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Categorização dos Objetos de Estudo

CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.3 Categorização dos Objetos de Estudo

Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – Mórmons

Figura 8 – Templo de São Paulo (Mórmons). Fonte: LDS.org

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a pessoa jurídica (Associação Brasileira da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias, no Brasil) e nome de todas as igrejas dos Mórmons. Estes representam uma religião cristã e a sua igreja foi organizada em Fayette, Nova York, na data de 6 de Abril de 1830 sob a liderança de Joseph Smith que aos 14 anos, na primavera de 1820 vivenciou uma aparição em resposta a seus questionamentos religiosos que o inspirou a construi-la (Especialista Mórmons, 2015).

Os mórmons utilizam a Bíblia Sagrada como nas demais religiões cristãs, mas possuem também seu próprio livro sagrado conhecido como o Livro de Mórmon. Este se trata de um convênio de escrituras que fala sobre Jesus Cristo nos relatos a partir de profetas antigos que foram visitados por Ele após a sua ressureição na América antiga. O livro recebeu o nome de um dos últimos profetas antigos desses relatos e foi traduzido por Joseph Smith (MÓRMONS.ORG, 2015).

Os mórmons, no período de organização da igreja, sofreram grandes perseguições por conta de suas crenças. Joseph Smith foi inclusive assassinado por conta disso em 1844 (Especialista Mórmons, 2015).

Devido a essa perseguição, os pioneiros dessa igreja, junto a Joseph Smith tiveram que se deslocar para o oeste dos Estados Unidos, onde hoje está localizado o estado de Utah. Eles foram, de acordo com as entrevistas realizadas nesta pesquisa, os responsáveis pela

colonização dessa área dos Estados Unidos. O estado de Utah, dessa forma, tornou-se a sede mundial da igreja dos Mórmons, na cidade de Salt Lake City.

Existem hoje inúmeras capelas Mórmons espalhadas pelo mundo e em número menor, templos também. No Brasil, existem mais de 2000 congregações. A diferença entre capelas e Templos é que as capelas são locais considerados públicos e são dedicados à adoração onde Mórmons e visitantes se reúnem para orar, compartilhar o sacramento, estudar escrituras e conversar sobre suas responsabilidades. Os Templos por sua vez, a chamada “Casa do Senhor”, é um local dedicado à realização das chamadas ordenanças sagradas como o casamento com a crença de união para a eternidade e também batismo por pessoas falecidas que não chegaram a receber o evangelho de Jesus Cristo. Apenas os Mórmons que obedecem aos mandamentos de Deus podem frequentá-los (Especialista Mórmons, 2015).

No Brasil existem atualmente 6 Templos: São Paulo, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Manaus. Em construção encontram-se os de Fortaleza e Rio de Janeiro.

De acordo com o entrevistado especialista ligado à organização dos Mórmons, Fabio Nascimento, membro da congregação e Diretor Assistente de assuntos públicos na igreja no Brasil, a organização da igreja acontece da seguinte forma.

Cada congregação se chama Ala e se for uma congregação pequena, se chama Ramo. Existe um bispo que é considerado o líder espiritual da congregação. Um conjunto de alas e ramos, formam uma Estaca. Cada Estaca é considerada como uma diocese que representa um conjunto de igrejas. No Brasil existem mais de 260 Estacas.

As lideranças da igreja são voluntárias e leigas, ou seja, os líderes possuem seus trabalhos e famílias, inclusive o Bispo e os Presidentes de Estacas. Nesse caso, essas lideranças não são figuras sustentadas pela igreja. O Bispo de Ala seria a figura equivalente a um Padre na religião católica ou Pastor, na religião Evangélica.

Os Bispos são selecionados por revelação, ou seja, pela percepção dos líderes de Estaca nessa indicação em decorrência de um período de orações. Por isso o líder indicado pode ser considerado leigo, no sentido de não ter necessariamente uma formação acadêmica mais evoluída.

Além dessa estrutura eclesiástica, existe também uma estrutura que administra a igreja. Nesse caso são pessoas assalariadas que organizam diversas áreas administrativas da igreja e que em sua maioria são Mórmons. Existem ainda pequenas exceções para cargos que exigem um conhecimento técnico especifico não encontrado ainda entre os membros da igreja.

A cultura do voluntariado é muito importante e presente na igreja dos Mórmons, estando esses presentes em diversas atividades de auxilio social. Existe inclusive um

programa chamado Mãos que Ajudam com diversos projetos voluntários em andamento, além de parcerias realizadas com outros já existentes, não necessariamente provenientes da comunidade Mórmon, como parceria com o programa Brasil Voluntário e participações em situações de desastres naturais onde a comunidade necessita de ajuda.

Existem ainda professores dos jovens que conduzem cursos, preparam para um emprego entre outros ensinamentos. Isso acontece tanto para os jovens como crianças, na chamada Primária.

Outros voluntários ainda, principalmente quando entram no período de aposentadoria, ou ainda que reservam algumas economias para se dedicarem alguns anos ao voluntariado, se propõem a participar de programas que tutelam os missionários fora de suas residências.

Esse último grupo é um dos mais importantes para a igreja dos Mórmons. Tratam-se de jovens (mulheres a partir dos 19 anos e homens, a partir dos 18) que se candidatam e são selecionados pela igreja para serem missionários em tempo integral, geralmente fora de suas residências em um período de 2 anos para os rapazes e 1 ano e meio para as garotas. Esse é inclusive o maior fluxo existente de deslocamentos dessa organização (G1, MÓRMONS, 2015).

Existem alguns fundos construídos em caráter de doação por parte dos Mórmons dedicados ao desenvolvimento destes, como auxílio na educação e deslocamentos de missionários que não podem arcar com suas despesas. Pois em vias de regra, são os pais dos missionários que costumam arcar com a despesa de deslocamento, inclusive com o valor mensal dados a eles durantes as missões para se manterem em trabalho.

Dessa forma, a comunidade Mórmon divide-se em: corpo eclesiásticos (o profeta que é o primeiro presidente e seus conselheiros, os 12 apóstolos, Bispos, líderes de Estadas e Presidentes de Congregação), corpo administrativo (funcionários assalariados que trabalham na gestão de atividades administrativas da igreja), voluntários (que participam de programas específicos da igreja como a tutela de missionários), missionários (jovens que são voluntários em tempo integral e deslocam-se para fora de suas residências para pregar o evangelho) e comunidade Mórmon (são os fiéis que membros dessa igreja) (Especialista Mórmons, 2015).

JBS – Brasil

Figura 9 – Logomarca JBS-Brasil. (Fonte: http://www.jbs.com.br)

A empresa JBS é considerada uma empresa líder no mundo em processamento de carnes bovina, aves, ovina e participação na produção de carne bovina. Sua principal atuação é no setor de alimentos, mas possui ainda iniciativas e produção nas áreas de couro, biodiesel, colágeno, produtos de limpeza e embalagens metálicas.

A JBS é considerada ainda a maior exportadora do mundo de proteína animal, com uma rede de vendas que atinge mais de 300 mil clientes localizados em 150 países.

Com mais de 60 anos de existência, possui mais de 200 mil funcionários espalhados pelo mundo em cerca de 340 unidades de produção, distribuídos em 24 países, com abrangência nos 5 continentes (G1, JBS, 2015).

Suas áreas de atuação dividem-se em quatro:

 JBS Carnes: da qual fazem parte marcas como Swift, Bertin e Friboi;

 JBS Couros: área inaugurada no ano de 2009;

 JBS Foods: com marcas como Seara, Massa Leve, Doriana, Rezende, entre outros;

 JBS Novos negócios: área que transforma os subprodutos e resíduos do processamento de carnes em produtos de valor agregado e de contribuição à sustentabilidade, como JBS Ambiental – Soluções em resíduos, JBS Colágeno e TRP Caminhões Seminovos. Dentro dessa área encontram-se ainda atividades ligadas ao biodiesel, produtos de limpeza e embalagens metálicas (JBS-BRASIL, 2016).

A JBS teve início no ano de 1953 com a inauguração de uma pequena planta de processamento de carne bovina, com capacidade de 5 cabeças de carne por dia, na cidade de Anápolis, estado de Goiás. Seu fundador foi José Batista Sobrinho e o nome da empresa era Fundação da Casa de Carnes Mineira.

Entre os anos de 1970 e 2001 a JBS expandiu suas operações com aquisição de unidades já existentes e seu processamento passou então para um número de 5.800 cabeças. De 2001 a 2006, além de operar 21 plantas no Brasil, o grupo se expandiu internacionalmente e passou a operar 5 plantas da Argentina. Sua capacidade de processamento passou então para o número de 19.900 cabeças (JBS-BRASIL, 2016).

Em 2007 foi a empresa abriu capital na bolsa de valores do Brasil e desde então adquiriu outras marcas internacionais de alimentos como a norte-americana Swift Company, marcando seu ingresso nos mercados dos Estados Unidos e Austrália e Grupo Toledo na Bélgica. Existiram ainda outras marcas adquiridas como as norte-americanas Smithfield Beef, participação acionária na Pilgrim’s Pride e as australianas Tasman Group, Tatiara Meats e Rockdale Beef. Confinamentos norte-americanos também passaram a ser parte do grupo JBS como Five Rivers e McElhaney (JBS-BRASIL, 2016).

Com a aquisição da Seara em 2013, a JBS consolidou-se também como líder no processamento de aves.

A JBS possui um conselho administrativo formado por 11 membros com mandato vigente de 2 anos (com possível reeleição) que são os responsáveis por definir as tomadas de decisão, estratégias de investimentos, definição de política de atuação, monitoramento do desempenho da companhia e supervisão e gestão da diretoria do grupo. Este conselho possui assessoria nas decisões estratégicas que provem dos seguintes comitês: Sustentabilidade, Auditoria, Financeiro e Gestão de Riscos, Gestão de Pessoas e de Inovação e Marketing (JBS-BRASIL, 2016).

Atualmente, o presidente global da JBS é Wesley Batista seguido de outros presidentes de divisões como os da JBS Mercosul, JBS USA e JBS Foods.

8º Distrito Naval – Marinha do Brasil

Como organização militar a ser estudada nesta pesquisa, optou-se pelo 8º Distrito Naval – Marinha do Brasil. É importante ressaltar que a entrevista proveniente desse objeto, assim como as informações concedidas referem-se apenas à jurisdição deste distrito. O mapa da área de jurisdição do Comando do 8º Distrito Naval foi delimitado em função das bacias

hidrográficas, correspondendo ao Estado de São Paulo e uma parte do Estado de Minas Gerais.

Figura 10 – Mapa da área de jurisdição do Comando do 8º Distrito Naval.

O 8º Distrito Naval tem como missão contribuir para o cumprimento das tarefas de responsabilidade da Marinha do Brasil, na jurisdição a qual atua. Dessa forma, algumas das tarefas atribuídas a esse comando, são:

 executar as operações navais, aeronavais e de fuzileiros de caráter naval;

 apoiar unidades e forcas navais, aeronavais e fuzileiros navais;

 contribuir para a segurança do tráfego aquaviário, referente à segurança da navegação e salvaguardar a vida humana, em hidrovias interiores, mar aberto e na prevenção da poluição hídrica por embarcações, plataformas e instalações de apoio;

 implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos no mar e águas interiores;

 supervisionar atividades de assistência cívico-social às populações ribeirinhas, entre outros (8º DISTRITO NAVAL, 2016).

Figura 11- Organograma do 8º Distrito Naval – Marinha do Brasil.

N-ComGptPatNavSSE – Núcleo do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste.

CPSP (Santos) – Capitania dos Portos em São Paulo, localizada na cidade de Santos. Contribui para a orientação, coordenação e controle de atividades referentes à Marinha Mercante e organizações correlatas no que compete a segurança da navegação, salvaguarda da vida humana, prevenção da poluição hídrica e defesa nacional.

CCEMSP – Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo. Coordena os esforços de integração da Marinha com Institutos de Educação e Pesquisas, Indústrias e áreas científicas e tecnológicas. Está localizado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

CFTP (Barra Bonita) – Capitania Fluvial do Tietê-Paraná. Atua sobre 369 municípios do Estado de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

DelSSebastião – Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião. É subordinada à Capitania dos Portos de São Paulo.

DelEpitácio – Delegacia Fluvial de Presidente Epitácio. Também localizada na Hidrovia Tietê-Paraná. É subordinada a CFTP e atua em 131 municípios do Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A Comissão Naval de São Paulo foi criada em 1975 e teve seu nome alterado para o Comando do 8º Distrito Naval (Com8ºDN) no ano de 1997. Além do estado de São Paulo, possui ainda jurisdição em alguns municípios dos estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul (8º DISTRITO NAVAL, 2016).

CAPÍTULO 4 – RESULTADOS

O quarto capítulo desta dissertação teve como objetivo caracterizar os entrevistados que fizeram parte desta pesquisa, apresentar a Mobilidade Corporativa como acontece nas organizações abordadas de acordo com as informações transmitidas, bem como analisar os resultados encontrados, tendo por fim as considerações da pesquisadora para este trabalho.

A fim de melhor identificar os respondentes ao longo do conteúdo que será trazido, buscou-se criar uma legenda de identificação seguindo o nível de autorização presente nos Termos de Consentimento, sendo:

Organização Religiosa – Mórmons GRUPO 1

Gestora de viagens: Déborah Fernandes G1, Mórmons. GRUPO 2

Stakeholders 1: Ruben Arias G2.1, Mórmons.

Stakeholder 2: André Silveira G2.2, Mórmons.

Organização Privada – JBS-Brasil GRUPO 1

Gestora de viagens: Cynthia Hohl G1, JBS. GRUPO 2

Stakeholder 1: Representante Fornecedor-Hotel G2.1, JBS.

Stakeholder 2: Representante TMC G2.2, JBS.

Organização Militar – 8º Comando Naval GRUPO 1

Comandante: 8º Comando Naval G1, 8ComNav.

Entrevistado não identificado G1.2, 8ComNav. GRUPO 2

Stakeholder 1: representante do Grupo Familiar G2, 8ComNav. Especialistas

Fábio Nascimento Especialista, Mórmons.

Beatriz Chueco Especialista, TMC.

4.1 – Caracterização de entrevistados e Mobilidade Corporativa – Mórmons

A entrevistada que formou o Grupo 1 da organização religiosa, os Mórmons, Igreja de Jesus Cristo do Santos do Últimos Dias, foi a Gerente de Viagens e Frotas da instituição.

Déborah atua nessa instituição desde 2012 dentro do setor de viagens, tendo participado de uma evolução profissional interna até chegar ao cargo que se encontra hoje. É também membro da igreja, assim como a maior parte do departamento administrativo.

Em sua entrevista Déborah indicou como os seguintes stakeholders a serem entrevistados: Rubem Arias e André Silveira.

Ruben Árias faz parte da instituição dos Mórmons há 10 anos, tendo transitado por algumas áreas administrativas até chegar ao cargo que ocupa atualmente de Gerente do Departamento de RH da instituição do Mórmons. André Silveira faz parte da mesma instituição há 15 anos e também participou de uma evolução profissional na instituição até ocupar o cargo atual de Gerente de Materiais da organização. Ele coordena cerca de 93 funcionários, entre eles, Déborah Fernandes, entrevistada do Grupo 1.

Tanto Ruben Arias, como André Silveira, são membros da igreja também. São mórmons.

Todas as entrevistas foram realizadas na Avenida Professor Francisco Morato, 2390, onde se encontra a sede administrativa da organização no Brasil. Os entrevistados G1, Mórmons e G2.1, Mórmons, tiveram suas entrevistas gravadas. No entanto, o entrevistado G2.2, Mórmons, não concedeu essa mesma autorização, tendo suas respostas escritas, posteriormente validadas, para então utilização nesta pesquisa.

Em relação aos demais procedimentos de campo no que compete ao Grupo 1 e Grupo 2, foram devidamente aplicados como previsto nos procedimentos metodológicos.

Mobilidade Corporativa

A Mobilidade Corporativa dos Mórmons, no que compete a gerência da gestora da organização aqui no Brasil, distribui-se entre a mobilidade dos missionários da instituição, mobilidade dos funcionários administrativos que se encontram na matriz da cidade de São Paulo e organização de voos domésticos de membros da igreja, sejam eles administrativos ou voluntários que moram fora do Brasil.

A organização no Brasil possui ao todo 5.300 missionários e aproximadamente 530 missionários brasileiros servindo no exterior.

Para serem missionários os garotos precisam ter entre 18 e 26 anos e terem sido dispensados do serviço militar. As garotas precisam ter entre 19 e 28 anos. Ambos precisam se cadastrar em um sistema da igreja, inserir seus dados, para que um líder eclesiástico de sua região possa se certificar de que ele é um jovem preparado para tal atividade (G1, Mórmons). Quando selecionados recebem em suas casas uma notificação dizendo que foram escolhidos e onde irão servir. As moças, as chamadas sisters irão servir em período integral por 1 ano e meio e os rapazes, élderes, irão servir por 2 anos (Especialista, Mórmons).

A logística desses deslocamentos funciona da seguinte forma: todos aqueles que servirão como missionários, de qualquer parte do Brasil, dirigem-se primeiro para a cidade de São Paulo, onde permanecerão por três semanas de treinamento no CTM (Centro de Treinamento de Missionários) localizado no Bairro do Limão. Para isso são utilizados transportes aéreos para trazê-los, serviço de recepção nos aeroportos e transfers ao CTM. Após o período de treinamento são novamente levados ao aeroporto para serem então destinados a uma das 34 áreas geográficas do Brasil, onde irão servir (G1, Mórmons).

O CTM de São Paulo também abriga os missionários estrangeiros de língua portuguesa que servirão no Brasil.

Esses deslocamentos organizados pela gestora no Brasil têm seus custos arcados pelo Fundo dos Missionários que é um dos fundos criados pela igreja, que tem a contribuição de seus membros e que irá custear esses deslocamentos.

Os missionários permanecerão geralmente em alojamentos, realizarão suas atividades diárias de pregar suas crenças e apresentar a igreja sempre em duplas, e receberão como auxílio apenas o suficiente para seu deslocamento, alimentação ou despesas com moradia caso estejam em uma localidade que ainda não possui um alojamento (G1, Mórmons).

Quando um missionário brasileiro servir no exterior a passagem de ida será solicitada pela organização no Brasil, mas a sua passagem de retorno será providenciada pela agência de seu destino (G2.2, Mórmons).

Além dos deslocamentos de missionários, existem também os deslocamentos dos funcionários que representam aproximadamente 700 colaboradores presentes na sede de São Paulo. A gestora entrevistada também cuida destes deslocamentos que possuem pontos diferentes dos missionários. Neste caso, o colaborador que precisa fazer uma viagem, realiza a solicitação em um sistema de self booking (utilizado pelo grupo corporativo e Vips), onde a mesma será encaminhada para o seu gestor de área, que em caso de aprovação, seguirá para a

gestora de viagens efetivar o pedido junto à agência de viagens corporativa contratada (TMC), para gestão dessas viagens.

Neste caso são utilizados serviços de transporte aéreo, ficam hospedados em hotéis e não em alojamentos, e se necessários, serviços de deslocamentos como taxis que podem ser pagos por conta própria seguido de pedidos de reembolso ou com a utilização de empresa conveniada que efetua pagamento faturado.

Existem ainda os casais missionários e presidentes de missões que por um determinado tempo se programam para servir fora de suas casas, muitas vezes sendo os tutores dos missionários da região para onde se deslocam. Nesse caso os casais utilizam de seus próprios recursos para viverem no destino escolhido, tendo apenas um subsídio da igreja para auxiliar. Em especial para os presidentes de missões, a igreja disponibiliza um local para morarem, principalmente pelo fato de muitas vezes terem que levar a família junto com eles.

De uma forma geral existem três grandes grupos que se deslocam: o grupo de missionários, o grupo administrativo e o chamado grupo VIP, o eclesiástico. Este é considerado VIP por seu prestígio espiritual na organização e, portanto, não precisa de autorização para viajar. Geralmente hospedam-se em hotéis de maior conforto. O grupo de missionários não tem poder para decidir sua viagem. Será feito o que for determinado entre a gestora dos Mórmons e a TMC. O grupo administrativo hospeda-se em hotéis de médio conforto seguindo um fluxo de aprovação de seu superior por intermédio de um sistema self booking. (G2.2, Mórmons).

4.2 – Caracterização de entrevistados e Mobilidade Corporativa – JBS-Brasil

A entrevistada que formou o Grupo1 da organização privada foi Cynthia Hohl que faz parte da empresa há cerca de 3 meses como gestora de viagens. A mesma atua há 18 anos na área de viagens corporativas tendo trabalhado antes em uma TMC. Dentro desta TMC teve uma evolução profissional que foi de consultora, emissora, a departamento comercial. Em termos de cargo, evoluiu para supervisora, coordenadora e encerrou suas atividades ali como gerente geral.

Em sua nova jornada profissional, atua agora em uma empresa que antes era considerada como um cliente de TMC. Seu novo desafio é criar um departamento de viagens para a JBS-Brasil que antes tinha sua demanda de viagens gerenciada pelo departamento de suprimentos. Com o crescimento da empresa e maior número de viagens, tornou-se necessário a criação de um departamento para cuidar apenas das questões de deslocamentos.

Após sua entrevista a gestora indicou como importantes stakeholders a serem

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