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Categorização das Disciplinas segundo as categorias de Barcelos

Para melhor compreensão das diferentes abordagens das TIC, nas duas licenciaturas em Matemática, organizamos nas tabelas a seguir, comparando os objetivos, ementas e metodologias de cada disciplina com as categorias descritas por Barcelos (2004):

Categoria 1: Disciplinas da área de Informática e Computação. Objetivos da Categoria 1 Barcelos (2004) Objetivos da Disciplina da Instituição-A Introdução à Informática Básica Ementa da Disciplina da Instituição-A Métodos Computacionais • Usar computadores de

forma competente, para produzir coisas simples como pôsteres, faixas, cartazes, convites, calendários e desenhos.

• Utilizar processadores de texto, editores de textos matemáticos bem como criar e usar um banco de dados ou uma planilha eletrônica.

• Usar serviços oferecidos

pelas redes de computadores e produzir páginas a serem disponibilizadas na Internet. • Projetar, programar e avaliar algoritmos simples

para problemas

orientados a tarefas elementares. Transformar os seus algoritmos simples em programas de computador, com o uso

de linguagem de

programação.

• Instruir o aluno sobre o funcionamento dos componentes de um computador, a existência das variedades de aplicação das ferramentas básicas da computação; • Proporcionar conhecimentos dos comandos básicos do Windows e seus aplicativos; • Demonstrar quando e onde aplicar o computador na solução de problemas matemáticos;

• Oferecer uma visão geral

das aplicações

específicas em sistemas

informatizados e

projetados para a área de informática. • Aspectos relacionados à teoria de erros, ajuste de curvas, interpolação polinomial, resolução de equações diferenciais e integração numérica, destacando-se sua aplicação em problemas de cálculo de área. • Aplicações e algumas soluções computacionais para problemas do Cálculo Diferencial e Integral

Quadro IV: Categorização das disciplinas da Instituição-A na Categoria 1.

Portanto, as disciplinas que mais correspondem aos objetivos da Categoria 1 descrita por Barcelos (2004) são: Introdução à Informática Básica e Métodos Computacionais da Instituição-A.

Categoria 2: Disciplinas da área de Informática na Educação. Objetivos da Categoria 2 Barcelos (2004) Objetivos da Disciplina da Instituição-A Informática Aplicada à Educação Conteúdo programático da Disciplina da Instituição-A Prática de Ensino em Matemática – Prática III e

IV • Investigar Tecnologias de Informação e Comunicação aplicadas à Educação Matemática, identificando suas vantagens e desvantagens de acordo com o contexto. • Provocar a mudança de postura didática do professor face às ferramentas tecnológicas de apoio e ao sincronismo com o mundo atual. • Avaliar e utilizar softwares educacionais de Matemática voltados para o Ensino Fundamental e Médio.

• Avaliar sites que envolvam conteúdos do Ensino Fundamental e Médio.

• Criar projetos que utilizem Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na construção de conhecimentos matemáticos. • Sensibilizar os futuros profissionais, que atuarão em ambientes educacionais, quanto à importância da informática para o desenvolvimento de diversas habilidades humanas, bem como para as atuais e as futuras realidades do mercado de trabalho.

• Propiciar aos futuros

professores de

matemática a

experiência prática de elaborar um plano de aulas que utilize o

computador como

recurso tecnológico e ministrar a aula para os seus colegas de classe.

• Análise de recursos metodológicos como: novas tecnologias – calculadoras, vídeos, computadores e Internet. • Usos de calculadora financeira.

Quadro V: Categorização das disciplinas da Instituição-A na Categoria 2.

Por meio dessa tabela, podemos perceber que as disciplinas que mais correspondem aos objetivos da Categoria 2 apresentada por Barcelos (2004) são: Informática Aplicada à Educação e Prática de Ensino III e IV da Instituição-A.

Categoria 3: Disciplinas de formação Matemática que usam as TIC como ferramenta educacional.

Objetivos da Categoria 3

Barcelos (2004) Objetivos da Disciplina da Instituição-B Geometria I, II, III e IV • Utilizar TIC para construção dos

conhecimentos matemáticos nas disciplinas de formação Matemática.

Utilizar softwares para construções geométricas.

• Utilizar softwares para cálculos

algébricos e aproximados,

visualizações gráficas e experimentos computacionais, ligados ao cálculo diferencial e funções reais de uma variável.

• Estimular a utilização de recursos tecnológicos no laboratório de informática tais como o software específico de Geometria dinâmica.

Explorar o software Cabri-Géomètre e a edição de textos matemáticos com o uso do Microsoft Equation no Word, aulas práticas no laboratório de Matemática.

Quadro VI: Categorização das disciplinas da Instituição-B na Categoria 3.

Ainda temos nas metodologias das disciplinas Cálculo Diferencial e Integral, Matemática Financeira e Fundamentos da Matemática Elementar alguns itens que correspondem à categoria 3.

Metodologias da Disciplina da Instituição-B Cálculo Diferencial e

Integral I, II, III e IV

Metodologias da Disciplina da Instituição- B Matemática Financeira Metodologias da Disciplina da Instituição- B Fundamentos da Matemática Elementar I e II Aulas utilizando softwares

propícios para a

construção de gráficos, sendo que os conteúdos

propostos serão

desenvolvidos por meio de situações-problema. • Aulas no laboratório de informática e de prática da Matemática. • Aulas utilizando softwares específicos para construção de gráficos.

Quadro VII: Categorização das disciplinas da Instituição-B na Categoria 3, continuação.

Ao comparar os objetivos da Categoria 3 proposta por Barcelos (2004) e os objetivos e metodologias referentes ao uso das TIC, podemos perceber que as disciplinas que estão nessa categoria são: Geometria I, II, III e IV, Cálculo

Diferencial e Integral, Matemática Financeira e Fundamentos da Matemática Elementar I e II da Instituição-B.

Nessa comparação podemos classificar essas disciplinas como:

Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Introdução à Informática Básica Informática Aplicada à Educação Instituição-A Métodos

Computacionais Prática de Ensino III e IV

Geometria I, II, III e IV

Cálculo Diferencial e Integral – I, II, III e

IV Matemática Financeira Instituição-B Fundamentos da Matemática Elementar I e II

Quadro VIII: Quadro-resumo da classificação das disciplinas segundo as categorias de Barcelos

(2004).

A Instituição-A oferece tanto disciplinas da categoria 1 como da categoria 2 e a Instituição-B oferece apenas a disciplina da categoria 3, mas na análise da entrevista com o Professor-B percebemos que mesmo sendo aula de Geometria, o professor consegue atingir alguns dos objetivos da categoria 2, pois ele propõe a investigação das TIC aplicadas à Educação por meio de leitura de artigos que enfatizam as vantagens e desvantagens do uso do software Cabri Géomètre e orienta os licenciandos a utilizar as tecnologias na prática docente e suas atividades, usando o software, voltadas para o Ensino Fundamental e Médio.

A presença de disciplinas das categorias 1, 2 e 3 nas licenciaturas em Matemática se justifica, entre outros fatores, pelo fato das Diretrizes Curriculares para Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior curso de licenciatura de graduação (CNE/CP-1, 2002) destacarem o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores.

Ainda, consideramos que as Instituições de Ensino Superior (IES) que não possuem disciplinas das três categorias, ou alguma delas, estão bastante fora do atual contexto da Sociedade Informacional. A presença das disciplinas da categoria 1 nas Licenciaturas em Matemática faz com que os licenciandos adquiram conhecimentos mínimos de Informática e Computação, facilitando o manuseio das TIC e vencendo uma grande dificuldade que os professores encontram quanto aos conhecimentos insuficientes da área.

As IES que só apresentam disciplinas da categoria 2, não estão oferecendo as noções básicas de computação, que são importantes, além de servirem de base para as disciplinas da categoria 2, facilitam o diálogo entre o professor e os profissionais da área de computação que poderão dar suporte às atividades.

Barcelos (2004) considera que, do ponto de vista pedagógico, o ideal é que as duas categorias fossem contempladas, entretanto, com maior ênfase na categoria 2. As disciplinas dessa categoria permitem que os licenciandos investiguem as TIC aplicadas à educação matemática, provocam mudança de postura didática frente às ferramentas tecnológicas de apoio, propõem avaliação de softwares educacionais de Matemática para aplicação no Ensino Fundamental e Médio e a criação de projetos que utilizem TIC na construção de conhecimentos matemáticos.

Contudo, acreditamos que a presença das disciplinas, de formação Matemática, da categoria 3, que utilizam as TIC como ferramenta educacional, também é essencial. Essas disciplinas permitem que os futuros professores vivenciem e provem como alunos, que o uso pedagógico das TIC no ensino da matemática pode facilitar a construção do conhecimento trabalhado.

Portanto, podemos afirmar que as IES que oferecem disciplinas que contemplam as três categorias de Informática estão proporcionando aos seus licenciandos boas condições de se formarem professores inovadores. Para reforçar essa análise, Silva (1999) afirma:

[...] a tendência é que desde a formação inicial, os licenciandos possam viver experiências usando as novas tecnologias informáticas - em particular o computador – integradas às suas atividades de ensino na expectativa que possam ingressar na profissão mais seguros dos desafios que terão que enfrentar na sala de aula e na sociedade em geral, em relação àquelas ferramentas (SILVA, 1999, p.106).

As Instituições de Ensino Superior que fazem parte dessa pesquisa apresentaram indícios de que se preocupam com a inclusão digital de seus futuros professores. Como só pudemos entrevistar um professor e o coordenador de cada um dos dois cursos, entendemos que podem existir alguns professores que ainda precisam se conscientizar da importância do uso das TIC na Educação e que, até mesmo, as instituições devem se inovar. Kenski (2003, p. 70) afirma que o computador e o acesso à Internet começam ser introduzidos em instituições de ensino:

Em algumas, elas vêm pela conscientização da importância educativa que esse novo meio possibilita. Em outras, são adotadas pela pressão externa da sociedade, [...] são impostas, como estratégias comercial e política, sem a adequada reestruturação administrativa, sem reflexão e sem a devida preparação do quadro de profissionais que ali atuam.

Atualmente, é imprescindível que as IES estejam preparadas para a introdução do uso das tecnologias digitais no ensino. Esse desafio requer investimentos consideráveis em equipamentos, mudanças em suas propostas e matrizes curriculares, atualização dos docentes e de suas metodologias.

C

COONNSSIIDDEERRAAÇÇÕÕEESS

FFIINNAAIISS

Podemos perceber mudanças que estão acontecendo em nossa sociedade. Segundo Moran (2000), ela está mudando nas suas formas de se organizar, de produzir bens, de comercializá-los, de se divertir, de ensinar e de aprender.

Estamos na era da sociedade do conhecimento e, segundo Valente (1999, p. 31), “o conhecimento e, portanto, seus processos de aquisição assumirão um papel de destaque, de primeiro plano”. Essa valorização do conhecimento faz com que a Educação também passe por mudanças, pois muitas formas de ensinar não se justificam mais e, com isso, deparamos com alunos desmotivados, sem perspectivas, sem construir o seu conhecimento.

A mudança pedagógica que todos almejam é a passagem de uma Educação totalmente baseada na transmissão da informação, na instrução, para a criação de ambientes de aprendizagem nos quais o aluno realiza atividades e constrói o seu conhecimento. (VALENTE, 1999, p. 31).

Neste contexto, o papel do professor sofre mudanças, ele deixa de ser um mero transmissor de informações e passa a ser um facilitador, mediador, condutor do aluno no processo de construção do seu conhecimento. Para tanto, o professor precisa estar muito bem preparado para enfrentar essas mudanças.

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) estão presente em todos os aspectos de mudança e constituem instrumentos de trabalho essenciais no mundo de hoje, desempenhando papel fundamental na Educação. Segundo Ponte, Oliveira e Varandas (2002), as tecnologias constituem um meio privilegiado de acesso à informação; são um instrumento fundamental para pensar, criar, comunicar e intervir sobre numerosas situações; constituem uma ferramenta de grande utilidade para o trabalho colaborativo e representam um suporte do desenvolvimento humano nas dimensões pessoal, social, cultural, lúdica, cívica e profissional.

Kenski (2003, p. 18), define tecnologias como um “conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade”.

A Informática na Educação pode ser utilizada tanto para continuar transmitindo conhecimento como também para auxiliar na construção do conhecimento. Segundo Valente (1999), o computador assume o papel de máquina de ensinar quando ele é utilizado meramente para transmissão de informação e o método de ensino continua a ser o tradicional, mas quando o computador passa a ser uma máquina para ser ensinada, ou seja, quando o aluno o utiliza resolvendo problemas, utilizando linguagem de programação, refletindo sobre os resultados obtidos, utilizando softwares para realizar tarefas como desenhar, escrever, calcular, etc., ele passa a ser utilizado para construir o conhecimento.

Valente (1999) afirma que a Informática na Educação enfatiza o fato de o professor ter conhecimento sobre os potenciais do computador. Para que o professor se sinta seguro em utilizar as tecnologias é muito importante que ele esteja preparado para dominar os conhecimentos digitais e saber adequar as atividades de maneira que o computador seja uma máquina para ser ensinada.

Quanto ao ensino da Matemática, Ponte, Oliveira e Varandas (2002, p. 2) afirmam que as TIC auxiliam por:

[...] (i) relativizar o cálculo e a manipulação simbólica, (ii) reforçar a importância da linguagem gráfica e novas formas de representação, (iii) facilitar uma ênfase por parte do professor nas capacidades de ordem superior, e (iv) valorizar as possibilidades de realização, na sala de aula, de projetos e atividades de modelação, exploração e investigação.

Ponte (1997, p. 2) expõe que a Matemática como ciência:

[...] sempre teve uma relação muito especial com as novas tecnologias, desde as calculadoras, os computadores, aos sistemas multimídia e à Internet.

No entanto, para que os professores consigam dominar tanto o conteúdo matemático como o uso das tecnologias é preciso que ele, na formação inicial, já tenha um contato mais íntimo com esses dois aspectos.

Neste contexto, o nosso estudo propôs investigar “se” e “como” o professor formador no curso de licenciatura em Matemática está preparando os futuros professores para utilizar as TIC como recurso pedagógico.

Investigamos, então, duas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas que têm curso de Licenciatura em Matemática, sendo uma universidade e outra uma faculdade.

Para atingir esse objetivo, seguimos algumas etapas: analisamos os Projetos Pedagógicos dessas IES e as ementas das disciplinas dos cursos de Licenciatura em Matemática, entrevistamos os coordenadores das duas IES e, com a indicação dos mesmos, entrevistamos um professor de cada instituição, que utiliza as TIC em suas aulas.

A metodologia utilizada foi a qualitativa, por meio da análise documental e de entrevistas semi-estruturadas.

As questões de pesquisa que nortearam nosso trabalho foram:

• As instituições de ensino estão oferecendo formação com TIC nos cursos de licenciatura?

• Como as TIC estão sendo utilizadas nos cursos de licenciatura?

• Professores e coordenadores consideram importantes as TIC no contexto de formação docente?

Assim, analisando “se” e “como” a utilização das TIC está colocada nas matrizes curriculares e ementas das licenciaturas em Matemática das instituições de ensino que fazem parte desta pesquisa podemos perceber que as duas IES oferecem recursos materiais para o uso das tecnologias e que existem disciplinas que tem, em suas ementas, objetivos que enfatizam o uso das TIC.

A Instituição-A oferece disciplinas da categoria 1, ou seja, disciplinas da área de Informática e Computação.

A disciplina intitulada Introdução à Informática Básica tem como objetivo instruir o aluno sobre o funcionamento dos componentes de um computador e a existência das variedades de aplicação das ferramentas básicas da computação, ensinar os comandos básicos do Windows e seus aplicativos, e demonstrar quando e onde aplicar o computador na solução de problemas matemáticos.

A ementa da disciplina Métodos Computacionais destaca aplicações e algumas soluções computacionais para problemas do Cálculo Diferencial e Integral.

A Instituição-A também oferece disciplinas que contemplam os objetivos da categoria 2, disciplinas da área de Informática na Educação. A disciplina intitulada Informática Aplicada à Educação é a que mais se aproxima dos objetivos de Barcelos (2004), pois tem como objetivos sensibilizar os futuros profissionais, que atuarão em ambientes educacionais, quanto à importância da informática para o desenvolvimento de diversas habilidades humanas, bem como para as atuais e as futuras realidades do mercado de trabalho e propiciar aos futuros professores de Matemática a experiência prática de elaborar um plano de aula que utilize o computador como recurso tecnológico e ministrar a aula para os seus colegas de classe.

Outra disciplina que se destaca como conteúdo programático, em sua ementa, mas não com grande ênfase, é a Prática de Ensino em Matemática – Prática III e IV que pretende analisar recursos metodológicos como novas tecnologias – calculadoras, vídeos, computadores e Internet e utilizar calculadora financeira.

Ressaltamos que as ementas das outras disciplinas que a Instituição-A oferece não nos informam que utilizam as TIC como ferramenta pedagógica, ou seja, disciplinas da categoria 3.

Por meio da análise do Projeto Pedagógico da Instituição-B podemos categorizar as disciplinas que a instituição oferece na categoria 3, pois suas disciplinas são de formação Matemática que usam as TIC como ferramenta educacional.

As disciplinas Cálculo Diferencial e Integral, Matemática Financeira e Fundamentos da Matemática Elementar destacam nas metodologias o uso de softwares propícios para a construção de gráficos, sendo que os conteúdos propostos são desenvolvidos por meio de situações-problema e aulas no laboratório de informática e de prática da Matemática.

A disciplina Geometria tem como objetivos estimular a utilização de recursos tecnológicos no laboratório de informática, tais como o software específico de Geometria dinâmica, explorar o software Cabri-Géomètre e a edição de textos matemáticos com o uso do Microsoft Equation no Word, além de ter aulas práticas no laboratório de Matemática. Portanto, podemos classificar essa disciplina como da categoria 3. O Professor-B, que leciona essa disciplina, utiliza as TIC como recurso pedagógico para a construção dos conhecimentos geométricos, mas enfoca sua aula propondo a investigação das TIC aplicadas à Educação por meio de leitura de artigos que enfatizam as vantagens e desvantagens do uso do software Cabri Géomètre; ele orienta os licenciandos de como utilizar as tecnologias na prática docente e suas atividades usando o software voltadas para o Ensino Fundamental e Médio, enquadrando-se também na categoria 2.

Segundo Valente (1999), a formação do professor deve prover condições para o licenciando construir conhecimento sobre as técnicas computacionais, entender por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e ser capaz de enfrentar dificuldades administrativas e pedagógicas. E ainda afirma que:

[...] deve-se criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vivida na sua formação para sua realidade de sala de aula, compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir. (VALENTE, 1999, p. 113).

Com esse estudo, entendemos que as três categorias têm papel fundamental na formação inicial de professor, pois os licenciandos precisam saber manipular a máquina, utilizar softwares de edição de texto, de planilhas eletrônicas, de apresentação e fazer pesquisas pela Internet para ter segurança em frente ao uso das tecnologias. Precisam, também, aprender a utilizar os recursos em sua prática docente, pois não adianta dominar a máquina se não souber aplicar atividades com o uso do computador, objetivando a construção do conhecimento, pois, segundo Valente (1999), deve-se utilizar o computador como máquina para ser ensinada. Não podemos descartar que o professor deve ter um conhecimento matemático sólido, que pode ser obtido por meio da utilização da tecnologia como recurso de aprendizagem, como defendemos em nosso estudo.

As duas instituições pesquisadas oferecem bons recursos tecnológicos, facilitando o acesso aos laboratórios de informática, seguindo as orientações das Diretrizes Curriculares para Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior de curso de licenciatura de graduação (CNE/CP-1, 2002), que enfatiza que as escolas de formação devem garantir, com qualidade e quantidade, recursos pedagógicos como biblioteca, laboratórios, videoteca, entre outros, além de recursos de tecnologias da informação e da comunicação.

Analisando as duas Instituições de Ensino Superior do escopo dessa pesquisa, acreditamos que essas IES estão parecem oferecer condições para os licenciandos serem capazes de utilizar as tecnologias numa perspectiva inovadora para que aconteça uma aprendizagem verdadeira, buscando a construção dos conhecimentos matemáticos nos seus futuros alunos. As instituições oferecem recursos materiais e tecnológicos, além de disciplinas que contemplem categorias que analisamos, mas a Instituição-A precisa envolver os professores de formação Matemática para utilizarem as TIC como ferramenta educacional em suas aulas. Já a Instituição-B poderia colocar em sua grade