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Chuva na Colheita

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CANA-DE-AÇÚCAR

Fase 1) Emergência 2) Estabelecimento 3) Desenvolvimento da Cultura 4) Maturação

2. CONDICIONANTES AGROMETOEROLÓGICOS DA PRODUTIVIDADE

3.6 Chuva na Colheita

A chuva na colheita tem impacto direto no planejamento operacional das usinas de cana-de-açúcar, uma vez que o corte e o transporte da cana são prejudicados. Além da paralisação ou da maior lentidão dos trabalhos de campos sob chuva, a elevação da umidade do solo, durante os períodos em que o tráfego de máquinas é intenso sobre o canavial, pode provocar intensa compactação do solo, com possível redução na produtividade. Esta tem sido a principal razão para o decréscimo de produtividade, normalmente observado nas soqueiras de cana-de-açúcar, em comparação com a produtividade alcançada pela cana-planta.

Sob condições de maior umidade, o tráfego de máquinas acentua o adensamento do solo,

reduzindo a quantidade de macroporos e a aeração do solo. Isto, contudo, não implica em redução na

capacidade de retenção de água, mas sim, em queda no potencial de água no solo e maior dificuldade

para sua extração, por parte das plantas, resultado do aumento de microporos ao longo do processo e, consequentemente, do aumento da energia com que a água é retida na matriz do solo.

Outro aspecto que merece menção é que, em sistemas que utilizam o fogo como estratégia de manejo, os efeitos negativos da chuva sobre a qualidade do solo, durante a colheita, são mais pronunciados do que aqueles observados em sistemas de colheita sem queima, em geral, mecânica. Isto ocorre porque o fogo favorece a exposição do solo à chuva e ao tráfego, com redução do diâmetro

médio dos agregados, aumento da densidade nas camadas mais superficiais e diminuição da velocidade de infiltração da água (CEDDIA et al., 1999).

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CANOLA

CANOLA

Genei Antonio Dalmago(1)

Gilberto Rocca da Cunha(2)

Gilberto Omar Tomm(3)

Anderson Santi(4)

João Leonardo Fernandes Pires(5)

1. INTRODUÇÃO

A canola é uma espécie pertencente à família das crucíferas (Cruciferae), que compreende cerca de 350 gêneros, incluindo o gênero Brassica, (Downey, 1990; Dias, 1992) e cerca de 3.000 espécies, a maioria encontrada nas zonas temperadas e frias do Hemisfério Norte. No Brasil, são encontradas apenas algumas espécies adventícias (Schultz, 1985).

As espécies da família Cruciferae são herbáceas e, em sua maioria, de ciclo anual (Gill & Vear, 1965; Joly, 1975), como a canola. Apresentam raiz pivotante com grande número de raízes secundárias (Dias, 1992), característica importante do ponto de vista agronômico. O caule da planta de canola é ereto, desprovido de pelos, de coloração verde, podendo alcançar altura superior a 1,5 m, dependendo da espécie. O ambiente em que a canola é cultivada e o manejo da cultura determinam o desenvolvimento

de mais ou menos ramificações do caule (Dias, 1992).

As folhas das espécies da família Cruciferae são inteiras ou compostas, alternadas e sem estípulas (Gill

& Vear, 1965; Joly, 1975). No caso específico da canola, as folhas são desprovidas de pelos, igualmente ao

caule, apresentando-se mais ou menos recortadas (Gill & Vear, 1965; Dias, 1992). A cor das mesmas pode variar entre o verde-azulado e o verde claro, dependendo da espécie e da variedade (Gill & Vear, 1965; Dias, 1992), bem como do nível de fertilidade do solo e, ou, adubação, principalmente, com nitrogênio.

As flores, em geral, são pequenas, organizadas na forma de inflorescência tipo racimo terminal (cacho),

de simetria radial, hermafroditas, cíclicas e diclamídeas, de coloração amarela (Gill & Vear, 1965, Joly, 1975), possuindo quatro sépalas e quatro pétalas, dispostas em forma de cruz, condição que dá o nome à família (Cruciferae). A floração ocorre de baixo para cima (Dias, 1992), em cada rácimo, primeiro na haste principal e, posteriormente, nas secundárias, em ordem de surgimento das mesmas.

O fruto é alongado e seco, do tipo síliqua, o qual se abre em duas metades, isolando o falso septo (Gill & Vear, 1965; Joly, 1975), com cerda de 6 a 7 cm de comprimento, e de 3 a 4 mm de espessura. As sementes são esféricas, com 1 a 2 mm de diâmetro, de coloração variável entre o verde e o preto, passando por tons de amarelo a castanho-escuro, conforme o grau de maturação e a espécie. Os dois cotilédones do grão são bastante desenvolvidos, com 30 a 45% de óleo e, 20 a 25%, de proteína (Dias, 1992).

A canola é tradicionalmente cultivada em regiões de clima frio. É originária do melhoramento genético

convencional da colza, cujo objetivo principal foi à redução dos teores de ácido erúcico e de glucosinolatos, compostos presentes no óleo e potencialmente tóxicos para o consumo humano.

No Brasil, cultivares de colza foram introduzidas antes das cultivares padrão canola, sendo primeiramente cultivadas no Rio Grande do Sul. As primeiras pesquisas, com a cultura (colza) e o cultivo comercial, foram

iniciadas em 1974, pela Cooperativa Tritícola Serrana Ltda (COTRIJUÍ) (Sistema..., 1981; Tomm, 2007), com

seleção de materiais provenientes do Canadá e da Alemanha (Dias, 1992). Na década de 1980, os trabalhos de pesquisa e o cultivo comercial iniciaram-se no Paraná e, em 2003, em Goiás (Tomm, 2006).

Em 1980, motivado por um contexto favorável (Sistema..., 1981), o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Agricultura e outras entidades públicas e privadas, criaram o Comitê da Colza. 1- Eng. Agrônomo, Dr., Pesquisador, EMBRAPA – Trigo, C.P. 451, CEP 99001-970, Passo Fundo, RS. E-mail: dalmago@cnpt.

embrapa.br

2- Eng. Agrônomo, Dr., Pesquisador, EMBRAPA – Trigo. E-mail: cunha@cnpt.embrapa.br 3- Eng. Agrônomo, Ph.D, Pesquisador, EMBRAPA – Trigo. E-mail: tomm@cnpt.embrapa.br 4- Eng. Agrônomo, Mestre, Pesquisador, EMBRAPA – Trigo. E-mail: anderson@cnpt.embrapa.br 5- Eng. Agrônomo, Dr., Pesquisador, EMBRAPA – Trigo. E-mail: pires@cnpt.embrapa.br

CANOLA

A finalidade era fomentar a cultura no Estado. Em 1981, o Comitê da colza, em reunião técnica, estabeleceu

o sistema de produção para a cultura (Dias, 1992). A iniciativa teve efeitos positivos imediatos, mas regrediu no ano seguinte devido à queda acentuada no rendimento de grãos, decorrente, principalmente, das fortes

chuvas e ventos, que ocorreram no fim do ciclo da cultura, provocando elevada porcentagem de debulha

natural (Dias, 1992).

Em meados da década de 1990, a cultura da canola começou a ganhar novamente espaço nas áreas de cultivo, principalmente durante o inverno, impulsionada pela superior qualidade nutricional do óleo, em relação a outros óleos comestíveis, como o de soja. No início deste século, a cultura da canola ganhou novo impulso pela perspectiva da utilização do óleo para a mistura com o óleo diesel, para a produção de biodiesel (Tomm, 2006). Este impulso deriva, principalmente, do fato de o biodiesel, à base de óleo de canola, ser o padrão de referência deste produto na Europa.

Atualmente, no sul do Brasil, a canola constitui importante espécie alternativa para rotação de culturas, com as espécies de verão, possibilitando fonte adicional de renda aos agricultores. Além disso, alguns

estudos apontam potencial de cultivo da canola em outras regiões do País, possibilitando a futura expansão

da cultura (Tomm, 2006). 1.1 Fenologia

As principais espécies cultivadas são a Brassica napus L. Var oleífera e a Brassica campestris L., sinônimo B. rapa (Piegden, 1983 apud McVetty et al., 1989), com tipos de inverno, cultivados principalmente na Europa e, de primavera, cultivados em países como o Canadá e a Austrália (Iriarte, 2002). A diferença entre os tipos é que a canola de inverno necessita de um período de vernalização para indução ao

florescimento, ao contrário do tipo de primavera, que apresenta menor necessidade de vernalização

(Walton et al., 1999). No Brasil, é cultivada, apenas, a canola de primavera, da espécie Brassica napus L. Var. Oleífera (Tomm, 2007). Por isso, a descrição do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo será feita, prioritariamente, com base na canola de primavera.

A fenologia de qualquer espécie estudada e, ou, cultivada é descrita, utilizando-se uma escala fenológica, a qual representa, detalhadamente, o desenvolvimento da respectiva espécie durante seu ciclo de vida. Embora diversos segmentos ligados à agricultura façam uso de estádios fenológicos, de diferentes espécies

e com objetivos diversos, a definição de uma padronização, via escala fenológica, possibilita que seja usado um vocabulário científico comum.

No caso da canola, não se conhece uma escala fenológica de uso rotineiro no Brasil, quer seja local ou adaptada. Por esta razão, a descrição da fenologia da canola é feita de acordo com escalas fenológicas desenvolvidas em outras partes no mundo. Neste texto, será adotada a escala fenológica desenvolvida pelo grupo de trabalho BBCH (Basf, Bayer, Ciba-Geigy e Hoechst), apresentada por Méier et al. (2001), com as

descrições dos principais estádios de desenvolvimento da canola, contidas em Thomas (2003) (Tabela 1).

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