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3. SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

3.4 A COELBA

Serão apresentadas, a seguir, informações de caráter geral sobre a COELBA, empresa de energia, onde o estudo de caso ocorreu.

Até meados do século passado, o serviço de eletricidade na Bahia era prestado pelas prefeituras municipais e algumas companhias, inclusive uma estadual que atendia a Salvador e parte do Recôncavo. A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – COELBA foi criada como sociedade de economia mista, através da Lei Estadual no. 1.196 de 16 de outubro de 1959 e instalada em 28 de março de 1960, com o objetivo de promover a distribuição de energia elétrica em parte do interior do Estado da Bahia.

No início da década de 1970, a COELBA incorporou uma série de concessionárias existentes no Estado dentre as quais se destaca a Companhia de eletricidade do Estado da Bahia (CEEB) que tinha como área de concessão o Recôncavo Bahiano. Aos poucos, a empresa foi incorporando os serviços prestados pelas prefeituras e demais concessionárias e, em 1977, atingiu a marca de 500 mil clientes.

Em 1981, foi inaugurado o edifício-sede, em Salvador, onde a empresa encontra-se instalada. Sempre buscando a qualidade e a satisfação dos seus clientes, em 1982, deu início à operação do sistema de atendimento telefônico ao consumidor. Com a energização de Mansidão e Butirama, em 1987, a COELBA passou a fornecer energia elétrica a todas as sedes municipais do estado da Bahia.

No início da década de 90, a empresa adotou a filosofia de gestão da Qualidade Total, voltando-se para modernização empresarial e para a busca da satisfação plena dos seus clientes. Em 1993, destacou-se como a primeira concessionária de energia da América Latina a construir uma subestação totalmente digitalizada, a SE Candeal, localizada em Salvador.

No dia 31 de julho de 1997, a empresa é privatizada em leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O preço de aquisição da empresa foi de R$ 1,73 Bilhões

de Reais. O consórcio Guaraniana S.A., composto pela empresa espanhola IBERDROLA, PREVI, BB Investimentos, Brasil CAP e BB Ações Price, adquiriu a COELBA. A partir de outubro de 2004, com o objetivo de destacar o foco de seus negócios, direcionado para a qualidade de serviços, resultados e rentabilização de ativos, a holding passou a chamar-se Neoenergia.

A COELBA é a maior concessionária de serviço público de energia elétrica do Norte- Nordeste em número de clientes e em volume de energia comercializada. Em termos nacionais, é a terceira maior distribuidora de energia elétrica do país em número de clientes e a sétima em volume de energia comercializada. A empresa atua em uma área de concessão de 563.374 quilômetros quadrados e mais de 13,6 milhões de habitantes. Para atender cerca de 5,0 milhões de clientes, em 417 municípios, a empresa dispõe de uma força de trabalho própria constituída de aproximadamente 2.800 colaboradores. Trata-se de uma empresa em plena expansão com a agregação média de 160.000 clientes/ano e ativando e modificando mais de 200.000 contratos/ano.

O “Luz para Todos”, Programa do Governo Federal, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, com participação da Eletrobrás, COELBA e Governo do Estado, já elevou o alcance da energia elétrica de 67,9% dos domicílios da Zona Rural no Estado, em 2004, para os atuais 88,9%. A COELBA tem hoje o maior programa de eletrificação rural do Brasil, com mais de 444 mil ligações já realizadas. O empenho da concessionária na implantação do programa foi reconhecido pelo Ministério de Minas e Energia, que concedeu a distribuidora uma placa de agradecimento pela parceria no programa de eletrificação rural. Única concessionária no País a receber esta homenagem.

Os investimentos realizados pela companhia em 2010 somaram R$ 976,6 milhões, 21,3% superior ao valor investido em 2009, sendo principalmente destinados para implantação, expansão e melhorias do sistema de distribuição de energia elétrica. Os recursos viabilizaram a realização de novas 181.100 ligações urbanas e 75.637 rurais, além de 16.270 km de novas redes de distribuição e a ampliação de 03 subestações, focando sempre no atendimento e na qualidade dos serviços prestados aos seus consumidores. O Programa Luz para Todos foi o que recebeu o

maior volume de investimentos, somando o montante de R$ 546,3 milhões com recursos dos governos Federal, Estadual e da COELBA, onde já foram realizadas mais de 428 mil novas ligações desde 2004.

A COELBA recebeu Investment Grade (Grau de Investimento) concedido pela agência internacional de classificação de risco Standard & Poor´s, com rating "BBB-" na Escala Global e "brAAA" na Escala Nacional Brasil.

Alinhada com os objetivos do Grupo Neoenergia, a COELBA, através do seu programa de responsabilidade social, o “Energia para Crescer”, reforça seu compromisso com a sustentabilidade, norteando as ações e estratégias de negócio e vinculando-as aos princípios de Responsabilidade Social Corporativa. Destacando a educação, o meio ambiente, a cultura e os projetos com foco na distribuição de energia elétrica com frentes de atuação junto às comunidades, as iniciativas da COELBA visam promover o desenvolvimento sustentável e, para isso, envolvem os seus colaboradores, acionistas, fornecedores, parceiros e comunidades.

A COELBA se apresenta como uma das empresas do setor elétrico brasileiro de maior consciência e atuação no âmbito da responsabilidade sócio-ambiental. Cerca de 60% de seus consumidores são classificados como baixa renda, dentro de um Estado cujo PIB per capita é de apenas 56% do nacional, e 329 dos seus 417 municípios possuem um PIB per capita menor do que R$4.000/ano. O Programa Empresarial de Responsabilidade Social da COELBA busca colocar o desenvolvimento social e a qualidade de vida como objetivos corporativos, ou seja, como finalidades mais amplas da empresa.

Os resultados do programa de responsabilidade social são anualmente registrados e avaliados no âmbito do Prêmio da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) de Responsabilidade Social. A COELBA tem se destacado por sua gestão empresarial. Atualmente, sete de suas práticas estão no banco de melhores práticas da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Uma boa parte desse reconhecimento deve-se ao fato da empresa assegurar na configuração de seus projetos a integração entre seu posicionamento estratégico e a gestão de

seus processos. Essa integração é viabilizada por meio da utilização de ferramentas como Balanced Scorecard e seu Mapa de Processos.

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