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As festas sempre fizeram parte da vida do homem, homenageando, honrando ou rememorando fatos, personagens e significados. Considerada uma solenidade comemorativa destinada a pessoas ou fatos importantes, a festa é programada de forma roteirizada, acompanhada por música, dança, comidas e bebidas, aproximando o público presente aos propósitos da celebração. E é por meio das observações e das interpretações dessas manifestações populares que se torna possível descobrir os códigos, crenças e identidade cultural de indivíduos e seus grupos.

Para Mary Douglas e Baron Isherwood (2013, p. 40), o consumo de eventos é considerado

(...) um sistema de rituais recíprocos que envolvem gastos para marcação apropriada da ocasião, seja dos visitantes e anfitriões, seja da comunidade em geral. (DOUGLAS; ISHERWOOD, 2013, p. 40)

As celebrações festivas proporcionam sociabilidade e a representação de crenças. Dessa forma, a valorização conferida a um objeto intencional da festa tem a primazia sobre os elementos materiais que a compõem.

Sob a perspectiva do consumo ritualístico, a utilização de um ritual pelo consumidor de eventos solenes inclui ações simbólicas influenciadas por grupos e sociedades de convívio. Por sua ação social roteirizada, o ritual remete uma noção de comportamento simbólico-expressivo, manipulando significados e comunicando uma categorização coletiva ou, até mesmo, individual.

Rook (1984) apresenta a experiência ritual humana por meio de quatro componentes: artefatos rituais, roteiro do ritual, representação de papéis do ritual, e audiência do ritual. Nesse contexto, os artefatos costumam comunicar mensagens simbólicas, integradas ao significado da experiência como um todo. O roteiro do ritual identifica não somente os artefatos a serem usados, como também a sua sequência comportamental e o público que o utiliza.

Em entrevista com o Frei João, da Capela da PUC - Pontifícia Universidade Católica - em São Paulo, o casal Paula e Lucas expressou o desejo de utilizar na cerimônia de seu casamento os símbolos que remetessem às suas histórias familiares. Com família de origem nordestina, a noiva solicitou ao celebrante que utilizasse artefatos em barro para a benção e discursasse sobre os nordestinos do Brasil. “Tivemos quatro pajens com roupas de algodão bem rústicas, carregando ciranda de presépio de barro, São Francisco de madeira, flores e as alianças”. Sobre as músicas da solenidade, Paula ressalta:

Utilizamos músicas totalmente fora do padrão na igreja, por exemplo: Preta Pretinha (Novos Baianos); Beatles estilo forró (Rita Lee); Esperando na Janela e Abacateiro (Gilberto Gil) e Cordel do Fogo Encantado.

Já o noivo de Paula, Lucas, solicitou que fosse lida na cerimônia uma carta de um frei amigo de sua família, enviada na época da Ditatura Militar no Brasil44,

pois sua família teve uma atuação pacifica e ativa nesta época. Para Lucas, o roteiro adaptado junto ao Frei, em uma solenidade católica, representou uma “cerimônia conduzida e pensada a partir da história das nossas famílias”.

Jamilly e Rodrigo optaram por uma cerimônia pagã em seu casamento, utilizando artefatos da cultura wicca45 para a composição do altar: “Como

wiccanos utilizamos athame46, água, terra, fogo, incensos, velas, estátua da

Grande Mãe, estátua da Deusa Brigith, fitas e flores”, comenta Jamilly. No ritual sugerido pelos noivos, a benção das alianças foi substituída pelo ato pagão denominado handfasting, apontado por Post (2006) como um ato secular ainda presente nas solenidades contemporâneas:

During the service, the couple´s hands are ceremonially tied with rope or cords to symbolize their union. [...] Handfasting today signifies the enduring nature of the marriage commitment. It may be the source of the phrase “tying the knot”. (POST, 2006, p. 224)47

44 Período de 1964 a 1985

45 Religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas da Europa ocidental, que afirma a existência do poder sobrenatural e de princípios físicos e espirituais que interagem com a natureza.

46 Punhal, tradicionalmente de cabo preto e dois gumes, usado na Wicca e em algumas linhas de bruxaria.

47 Durante o ato, as mãos do casal são cerimoniosamente atadas com cordas ou cordões para simbolizar a sua união.

[...] Handfasting atualmente representa a natureza duradoura do compromisso matrimonial. Esta pode ser a origem do termo “atando os laços”. (Tradução nossa)

Bruna e Felipe também escolheram o handfasting para sacramentar sua união, como uma ação complementar à benção das alianças. Além das cordas utilizadas para o ato, artefatos medievais foram produzidos pelo casal e compuseram a cerimônia, nas mãos dos noivos e de padrinhos, como apresentado na figura 31.

Figura 31. Artefatos e trajes personalizados (acervo pessoal)

No caso de Vanessa, 35 anos, e Ronaldo, 37 anos, a celebração do casamento foi planejada sem nenhuma interferência de rituais religiosos. O roteiro, lido pelo celebrante foi criado pelos noivos, contando a história do casal desde o início do namoro. E as ações roteirizadas envolveram os casais de padrinhos durante toda a solenidade:

Houve um ritual concebido por nós, noivos, em que cada casal entregou um objeto que simbolizava algo importante no matrimônio (Vanessa, 35).

Vanessa conta que dentre os artefatos presentes no altar, entregues em cortejo pelos padrinhos e pais dos noivos, simbolicamente estavam “garrafas de água (transparência), vinho (amizade), pimentinha (erotismo), rosa (romance), café (sentar para conversar sempre e fazer planos) e livros (sabedoria) ”. Cada elemento continha um significado, ofertando aos noivos os votos de seus padrinhos, como no exemplo da rosa entregue por Daniel e Priscila:

Que seu relacionamento seja sempre romântico, com raízes fortes, profundas, mesmo que, como a rosa, tenha espinhos, mesmo que algumas pétalas caiam, vocês procurem manter a beleza do seu relacionamento.

Outro diferencial no roteiro do casamento de Vanessa e Ronaldo, foi a inclusão do cerimonial de registro civil, realizado por um juiz de paz fora de seu ambiente de trabalho, o cartório. No trecho citado abaixo, é possível observar a inserção do ato do registro na abertura do ritual planejado para o casamento. No texto, o celebrante diz:

Primeiro vou passar a palavra ao Juiz da Paz que selará essa união perante a lei, ficando assim registrado nos livros públicos o dia de 5 de maio de 2012 como a data oficial do casamento de Vanessa e Ronaldo. Aproveito para convidar ao altar os padrinhos do civil, Plinio e Antônia Junqueira de Castro.

Para Bruna e Felipe, o roteiro do seu casamento também foi elaborado rigorosamente, sem a utilização de preceitos religiosos e de acordo com o sonho e estilo do casal. Com base na literatura medieval, os noivos criaram ações diferenciadas no ritual da benção solene; seguindo um conjunto de ações e uma linguagem de cunho lúdico e folclórico, o celebrante oficializou a união diante das testemunhas.

Jamilly considera um diferencial ritualístico em sua celebração ao mencionar que as músicas, os artefatos e as ações conduzidas pelo celebrante foram trabalhadas com princípios pagãos. “No final, abrimos um círculo de proteção, pedimos benção dos 4 elementos e convidamos um deus e uma deusa para abençoar”, diz Jamilly.

O evento de casamento é um ritual de valores culturais que marca socialmente uma transição, e o seu consumo aporta sentido aos objetos concernentes à formalidade da ocasião. Os adereços e indumentárias produzidos e usados nestas celebrações são carregados de simbologia, traduzindo a herança cultural e a identidade do casal.

Figura 32. Brasões figurativos Figura 33. Brasões figurativos (acervo pessoal)

Nas figuras 32 e 33, é possível observar o desejo de interpretação de uma identidade de casal, representada por meio da produção de um cenário medieval para a celebração de seu casamento. Bruna e Felipe escolheram festejar a sua união em um ambiente produzido com artefatos personalizados, tais como os brasões criados para representar as suas famílias. Neste caso, houve um cuidado na reprodução do cenário dentro do contexto desejado pelo casal, incluindo símbolos e elementos folclóricos da literatura medieval.

Foi uma mistura de Talken, Game of Thrones e Zelda, mundos mágicos que se conversam. Utilizamos de uma magia mais folclórica do que mitológica. (Felipe, 22)

Salientando a visibilidade do ritual, Rook (1984) afirma que o mesmo pode ser voltado para uma audiência maior do que a das pessoas com papel específico na sua realização, ou seja, o ritual pode atingir uma comunidade por meio da socialização ou da influência de um grupo. No casamento de Bruna e Felipe, não só os noivos e os padrinhos, mas todos os convidados estavam caracterizados com figurinos medievais e consumiram elementos específicos, oferecidos no evento de acordo com o tema da celebração.

Figura 34. Figurinos e adereços com tema Medieval (acervo pessoal)

Desse modo, compreende-se que, na contemporaneidade, os diferentes tipos de rituais de matrimônio permitem a utilização de elementos personalizados para a representação de uma linguagem identitária e, muitas vezes, singular de celebração. Na figura 35, é possível observar a indumentária confeccionada para o celebrante Luciano Toledo para a condução do roteiro solene com base na literatura medieval.

Figura 35. Vestimenta personalizada (acervo pessoal)

Na celebração do casamento de Jamilly e Rodrigo, a temática Rockabilly se fez presente nos trajes dos noivos e dos convidados, bem como na trilha

sonora da festa. Para Jamilly, a identificação dos convidados pelo gosto musical dos noivos foi fundamental para a composição do cenário temático e singular de seu casamento: “Somos amantes dos anos dourados, dançamos jive rockabilly e queríamos tudo isso na nossa festa. Dançar com os amigos que tem o mesmo gosto”.

Figura 36. Baile Rockabilly (Abdu Eventos)48

Após tantas preparações para uma memorável celebração, o registro do evento por meio da fotografia e da filmagem é de grande relevância para o casal anfitrião. Para divulgar fotos e recordações da festa, os noivos Bruna e Felipe criaram uma página na internet, também descrevendo o roteiro de produção de cada artefato utilizado na celebração. Ao criar o site, a noiva também intencionou promover o seu trabalho de artesanato de elementos medievais, a serem customizados para eventos e comunidades consumidoras do tema.

O registro de cerimônias por meio da fotografia capta comportamentos que são socialmente aceitos e, portanto, já solenizados, materializando a imagem que um grupo pretende apresentar de si próprio. Compartilhar fotos permite a narração de temas e eventos por meio de imagens, como um modo de expressão de identidade.

Segundo as observações de Jorge Viana Santos (2009), o registro dos símbolos do casamento, mesmo quando associados às testemunhas do matrimônio, faz parte de um cenário ritualístico e, ao mesmo tempo, singular, dada a construção de identidade do casal. Visando um efeito estético combinado ao simbólico e utilizando-se de técnicas fotográficas diversas, os símbolos são recriados, “a fim de garantir a um só tempo a fixação do instante e a possibilidade de interpretação do mesmo, o que resultará na sua (re)encenação.” (SANTOS, 2009, p. 145)

Além de páginas e vídeos na internet, divulgando festas e casamentos originais e extravagantes, há também atualmente muitas atrações sobre o segmento na mídia televisiva brasileira. No programa Fábrica de Casamentos, do canal televisivo SBT49, onde foi transmitido o processo de produção do

casamento de Kátia e Alexandre, há a intenção de atender a pedidos inusitados por parte dos noivos, como elementos customizados para os seus eventos. Os profissionais contratados pela emissora buscam satisfazer os sonhos de consumo dos casais selecionados para a realização de celebrações de casamentos personalizados.

Todo o casamento foi organizado pela produção do programa, sem a participação dos noivos. Acreditamos que a equipe se preparou com algum roteiro baseado em nosso desejo pelo tema dança (...) com foco no tema tango. (Kátia, 35)

A intenção do programa Fábrica de Casamentos é apresentar o planejamento de um evento de casamento em São Paulo, reproduzindo elementos lúdicos que satisfaçam os desejos de um público ávido por novidades e tendências do setor. Em seus primeiros meses de transmissão, além de grande repercussão do programa na mídia, houve um aumento de patrocínio e apresentação de marcas e produtos para o segmento50. Desse modo,

compreende-se que há no programa de TV a intenção de uma repercussão do

49 Sistema Brasileiro de Televisão, canal aberto da televisão brasileira

50 Para Felipe Raizer: “Além dos ótimos resultados na audiência, o Fábrica de Casamentos também é um sucesso comercial, com todas as cotas de patrocínios vendidas e também de repercussão, sendo sempre um dos assuntos mais comentados do twitter.” vide RAIZER, Felipe. “Fábrica de Casamentos” impressiona pela qualidade de produção, mas tem estreia tímida no SBT. In: TV Audiência. 05 MAR 2017. Disponível em: <http://ctvaudiencia.com/fabrica-de- casamentos-impressiona-pela-qualidade-de-producao-mas-tem-estreia-timida-no-sbt/>. Acesso em: 28 JUL 2017.

desejo por um consumo de elementos personalizados para uma audiência particular e específica.

Figura 37. Divulgação do casamento de Kátia e Alexandre

(Instagram)

Figura 38. Divulgação do casamento de Kátia e Alexandre (acervo pessoal)

Neste contexto, entende-se ainda que o consumo dos elementos do casamento estimula um consumo de produtos e serviços, muitas vezes reinventados e aprimorados, acompanhando demandas e mudanças sociais, econômicas e, principalmente, evoluções tecnológicas. Considerando que esses elementos são constantemente relacionados como objetos de status e prestígio social, é possível associar o consumo de determinados artefatos ritualísticos do casamento a aspectos conspícuos, acompanhados à legitimidade da ocasião.

Ao responder sobre qual seria um aspecto singular de seu casamento, Vanessa apontou o cenário “mágico” e intimista da recepção aos convidados em sua residência, como um destaque de sua solenidade personalizada:

A cerimônia diferente e personalizada, os convidados queridos e a decoração com flores do campo bem colorida e, ao mesmo tempo elegante; e o estilo lounge no meio de um jardim exuberante criou um clima muito mágico (Vanessa).

Já o aspecto conspícuo se faz presente quando, além da repercussão do evento para a audiência presente, todos os registros da celebração são compartilhados pelos anfitriões em redes sociais. Ao compartilhar fotos com os seus objetos personalizados para o casamento, como por exemplo convites e

lembranças, os noivos provocam uma sensação de singularidade diante de sua nova posição social conquistada, em um ideal de pertencimento, coesão, identidade e referência.

Ao entregar, junto ao convite para o casamento, um CD contendo fotos e músicas de sua preferência e história de vida, o casal Vanessa e Ronaldo garantiu que os convidados identificassem o roteiro personalíssimo que foi criado para a festividade. Para os noivos, a diferenciação do convite com o CD repercutiu de forma positiva, pois “os convidados amaram”, como enfatiza Vanessa.

Convites especiais aos padrinhos tem sido outro diferencial de mercado, sendo produzidos de forma customizada por gráficas ou empresas especializadas. Além do convite em papel especial, simulando papiro, os noivos Bruna e Felipe prepararam uma caixa com objetos que remetem ao tema medieval, como apresentado na figura 39.

Figura 39. Caixa-convite para padrinhos (acervo pessoal)

Para o convite dos padrinhos, demos para cada um, ou para cada casal, uma caixa personalizada. Cada caixa tem o símbolo da árvore de Gondor, do Senhor dos Anéis, que foram todas feitas pelo nosso amigo. (Felipe)

O ideal de autoexpressão transmitido nas criações dessas peças é característico da cultura de consumo da contemporaneidade, avaliada por Charles Taylor (2011) como uma contribuição para a popularização da “ética da autenticidade”51. Com efeito, a era da informação permite a supressão ou

redução de antigas barreiras de comunicação, bem como uma possível ausência de critérios racionais para a articulação das informações e argumentos, ensejando a influência de múltiplos fenômenos sociais na construção do “eu‟.

Em uma solenidade de casamento contemporâneo, alguns elementos tradicionais continuam a compor o ritual, de maneira a perpetuar a simbologia romântica do sacramento. O uso do buquê, do véu, da grinalda e das alianças, por exemplo, são ações representativas de experimentação do “ser noiva” no ritual do sacramento. Esses elementos podem ser observados na figura 40, que apresenta o vestido branco, acompanhado do véu e um belo buquê de tulipas no cerimonial de registro civil do casamento de Vanessa e Ronaldo.

Figura 40. Registro Civil com elementos tradicionais (acervo pessoal)

51 O pensamento de Charles Taylor sobre A ética da autenticidade sustenta que a formação da identidade, seja do indivíduo ou de um grupo com interesses comuns, é fortemente influenciada por um ideal de autenticidade. Para Taylor, esse ideal não deve ser compreendido como absoluto ou visto apenas como afirmação de individualidades, mas sim regido por determinados padrões éticos – pela a ética da autenticidade.

Contudo, apesar da manutenção dos símbolos românticos que compõem uma solenidade de casamento atual, é no roteiro da celebração que a singularidade se faz presente. Em um roteiro solene tradicional, a função de jogar pétalas de flores em cortejo ou levar as alianças para a benção é dada a floristas, damas de honra ou pajens, representados por crianças. No casamento de Vanessa e Ronaldo, essa função foi designada por figuras afetivas diferenciadas na vida do casal, libertando a representação do ato de sua historicidade comum. As avós dos noivos passam a ter destaque como damas de honra, levando as alianças para o altar.

Um dos momentos mais importantes do cerimonial de casamento é a entrada da noiva. Conduzida pelo pai ou padrinho, ou até mesmo desacompanhada no cortejo, a noiva caminha em direção ao seu noivo, que a espera no altar para a benção da união matrimonial. Em uma ação considerada singular, a noiva Bruna optou por um cortejo folclórico, ao ser acompanhada por “guardiões reais elfos, sendo um escudeiro na frente e guardas e fadas atrás”.

No discurso de Paula, o estilo musical da solenidade foi uma ação singular em seu casamento, quando a música popular brasileira foi apreciada:

As músicas e também a cerimônia foram conduzidas e pensadas a partir da história das nossas famílias. [...]. Creio que as músicas marcaram muito as pessoas, talvez porque não estavam esperando este tipo de música na igreja.

Nas celebrações de casamento contemporâneas, há também o costume de distribuir lembrancinhas aos convidados, agradecendo pela presença no evento. Em algumas ocasiões, como em celebrações ao ar livre, pode-se entregar no início do evento acessórios e presentes para serem utilizados também durante a festa, como chapéus estilizados ou lenços de papel, também conhecidos por “lágrimas de alegria” (figura 41). No casamento de Jamilly e Rodrigo, foram distribuídos pingentes com a pedra do amor, o quartzo rosa.

Figura 41. Lenços “lágrimas de alegria” (Abelha Design)52

A festa de casamento é, portanto, uma manifestação de consumo na qual os bens apresentam-se como elementos estruturantes e de valorização social. Nesse tipo de evento, os rituais imprimem sentido aos objetos, conferindo significados pertinentes à vida social e cultural dos anfitriões. E considerando que tanto o consumo de rituais quanto o consumo conspícuo são próprios do contexto cultural no qual as relações de troca se efetivam, há uma intenção de autenticidade na composição dos elementos do evento de casamento.

52 ABELHA DESIGN. Casamento: lencinhos. Disponível em: <http://abelhadesign.com/casamento/lencinhos/>. Acesso em: 27 JUL 2017.

Figura 42. Noivos e convidados com trajes Rockabilly (acervo pessoal)

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