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ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

1.3 Cenário e sujeitos pesquisados

Integradores, após seis anos de trabalho.

O questionário também foi elaborado com questões abertas, por entender que seria a única maneira de entrevistar professores que não pudessem participar das entrevistas in loco, mesmo com o oferecimento de datas diversas, já que eles faziam parte do grupo inicialmente selecionado para as entrevistas e, mostraram-se dispostos a contribuir com seus depoimentos. As questões foram enviadas eletronicamente, cujas respostas foram encaminhadas, da mesma forma, à entrevistadora.

As questões elaboradas para os entrevistados foram estruturadas de acordo com os objetivos propostos na pesquisa. Mesmo sendo entrevistados por meio de questões direcionadas ao tema, todos ficaram livres para, no momento da fala, expressar seus sentimentos sobre o assunto. A pesquisadora, por sua vez, teve o cuidado de focar as reflexões nos elementos dos Projetos Integradores capazes de contribuir ou não com a integração formativa dos alunos do Curso de Pedagogia, para não mudar o ponto central da entrevista.

Mediante, as respostas e os comentários dos diretores, coordenadores, professores e alunos elaboramos um total de 62 quadros, de forma a classificar os resultados das falas mais frequentes, que tornaram-se indicadoras das categorias de análise, sustentadoras do tema e, relacionadas aos objetivos iniciais traçados, em busca de respostas à questão principal.

1.3 Cenário e sujeitos pesquisados

Em setembro de 2011, participamos na UFAL do VI Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas/ I Encontro da Associação Nacional de Política e Administração em Educação (ANPAE)-AL, no qual apresentamos parte da pesquisa que desenvolvíamos tendo em vista, o Curso de Pedagogia.

Na abertura do evento revimos alguns colegas e fomos apresentadas a outros que seriam prováveis sujeitos da pesquisa. O coordenador do curso e também do evento, nos apresentou ao público presente como ex-professora do Centro de Educação - CEDU, atualmente, morando em Ribeirão Preto e doutoranda na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), como pesquisadora de um trabalho, em andamento, sobre a formação de professores no curso de Pedagogia desta Universidade.

Um dos palestrantes da abertura do evento referiu-se aos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) alagoano. Em 2010, o governo estadual alagoano

encomendou à UFAL um trabalho de pesquisa sobre o IDH de Alagoas, com a finalidade de elaborar um planejamento estratégico. “O resultado da pesquisa não foi novidade, apenas comprovou o que já sabíamos”, disse o palestrante. O estudo mostrou que, se o governo estadual continuar investindo da mesma forma e não mudar as estratégias, em dez anos, os índices continuarão os mesmos, e, o quadro será o mesmo. Por essa razão, o governo do Estado tem de trabalhar, pesquisar e colocar em prática seus projetos em educação.

O tema do Encontro nos animou pelo fato de as discussões serem voltadas à qualidade da educação e à função social da Universidade, e, em se considerando valores tão baixos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o compromisso da UFAL passa a ser ainda maior.

Primeira fase da pesquisa de campo

O fato de conhecermos grande parte dos professores, prováveis sujeitos da pesquisa, favoreceu a coleta dos dados iniciais, bem como nos possibilitou ter maior comprometimento por parte deles, e a garantia do comparecimento às entrevistas realizadas na segunda fase da pesquisa de campo.

Participamos de uma reunião com parte da comissão de avaliação do Curso de Pedagogia, na qual estavam presentes quatro professoras. Assim, fizemos os primeiros contatos com a equipe e apresentamos o projeto de pesquisa, cujo tema central era investigar os desafios e possibilidades dos Projetos Integradores. No primeiro encontro, não gravamos as falas, mesmo porque não tínhamos a intenção de iniciar a pesquisa formalmente. As professoras presentes nos enviaram, por e-mail, alguns relatórios sobre o que foi discutido nas reuniões dessa comissão.

Na apresentação do nosso trabalho, segundo encontro com a turma, estavam presentes quatro alunas do Curso de Pedagogia. Elas apresentaram artigos que foram elaborados nos encontros de Projetos Integradores. Os temas dos trabalhos, num total de quatro, foram diversificados, a saber: “A alfabetização nos primeiros anos do Ensino Fundamental”; “A história do negro ditas no livro didático”; “Os objetivos do Enem”; “A história da relação do sujeito”. A discussão foi muito interessante e a seriedade das alunas foi fundamental, para afirmar a qualidade dos trabalhos apresentados e debatidos, que seriam desenvolvidos nas escolas.

depois de uma conversa informal, solicitamos a que nos concedesse uma entrevista sobre os Projetos Integradores, a qual foi realizada de forma mais livre e exploratória a permitir uma compreensão geral e preliminar. A finalidade última era ter a possibilidade de investigar a forma pela qual estava sendo desenvolvido o PPPG, que anuncia uma proposta de curso de formação inovadora, por meio dos Projetos Integradores.

Quando julgamos que tínhamos o material adequado e que seria importante o retorno ao campo de pesquisa, aliado ao fato de o cronograma da pesquisa já estar adiantado, o fizemos, mesmo sabendo que a UFAL e outras 69 faculdades públicas do país estavam em greve¹, por melhores condições de trabalho. No caso da UFAL, outro fator que estava na pauta da greve era o problema apresentado na estrutura do prédio do campus de Arapiraca, um agravante para a greve estender-se além do previsto nacionalmente.

Segunda fase da pesquisa de campo

Em agosto de 2012, ao chegarmos à UFAL, identificamos todos os professores que trabalhavam com Projetos Integradores e fizemos a separação dos grupos de professores para o primeiro contato, a fim de marcar uma data para as entrevistas.

O fato de a Universidade encontrar-se em greve, por um lado, favoreceu os encontros com os entrevistados e, por outro, alguns professores foram prejudicados. Em virtude de os professores e alunos estarem sem as atividades de sala de aula, a disponibilidade aumentou, porém, muitos deles assumiram, nessa ocasião, outros compromissos ligados à pesquisa.

Os alunos, por sua vez, foram trabalhar como monitores em escolas do estado e do município (Maceió). Por isso, não foi possível viabilizar um horário em que mais de duas pessoas estivessem presentes. Optamos, então, por realizar entrevistas agendadas, conforme a disponibilidade dos entrevistados. Os dias das entrevistas foram, predominantemente, os mesmos das assembleias do comando de greve, às quartas-feiras e, extraordinariamente, às terças-feiras.

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Para a escolha dos sujeitos da pesquisa buscamos alguns critérios importantes, um deles, a familiaridade com o tema em estudo, ou seja, sujeitos envolvidos com tal problema. Os sujeitos pesquisados totalizaram 34 (trinta e quatro), sendo: 2 (dois) coordenadores pedagógicos – o coordenador anterior, que participou ativamente da elaboração do PPP do curso pós-2006, e o atual, partícipes da implementação do referido projeto (ambos acumulam o cargo de professor); 3 (três) diretores do Centro de Educação, o atual, e outros dois que participaram do início da implantação da reforma curricular da Universidade em anos anteriores, e também acumulam o cargo de professor; 21 (vinte e um) professores e 8 (oito) alunos entrevistados que estavam na Universidade desde 2008 até 2012.

Tais sujeitos foram denominados por números e as letras iniciais de suas funções, a saber: coordenadores/professores: C/P; diretores/professores: D/P; professores entrevistados: PRE; professores que responderam aos questionários: PRQ; alunos: ALU.

Foram realizadas duas entrevistas individuais, com dois coordenadores; três entrevistas com diretores do centro de educação; duas entrevistas coletivas com dois grupos: um formado por cinco professores da Educação Infantil e o outro composto por cinco alunos; duas entrevistas com duas duplas de professores; entrevistas individuais com três alunos e oito professores. Além dessas entrevistas, quatro professores responderam a um questionário, enviado por e-mail.

Quadro 1. Descrição das entrevistas e respectivos entrevistados

Tipo de entrevistas Entrevistados Sigla

Entrevistas individuais 2 coordenadores pedagógicos/ professores 3 diretores de Centro/professores 8 professores 3 alunos C/P D/P PRE ALUE Entrevistas em dupla 2 duplas de professores (4 professores) PRE Entrevistas coletivas 1 grupo de 5 professores 1 grupo de 5 alunos ALUC PRE

Questionário com questões abertas 4 professores PRQ

Total de entrevistados 34 entrevistados Fonte: Elaborado pela autora.

Ressalta-se que os procedimentos adotados para a coleta dos dados atendem às normas do Comitê de Ética da PUC-SP, assim como, que os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Uma das questões chave deste estudo, como já explicitado, diz respeito à formação de professores. Por esta razão, o capítulo que segue, trata da história e breve reflexão sobre o percurso da formação de professores de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental na realidade brasileira.

Praia do Pontal - Maceió- AL

“Tenho mais dúvidas do que certezas; me deixo contaminar pelo momento que vivo”. M. ARROYO

Capítulo 2

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS