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Vento intenso

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TEMPORÁRIOS

3. EVENTOS ADVERSOS

3.3 Vento intenso

Em casos de vento muito intenso pode ocorrer acamamento de plantas, o que, em qualquer fase de desenvolvimento, é muito prejudicial, pois a planta acamada tem sua produção prejudicada de várias formas.

Plantas em florescimento, quando acometidas por rajadas de vento, perdem muitas estruturas frutíferas; além disso, plantas acamadas têm seu metabolismo modificado, prejudicando a produção e partição de fotoassimilados. Quando na fase de abertura dos frutos, perdem em qualidade da fibra, devido a impurezas resultantes do contato das fibras com o solo.

3.4 Geada

O algodoeiro é uma espécie que se desenvolve melhor em regiões quentes e é extremamente

sensível a baixas temperaturas, não suportando geadas em qualquer fase do ciclo.

A ocorrência frequente de baixas temperaturas, em uma região ou local, pode constituir-se na maior limitação do ambiente ao crescimento e produtividade da cultura.

3.5 Chuva excessiva e, ou, excesso hídrico prolongado

A concentração de oxigênio no solo é um fator indispensável à germinação das sementes. Nesse caso, o excesso de água no solo e solos compactados, que favorecem a baixa concentração de oxigênio, limitam fortemente o crescimento da radícula, podendo paralisá-la completamente, em

condições extremas. Apesar da inexistência de estudos específicos, observações de campo indicam

que o algodoeiro é bastante sensível ao excesso hídrico.

Em caso de ocorrência de chuvas contínuas durante a floração, pode ocorrer o comprometimento

da polinização.

Se as chuvas ocorrerem continuamente, durante a abertura das maçãs, pode haver comprometimento

da qualidade da fibra, especialmente quanto à resistência e espessura, importantes características nos processos de fiação e tecelagem. Assim, a época de semeadura deve ser programada rigorosamente, de modo a evitar estresses hídricos durante o florescimento e excesso de precipitações pluviais no final

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentre as práticas recomendadas para minimizar a possibilidade de riscos em relação ao clima, três estratégias merecem destaque:

• manutenção de programas de melhoramento genético regional;

• utilização de cultivares adaptadas à região de cultivo;

• respeito rigoroso às épocas recomendadas para a semeadura, em cada região.

Além das estratégias acima mencionadas, a utilização de cultivares de ciclo mais curto também pode ser muito vantajosa. Quanto menor o ciclo, menor o tempo em que cultura permanece exposta à ação de pragas e doenças – que naturalmente se agrava com o passar do tempo, devido ao aumento

das populações de pragas e patógenos. Outro aspecto positivo é que se torna mais fácil coincidir o ciclo da cultura com as melhores condições agrometeorológicas da estação.

O uso de sementes sadias e com tratamentos químicos para as principais pragas e doenças de início de ciclo proporciona germinação e emergência mais rápida e, consequentemente, maior vigor

às plântulas e plantas, minimizando possíveis situações de estresses durante o estabelecimento e

desenvolvimento da cultura.

O manejo adequado da fertilidade e da umidade do solo proporciona às plantas melhores condições

para suportar possíveis estresses de ordem climática. 5. BIBLIOGRAFIA

49 Parte II – Cultivos Temporários

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AMENDOIM

Amendoim

José Ricardo Macedo Pezzopane(1)

1. INTRODUÇÂO

O amendoim (Arachis hypogea L.) é planta nativa da América do Sul, incluindo o Brasil Central,

especificamente a região oeste do Estado do Mato Grosso, e o Paraguai (Cummis, 1986). Na safra

2007/2008, a área plantada no Brasil foi de, aproximadamente, 115 mil ha, com produção de 303 mil toneladas, sendo o Estado de São Paulo o maior produtor nacional, com cerca de 80% da produção

(CONAB, 2009), destacando-se as regiões de Ribeirão Preto e Marília. O amendoim também é cultivado nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste. Na Região Nordeste, os principais Estados produtores são

Bahia, Sergipe, Paraíba e Ceará, com sistemas de produção típicos de agricultura familiar, com baixo uso de insumos e de mecanização e com produtividade média ainda muito baixa.

A grande diversidade dos hábitos de consumo confere ao amendoim expressiva importância econômica. Os grãos são consumidos “in natura” ou processados industrialmente, dando origem a produtos derivados, como óleo e farelo, ou utilizados na fabricação de produtos alimentícios, no ramo das conservas, confeitarias e enlatados e, ainda, na indústria farmacêutica (Godoy et al., 1985).

O amendoim é uma espécie autógama, com estrutura reprodutiva que facilita a autofecundação.

Esta espécie se distingue da maioria das outras por florescer em sua parte aérea e por produzir

frutos abaixo da superfície do solo. No Brasil, dois tipos botânicos são comercialmente cultivados,

classificados, agronomicamente, como:

• Valência, de porte ereto, ciclo relativamente mais curto, sementes de tamanho médio e coloração avermelhada, representando cerca de 60% dos cultivos nacionais;

• Virgínia, de porte ramador ou rasteiro, ciclo longo e sementes grandes, de coloração bege (Santos et al., 1997; Godoy, 2003).

Em São Paulo, o amendoim é cultivado como cultura principal, semeado no início do ano agrícola

(“cultivo das águas”), ou como cultura secundária, semeado no final do período das chuvas (“cultivo da

seca”), em épocas climaticamente desfavoráveis, porém vantajosas sob o ponto de vista econômico ou agronômico. Esta última opção é comum nas lavouras do Estado, especialmente quando se utiliza o amendoim como cultura de rotação nas áreas de reforma dos canaviais. Estima-se que 80% da área de reforma de canavial sejam ocupadas pela cultura do amendoim (Kasai et al., 1999).

A cultura do amendoim desenvolve-se melhor em solos com textura média e com drenagem.

Os solos de textura pesada, excessivamente argilosos, dificultam a operação da colheita. A camada superior do solo não deve possuir impedimentos que dificultem a penetração do ginóforo.

No Estado de São Paulo, as cultivares IAC Tatu Vermelho, IAC-Tatu-ST e IAC Caiapó têm uma

participação no mercado de sementes, fiscalizadas ou certificadas, de 53%, 34% e 13%, respectivamente,

enquanto na Região Nordeste, as cultivares mais plantadas são Tatu e BR1 (Favero, 2004). 1.1 Fenologia

A fenologia pode ser definida como o estudo dos eventos periódicos da vida da planta, em função de sua reação às condições do ambiente (Fancelli & Dourado Neto, 1997). O conhecimento da fenologia das culturas é de grande interesse para programas de melhoramento, uma vez que as informações

sobre crescimento e desenvolvimento podem auxiliar, de forma mais efetiva, em atividades de manejo da cultura. No caso do amendoim, o estudo completo de todas as fases que envolvem seu ciclo torna-

se difícil, porque a frutificação ocorre abaixo do nível do solo, dificultando a remoção de frutos para

observação de seu estádio de desenvolvimento, o que pode prejudicar a planta e, consequentemente, mascarar os resultados relacionados à fase reprodutiva.

1- Eng. Agrônomo, Dr., Pesquisador, Embrapa Pecuária Sudeste, Rodovia Washington Luiz, km 234, Fazenda Canchim - CEP 13560-970 - São Carlos-SP. Email: jricardo@cppse.embrapa.br

AMENDOIM

No aspecto fenológico, a fase de desenvolvimento dos genótipos do tipo Valência e Virgínia é

particularmente definida, mas pode variar entre locais, dependendo de diversos fatores, tais como,

textura do solo, disponibilidade hídrica, temperatura, radiação solar e dormência das sementes. No Estado de São Paulo, com semeadura no período das águas, de setembro a outubro, os

genótipos do grupo Valência iniciam a floração, geralmente, entre 30 e 32 dias após o plantio (dap), completando-se o ciclo entre 110 e 115 dias. Nos genótipos do grupo Virgínia, a floração e o final do

ciclo ocorrem, respectivamente, entre 35 e 40 e entre 120 e 140 dias após o plantio (Godoy et al.,

1985). Nas condições de cultivo de sequeiro, nos Estados da Bahia e Paraíba, com semeadura de abril a maio, tem sido observado que os genótipos do grupo Valência iniciam a floração e são colhidos,

respectivamente, entre 27 e 30 e entre 100 e110 dias após o plantio. Nos genótipos do grupo Virgínia,

a floração geralmente inicia-se, em média, 35 dias após o plantio, e a colheita a partir dos 120 dias

(Guerreiro, 1973; Silva et al., 1991).

Boote (1982) estabeleceu uma escala de estádios fenológicos para o amendoim, onde as principais fases foram assim descritas: germinação (G), aparecimento das primeiras folhas tetrafoliadas (AF),

aparecimento dos primeiros ramos (AR), início da floração (IF), aparecimento do ginóforo (AG), alongamento do ginóforo (ALG), início da formação da vagem (IFV), final da floração (FF) e maturação

completa da vagem (MCV). Santos et al. (1997), em trabalho de fenologia dos dois tipos botânicos do amendoim, utilizando a escala proposta por Boote (1992), determinaram, para Campina Grande (PB), os eventos fenológicos observados, como se vê na Tabela 1.

Tabela 1. Eventos fenológicos observados nos genótipos de amendoim do grupo Valência e Virgínia. Campina Grande, PB, 1992. (Extraído de Santos et al., 1997)

Fatores

Variáveis

G 1 AF AR IF AG ALG IFV FF MCV

(dap)2 (dap) (dap) (dap) (daif)3 (daif) (dap) (dap) (dap)

Tipo botânico

Valência 6 9 14 29 7 10 47 74 99

Virgínia 7 10 14 33 7 10 51 95 123

1 G = germinação; AF = aparecimento das primeiras folhas tetrafoliadas; AR = aparecimento dos primeiros ramos

secundários; IF = início da floração; AG = aparecimento do ginóforo; ALG = alongamento do ginóforo; IFV = início da formação da vagem; FF = final da floração; MCV = maturação completa da vagem.

2 dap = dias após o plantio.

3 daif = dias após o inicio da floração.

2. CONDICIONANTES AGROMETEOROLÓGICOS DA PRODUTIVIDADE

O amendoim é cultivado, amplamente, em mais de 80 países da América, Ásia e África (Moretzsohn

et al., 2004), principalmente em regiões tropicais, na faixa de latitude de 30ºN a 30º S. Apesar da

ampla adaptabilidade, a produtividade da cultura é fortemente influenciada por fatores ambientais,

especialmente temperatura, disponibilidade de água e radiação solar, como a maioria das culturas agrícolas.

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