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Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Seção

No documento ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS (páginas 50-55)

2.4 SUBSISTEMA DE CONTROLE E ALERTA

2.4.3 Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Seção

2.4.2 Centro de Operações Antiaéreas Manual de Seção

Em relação ao tipo de COAAe empregado, “deve ficar claro que os procedimentos operacionais e informações necessárias para a condução do controle e coordenação das DA Ae serão distintos e sofrerão processamento diferenciado em cada um deles” (BRASIL, 2016a, p. 2-1).

O COAAe Manual ao não utilizar meios eletrônicos para fornecer consciência situacional ao Cmt de fração, utiliza, normalmente, cartas topográficas, esquadros, transferidores, quadros brancos, escalímetros e outros meios, para representar graficamente a situação da tropa empenhada, bem como da ameaça aérea detectada. A partir da comparação da posição em que se encontra o vetor aéreo versus a disposição das UTir no terreno, o oficial de controle ordenará a transmissão da mensagem de engajamento as UTir mais adequadas para tal.

O órgão quando do tipo manual, “caracteriza-se pela utilização de transmissão

de dados via voz, não empregando caminhos (“links”) eletrônicos” (BRASIL, 2016a,

p. 2-1).

E ainda, possuirá como limitações, “a predominância das comunicações à voz; demora e imprecisão no processamento e registro de dados; dificuldade para processar grande número de dados em curto espaço de tempo; e aumento no tempo de resposta da DA Ae” (BRASIL, 2016a, p. 2-1).

Essa forma de operação será dependente de novas mensagens de voz advindas do radar para atualização constante da nova localização da ameaça aérea, tendo em vista que as informações não serão transmitidas automaticamente.

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2.4.3 Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Seção

O COAAe por sua importância na atividade de C² da AAAe, deve prezar pela agilidade e segurança na difusão de suas ordens e mensagens aos elementos que compõem a DA Ae.

Com o passar do tempo, os vetores aéreos se tornaram cada vez mais rápidos e eficientes, o que fez com que os procedimentos e técnicas antes consagrados pela

doutrina, necessitassem de adaptações e modernizações em seus “modus operandi”.

Seguindo este pensamento, a 1ª Bda AAAe modernizou seus centros de controle de seção com modernas viaturas denominadas de COAAe Eletrônico, capazes de automatizar a vigilância e o controle do espaço aéreo designado à uma Força.

Por meio de suas ferramentas, os COAAe P tem capacidades de receber, em tempo real, os dados do radar e, de imediato, repassar aos COAAe S ou às UTir, as designações correspondentes.

Ao eliminar o fator humano na transmissão de mensagem, reduz-se bastante o tempo utilizado para a mensagem chegar ao executor, além de favorecer a segurança no procedimento, pelo fato de não ocorrer imprecisões na mensagem que podem ser geradas por inexperiência do transmissor, falta de compreensão ou problemas no próprio rádio.

O COAAe Elt Seç dentre outras características, deve “ter mobilidade

compatível com o tipo de operação ou tropa, para a qual a Seç Msl está atuando em

proveito”(BRASIL, 2016c, p1-1).

FIGURA 10: COAAe Elt de Seção embarcado em Anv C130 Hércules. Fonte: Brasil (2016c, p. 3-1).

Esse órgão baseia seu funcionamento em um software de controle do espaço

aéreo, instalado em portáteis notebooks, que recebem informações diretamente do

radar de vigilância, e após a decisão do operador, realizam a designação da ameaça

aérea para as UTir correspondentes via link rádio, aparecendo no palmtop do Cmt

E ainda, por poder processar “as informações de forma automática, pode operar em um espaço reduzido, com menos pessoal e material” (BRASIL, 2016a, p.2-1), sendo preferível ser utilizado o COAAe, na forma eletrônica.

Já quanto ao seu transporte, seu shelter “foi desenvolvido para ser compatível

com o transporte em um avião de carga dos modelos C-130 Hércules e KC-390 EMBRAER” (BRASIL, 2016c, p. 3-1).

Esse material foi utilizado como ferramenta de C² durante a Copa do Mundo do Brasil em 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e em outros grandes eventos em que a 1ª Bda AAAe se fez presente.

Durante a DA Ae dos Jogos Olímpícos e Paralímpicos Rio 2016 foram utilizados radares Saber M60 em conjunto com viaturas COAAe Elt, na função de COAAe S. Esses COAAe eram ligados a Unidades de Visualização (UV) em salas externas, que, transmitiam via projetor multimídia em paredes, as imagens do espaço aéreo compiladas, proporcionando aos Cmt da DA Ae de cada setor, a consciência situacional do ambiente operacional. Por sua vez, os COAAe de cada setor transmitiam via EBNET, por suas UV, seus dados ao COAAe P estabelecido para a Operação, no caso, o da 1ª Bda AAAe, localizado à época no 1º GAAAe-RJ.

FIGURA 11: COAAe Eletrônico de Seção. Fonte: Acervo da 1ª Bda AAAe.

Quanto aos seus componentes, pode-se destacar a viatura shelter, a unidade

2.4.3.1 Unidade de Visualização (UV)

A Unidade de Visualização é “um Computador Portátil, robustecido,

estruturado em uma maleta plástica” (BRASIL, 2016b, p.2-11).

A UV do COAAe difere da do Radar SABER M60 por não ser robustecida, ou seja, não possuir resistência à chuva, proteção à poeira e não possuir uma proteção

exterior que aumenta sua resistência ao choque. Isso se dá, pelo fato dos notebooks

do COAAe Elt permanecerem dentro do Shelter da Viatura. Entretanto, a UV do

COAAe possui o mesmo software, com acesso as mesmas ferramentas da utilizada no Radar SABER M60.

FIGURA 12: Unidade de Visualização do Radar Saber M60 (Robustecida). Fonte: BRASIL (2016a, p. 2-11).

A UV tem por finalidade “apresentar visualmente, em tempo real, as

informações contidas no eco e no sinal de resposta do IFF, para a interpretação, ação do operador e emissão de ordens e comandos” (BRASIL, 2016b, p.2-11).

Como trata-se de um notebook, seu software pode ser instalado em qualquer

computador da atualidade, funcionando sem restrições de seu ponto de vista operacional e ainda, pode ligar-se a outra UV via dados, por meio do Rádio Harris

Falcon III, conforme a figura abaixo, extraída de seu Manual de Operação.

FIGURA 13: Conexão entre UV via rádio. Fonte: BRASIL (2016c, p. 4-14).

2.4.3.2 Rádio Harris Falcon III

No COAAe Elt de Seção, as informações são transmitidas prioritariamente via dados ou, em caso de uma eventual impossibilidade, podem ser transmitidas via voz também.

Quando dentro da viatura, o rádio utiliza da base veicular presente no interior do shelter, bem como da antena instalada na retaguarda do veículo. Já quando fora da viatura, pode conectar-se à UV por meio de entrada USB e utilizar de sua antena dobrável.

TABELA 1 – Eqp Rádio disponíveis na Bda Inf Pqdt atualmente.

Rádio Alcance

Harris Falcon 3 – (Veicular) Acima de 20 Km

Harris Falcon 3 (Portátil) 8 a 10 Km

Harris Falcon 3 7800 V (Veicular) 15 a 20 Km Harris Falcon 3- 7800 M (Multibanda) 8 a 10 Km Fonte:ASSIS (2019, p. 116).

É considerado um equipamento moderno e eficiente, com recursos funcionais que suprem as necessidades do COAAe Elt, principalmente no que diz respeito ao seu C².

Vale ressaltar, que o rádio possui como recurso “a transmissão digital de voz e dados. Essa tecnologia não é considerada uma MPE, mas poucos equipamentos de GE monitoram sinais digitais” (LISBÔA e SOSTER, 2014, p.15).

2.4.3.3 Outras ferramentas do COAAe Eletrônico de Seção

Segundo o sítio do Centro Tecnológico do Exército, disponível em http://www.ctex.eb.mil.br/projetos-finalizados/93-centro-de-operacoes-antiaereas-ele

tronico-de-secao-coaae-elt-sec#caracter%C3%ADsticas-t%C3%A9cnicas, acesso

em 6 Fev 20, o COAAe de seção, além dos componentes acima descritos, apresenta outros como:

“Chassis de Vtr Agrale Marruá 3/4 Ton 4 x 4; quatro Palm top para Unidades

de Tiro; Gerador; e Mastro telescópico de 8 m altura para instalação de antenas”.

No documento ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS (páginas 50-55)