo mesmo -2 0,05 Encorajo-me a mim mesmo em relação ao futuro -2,271 0,02

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Determina-se que existe aumento dos níveis de autocompaixão, após intervenções no âmbito do projeto psicoterapêutico, ao nível de:

 ‘eu tranquilizador’, quanto às variáveis “Sou capaz de lembrar a mim mesmo das minhas coisas positivas” (sig. 0,00), “É-me fácil gostar de mim mesmo” (sig. 0,05), “Sou capaz de cuidar e preocupar-me comigo mesmo” (sig. 0,05) e “Encorajo-me a mim mesmo em relação ao futuro” (sig. 0,02).

Para a Hipótese V: Existe diminuição da sintomatologia depressiva existente após intervenções no âmbito do projeto psicoterapêutico expressas nas tabelas 16 e 17:

Tabela 16

Teste de Wilcoxon referente à sintomatologia depressiva

n Mean Rank Sum of

Ranks

humor deprimido Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00

Ties 13

perda acentuada de interesse ou prazer Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00

Ties 13

perda/ganho de peso Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00

Ties 13

insónia/hipersónia Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00

Ties 13

agitação psicomotora Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 3 2,00 6,00

Ties 10

lentificação psicomotora Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 2 1,50 3,00

Ties 11

fadiga/perda de energia Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 1 1,00 1,00

Ties 12

sentimentos de inutilidade Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 0 0,00 0,00

Ties 13

culpa excessiva/inapropriada Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 1 1,00 1,00

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capacidade de concentração diminuída Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 2 1,50 3,00

Ties 11

capacidade diminuída de pensar Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 1 1,00 1,00 Ties 12 alteração da funcionalidade social/familiar Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 2 1,50 3,00 Ties 11

pensamentos recorrentes de morte Negative Ranks 0 0,00 0,00 Positive Ranks 5 3,00 15,00

Ties 8

Tabela 17

Teste Z referente à sintomatologia depressiva

Z Sig. humor deprimido 0,00 1,00 perda acentuada de interesse ou prazer 0,00 1,00 perda/ganho de peso 0,00 1,00 insónia/hipersónia 0,00 1,00 agitação psicomotora -1,73 0,08 lentificação psicomotora -1,41 0,16 fadiga/perda de energia -1,00 0,32 sentimentos de inutilidade 0,00 1,00 culpa excessiva/inapropriada -1,00 0,32 capacidade de concentração diminuída -1,41 0,16 capacidade diminuída de pensar -1,00 0,32 alteração da funcionalidade social/familiar -1,41 0,16 pensamentos recorrentes de morte -2,24 0,03

Determina-se que existe diminuição da sintomatologia depressiva existente após intervenções no âmbito do projeto psicoterapêutico, ao nível da variável “pensamentos recorrentes de morte”, apresentando um valor de sig. 0,03.

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Tabela 18

Relação entre Estado Civil e os vários tipos de eu.

n M Sig. Avaliação 1 eu inadequado casado 8 2,99 0,55

divorciado 4 2,68 solteiro 2 2,50 eu detestado casado 8 1,97 0,25 divorciado 4 1,75 solteiro 2 0,63 eu tranquilizador casado 8 1,82 0,21 divorciado 4 1,16 solteiro 2 1,94

Avaliação 2 eu inadequado casado 8 2,78 0,05 divorciado 4 2,55 solteiro 2 1,15 eu detestado casado 8 1,03 0,27 divorciado 4 1,25 solteiro 2 0,25 eu tranquilizador casado 8 2,16 0,32 divorciado 4 1,41 solteiro 2 1,57

Verifica-se que na avaliação 2, os sujeitos casados apresentam um nível de “eu inadequado” superior comparativamente aos indivíduos divorciados e solteiros, apresentando um valor sig. de 0.05.

Tabela 19

Relação entre Situação Profissional e Sintomas Depressivos

Avaliação 1 Avaliação 2 n M Sig. n M Sig. humor deprimido desempregado 5 1,20 0,78 4 1,25 0,76

doméstica 3 1,00 3 1,00 empregado 4 1,25 4 1,25 reformado 2 1,00 2 1,00 perda acentuada de interesse ou prazer desempregado 5 1,20 0,44 4 1,25 0,61

doméstica 3 1,67 3 1,67 empregado 4 1,75 4 1,75 reformado 2 1,50 2 1,50 perda/ganho de peso desempregado 5 2,00 0,30 4 2,00 0,37

doméstica 3 1,67 3 1,67 empregado 4 1,50 4 1,50 reformado 2 2,00 2 2,00 insónia/hipersónia desempregado 5 1,00 4 1,00

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doméstica 3 1,00 3 1,00 empregado 4 1,00 4 1,00 reformado 2 1,00 2 1,00 agitação psicomotora desempregado 5 1,80 0,59 4 2,00 doméstica 3 1,67 3 2,00 empregado 4 2,00 4 2,00 reformado 2 1,50 2 2,00 lentificação psicomotora desempregado 5 1,40 0,27 4 1,75 0,62

doméstica 3 1,33 3 1,67 empregado 4 2,00 4 2,00 reformado 2 1,50 2 1,50 fadiga/perda de energia desempregado 5 1,20 0,48 4 1,50 0,80

doméstica 3 1,33 3 1,33 empregado 4 1,75 4 1,75 reformado 2 1,50 2 1,50 sentimentos de inutilidade desempregado 5 1,60 0,75 4 1,50 0,80

doméstica 3 1,67 3 1,67 empregado 4 1,25 4 1,25 reformado 2 1,50 2 1,50 culpa excessiva/inapropriada desempregado 5 1,80 0,12 4 1,75 0,17

doméstica 3 1,33 3 1,67 empregado 4 1,00 4 1,00 reformado 2 1,50 2 1,50 capacidade de concentração diminuída desempregado 5 1,20 0,02 4 1,50 0,50

doméstica 3 1,67 3 1,67 empregado 4 2,00 4 2,00 reformado 2 1,00 2 1,50 capacidade diminuída de pensar desempregado 5 1,20 0,04 4 1,50 0,37

doméstica 3 1,67 3 1,67 empregado 4 2,00 4 2,00 reformado 2 2,00 2 2,00 alteração da funcionalidade social/familiar desempregado 5 1,20 0,14 4 1,25 0,14

doméstica 3 2,00 3 2,00 empregado 4 1,75 4 2,00 reformado 2 1,50 2 2,00 pensamentos recorrentes de morte desempregado 5 1,40 0,47 4 2,00 0,57

doméstica 3 2,00 3 2,00 empregado 4 1,50 4 1,75 reformado 2 1,50 2 2,00

Verifica-se que na avaliação 1, existem resultados significativos, sendo que podemos concluir que os reformados apresentam o sintoma capacidade de concentração diminuída (sig. 0,2), e os empregados não. Verifica-se ainda que os sujeitos reformados e os empregados, não apresentam o sintoma capacidade diminuída de pensar (sig. 0,04).

31/03/2019 | 112

Título | O Fenómeno do Autocriticismo e a sua relação com a Depressão – Concetualização de um Projeto Psicoterapêutico