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A classificação dos custos é importante, pois através dela pode ser produzidas informações de qualidade para a tomada de decisão dos gestores. Os custos são classificados pela viabilidade em variáveis e fixos, e pela facilidade de alocação em diretos e indiretos, onde todos esses têm grande importância na identificação do custo real dos produtos produzidos.

2.6.1 Custos Diretos

“Custos Diretos são os custos que podemos apropriar diretamente aos produtos. Exemplo: Material Direto (MD) e Mão- de- obra Direta (MOD),” (CREPALDI, 1999, p.41).

Outra interpretação do conceito de custo direto é feita pelos autores Perez Jr., Oliveira, Costa (2001, p. 23), onde os mesmos descrevem que:

[...] os custos que podem ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateio para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados.

Outro conceito é de que “São custos diretos aqueles que se relacionam ao que fisicamente se identifica no produto quando este é fabricado,” (SÁ, 2006, p.140).

“Custos diretos são os identificados com precisão no produto acabado, através de um sistema e um método de medição, e cujo valor é relevante, como: horas de mão- de- obra; quilos de sementes ou rações; gastos com funcionamento e manutenção de tratores,” (SANTOS, MARION, SEGATTI, 2002, p.43).

Nos custos diretos, a matéria prima direta é o material e as embalagens necessárias para a produção e acabamento de produtos, e que é de fácil identificação no produto acabado, já a mão-de-obra direta, é o serviço ou trabalho aplicado na confecção do material fabricado. Esse custo pode ser identificado mais facilmente pela contabilidade de Custo, a qual relaciona as informações da folha de pagamento e demais demonstrativos da área de recursos humanos, para ser apropriado sobre os produtos, não sendo possível a imediata identificação visual como a do material utilizado.

2.6.2 Custos Indiretos

“Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo denominada de rateio,” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.20).

Crepaldi (1999, p.65) define que “custos indiretos são os que não podemos identificar diretamente com os produtos e necessitamos de rateios para fazer a apropriação.”

“Nem tudo o que se gasta para produzir fica no produto” é um conceito de custo indireto dado por Sá (2006; p.141). Com esse conceito, pode- se verificar que os custos indiretos estão presentes no processo de produção, mas não estão fisicamente no produto final.

Não sendo possível a identificação imediata dos custos indiretos nos produtos ou serviços, não é possível a sua apropriação de forma direta sobre os produtos fabricados, havendo a necessidade da realização do rateio sobre os materiais produzidos para que possam ser identificados.

Os custos indiretos são aqueles que a empresa tem para praticar a sua atividade. Exemplos são: aluguel da parte do setor produtivo, a energia elétrica consumida na produção, materiais indiretos, depreciação dos equipamentos, mão-de-obra indireta, água, entre demais custos fabris.

Para que seja feito o rateio correto, a empresa deve ter a divisão de departamentos, e que sejam denominados Centros de Custos (“unidade de medida de acumulação de custos”) Crepaldi (1999, p. 70), para que dessa maneira, todos os custos indiretos serão alocados de maneira proporcional a cada centro de custo, gerando um custo final confiável para o produto.

2.6.3 Custos Fixos

“Custo fixo é um custo que não se altera em montante apesar de alterações num direcionador de custo,” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.21).

Bornia (2002, p.42) identifica dizendo que os “custos fixos são aqueles que independem do nível de atividade da empresa no curto prazo, ou seja, não variam com alterações no volume de produção.”

Os custos que não variam com a atividade de produção são chamados de custo fixo. Os mesmos variam conforme o tempo e não com o nível de atividade, são aqueles custos permanentes de um determinado período, que existem mesmo que não ocorra nenhum tipo de produção nesse lugar no determinado período, (BOMFIM, PASSARELLI, 2006).

Os custos fixos podem ser identificados em três tipos, conforme Bomfim, Passarelli (2006, p. 55 e 56): custo fixo de capacidade instalada refere-se à depreciação; custos operacionais fixos da fábrica, os seguros e impostos da atividade; despesas fixas programadas, as quais se referem à propaganda e marketing da entidade.

Exemplos de custos fixos em uma propriedade rural são: as benfeitorias, máquinas agrícolas, depreciação, salários dos técnicos rurais, pró-labore. Esses custos ficam fixos por um intervalo de tempo bem relevante, sendo alterados penas se há aquisição de uma nova máquina, então esses terão que ser recalculados.

2.6.4 Custos Variáveis

De acordo com Bornia (2002), os custos variáveis estão intimamente ligados com a produção, crescendo conforme há o aumento do nível da atividade da empresa. Ou seja, quanto maior for o uso de matéria-prima na produção de determinado material, maior será o seu custo variável, pois o mesmo se refere aquilo que influencia diretamente na produção do material, podendo variar de acordo com a sua utilização, refletindo no custo final do material.

“Custo variável é um custo que se altera em montante em proporção às alterações num direcionador de custo,” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.21).

São variáveis, “os custos que variam proporcionalmente a intensidade ou naturalidade da produção,” (BOMFIM, PASSARELLI, 2006, p.55).

São custos variáveis, “aqueles que variam em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio. EX.: mão- de- obra direta, materiais diretos (fertilizantes, sementes, rações), horas máquina,” (SANTOS, MARION, SEGATTI, 2002, p.43).

Então os custos variáveis são aqueles que sofrerão alteração todo mês e período, pois depende do volume de produção para que haja a sua identificação.

2.6.5 Custos com Materiais Diretos

Material Direto é o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto que se torna parte integrante dele. São exemplos: a matéria prima, material secundário e embalagens, (CREPALDI, 1999, p.41).

A fórmula de para a identificação do custo de material, de acordo com o mesmo autor,

MD: Materiais Diretos EI: Estoque Inicial C: Compra Líquidas EF: Estoque Final

Os materiais diretos são todos os que auxiliam na composição do material a ser produzido ou comercializado.

2.6.6 Custos com Materiais Indiretos

Denominam-se custos de materiais indiretos aqueles comprados e requisitados para utilização no processo fabril, sem contudo fazerem parte do produto, ou seja, não constam da estrutura do produto. São materiais necessários para auxiliar o processo produtivo, tanto para a utilização pelo pessoal envolvido nos processo e atividades industriais, como para os equipamentos utilizados nos processos diretos e nas atividades indiretas, (PADOVEZE, 2003, p.44 e 45).

Materiais indiretos são aqueles considerados como uso e consumo da produção, que não são vistos no produto final, mas que foram necessários pra a sua constituição. Alguns exemplos desse tipo de material são os combustíveis, lubrificantes, produtos químicos, materiais de higiene, segurança e expediente.

2.6.7 Custos Patrimoniais: Depreciação

A depreciação está presente em todas as atividades e empresas. É definida abaixo por dois conceituados autores.

Considera-se como insumo industrial de depreciação a perda de valor dos ativos imobilizados utilizados no processo industrial. Normalmente a perda de valor dá-se pelo uso e desgaste ou pela obsolescência. Assim, a diferença entre o valor do bem novo e o valor do bem usado é denominado depreciação, (PADOVEZE, 2003, p.26).

[...] a depreciação de um equipamento representa o valor da parcela daquele equipamento “consumida” no período. Evidentemente, a máquina não tem uma parte consumida, mas vai se desgastando com o tempo e o uso. Portanto, a depreciação representa a perda de valor do equipamento no período considerado, (BORNIA, 2002, p.169).

A depreciação, quando é constante por determinado período, é considerada como custo fixo, mas quando é calculada com o tempo, horas do uso de um equipamento, se torna um custo variável de produção, (BORNIA, 2002).

Vários são os métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor a ser depreciado de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere (RESOLUÇÃO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC Nº 1.177 DE 24.07.2009 , Item 62). Dessa maneira, esse foi o método de depreciação utilizada nesse trabalho, onde foi estipulada a vida útil de cada bem existente na propriedade, para encontra o valor a ser depreciado.

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