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A FA investe cada vez mais em áreas de atuação complementares. Todavia, uma das áreas que carece, por enquanto, de investimento na FA é a homeopatia. A pedido do DT realizei uma pesquisa a fim de preparar um laboratório de manipulados homeopáticos, aproveitando a informação recolhida para informar a população. Por outro lado, esta curiosidade sobre a Homeopatia cresceu durante um rasteio, quanto um utente fidelizado da farmácia ma introduziu. Enquanto ele apresentava a maravilha da terapêutica, fui-me apercebendo que pouco sabia sobre esta prática. Quis portanto inteirar-me deste assunto, tendo ido a formações da Raul Vieira numa tentativa de poder melhorar enquanto farmacêutica. Deparei-me então na crescente procura destes medicamentos, no desconhecimento da população sobre esta matéria e sobre os efeitos que os utilizadores tanto comentavam. Deparei-me também com a atual disseminação da terapia homeopática pelo mundo, existindo inclusive noutros países hospitais e profissionais de saúde totalmente adeptos dela. Então começaram a surgir duvidas que urgiam resposta.

Revisão bibliográfica

A homeopatia é uma forma holística de medicina complementar, com o objetivo de tratar a pessoa como um todo e não apenas os sintomas físicos. Esta trabalha com o princípio de que a mente e o corpo estão tão intimamente ligados que os sintomas físicos não podem ser tratados com sucesso sem que haja uma compreensão da constituição e do caráter da pessoa. Tudo depende de um estudo aprofundado da pessoa, da enfermidade e dos sintomas de cada um. Considerando que na medicina convencional, geralmente, às pessoas diagnosticadas com a mesma condição é prescrito o mesmo medicamento, na homeopatia o remédio dado a um paciente pode depender de uma série de outros fatores, tais como temperamento, estado de espírito e estilo de vida. A chave para a prática da homeopatia é a capacidade de compreender e interpretar sintomas - os sinais exteriores advém de um estado de desordem interna. Segundo a abordagem homeopática, a terapêutica não deve fazer mal nenhum: as terapias servem para curar e nunca para potenciar sintomas prévios ou fazer surgir nova sintomatologia. Muitas doenças comuns do quotidiano podem ser tratadas com segurança e eficácia em casa usando remédios homeopáticos; se a doença comum, uma constipação por exemplo, evoluir para algo pior, por exemplo uma infeção respiratória – deve aconselhar-se a consulta por um médico convencional40. Existem, porém muitos mitos e dúvidas ainda a ela associados. Mas, embora careça de estudos concretos sobre o porquê da sua eficácia, cada vez mais são os adeptos desta terapêutica.

A Homeopatia é uma terapêutica para todos. Grávidas, recém-nascidos e crianças, do adulto até ao doente terminal: é, pois, uma grande ajuda em todos os momentos da vida da pessoa. Mas

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alimentação equilibrada, exercício físico, hábitos de higiene, a fim de nunca criar desordem, física ou emocional, que potencia as patologias. “Mente sana in corpore sano”. Sendo de venda livre, habitualmente, facilmente se pensa em automedicação. Porém, mesmo não tendo praticamente efeitos secundários e sendo uma terapia para todas as pessoas, o utente deve sempre aconselhar-se com o homeopata ou farmacêutico. É por erros pessoais, por repetição ou toma indevida, que por vezes aparecem efeitos tóxicos e indesejáveis, e portanto as dúvidas e questões sobre a eficácia desta terapêutica. Por fim, deve sempre explicar-se ao utente que não existem “curas milagrosas”. Todos os tratamentos requerem tempo, sendo a paciência e confiança no profissional de saúde fulcrais.

Homeopatia: terapêutica do Passado

A história da Homeopatia começa com Christian Hahnemann (1755-1843). Segundo alguns historiadores, as suas ideologias e a base da sua teoria homeopática vêm da antiga Grécia: Hipócrates. Este criou e defendeu bases holísticas estabelecendo que na compreensão do processo saúde/doença o paciente não deveria ser dividido em sistemas ou órgãos, mas sim avaliado como um todo. Para além disso, também defendia que a função do médico seria auxiliar as forças naturais do corpo para atingir a harmonia, ou seja, um estado de saúde pleno. Deste modo, Hipócrates descreveu duas maneiras de abordar a terapêutica:

Similia similibus curantur- “Semelhante cura semelhante” (princípio seguido pela homeopatia);

Contraria contrariis curantur- “Contrário cura contrário” (princípio seguido pela alopatia).

Hahnemann era tradutor de obras literárias. Ao traduzir uma obra médica de um médico escocês apercebeu-se de uma nota importante sobre a quina. O escritor afirmava que a quina tinha efeito sobre febres intermitentes porque tinha propriedades amargas e adstringentes que tinham efeito sobre o estômago. Ao aperceber-se disso, Hahnemann decidiu tomar durante vários dias quina (enquanto individuo saudável) apercebendo-se que após a toma ele ficava com os mesmos sintomas que acompanhavam habitualmente a febre intermitente. Ele apontou todos os sintomas rigorosamente, chegando à conclusão que a quina/quinina era um bom remédio para a febre porque conseguia produzir os mesmos sintomas da febre em indivíduos saudáveis. Desta visão, surgiu a ideia da “Cura pelo Semelhante”, já defendida por Hipócrates38. Por outro lado,

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efeitos tóxicos/secundários. Assim, decidiu que devia reduzir as doses para os evitar. Foi assim que ele provou com êxito que doses cada vez mais pequenas, infinitesimais como hoje em dia as conhecemos, continuavam a ter efeitos. Chamou-lhes, na época, imateriais. Porém, Hahnemann apercebeu-se que só por diluição eles não iriam ter exatamente os mesmos efeitos que só seriam potenciados através de agitação enérgica. Assim, institui-se que todos os medicamentos homeopáticos deveriam passar por um processo de “dinamização”, conhecido por potenciação, para se tornarem eficazes. Hahnemann continuou os seus trabalhos em saúde e abandonou a tradução para dedicar- se às suas próprias publicações. Em 1810 publicou a sua primeira obra, o “Organon del

arte de curar”. Nesta esboça-se os grandes princípios da Homeopatia, tendo sido uma

obra de alcance global, tendo na época tido grande impacto especialmente Europa e América do Norte. Os três princípios base da Homeopatia, escritos por Hahnemann na sua obra, o Organon são38,40:

• Similar cura similar - o medicamento capaz de provocar numa pessoa sã sintomas idênticos aos que caracterizam determinada patologia, será eficaz na cura dos mesmos sintomas numa pessoa que padeça dessa doença.

• Dose mínima;

• Um único remédio – também conhecido pelo princípio da individualização e da globalidade dos sintomas. Cada doente com determinada patologia tem o seu próprio e único remédio: porque cada pessoa tem o seu próprio conjunto de sintomas. Basta um sintoma diferir entre duas pessoas com a mesma patologia, que o remédio utilizado já não é o mesmo.

Por 1796 a Homeopatia teve uma enorme difusão, chegando em 1830 a estar totalmente implantada na Europa e no Nono Mundo. A partir daí disseminou-se chegando à África, Índia e China. Hahnemann, homem viajado e decidido a fazer as suas ideias voarem mundo fora, em 1835 instalou-se em Paris, Lyon, onde esta nova Terapêutica era já bem conhecida, e continuou os seus estudos e a sua atividade médica e literária. Morre em 1843. Entretanto surgiam discípulos, sendo um deles Benoit Mure, que levou a Homeopatia para Sicília, Portugal, Índia e Egipto, concretizando-se o sonho de Hahnemann: a Homeopatia à escala global.

Durante o final do século XX houve um ressurgimento da popularidade da homeopatia, possivelmente devido ao desencanto com os aspetos da medicina convencional. Em muitos países, particularmente na Europa Central, a sua popularidade nunca diminuiu da mesma forma como no Reino Unido e EUA, embora as diferenças na prática evoluíram. A prescrição de um único medicamento é prevalente em todo o mundo, embora na Alemanha e na França surja cada

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vários remédios) Na Austrália, há uma forte ligação com a naturopatia com remédios. Na Índia, os homeopatas há muito tempo que trabalham com sucesso ao lado de medicina ayurvédica tradicional e da medicina convencional. Na década de 1990, surgiu o curso pioneiro de Homeopatia na Europa Oriental e na Rússia, continua a ser implementado e desenvolvido. Na América do Sul, a homeopatia é ensinada nas escolas de medicina, enquanto que nos EUA ela está passando por um grande ressurgimento da popularidade. De acordo com uma pesquisa de 1998 de norte-americanos e da sua saúde, ao longo dos últimos 12 meses, 6 milhões de americanos tinham usado a homeopatia40. Atualmente, a Homeopatia tem sido integrada nos

sistemas nacionais de saúde de vários países, incluindo a Alemanha, o Reino Unido, Índia, Paquistão, Sri Lanka e México.

Homeopatia VS Alopatia

Na Homeopatia, o objetivo é proporcionar uma resposta natural a determinada patologia, para que caso ocorra recidiva o próprio organismo já obtenha uma resposta rápida e eficaz, prevenindo o aparecimento dos sintomas que apareceram da primeira vez. A Homeopatia, sendo usada também para tratamento, é pois Medicina Preventiva por excelência, evitando a manifestação do mesmo desequilíbrio. Na Homeopatia não se procura a supressão dos sintomas, visto que são eles os protagonistas desta terapêutica. Sem eles não se pode realizar o estudo aprofundado do doente, não se conseguindo prescrever/aconselhar uma terapia eficaz. Quanto às diferentes abordagens entre alopatia e homeopatia, na primeira curar é suprimir sintomas o mais rapidamente possível, sendo que a patologia retorna habitualmente igual ou pior, usando medicamentos que atuem diretamente no organismo. Quanto à Homeopatia a abordagem é totalmente diferente. Nesta a cura baseia-se na procura da homeostasia pelo próprio organismo. Cura-se a enfermidade, dependendo do estudo dedicado dos sintomas. O sintoma é pois um indicador, que só se pretende suprimir em caso de risco extremo. Sendo que é uma terapia que permite prevenir estádios de patologia e recidivas, torna-se mais barata que a alopatia. Isto porque nesta última, sempre que a doença reaparece, há necessidade de farmacoterapia porque o organismo não se encontra preparado para responder sozinho e de forma natural (como na Homeopatia). Assim, cada vez mais a população opta pela utilização da terapêutica homeopática. Cada vez mais os utentes comprovam a sua eficácia e veracidade, ficando fidelizados a esta “nova” opção terapêutica. Assim, as pessoas evitam “sofrer” novamente com as mesmas doenças e sintomas, optam por melhorar do interior para o exterior, de cima a baixo, a fim de melhorando o espírito e aumentando a energia consigam por o processo de cura em marcha. Poupam, assim, dinheiro e tempo e promovem o seu bem-estar físico e emocional.

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A homeopatia surgiu em Portugal em 1810 através do médico Lima Leitão, contudo o seu desenvolvimento acabou por desvanecer-se até meados da década de 90 do século XX, por opção dos médicos e utentes pela terapia alopática que estava em enorme e constante crescimento. Na década de 90 a Homeopatia começa a ressurgir, tanto que em 1995 surge uma lei (DL n.º 94/95, de 9 de maio41) que garantia a qualidade e a segurança de utilização dos

produtos homeopáticos – como salvaguarda da saúde pública e assegurando, também, aos seus utilizadores o fornecimento de informações claras sobre o seu carácter homeopático e a sua inocuidade. Esta procedia a lei de 1992 que preconizava para os produtos homeopáticos um regime semelhante ao existente para os medicamentos, tendo em conta, no entanto, as suas características específicas, designadamente o seu reduzido teor em princípios ativos e a dificuldade de lhes aplicar a metodologia estatística convencional dos ensaios clínicos.

Entretanto surgiram duas novas deliberações: portaria n.º 693/97, de 14 de agosto42, e Deliberação n.º 238/2002, de 8 de Outubro43. Estas três deliberações são as pedras armilares da

Homeopatia, da sua comercialização e implantação em Portuga40.

A Lei de 200243, por exemplo tem em consideração:

• A diversidade das matérias-primas que fazem parte da constituição dos produtos farmacêuticos homeopáticos

• Que as plantas medicinais são uma das fontes de matéria-prima para a produção de produtos farmacêuticos homeopáticos

• Que várias espécies de plantas contêm constituintes que são carcinogénicos e mutagénicos, conforme lista apresentada em anexo à presente deliberação

• Os problemas de segurança de saúde pública relacionados com o uso de produtos farmacêuticos homeopáticos contendo os constituintes referidos na lista supramencionada

Por conseguinte, delibera não conceder autorização de introdução ou manutenção no mercado de produtos farmacêuticos homeopáticos, contendo as designadas plantas, em diluições inferiores a C12 ou D24.

A associar-se a esta surge uma deliberação de 2001que permite aos consumidores o acesso e livre escolha de produtos de qualidade, desde que seja fornecido prioritariamente indicações muito claras quanto ao carácter homeopático e garantias bastantes quanto à sua qualidade e inocuidade.

Em 2003 surge uma lei44 em Diário da República que reconhece sete medicinas complementares, de entre as quais está a homeopatia. Assim, a partir desta altura passa ser possível prescrever receitas homeopáticas. Atualmente, os medicamentos homeopáticos estão sob a tutela da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). Em 2004

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partir de substâncias denominadas stocks homeopáticos, em conformidade com um processo de fabrico homeopático descrito na Farmacopeia Europeia ou na falta de tal descrição, nas farmacopeias atualmente utilizadas de modo oficial nos Estados-Membros. Os medicamentos homeopáticos podem conter vários princípios ativos.” Atualmente existe

já um conjunto de monografias sobre produtos farmacêuticos homeopáticos na Farmacopeia Portuguesa45. De facto, na FP9, surge descrição de como se preparam os medicamentos, as

macerações, as preparações das tinturas-mãe, os materiais necessários para a produção e ainda monografias de alguns produtos homeopáticos

Figura 1 – Índice remissivo das preparações homeopáticas referidas na FP9

Como fazer preparações Homeopáticas

Uma preparação homeopática é uma forma farmacêutica preparada segundo o método Hahnemaniano (diluição e dinamização) segundo o princípio do semelhante cura semelhante37,38,40. Neste método de fabrico acredita-se que é a sucussão que permite uma

potencialização da preparação, uma vez que de acordo com a homeopatia é a diluição que promove a eficácia.

Ao preparar-se um Medicamento Homeopático tem de se considerar dois princípios fundamentais:

• Princípio da Infinitesimalidade

Um remédio é tanto mais eficaz quanto mais diluído se encontra até ao ponto de não conter já nenhuma molécula do principio ativo. Assim, consegue-se evitar os efeitos secundários e potencialmente tóxicos.

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Considerando que o Medicamento Homeopático não possui já nenhuma molécula do princípio ativo, Hahnemann descobriu que entre cada diluição teria de existir uma potenciação (agitação enérgica). Só assim o Medicamento se torna eficaz.

Este método de preparação pressupõe o uso de vários frascos, consoante o número de diluições e é colocada 1 parte da tintura-mãe (caso seja a primeira diluição) ou da diluição anterior e junta-se 99 partes ou 9 partes de álcool, consoante se trata de uma diluição centesimal ou decimal respetivamente. Depois da diluição é realizada a sucussão, sequência de 100 batimentos, que inicialmente era feita manualmente batendo com o frasco no Organon, mas agora existe um aparelho próprio de sucussão. Esta diluição é extremamente importante para passar a energia de umas moléculas para as outras e é isso que os homeopatas acreditam que faz com que os medicamentos mais diluídos sejam os mais potentes. Depois desta fase é realizada a impregnação da forma farmacêutica. Nas preparações homeopáticas há uma substância ativa que pode ser de origem animal, vegetal, mineral ou química e um solvente que pode ser a água, o álcool ou uma mistura dos dois. Inicialmente, se se trata de uma matéria-prima solúvel é feita uma tintura-mãe que não é mais do que uma “preparação líquida obtida por ação dissolvente de um veículo apropriado sobre matérias-primas, geralmente frescas ou, por vezes, secas. Podem igualmente ser obtidas a partir de sucos vegetais após a adição, ou não, de um veículo. Para certas preparações, as matérias-primas a extrair podem ser submetidas a um tratamento prévio.” Posteriormente, são impregnados os cristais, grânulos, glóbulos entre outras formas farmacêuticas inertes constituídas por sacarose, lactose ou por ambas. Estudos demonstram que a tripla impregnação é mais eficaz que a impregnação dupla ou simples, uma vez que na primeira há uma melhor homogeneidade da distribuição do líquido a impregnar.

Métodos utilizados no fabrico de medicamentos homeopáticos

Existem três métodos oficiais que podem ser usados para o fabrico deste tipo de preparações, são eles o método Hahnemenniano, o método de Korsakov e o método LM.

O método LM foi um método também desenvolvido por Samuel Hahnemann e consiste em preparar diluições na proporção de 1:50000 em cada etapa de potencialização (diluição + sucussão), em vez de se usar a proporção de 1:100 ou 1:10 (diluição centesimal e decimal, respectivamente) como no método clássico de Hanhemann). O método de Korsakov foi desenvolvido pelo russo Semion Korsakov, que, a seguir ao método Hahnemenniano é o mais usado. Consiste em fazer uma primeira diluição centesimal, tal e qual como no método Hahnemenniano, mas a segunda diluição e as seguintes fazem-se por inversão ou sucussão do frasco que permite remover todo o líquido lá existente restando apenas algumas gotículas aderidas à parede do frasco. De seguida volta-se a adicionar o diluente e o processo é realizado de novo até à diluição pretendida. A grande vantagem deste método é o de se conseguir preparar

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pesquisa realizada no âmbito do estágio curricular, por curiosidade pessoal e do DT, preparei um resumo sobre todo o equipamento e material necessário para introduzir um laboratório de medicamentos homeopáticos na Farmácia. (ver anexo)

Estratégia de intervenção

Durante o meu estágio, enquanto me ia apercebendo da importância destes medicamentos e da relativa afluência de utentes à FA em busca deles, decidi tentar descobrir o que eram medicamentos homeopáticos para a população em geral. Pensei em fazer inquéritos, perguntar e aferir. Mas, em conversa com os doentes descobri que não era a melhor opção. A terapêutica homeopática é vista com desconfiança ainda, especialmente pelas pessoas mais idosas. Poucos sabem quais são os seus ideais e objetivos, e muito menos as suas vantagens. Mitos e falsas verdades continuam a assolar a cabeça de uma boa parte da população. Assim, decidi informar. Realizei um folheto (anexo 2), informativo, para distribuir na FA, bem como uma folha de generalidades sobre a matéria (anexo 3), para afastar algumas ideias erradamente associadas à Homeopatia. Pensei também noutras formas de chegar à população, via Internet, como o

facebook da FA ou o site. Porém, sendo maioritariamente utentes fidelizados a frequentar todos

os dias a nossa farmácia, foquei-me neles. Eles que durante seis meses me acompanharam diariamente, me ajudaram e me fizeram crescer. Por fim, disponibilizei um plano de desenvolvimento de um laboratório de medicamentos manipulados homeopáticos, para o DT e a pedido dele (anexo 4)

Conclusão/Discussão

Muito tem vindo a ser feito para provar a eficácia da homeopatia, mas até agora ainda não foram encontradas respostas concretas, sendo a hipótese mais plausível a transmissão de energia ao longo das diluições. Apesar disso, há resultados precisos do seu sucesso, sobretudo em crianças e em animais, pelo que deve continuar-se a usar esta terapêutica em prol da melhoria da saúde da população mesmo que as provas da sua eficácia ainda não existam46,47,48,49. É imperativo informar a população, ensinar e remover dogmas que continuam na cabeça de muitos. Durante esta intervenção notei por parte da população uma boa adesão, muitas perguntas surgiam sobre o assunto e alguns dos medos foram postos de parte. Considero que a intervenção foi, portanto, positiva, esperando que a longo prazo haja um aumento das vendas destes produtos na FA. Quem experimenta, fideliza. Há que ensinar e continuar a fidelizar clientes. Curar e tratar as pessoas passa por colmatar falhas, prevenir males, distúrbios e patologias. E um farmacêutico não serve apenas para dispensar medicamentos ou tratamentos de recurso. Todo o farmacêutico sonha ajudar o outro, melhorar a saúde e trabalhar todos os dias da sua vida para dar mais e melhor qualidade de vida aos seus utentes. Nada melhor do que prevenir.

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Caso de estudo 2 - tiróide e

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