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Análise do custo, volume e resultado da produção leiteira

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DECon – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO DA

PRODUÇÃO LEITEIRA

MÔNICA CRISTINA BRÖNSTRUP

Ijuí, RS

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DECon – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO DA

PRODUÇÃO LEITEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito para obtenção de Bacharel em Ciências Contábeis.

MÔNICA CRISTINA BRÖNSTRUP

Orientadora: Profª Eusélia Pavéglio Vieira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela minha vida e por ter me guiado até aqui.

Aos meus pais, Loreno e Márcia, que sempre me apoiaram, me estimularam e incentivaram para essa conquista. A minha irmã, Maiara, querida, pelo amor. Amo muito vocês!

Em especial, ao meu namorado, Rossano, que muitas vezes, me “agüentou” e compreendeu ao longo da faculdade, e principalmente na realização desse trabalho. Obrigada pelo amor, carinho, e por sempre me apoiar, entender e ajudar. Te amo muito!

Agradeço ainda, as minhas queridas colegas, e principalmente amigas, Catiane, Naiane e Raquel, pelos momentos que passamos juntas, pela amizade fortalecida e pelos aprendizados trocados.

A professora Eusélia, muito obrigada, pelas orientações e compreensão, por sempre estar disposta a ajudar e principalmente ensinar. Obrigada mesmo! Aos demais professores, obrigada por cada ensinamento passado.

Em fim, agradeço a todos aqueles que torceram por mim, e que de uma maneira ou outra, me ajudaram a chegar ao fim de mais essa etapa. Muito obrigada a todos!

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...9

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 11

1.2 Caracterização da Organização ... 11 1.3 Problematização do Tema ... 12 1.4 Objetivos ... 13 1.4.1 Objetivo Geral ... 13 1.4.2 Objetivos Específicos ... 13 1.5 Justificativa ... 14 1.6 Metodologia ... 15 1.6.1 Classificação da Pesquisa ... 15

1.6.1.1 Do Ponto de Vista da sua Natureza ... 15

1.6.1.2 Do Ponto de Vista de seus Objetivos ... 16

1.6.1.3 Do ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ... 16

1.6.1.4 Quanto à forma ... 17

1.6.2 Plano de Coleta de Dados ... 17

1.6.2.1 Instrumento de Coleta de Dados ... 17

1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ... 18

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 19

2.1 Contabilidade ... 19

2.1.1 Origem e evolução da Contabilidade... 19

2.1.2 Conceitos de Contabilidade ... 21

2.1.3 Objeto da Contabilidade ... 22

2.1.4 Funções e Objetivos da Contabilidade ... 22

2.1.5 Usuários da Contabilidade ... 23

2.1.6 Campo de Atuação... 24

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2.2.1 Conceitos ... 25

2.2.2 Objetos e finalidades ... 25

2.2.3 Objetivos ... 26

2.3 Contabilidade de Custos ... 26

2.3.1 Origem e evolução da Contabilidade de Custos ... 27

2.3.2 Conceitos de Contabilidade de Custos ... 27

2.3.3 Objetivos da Contabilidade de Custos ... 28

2.3.4 Objetos da Contabilidade de Custos ... 29

2.4 Terminologia aplicada à Contabilidade de Custos ... 29

2.4.1 Desembolso ... 29 2.4.2 Gastos ... 30 2.4.3 Custos ... 30 2.4.4 Despesas ... 31 2.4.5 Perdas ... 31 2.4.6 Desperdício ... 32 2.4.7 Investimento ... 32

2.5 Princípios Fundamentais Aplicados à Contabilidade de Custos ... 32

2.6 Classificação dos Custos ... 34

2.6.1 Custos Diretos ... 35

2.6.2 Custos Indiretos ... 35

2.6.3 Custos Fixos ... 36

2.6.4 Custos Variáveis ... 37

2.6.5 Custos com Materiais Diretos ... 38

2.6.6 Custos com Materiais Indiretos ... 38

2.6.7 Custos Patrimoniais: Depreciação ... 39

2.7 Custos com Mão de obra ... 39

2.7.1 Custos com Mão de Obra Direta ... 40

2.7.2 Custo com Mão de Obra Indireta ... 40

2.8 Custos Indiretos de Produção ... 41

2.8.1 Rateio ... 41

2.8.2 Departamentalização ... 42

2.8.3 Centro de Custos ... 42

2.9 Métodos de Custeio ... 42

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2.9.2 Custeio por absorção ... 44

2.10 Análises Custo x Volume x Lucro ... 45

2.10.1 Formação do preço de venda ... 45

2.10.2 Formação de Mark-Up ... 46 2.10.3 Cálculo do Mark-Up ... 47 2.10.4 Margem de Contribuição ... 48 2.10.5 Ponto de Equilíbrio ... 49 2.10.6 Margem de Segurança ... 50 2.10.7 Grau de Alavancagem ... 50

3 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO DA PRODUÇÃO LEITEIRA: Estudo de caso ... 52

3.1 Descrição do Processo de Produção ... 52

3.2 Levantamento dos Custos com Materiais ... 53

3.3 Cálculos do Custo com Mão- de- obra ... 61

3.4 Apurações dos Custos Indiretos ... 62

3.5 Cálculos do Custo Total ... 67

3.5.1 Custo Total – Método de Custeio por Absorção ... 67

3.5.2 Custo Total – Método de Custeio Variável ... 68

3.6 Análises do Custo x Volume x Lucro ... 70

3.6.1 Analise do Preço de Venda ... 70

3.6.2 Margem de Contribuição ... 72

3.6.3 Ponto de Equilíbrio ... 75

3.6.3 Margem de Segurança Operacional ... 76

3.7 Análises de Resultados ... 78

CONCLUSÃO...81

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Exemplo de Cálculo de Mark-up ... 47

Quadro 2:Custo da silagem por hectare e por animal ... 55

Quadro 3: Custo da pastagem de Verão ... 57

Quadro 4: Custo da Pastagem de Inverno ... 58

Quadro 5: Custo da Quirera ao mês ... 59

Quadro 6: Custos Diretos Variáveis por litro de leite ... 60

Quadro 7: Custos Indiretos Variáveis de Produção ... 62

Quadro 8: Custo com Depreciação ... 65

Quadro 9: Custo Indireto Fixo por Litro ... 66

Quadro 10: Custo Total por Litro por Absorção ... 67

Quadro 11: Custo Total por Litro pelo Custeio Variável ... 69

Quadro 12: Receita Liquida por Litro ... 71

Quadro 13: Receita Liquida recebida ... 71

Quadro 14: Demonstração de resultado – Valor Unitário ... 72

Quadro 15: Demonstração de resultado – Valor Total ... 74

Quadro 16: Ponto de Equilíbrio ... 75

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Custo da Silagem de Milho por Hectare ... 56

Gráfico 2: Custo Direto Variável (CDV) Por Litro ... 61

Gráfico 3: Custo Indireto Variável ... 64

Gráfico 4: Custo unitário pelo Custeio Absorção ... 68

Gráfico 5: Custo unitário pelo Custeio Variável ... 70

Gráfico 6: Margem de contribuição unitária ... 73

Gráfico 7: Resultado Final ... 74

Gráfico 8: Quantidade vendida x Quantidade no PE ... 77

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INTRODUÇÃO

A contabilidade de Custos produz informações de nível gerencial para as entidades. Tendo como princípio, sistematizar, acumular e organizar os dados de uma empresa ou propriedade, com o objetivo de apurar o custo de produção.

Em uma propriedade rural que desenvolve a produção leiteira, um sistema de custo é muito importante, para que o produtor possa ter um bom planejamento, sendo possível, a verificação de suas despesas e receitas, informações estas, uteis na analise da margem de contribuição, ponto de equilíbrio e outros indicadores que são essencias para o gerenciamento da atividade.

A propriedade em estudo não possui um sistema de custos para auxiliar a sua gestão. Verificando-se que na atualidade, os pecuaristas não possuem um apoio muito significativo do governo para a produção leiteira, é preciso que sejam implantados métodos apropriados de gerenciamento, para auxiliar na gestão da mesma, objetivando assim, o aumento dos resultados. Devido a isso, existe a necessidade da implantação de um bom sistema de custo na propriedade analisada, para que os proprietários possam ver qual é a real situação de sua produção e de seus resultados.

Com base nesse relato, o objetivo desse trabalho foi o desenvolvimento de um sistema de custos, que possa servir para apurar os custos de produção, bem como analisar os resultados e a viabilidade da atividade leiteira em uma propriedade rural de pequeno porte.

Na primeira parte desse trabalho, apresenta-se a contextualização do estudo, onde foi contemplada a área de conhecimento, a caracterização da propriedade, seguidos do problema, dos objetivos, da justificativa e por fim da metodologia utilizada no estudo.

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No capítulo seguinte, consta a revisão bibliográfica, que teve como fundamento, o enfoque teórico dos temas relacionados com a contabilidade geral, contabilidade de rural, contabilidade de custos e sistema de custo. Conceitos estes, que são essenciais para o aprofundamento da compreensão do tema estudado, além de auxiliar no desenvolvimento do estudo aplicado.

Na seqüência, o terceiro capítulo trata do estudo de caso, onde os conhecimentos teóricos foram colocados em prática na analise da Produção Leiteira da propriedade estudada. Nessa parte foi descrito o processo da produção leiteira, com a identificação e levantamento dos custos diretos variáveis e os indiretos fixos e variáveis. Em seguida foi realizado e calculado o custo total da produção pelo método de custeio por absorção e variável e ainda o cálculo da margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional, que são indicadores que podem auxiliar na realização da analisa do resultado, volume e custo da produção.

Por último, apresenta-se a conclusão, na qual foi exposto quais os resultados alcançadas, identificando a situação da atividade e quais as possíveis melhorias, verificando assim, a viabilidade da atividade, seguidos da bibliografia consultada.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Nesta primeira parte do Trabalho de Conclusão de Curso, apresenta-se a contextualização do estudo, que teve como objetivo, contemplar a definição do tema explorado, problemas, objetivos, justificativa e metodologia descrita e utilizada durante a realização do mesmo.

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

O presente trabalho foi realizado na área Contábil, sobre enfoque da Contabilidade de Custo, voltada para a Contabilidade Rural, especificamente o custo da produção leiteira. Onde foi analisado o custo, volume e resultado da atividade leiteira. Além de auxiliar na melhor forma de gerenciar a propriedade, visto que o produtor não tem como determinar o preço de venda.

1.2 Caracterização da Organização

O estudo foi realizado sobre uma propriedade rural de pequeno porte situada no interior do município de Panambi. Ela é conduzida pelos dois proprietários, que são os responsáveis pelo manejo e cuidado com o rebanho, além das demais lidas campais.

A propriedade, além da produção leiteira, também trabalha com a produção de sementes. A mesma possui em área 24 hectares de terra própria e 25 hectares de terra arrendada, sendo 0,5 ha destinados a infra-estrutura (moradia, estrebaria, galpão, silo de silagem); 0,8 ha de mata; 0,6 ha não utilizada na atividade rural (estradas) e 2 ha de potreiro. No inverno, a produção agrícola é dividida em 15 ha de pastagem; 3 ha de aveia branca, 3 ha de aveia preta e 24 ha trigo. No verão a área de plantio é dividia em: 2 ha de pastagem; 7 ha de milho, desses 3 ha são destinados para a silagem e 37,6 ha de soja.

A propriedade possui em média um rebanho de 22 animais, sendo esses divididos em: 11 vacas em lactação, e duas vacas secas, no aguardo de cria, destas 9 são da raça holandesa e 7 da raça jersey; 4 bezerros, 4 bois para engorda. Os animais são alimentados com ração, pastagem, feno e silagem.

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A produção leiteira total das vacas é em média de 200 litros de leite ao dia. Onde a cada dois dias a produção é recolhida por um caminhão a granel, que leva o leite para os tanques da empresa Bom Gosto, a qual encaminha o mesmo para as indústrias de laticínios.

1.3 Problematização do Tema

O leite é produto essencial para a alimentação de qualquer pessoa. Por ser um item de extrema importância nutricional, é considerado o produto de maior destaque da agropecuária brasileira.

Devido a essa grande importância que o leite tem na alimentação da população mundial, é muito relevante avaliar o desempenho de uma propriedade leiteira, analisando como é seu funcionamento, quais são os gastos, quais as decisões que devem ser tomadas para o melhor desenvolvimento da mesma, quais são os investimentos necessários e as novas tecnologias que devem ser aplicadas, para a melhoria e o crescimento econômico da propriedade.

Sendo necessária a tomada de todas essas decisões, o controle e planejamento de custos é muito importante para a propriedade leiteira, pois dessa maneira terá informações com qualidade para a sua gestão. A maioria dos pecuaristas, especialmente os de pequeno porte, não utilizam nem um instrumento de controle de custos ou análise de resultado da produção, acarretando assim, a falta de dados para planejamentos futuros e análise da viabilidade do negócio, dificultando a prosperidade da atividade.

Para o produtor leiteiro, uma das grandes dificuldades é a instabilidade do preço de venda do leite, o qual varia mensalmente, não tendo o pecuarista nenhuma influência sobre a formação do mesmo, pode apenas, ter seu produto valorizado com os testes de qualidade, os quais se refletem em alguns centavos a mais por litro. Isso faz com que o produtor tenha que trabalhar a partir de controles de custos e quantidade produzida, ou seja, quanto maior o volume produzido, maior será à margem de lucro e o seu resultado final.

Tendo em vista todos esses pontos citados, existe uma grande necessidade do desenvolvimento de um sistema gerencial de custos aplicados as propriedades rurais, para que

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os gestores possam verificar a real situação da atividade e poder ter futuras melhorias e desenvolvimentos.

A propriedade analisada não possui um sistema de acompanhamento dos custos para auxiliar no controle e gerenciamento da produção. Com a proposição de uma gestão de custos, fica disponível um aumento de informações, possibilitando dessa maneira, um maior controle dos custos na busca do maior retorno financeiro para a propriedade.

Diante do exposto, a pesquisa se propôs a responder a seguinte questão: qual a contribuição que o sistema de custo pode proporcionar para a propriedade leiteira na analise de seu custo, volume e resultado?

1.4 Objetivos

Diante da problemática apresentada, foram definidos o objetivo geral e os específicos, os quais constam na seqüência.

1.4.1 Objetivo Geral

Propor um sistema de custos para a propriedade rural, bem como a análise de indicadores gerenciais, que propicie informações que possam auxiliar os proprietários na analise do desempenho e no gerenciamento da mesma.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Revisão bibliográfica referente contabilidade de custos, gestão de custos na atividade agrícola, analise de custos, volume e resultado;

Descrever o processo de produção do leite;

Levantar os custos de produção do período da atividade;

 Apurar os custos por meio de um sistema de custos apropriado para a atividade leiteira;

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 Analisar os custos, volumes e resultados propostos pelo sistema, para a propriedade.

1.5 Justificativa

De acordo com pesquisas realizadas pela Embrapa (2002), o leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando a frente de produtos como arroz e o café. Devido a essa grande importância econômica, surgiu o interesse de realizar um estudo do custo da produção do leite, já que o cálculo do mesmo é motivo de muita discussão, principalmente pelo desconhecimento de critérios de coletas adotados e inúmeros entendimentos diferentes entre vários profissionais.

Ao longo dos anos, a contabilidade rural e agropecuária vem merecendo destaque entre os profissionais da área contábil, devido a essa grande importância econômica que a agricultura e pecuária possui no país. Por isso, existe a necessidade da implantação de sistemas de gerenciamento nessas propriedades, sendo de grande, médio ou pequeno porte, para que possa ser acompanhado o desempenho das mesmas e possibilitar melhorias na parte física e financeira delas.

Nesse enfoque, a contabilidade de custos em qualquer entidade é fundamental, pois possibilita a avaliação dos resultados, que são essenciais para qualquer tipo de negócio, principalmente no gerenciamento, planejamento e na tomada de decisão; e por ser uma maneira do proprietário verificar todos os seus gastos, custos e receitas com a possibilidade de controlar as mesmas.

Nesse sentido, este estudo em planilhas de Excel que foi proposto, pode auxiliar o produtor com informações úteis para gerenciar a atividade de maneira segura, possibilitando a verificação da viabilidade da produção leiteira na propriedade e servirá de subsidio na tomada de decisão.

Para a Unijui e para o Curso de Ciências Contábeis, este trabalho fica disponível como base de estudos futuros para pesquisas de alunos e demais interessados da sociedade nessa área.

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Para mim, enquanto Bacharel em Ciências Contábeis, este trabalho me levou a ter um conhecimento mais amplo na contabilidade rural e de custos, possibilitando assim uma futura especialização em uma dessas duas áreas, as quais possuem um amplo campo de trabalho e de suma importância para o mundo de negócios. Além de um interesse particular, em calcular o custo da produção do leite com relação ao preço pago pelas empresas compradoras, verificando assim a viabilidade ou não dessa atividade, equiparando com a quantidade produzida mensalmente.

1.6 Metodologia

A metodologia tem como objetivo padronizar o trabalho, demonstrando o método utilizado na abordagem, as técnicas de conhecimento e os pensamentos do pesquisador. Ou seja, é como a pesquisa foi fundamentada.

1.6.1 Classificação da Pesquisa

De acordo com o artigo oitavo do Regulamento do Trabalho de Conclusão, a presente pesquisa foi fundamentada em base teórica e técnica na área estudada. Na metodologia, foram utilizados conceitos e práticas relacionadas à contabilidade rural e de custos, especificamente na área leiteira, onde foram buscadas informações e fundamentações técnicas para a elaboração de um plano de custos para a propriedade, seguido de análise da viabilidade da atividade, com comparativo do preço de venda do leite.

1.6.1.1 Do Ponto de Vista da sua Natureza

De acordo com Vergara (2004, p. 47), “a pesquisa se classifica como aplicada, tendo como objetivo a solução de problemas concretos. Possui como finalidade a prática, baseada na curiosidade e especulação do pesquisador”. Esse tipo de pesquisa possibilita inúmeras aplicações nas ciências sociais.

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1.6.1.2 Do Ponto de Vista de seus Objetivos

A pesquisa do presente trabalho se classifica como exploratória, descritiva e explicativa. Conforme Vergara (2004, p. 47), “a pesquisa exploratória é realizada em área onde existe pouco conhecimento acumulado e sistematizado, ou seja, assume a forma de pesquisa bibliográfica, documental e estudos de caso”. A pesquisa descritiva, de acordo com a mesma autora, “expõe as características do caso em estudo, servindo de base para a explicação, geralmente tem a forma de levantamento, com técnicas de coletas de dados”. E a pesquisa explicativa, conforme Vergara, “tem como principal objetivo esclarecer quais fatores contribuíram para a ocorrência dos fenômenos, aprofundando os conhecimentos, explicando os porquês das coisas, a razão delas”. Segundo Gil (1999, p.44), “esse o tipo de pesquisa é mais complexa e delicada, onde a possibilidade de cometer erros aumenta”.

1.6.1.3 Do ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

O trabalho se classifica como uma pesquisa bibliográfica, documental, de levantamento de dados e de estudo de caso. A pesquisa bibliográfica, segundo Vergara (2004, p. 48) “é um estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado, sendo jornais, livros, redes eletrônicas, ou seja, todo material acessível ao público interessado”.

De acordo com Gil (1999, p. 66) “a pesquisa documental é realizada através de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com o objetivo do estudo”.

O levantamento é a interrogação com pessoas envolvida na atividade estudada, onde se busca conhecer todo o processo. O estudo de caso, conforme Vergara (2004) tem como caráter de profundidade e detalhamento de um ou poucos objetos de maneira que se permitam o seu conhecimento profundo.

Essas quatro maneiras de classificar a pesquisa e fazer o levantamento de dados, auxiliaram no estudo de caso da propriedade rural analisada.

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1.6.1.4 Quanto à forma

A pesquisa classifica-se como qualitativa, a qual, conforme Minayo (2008) aprofunda-se no universo dos significados, motivos, dos valores e das atitudes. Esaprofunda-se conjunto de ações humanas é entendido como parte da realidade social, onde o ser humano através de suas atitudes possa pensar e interpretar suas ações a partir da realidade vivida e compartilhar a experiência com seus semelhantes. A abordagem quantitativa se aprofunda no mundo dos significados.

1.6.2 Plano de Coleta de Dados

O levantamento ou coleta de dados pode ser obtido de três maneiras: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contato direto (LAKATOS E MARCONI, 1990).

A coleta de dados utilizadas na realização desse trabalho foi baseada em estudos teóricos, com pesquisa bibliográfica e documental. Através de entrevistas realizadas com os proprietários e visitação e acompanhamento do processo produtivo, para que dessa maneira possa ser desenvolvido um plano de custo apropriado para a atividade.

1.6.2.1 Instrumento de Coleta de Dados

Nesse tópico esta descrita as maneiras utilizadas no processo de coleta de dados, na realização do relatório.

Observação: De acordo com Lakatos e Marconi (1990, p. 79), “a observação é uma técnica

de coleta de dados utilizada para se obter informações, mas não é apenas da maneira em ver e ouvir as coisas, mas também de analisar os fatos e fenômenos que almejam ser estudados”.

Uma das observações utilizadas nesse trabalho foi a de maneira assistemática, que é a técnica de observação denominada espontânea, informal e ocasional, onde os fatos são recolhidos e registrados sem meios técnicos especiais, é uma experiência casual, mas voltada para registrar os dados necessários para a pesquisa científica, conforme (LAKATOS E MARCONI, 1990).

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Ainda foram utilizadas as técnicas de observação não participante, onde foi presenciado o fato, mas não participa- se dele; observação individual onde houve a existência de apenas um pesquisador que examinou os fatos e a mesma foi realizada na vida real, onde o registro dos dados foram feitos a medida em que foram ocorrendo.

Essas técnicas de observação citadas anteriormente foram às utilizadas para o desenvolvimento da coleta de dados para a realização da análise do custo de produção da propriedade.

Entrevista: A entrevista é a forma com que o investigador se apresenta ao investigado lhe

fazendo perguntas, com o objetivo de obter dados que interessam na pesquisa. “É onde uma das partes quer coletar informações e a outra apresenta a fonte das mesmas”, de acordo com Gil (1999).

A pesquisa realizada aconteceu com entrevistas despadronizadas ou não estruturada, onde existe uma maneira de explorar os dados desejados com mais amplitude, sem seguir um roteiro previamente estabelecido.

1.6.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados

A análise e interpretação dos dados adotados na elaboração desse trabalho, seguiu os tópicos relacionados a seguir:

a) Consolidações teóricas;

b) Levantamento dos custos da produção leiteira;

c) Estruturação de um sistema de custo para a atividade; d) Análise dos custos, volume e resultado do produto.

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2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Na revisão bibliográfica, o objetivo foi buscar na leitura de livro, artigo e qualquer outro meio documental, fundamentos para a melhor compreensão do assunto da investigação e para aprofundar os conhecimentos relacionados com o problema, com base em diversos autores.

2.1 Contabilidade

Nessa parte do trabalho, foram apresentados o conceito de contabilidade, sua origem, evolução, objeto, objetivos, funções e campo de atuação da atividade.

2.1.1 Origem e evolução da Contabilidade

A contabilidade teve sua origem desde os primórdios da civilização humana e ao longo do tempo obteve evoluções e desenvolvimento de suas técnicas. Conforme Sá (apud BASSO, 2005, p.17), “a história da Contabilidade nasce com a própria civilização, em uma espontânea forma de ter conhecimento sobre as utilidades ou riquezas que o homem ia acumulando.”

Na sociedade primitiva, as pessoas utilizavam pedaços de ossos, argila ou pedra para fazer suas operações de cálculo, sendo que o início da contabilidade se confunde com os primeiros passos dos cálculos.

De acordo com estudos de Sá (apud BASSO, 2005, p.17), a origem da Contabilidade se classifica em fases: fase dos registros primitivos; fase dos registros simples; fase dos registros complexos; fase dos registros sistematizados; fase dos estudos pré-científicos; fase da doutrina cientifica e filosófica do conhecimento contábil.

As três primeiras fases citadas acima se denominam como a “Contabilidade do Mundo Antigo”, período que se inicia com a pré-história e vai até 1202 da era cristã. Essa contabilidade empírica, já considerava o patrimônio como seu objeto. As comprovações da existência dessa fase foram às formas primitivas de registros contábeis encontrados em grutas

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de pedra, na França, onde havia a identificação de objetos e quantidades registradas nas suas paredes, representando os controles patrimoniais praticados pelos homens primitivos.

Em 1202, na Itália, foi publicado um livro sobre o cálculo comercial, intitulado de "Liber Abaci”, de Leonardo Fibonaccio, o qual marcou o período de transição da Contabilidade Antiga para a Contabilidade Moderna, tendo duração até 1494 da era cristã.

Nesse período, também conhecido como a “Era Técnica”, o frade Luca Pacioli, explicou o “Método das Partidas Dobradas” como sistema de escrituração contábil adequada para o controle dos negócios, onde para um débito deve haver o lançamento de um crédito correspondente.

No ano de 1494 ao de 1840, surgiu o terceiro período da contabilidade, denominado de “Literatura Contábil”, onde foram publicadas diversas obras como os conhecimentos contábeis e a evolução das tecnologias de registros, isso tudo ocorreu devido ao desenvolvimento econômico mundial, devido, principalmente pela revolução industrial (Basso, 2005, p.18). Foi nesse momento, que começaram a surgir às primeiras escolas relacionadas ao pensamento contábil, como a Escola Contista, a Personalística, a Neocontista, a Controlística, a Aziendalística e a Patimonialística.

O quarto período ocorreu de 1840 em diante, denominado como “Contabilidade Científica”, foi nesse período que os estudiosos encontraram o verdadeiro objeto de estudo, o patrimônio. Nesse momento foram enfocadas as essências dos fatos, buscando a explicação deles e criando uma ciência que estabelece leis, princípios e normas gerais para registrar, controlar, observar e estudar a evolução do patrimônio das entidades em geral (Basso, 2005, p.19). Foi nesse mesmo período, que a contabilidade se firma como ciência, é tomado o conceito de “Controlismo”, caracterizando a mesma como ciência de controle econômico.

Nesse momento que ocorreu o enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, onde a Contabilidade é muito mais do que mero registro, é um instrumento básico de gestão.

Até o início do século XX, a escola Européia predominava, mas a partir desse momento, surgiu a escola Norte Americana, a qual tinha especialidade era a aplicação da

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contabilidade no campo operacional, o que marca o início da contabilidade no Brasil. Esse grande avanço gerencial tem haver com a evolução das empresas, e avanço da globalização das operações.

Percebe-se então, que a evolução da contabilidade passou por vários períodos, desde os simples registros rústicos da antiguidade aos mais complexos sistemas eletrônicos encontrados atualmente, que auxiliam com grande valia na atividade contábil e os resultados das entidades.

2.1.2 Conceitos de Contabilidade

Com todas essas fases e períodos da evolução da contabilidade citados acima, foi desenvolvido o conceito da contabilidade, o qual pode ser expressado de diversas maneiras e por vários autores.

Segundo Toigo (apud Basso 2005, p.22), “contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio sob o ponto de vista econômico-financeiro, observando e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por eles sofridos.”

Basso, seguindo o mesmo pensamento de Toigo e demais pesquisadores da área, define contabilidade da seguinte maneira:

[...] como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira, (BASSO, 2005, p.22)

Seguindo a mesma idéia, Crepaldi, tem a seguinte definição de Contabilidade:

Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e variação, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial, (CREPALDI, 2005, p. 85)

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Sendo então o foco de estudo da contabilidade o patrimônio e suas variações e estados, e este, um bem pertencente ao homem que convivem na sociedade, foi conceituada como uma ciência social, e não mais como arte ou técnica, como anteriormente. Ciência, a qual se correlaciona com as econômicas e administrativas, que tem a finalidade de controlar e avaliar a riqueza pertencente ao individuo.

2.1.3 Objeto da Contabilidade

Conforme Basso (2005, p. 23), o “objeto da Contabilidade é o Patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade.”

Esse patrimônio pode ser compreendido sob o aspecto qualitativo ou quantitativo. O primeiro considera o ponto de vista da formação física do bem, direito e obrigação, já o outro, visa reconhecer o valor econômico e monetário desses elementos.

2.1.4 Funções e Objetivos da Contabilidade

Segundo Basso (2005, p. 24), a finalidade da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e planejamento.

Com esse enfoque, as principais funções da Contabilidade podem ser identificadas da seguinte maneira:

- coletar os documentos comprobatórios dos atos e fatos administrativos e econômicos que ocorrem na entidade;

- classificar os documentos comprobatórios de acordo com as alterações que provocam no patrimônio da entidade;

- registrar os fatos contábeis decorrentes das alterações patrimoniais nos livros de escrituração contábil da entidade;

- acumular informações quantitativas e qualitativas do patrimônio e suas variações, ao longo do tempo;

- resumir informações do patrimônio e suas variações, em demonstrativos contábeis; - revelar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, (BASSO, 2005, p. 25)

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Com todas essas funções relacionadas é que o contabilista pode gerar informações úteis para o acompanhamento das organizações e auxiliar no seu gerenciamento.

Para que a entidade possua um controle e tenha as informações desejadas, a contabilidade possui objetivos, os quais estão citados abaixo:

- controlar (física e monetariamente) o patrimônio da entidade;

- apurar os resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade;

- evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como as suas tendências;

- atender o cumprimento das normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade;

- fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com as suas necessidades, (BASSO, 2005, p. 25)

Através desses objetivos, pode-se verificar que a contabilidade é quem possui o controle do patrimônio da entidade e é ela quem melhor o conhece.

2.1.5 Usuários da Contabilidade

Os usuários da contabilidade de acordo com a NBC T 1 (2006, p.74), “são as pessoas físicas ou jurídicas com interesse na Entidade, que se utilizam das informações contábeis desta para seus próprios fins, de forma permanente ou transitória.”

Os usuários são todos aqueles que possuem algum tipo de interesse na empresa, podendo ser estes: os administradores, diretores, executivos da entidade, que precisam de informações para tomada de decisão; sócios e acionistas, que necessitam da informação contábil para verificar se seu investimento nas ações tem futuro retorno; os bancos, financiadores e investidores, que precisam de garantias na concessão de algum tipo de empréstimo; os fornecedores, para que possam ter a garantida do pagamento do material vendido para a organização nos prazos previstos; os clientes e as autoridades governamentais de diversos níveis.

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A informação contábil, além de ser importante para todos aos usuários citados anteriormente, também influenciam na vida da sociedade em geral, pois se a empresa possuir bons resultados, os demais negócios da comunidade também podem se desenvolver, pois as pessoas ali inseridas possuem capital para comprar ou investir. Então se a mesma possuir bons resultados, o público em geral pode desenvolver as suas atividades, devido ao capital estar tendo circulação na comunidade.

2.1.6 Campo de Atuação

O campo de atuação da contabilidade é extremante vasto. De acordo com Sá (2006, p.41), “imensa é a utilidade do conhecimento contábil para a sociedade, para as células sociais, para o ser humano.”

Basso identifica os principais campos de atuação, que podem ser classificados nos seguintes ramos:

- Contabilidade Comercial; - Contabilidade Industrial; - Contabilidade Pública; - contabilidade Bancária;

- Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); - Contabilidade de Cooperativas;

- Contabilidade de Seguradoras; - Contabilidade de Fundações; - Contabilidade de Construtoras; - Contabilidade Hospitalar e

- Contabilidade de Condomínios, entre outros, (BASSO, 2005, p. 27).

A atividade contábil “abre” muitas oportunidades de trabalho para os estudantes e formados nessa área, e é um campo de trabalho que vem crescendo continuamente, devido a sua grande importância em qualquer tipo de entidade.

2.2 Contabilidade Rural e Contabilidade Agropecuária

Segue abaixo conceitos que auxiliaram na compreensão da Contabilidade Rural e Agropecuária.

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2.2.1 Conceitos

A contabilidade Rural é de grande importância para uma Empresa Rural, pois é um importante instrumente que auxilia na tomada da decisão, no processo de execução das atividades e no controle da operação das mesmas.

Conforme Crepaldi (2005, p. 82), “a Contabilidade Rural é um dos principais sistemas de controle e informação das empresas rurais.” Nesse sentido, o mesmo autor afirma:

Contabilidade Rural é um instrumento da função administrativa que tem como finalidade:

-controlar o patrimônio das entidades rurais; - apurar o resultado das entidades rurais;

- prestar informações sobre o patrimônio e sobre o resultado das entidades rurais aos diversos usuários das informações contábeis, (CREPALDI, 2005, p. 84).

Para Marion (2006) a contabilidade é denominada de contabilidade geral ou contabilidade financeira. Então nesse sentido, quando praticada em algum ramo específico, passa a ter a denominação de acordo com a atividade. Como no caso da Contabilidade Rural, é a aplicação da Contabilidade Geral nas empresas rurais, o mesmo ocorre em propriedade que são pecuárias, agrícolas, agropecuárias, entre os demais tipos de organizações, cada qual recebe a denominação de contabilidade de acordo com a atividade praticada.

2.2.2 Objetos e finalidades

De acordo com Crepaldi (2005, p. 86) “o objeto da Contabilidade Rural é o patrimônio das entidades rurais.”

Sendo a Contabilidade Rural um ramo da Contabilidade Geral, possui o seu mesmo objeto. Dessa maneira as finalidades relacionadas a esse objeto, são as seguintes:

- orientar as operações agrícolas e pecuárias;

- medir o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividade produtiva individualmente;

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- apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e dos investimentos;

- auxiliar as projeções de fluxos de caixa e necessidade de crédito;

- permitir a comparação da performance da empresa no tempo e desta com outras empresas;

- conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua família;

- justificar a liquidez e a capacidade de pagamento das empresas junto aos agentes financeiros e outros credores;

- servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos;

- gerar informações para a elaboração do Imposto de Renda, (CREPALDI, 2005, p. 84).

Para obter resultados concretos, outra finalidade importante da contabilidade rural, é coordenar os trabalhos realizados pela mesma, para que gerem informações que seja de caráter: confiável, ágil, elucidativa e que gerem dados seguros para a tomada de decisão, controle e planejamento dos seus administradores.

2.2.3 Objetivos

Conforme Crepaldi, segue a sua definição dos principais objetivos da Contabilidade Rural:

A Contabilidade Rural, dentro do sistema de informações da Empresa Rural, auxilia sobremaneira na geração de informações para o planejamento e o controle das atividades e, por conseguinte, sua estrutura, quer seja apresentação das informações quer seja no registro e avaliação, deverá atender a essa finalidade, (CREPALDI, 2005, p. 85).

Nesse sentido, o objetivo principal da Contabilidade rural é o patrimônio, seguido pelas atividades de controle e planejamento, que são de suma importância para uma Empresa Rural, pois elas podem determinar o caminho que a mesma deve seguir e identificar se as políticas da organização estão sendo cumpridas.

2.3 Contabilidade de Custos

Nesta parte do trabalho, foram apresentados os principais conceitos de custos, para que se possa haver uma maior compreensão do assunto estudado.

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2.3.1 Origem e evolução da Contabilidade de Custos

Como já foi citado, a contabilidade possui registros muito antigos, há indícios que a mesma acompanha a humanidade desde o inicio da civilização, todos os povos de uma maneira ou outra procuravam registrar seus ganhos e perdas.

No inicio da atividade mercantil, a Contabilidade Geral ou Financeira era a única que existia e supria as necessidades. Mas com a Revolução Industrial e o surgimento de fábricas, os administradores começaram a reclamar da falta de uma área de controle de custos e a ausência de informações, que a contabilidade Geral não gerava, (BOMFIM E PASSARELLI, 2006).

Havendo essa necessidade, de uma área que avaliasse a entidade por dentro, fazendo um maior controle sobre os valores atribuídos aos estoques e avaliando as necessidades internas, transmitindo depois essas informações para a Contabilidade Geral, para que a mesma cumprisse com os aspectos fiscais e legais, e transmitisse as informações necessárias para os parceiros externos, foi que a Contabilidade de Custos começou a ganhar seu espaço e ser extremamente útil na vida das entidades, (CREPALDI, 1999 e MARTINS. 1998).

Então a Contabilidade de Custo surgiu da Contabilidade Geral, devido à necessidade de um instrumento seguro para a tomada de decisões relacionadas à produção, (CREPALDI, 1999).

Perante toda a evolução da Contabilidade de custo, percebe-se que o controle dos custos na entidade é de suma importância para a tomada de decisão gerencial e planejamento.

2.3.2 Conceitos de Contabilidade de Custos

A contabilidade de custo é muito importante para as organizações, pois é através desses controles que a empresa pode controlar seus gastos e gerenciar da melhor maneira possível a sua entidade.

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“A contabilidade de custo mensura e relata informações financeiras e não-financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela fornece informações tanto para a contabilidade geral quanto para a contabilidade financeira.” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.2)

Segundo o entendimento de Crepaldi (1999, p.15), “Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços.”

Uma interpretação muito interessante relacionado ao custo dentro de uma entidade, é citado por Santos (2009, p.11): “que o coração estava para a vida do corpo, assim como o controle do custo estava para a vida da empresa.” Com essa frase, pode-se verificar o quanto é importante um controle de custos em uma organização.

2.3.3 Objetivos da Contabilidade de Custos

Os objetivos da contabilidade de custo é conhecer os custos dos produtos, avaliar os estoques e apurar os resultados, de acordo com Crepaldi (1999).

Em outras palavras, Medeiros define os objetivos da contabilidade de custo da seguinte maneira:

- fornecimento de dados para apuração do Custo e avaliação dos Estoques;

- fornecimento de informações à administração para o controle das operações e atividades da empresa, visando o controle dos Custos de Produção;

- fornecimento de informações para planejamentos, orçamentos e tomadas de decisões;

- atendimento a exigências físicas e legais, (MEDEIROS, 1997, p.18).

Enfim, o objetivo da contabilidade de custos é avaliar todas as informações da empresa, principalmente controlar os custos de produção da entidade, para gerar informações uteis a administração da entidade.

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2.3.4 Objetos da Contabilidade de Custos

Define-se objeto de custo o elemento do qual se deseja ter o custo específico apurado. Em outras palavras, objeto de custo é o elemento que será objeto de mensuração monetária, com finalidade de se obter o custo unitário ou total desse elemento. Um objeto de custo pode ser um produto, um serviço, uma mercadoria, uma atividade, uma departamento, uma divisão, um processo, um recurso etc., (PADOVEZE, 2003, p.40).

“A contabilidade de Custos atua sobre a empresa, seus produtos, seus serviços, os componentes operacionais e administrativos”, que segundo Leone (2008, p. 29) compõe os objetos de custo.

2.4 Terminologia aplicada à Contabilidade de Custos

De acordo com Perez Jr., Oliveira, Costa (2001) a contabilidade de custos possui uma terminologia própria, devido a isso é importante que sejam expostas as definições de termos mais utilizados nessa área.

2.4.1 Desembolso

“Os desembolsos ocorrem devido ao pagamento de uma compra efetuada a vista ou de uma obrigação assumida anteriormente,” (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001, p. 15).

O desembolso é a retirada de dinheiro do caixa, pagamento de uma conta e/ou duplicata. É a saída do dinheiro do poder de uma pessoa passando para a outra, na aquisição de um bem ou serviço, (MARTINS, 1998).

Exemplos de desembolso são: “compras de matéria-prima a vista; pagamento de salário dos funcionários; pagamento de empréstimo bancário; pagamento de despesas provisionadas no período anterior.” (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001, p.15).

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2.4.2 Gastos

Segundo Martins (1998, p. 25), gasto é o “sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos.” Só existe o gasto no momento em que ocorre o reconhecimento contábil da dívida assumida ou a redução do ativo dado em pagamento.

O gasto algumas vezes pode ser confundido com o desembolso, pois quando se compra algo muito caro se diz “gastei muito dinheiro”, mas não é o dinheiro que é gasto, apenas desembolsado. Então gasto é aquilo que foi consumido, são os bens e serviços obtidos por meio do desembolso imediato ou futuro, conforme Perez Jr., Oliveira, Costa (2001).

Exemplos de gastos citados por Perez Jr., Oliveira, Costa (2001, p. 16) são: “matéria-prima consumida no processo produtivo; material de expediente consumido no processo administrativo; serviços de frete consumidos no processo de venda; e energia elétrica consumida na área industrial.”

O gasto, dependendo de sua aplicação pode ser classificado em custo, despesas, perdas ou desperdício.

2.4.3 Custos

Custo é entendido como o “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços,” (MARTINS, 1998, p.25).

A definição de custo na contabilidade Rural é a de que o “Custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção rural; são todos os gastos relativos à atividade de produção,” (CREPALDI, 2005, p. 97).

Custo pode ser compreendido como um sacrifício econômico, relacionado com a transformação de Ativos, (CREPALDI, 1999).

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2.4.4 Despesas

As despesas reduzem o Patrimônio Liquido, e tem essa característica de sacrifício na obtenção das receitas, (MARTINS, 1998).

As despesas são consideradas os bens e serviços utilizados e consumidos no processo da geração da receita. Todas as despesas têm uma relação direta ou indireta com a obtenção da receita, (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001).

Na contabilidade Rural, a despesa pode ser compreendida da seguinte maneira:

Gasto com bem e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir custos e despesas. Pode-se, entre tanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos realizados com os produtos agrícolas, até que estes estejam prontos, são custos; a partir daí, são despesas.

Todos os custos que estão incorporados nos produtos agrícolas que são produzidos pela Empresa Rural são reconhecidos como DESPESAS no momento em que os produtos são vendidos, (CREPALDI, 2005, p. 98).

Pode-se citar exemplo de despesas: como a energia elétrica consumida nos escritórios, conta telefônica, gastos de combustíveis, refeição do pessoal...

2.4.5 Perdas

Perdas é aquilo que foi gasto fora do esperado ou que não estava estimado. Pode ser definido como:

[...] gastos anormais ou involuntários que não geram um novo bem ou serviço, tampouco receitas e são apropriadas diretamente no resultado do período em que ocorre. Esses gastos não mantêm nenhuma relação com a operação da empresa e geralmente ocorrem de fatos não previstos, (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001, p.17).

Enfim, perda é o gasto não planejado, inesperado, anormal e que é imprevisível de projetar e esperar.

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2.4.6 Desperdício

Desperdício, na sociedade capitalista e globalizada de hoje é considerado o mesmo que prejuízo, pois é um valor perdido que não poderá ser acrescido no preço de venda do material, por isso deve ser evitado, e principalmente identificado dentro da organização.

Conforme os autores Perez Jr., Oliveira, Costa (2001, p. 17), desperdício é o “gastos incorridos nos processos produtivos ou de geração de receitas e que possam ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade dos bens, serviços ou receitas geradas.”

Na contabilidade atual, o desperdício está sendo classificado na maior parte das vezes, como custo e despesa, sendo uma informação de extrema importância para o sucesso e evolução do negócio, pois com a identificação dele, pode-se melhorar o processo produtivo evitando que possa ocorrer futuramente de novo.

2.4.7 Investimento

De acordo com a terminologia de custos do autor Martins, investimento tem o seguinte conceito:

Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens e serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos, (MARTINS, 1998, p. 25).

Então, investimento é o gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a período futuros, segundo Crepaldi (2005).

2.5 Princípios Fundamentais Aplicados à Contabilidade de Custos

Devido ao fato da Contabilidade de Custo ser uma ramificação da Contabilidade, possui os mesmos princípios da Contabilidade Financeira, (CREPALDI, 1999, p. 22).

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Os Princípios da Contabilidade são classificados em: Principio da Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor Original, Competência e Prudência, de acordo com a RESOLUÇÃO CFC Nº 1282 DE 28 DE MAIO DE 2010.

Na contabilidade de custos, alguns princípios passam a ter outros nomes, mas a essência do seu significado continua a mesma.

Os princípios mais importantes e utilizados na Contabilidade de Custo e Rural são explicados da seguinte maneira:

Continuidade: pressuposto de que a empresa continuasse em funcionamento, ou seja,

que a entidade terá uma vida econômica e produtiva num futuro previsível.

Oportunidade: segue abaixo definição para esse principio.

Art. 6º. O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, (RESOLUÇÃO CFC Nº 1282 DE 28 DE MAIO DE 2010).

Registro pelo valor original: “os ativos são registrados pelo valor de entrada (Valor

da nota fiscal ou Custo de Produção),” (CREPALDI, 2005, p.226).

Competência e confrontação: esses princípios são de grande importância para a

contabilidade de custos. Pois através deles pode-se verificar em qual momento houve o reconhecimento das despesas e custos, (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001, p.61).

No principio de competência, as despesas devem ser registradas no período em que elas foram incorridas.

Na confrontação, as despesas são especificamente ligadas às Receitas e são contabilizadas no momento da Realização das Receitas. Dessa maneira, os gastos do processo

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de produção ou aquisição ficam no estoque até o momento em que são vendidos ou utilizados, (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001 e CREPALDI, 2005).

Prudência: no momento de efetuar o registro contábil, deve ser realizado de maneira

cautelosa, havendo alguma dúvida de como tratar uma gasto, por exemplo, sempre deve considerá-lo como uma despesa ao invés de um ativo.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais, (RESOLUÇÃO CFC Nº 1282 DE 28 DE MAIO DE 2010).

Uniformidade ou consistência: esse princípio se refere ao registro uniforme dos

procedimentos contábeis, se houver a necessidade da alteração de algum deles para melhorar a qualidade das informações, a empresa deve ter seus efeitos evidenciados, e ainda dever estar registrada a justificativa para a realização de tal alteração. A consistência existe para que a empresa não altere a cada momento seu procedimento sem haver uma justificativa para isso. (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001 e CREPALDI, 2005).

A utilização de todos esses princípios na Contabilidade de Custos é de grande importância, pois utilizando cada um deles pode-se chegar a um custo preciso em cada período, não podem ocorrer erros e equívocos no registro das despesas e receitas, chegando-se a um resultado real.

2.6 Classificação dos Custos

A classificação dos custos é importante, pois através dela pode ser produzidas informações de qualidade para a tomada de decisão dos gestores. Os custos são classificados pela viabilidade em variáveis e fixos, e pela facilidade de alocação em diretos e indiretos, onde todos esses têm grande importância na identificação do custo real dos produtos produzidos.

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2.6.1 Custos Diretos

“Custos Diretos são os custos que podemos apropriar diretamente aos produtos. Exemplo: Material Direto (MD) e Mão- de- obra Direta (MOD),” (CREPALDI, 1999, p.41).

Outra interpretação do conceito de custo direto é feita pelos autores Perez Jr., Oliveira, Costa (2001, p. 23), onde os mesmos descrevem que:

[...] os custos que podem ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateio para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados.

Outro conceito é de que “São custos diretos aqueles que se relacionam ao que fisicamente se identifica no produto quando este é fabricado,” (SÁ, 2006, p.140).

“Custos diretos são os identificados com precisão no produto acabado, através de um sistema e um método de medição, e cujo valor é relevante, como: horas de mão- de- obra; quilos de sementes ou rações; gastos com funcionamento e manutenção de tratores,” (SANTOS, MARION, SEGATTI, 2002, p.43).

Nos custos diretos, a matéria prima direta é o material e as embalagens necessárias para a produção e acabamento de produtos, e que é de fácil identificação no produto acabado, já a mão-de-obra direta, é o serviço ou trabalho aplicado na confecção do material fabricado. Esse custo pode ser identificado mais facilmente pela contabilidade de Custo, a qual relaciona as informações da folha de pagamento e demais demonstrativos da área de recursos humanos, para ser apropriado sobre os produtos, não sendo possível a imediata identificação visual como a do material utilizado.

2.6.2 Custos Indiretos

“Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo denominada de rateio,” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.20).

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Crepaldi (1999, p.65) define que “custos indiretos são os que não podemos identificar diretamente com os produtos e necessitamos de rateios para fazer a apropriação.”

“Nem tudo o que se gasta para produzir fica no produto” é um conceito de custo indireto dado por Sá (2006; p.141). Com esse conceito, pode- se verificar que os custos indiretos estão presentes no processo de produção, mas não estão fisicamente no produto final.

Não sendo possível a identificação imediata dos custos indiretos nos produtos ou serviços, não é possível a sua apropriação de forma direta sobre os produtos fabricados, havendo a necessidade da realização do rateio sobre os materiais produzidos para que possam ser identificados.

Os custos indiretos são aqueles que a empresa tem para praticar a sua atividade. Exemplos são: aluguel da parte do setor produtivo, a energia elétrica consumida na produção, materiais indiretos, depreciação dos equipamentos, mão-de-obra indireta, água, entre demais custos fabris.

Para que seja feito o rateio correto, a empresa deve ter a divisão de departamentos, e que sejam denominados Centros de Custos (“unidade de medida de acumulação de custos”) Crepaldi (1999, p. 70), para que dessa maneira, todos os custos indiretos serão alocados de maneira proporcional a cada centro de custo, gerando um custo final confiável para o produto.

2.6.3 Custos Fixos

“Custo fixo é um custo que não se altera em montante apesar de alterações num direcionador de custo,” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.21).

Bornia (2002, p.42) identifica dizendo que os “custos fixos são aqueles que independem do nível de atividade da empresa no curto prazo, ou seja, não variam com alterações no volume de produção.”

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Os custos que não variam com a atividade de produção são chamados de custo fixo. Os mesmos variam conforme o tempo e não com o nível de atividade, são aqueles custos permanentes de um determinado período, que existem mesmo que não ocorra nenhum tipo de produção nesse lugar no determinado período, (BOMFIM, PASSARELLI, 2006).

Os custos fixos podem ser identificados em três tipos, conforme Bomfim, Passarelli (2006, p. 55 e 56): custo fixo de capacidade instalada refere-se à depreciação; custos operacionais fixos da fábrica, os seguros e impostos da atividade; despesas fixas programadas, as quais se referem à propaganda e marketing da entidade.

Exemplos de custos fixos em uma propriedade rural são: as benfeitorias, máquinas agrícolas, depreciação, salários dos técnicos rurais, pró-labore. Esses custos ficam fixos por um intervalo de tempo bem relevante, sendo alterados penas se há aquisição de uma nova máquina, então esses terão que ser recalculados.

2.6.4 Custos Variáveis

De acordo com Bornia (2002), os custos variáveis estão intimamente ligados com a produção, crescendo conforme há o aumento do nível da atividade da empresa. Ou seja, quanto maior for o uso de matéria-prima na produção de determinado material, maior será o seu custo variável, pois o mesmo se refere aquilo que influencia diretamente na produção do material, podendo variar de acordo com a sua utilização, refletindo no custo final do material.

“Custo variável é um custo que se altera em montante em proporção às alterações num direcionador de custo,” (HORNGREN, FOSTER, DATAR, 2000, p.21).

São variáveis, “os custos que variam proporcionalmente a intensidade ou naturalidade da produção,” (BOMFIM, PASSARELLI, 2006, p.55).

São custos variáveis, “aqueles que variam em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio. EX.: mão- de- obra direta, materiais diretos (fertilizantes, sementes, rações), horas máquina,” (SANTOS, MARION, SEGATTI, 2002, p.43).

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Então os custos variáveis são aqueles que sofrerão alteração todo mês e período, pois depende do volume de produção para que haja a sua identificação.

2.6.5 Custos com Materiais Diretos

Material Direto é o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto que se torna parte integrante dele. São exemplos: a matéria prima, material secundário e embalagens, (CREPALDI, 1999, p.41).

A fórmula de para a identificação do custo de material, de acordo com o mesmo autor,

MD: Materiais Diretos EI: Estoque Inicial C: Compra Líquidas EF: Estoque Final

Os materiais diretos são todos os que auxiliam na composição do material a ser produzido ou comercializado.

2.6.6 Custos com Materiais Indiretos

Denominam-se custos de materiais indiretos aqueles comprados e requisitados para utilização no processo fabril, sem contudo fazerem parte do produto, ou seja, não constam da estrutura do produto. São materiais necessários para auxiliar o processo produtivo, tanto para a utilização pelo pessoal envolvido nos processo e atividades industriais, como para os equipamentos utilizados nos processos diretos e nas atividades indiretas, (PADOVEZE, 2003, p.44 e 45).

Materiais indiretos são aqueles considerados como uso e consumo da produção, que não são vistos no produto final, mas que foram necessários pra a sua constituição. Alguns exemplos desse tipo de material são os combustíveis, lubrificantes, produtos químicos, materiais de higiene, segurança e expediente.

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2.6.7 Custos Patrimoniais: Depreciação

A depreciação está presente em todas as atividades e empresas. É definida abaixo por dois conceituados autores.

Considera-se como insumo industrial de depreciação a perda de valor dos ativos imobilizados utilizados no processo industrial. Normalmente a perda de valor dá-se pelo uso e desgaste ou pela obsolescência. Assim, a diferença entre o valor do bem novo e o valor do bem usado é denominado depreciação, (PADOVEZE, 2003, p.26).

[...] a depreciação de um equipamento representa o valor da parcela daquele equipamento “consumida” no período. Evidentemente, a máquina não tem uma parte consumida, mas vai se desgastando com o tempo e o uso. Portanto, a depreciação representa a perda de valor do equipamento no período considerado, (BORNIA, 2002, p.169).

A depreciação, quando é constante por determinado período, é considerada como custo fixo, mas quando é calculada com o tempo, horas do uso de um equipamento, se torna um custo variável de produção, (BORNIA, 2002).

Vários são os métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor a ser depreciado de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere (RESOLUÇÃO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC Nº 1.177 DE 24.07.2009 , Item 62). Dessa maneira, esse foi o método de depreciação utilizada nesse trabalho, onde foi estipulada a vida útil de cada bem existente na propriedade, para encontra o valor a ser depreciado.

2.7 Custos com Mão de obra

Nesse tópico será apresentado os conceitos e tipos de mão- de- obra direta e indireta utilizadas no processo de produção.

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2.7.1 Custos com Mão de Obra Direta

Denominamos mão-de-obra direta todos os gastos com o pessoal envolvido diretamente na produção dos produtos finais da empresa: é o gasto com o pessoal que: a) tem contato direto com o processo de fabricação dos produtos finais, desde a manipulação das matérias-primas até a montagem e expedição dos produtos acabados; b) opera os equipamentos dos processos necessários a elaboração dos produtos finais, (PADOVEZE, 2003, p.47).

Mão -de- obra direta é o custo de qualquer trabalho humano diretamente identificável e mensurável com o produto. É a mão-de-obra empregada na transformação do material direto em produto acabado, (CREPALDI, 1999, p.49).

O elemento identificador da mão-de-obra direta é quando existe a possibilidade de mensurar o esforço do trabalhador, no trabalho direto com a matéria-prima ou com o produto final, é a identificação da quantidade de tempo que os envolvidos tiveram na formação do produto acabado. Conforme Crepaldi (1999, p.49) “se conseguirmos medir o tempo de produção de cada produto por meio de controles, então a mão-de-obra é direta.”

2.7.2 Custo com Mão de Obra Indireta

“A mão-de-obra indireta caracteriza-se por não ser exclusiva de um produto ou produtos finais e por trabalhar para determinadas atividades de apoio à fábrica como um todo, necessárias a todos os produtos indistintamente,” (PADOVEZE, 2003, p.49).

A mão-de-obra indireta são os gastos com os funcionários que não são considerados diretos, segundo Padoveze (2003), pode ser associado a essa classificação o pessoal de chefia, secretariado e administrativo, que não estão diretamente relacionados com o produto final.

Segundo Crepaldi (1999, p. 49), “mão-de-obra indireta é aquela que deve ser utilizado algum critério de rateio para que seja apropriada a mão-de-obra dos produtos finais.”

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2.8 Custos Indiretos de Produção

Custos indiretos de produção são aqueles que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos. Para que haja a sua atribuição ao produto ou serviço, é necessário que seja utilizado critérios de distribuição, (PADOVEZE, 2003).

A distribuição dos custos indiretos é feita através de métodos de rateio, departamentalização e centros de custos, que serão conceitualizados abaixo.

2.8.1 Rateio

“Rateio é o artifício empregado para distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual vamos dividir os custos indiretos fixos,” (CREPALDI, 1999, p.65).

Em outras palavras, representa o critério utilizado para a distribuição dos gastos indiretos aos produtos, centros de custos, centros de despesas ou receitas geradas. Esses critérios podem ser subjetivos e arbitrários, podendo provocar distorções no resultado final, (PEREZ JR., OLIVEIRA, COSTA, 2001).

O rateio, como dito acima, pode distorcer o resultado final se não for feito de maneira correta e coerente. O mesmo deve ser feito de um modo que não recaia apenas sobre um produto e sobre o outro não ou vise e versa, pois isso traz um valor errado na apuração do custo do produto.

Não existe um método de rateio padrão ou que seja válido para todas as empresas, segundo Perez Jr., Oliveira, Costa (2001) “a principal regra para determinação de critérios de rateio é o bom senso.”

Exemplos de bases utilizadas para rateio, conforme Crepaldi (1999, p.66) são: “unidades produzidas, horas de MOD, horas de uso direto das máquinas, custo MOD, matéria-prima consumida, número de funcionários...”

Referências

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