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de leitura Concepção de leitor Práticas de leitura Gêneros e|ou suportes de textos privilegiados

Leitura

literária Espaços de leitura Mediadores de leitura Concepção de livro

GLD ( Língua Portuguesa) X x x x x Não apresenta orientações nesta categoria x Não apresenta orientações nesta categoria

PCN (1ª a 4ª série) X x x x x x Não apresenta

orientações nesta categoria.

Não apresenta orientações nesta

categoria

PCN (5ª a 8ª série) X x x x x Não apresenta

orientações nesta categoria

x Não apresenta orientações nesta

categoria PNBE – Por uma

política de formação de leitores X x x x x x x x PNBE – Biblioteca na escola X x x x x x x Não apresenta orientações nesta categoria

Como já mencionado, realizamos as análises das políticas públicas nacionais seguindo a classificação proposta por Barbosa e Noronha (2014; 2014a). Conforme estudo das autoras, as políticas públicas oficiais foram agrupadas de acordo com os seus objetivos, natureza e público a que se destina. Recapitulamos abaixo a descrição do conjunto referente às diretrizes políticas de marcos legais, que se constituem objeto de nossas análises:

(i) Documentos, Programas e Leis com diretrizes e orientações para implementação das políticas públicas de leitura: destinados aos órgãos e instituições públicas, definem as políticas e normas gerais a serem implementadas, orientam todas as ações públicas referentes ao fomento à leitura.

Diante desse conjunto de documentos, é possível elaborarmos várias perguntas orientadoras das nossas análises: há coerência entre esses documentos? Suas proposições e orientações estão em consonância com a realidade escolar? Como definem elementos básicos para viabilizar o fomento à leitura? Diante da virada paradigmática, encontramos nesses documentos repercussão dos avanços das ciências da linguagem nesse sentido?

Para identificação e análise das diretrizes das políticas de leitura, nos centraremos nos principais documentos, Programas e Leis, conforme sistematizamos no quadro a seguir:

Documentos, Programas e Leis com diretrizes e orientações para implementação das políticas públicas de leitura.

Documentos e Programas

Descrição

PCN

Diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que orientam para formação das políticas curriculares para o ensino da leitura.

O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) fornece obras e demais materiais para as bibliotecas das escolas públicas, com vista à democratização do acesso às fontes de informação, ao fomento à leitura e à formação de alunos e professores leitores e ao apoio à

PNBE atualização e ao desenvolvimento profissional do professor.

PNLD

Programa Nacional do Livro Didático é ao maior programa de políticas públicas para o fomento à leitura no país. Compreende coleções de livros didáticos destinadas aos alunos da educação básica, cujo objetivo é subsidiar o trabalho pedagógico dos professores. Após a avaliação das obras, o Ministério da Educação (MEC) publica o Guia de Livros Didáticos com resenhas das coleções consideradas aprovadas. O guia é encaminhado às escolas, que escolhem, entre os títulos disponíveis, aqueles que melhor atendem ao seu projeto político pedagógico. O PNLD também atende aos alunos que são público-alvo da educação especial. São distribuídas obras didáticas em Braille de língua portuguesa, matemática, ciências, história, geografia e dicionários.

PNLL

Conjunto de políticas, programas, projetos, ações continuadas e eventos empreendidos pelo Estado e pela Sociedade, para promover o livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas no Brasil. Sua finalidade básica é assegurar a democratização do acesso ao livro, o fomento e a valorização da leitura e o fortalecimento da cadeia produtiva do livro como fator relevante para o incremento da produção intelectual e o desenvolvimento da economia nacional.

Leis e decretos – a partir da década

de 1990 Descrição Lei nº 8.029, de 12

de abril de 1990.

Dispõe sobre a extinção e dissolução de entidades da administração pública federal, e dá outras providências.

Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Lei nº 10.402, de 8 de janeiro de 2002

Institui o Dia Nacional do Livro Infantil. Lei nº 10.753, de 30

de outubro de 2003.

Institui a Política Nacional do Livro. Lei nº 10.865, de 30

de abril de 2004.

Dispõe sobre a contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social incidentes sobre a importação de bens e serviços e dá outras providências.

Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004.

Dispõe sobre o depósito legal de publicações, na Biblioteca Nacional, e dá outras providências.

Lei nº 11.264, de 2 de janeiro de 2006.

Confere ao município de Passo Fundo o título de Capital Nacional da Literatura. Lei nº 11.899, de 8

de janeiro de 2009 Institui o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.

Lei nº 12.192, de 14 de janeiro de 2010.

Dispõe sobre o depósito legal de obras musicais na Biblioteca Nacional. Lei nº 12.244, de 24

de maio de 2010.

Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país

Lei nº 12.388, de 3 de março de 2011.

Confere ao município de Taubaté, no estado de São Paulo, o título de Capital Nacional da Literatura Infantil.

Lei nº 12.853, de 14 de agosto de 2013

Altera os arts. 5º, 68, 97, 98, 99 e 100, acrescenta arts. 98-A, 98-B, 98-C, 99-A, 99-B, 100-A, 100-B e 109-A e revoga o art. 94 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, para dispor sobre a gestão coletiva de direitos autorais, e dá outras providências.

Decreto nº 519, de

13 de maio de 1992. Institui o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) e dá outras providências. Decreto nº 520, de

13 de maio de 1992. Institui o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e dá outras providências. Decreto nº 7.084, de

27 de janeiro de 2010.

Decreto nº 7.559, de 1º de setembro de 2011.

Dispõe sobre o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e dá outras providências.

Decreto nº 7.748, de 6 de junho de 2012.

Aprova o estatuto e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Fundação Biblioteca Nacional.

Fonte: quadro elaborado por nós para esta pesquisa.

O quadro nos fornece um mapeamento dos principais documentos normatizadores, assim como sua descrição sucinta. Segundo Barbosa e Noronha (2014a, p. 42):

 o primeiro conjunto constituído por documentos e programas se fundamenta, basicamente, nos seguintes princípios de ações: (i) orientações curriculares, focalizando abordagens teórico- metodológicas para o ensino, conteúdos formas de avaliação da aprendizagem da leitura; (ii) programas que asseguram a distribuição de materiais diversos para a leitura, fomento à biblioteca e espaços de leitura com foco na escola; (iii) fundamentos para o plano nacional, estadual e municipal do livro e da leitura.

 o segundo conjunto é formado por leis e decretos, nos quais se pode observar que, de modo geral, orientam as ações de leitura em torno dos seguintes eixos: (i) ações de divulgação da leitura (promoção do dia da leitura e de cidades pólo de ações nesse sentido); (ii) ações de caráter administrativo (regulamentando funções gratificadas de profissionais, direitos autorais, aquisição e depósito de obras); (iii) ações de caráter educacional (criação de bibliotecas, regulamentação de programas educacionais de fomento à leitura).

Nossa sistematização dos dados para análise nos permitiu chegar a uma cartografia fundamental para compreendermos os elementos-chave constitutivos das políticas que fomentam a leitura. Identificar isso não é pouca coisa se considerarmos o apartamento desse saber da formação e prática do profissional da educação. Além

disso, podemos analisar a coesão das políticas e seus documentos regulamentadores com as perspectivais atuais de ensino e de leitura: quais concepções de leitura, de leitor e do livro fundamentam as políticas de leitura? Quais orientações para as práticas sinalizam esses documentos? Como pensam a leitura literária diante de dos demais gêneros e suportes? E, por fim, quais são as diretrizes acerca dos espaços de leitura na escola?

Para nos ajudar nessa reflexão, elaboramos o quadro que segue, que resultou de um trabalho minucioso de leitura do corpus, conforme relatamos no capítulo referente aos procedimentos metodológicos. Nele, indicamos as ocorrências de cada um dos pontos supracitados nos dados constitutivos do corpus:

DOCUMENTOS, PROGRAMAS E LEIS COM DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA

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