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PROTOCOLO DE ESTUDO

4 PROTOCOLO DO ESTUDO

4.7 Coleta de dados

4.7.1 Aspectos sócio-demográficos

Os dados foram obtidos após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e anotados no formulário de relato de caso (CRF), onde constou os dados pessoais do voluntário, hábitos, uso de medicamentos, antecedentes familiares de cardiopatias e diabetes e antecedentes patológicos pessoais.

4.7.2 Avaliação antropométrica

Os dados antropométricos coletados foram peso (Kg) e altura (m) para uso como dados individuais e também para o cálculo do índice de massa corpórea (IMC) através da fórmula kg/m². A circunferência da cintura (CC) foi medida em centímetro (cm) ao nível umbilical e a circunferência do quadril (CQ) em cm ao nível da extensão máxima dos glúteos, ambas as medidas foram feitas com o voluntário em pé, os valores sendo usados como dados individuais e também para calcular a relação CC/CQ.

4.7.3 Medida da temperatura corporal, frequência cardíaca e pressão arterial

A medida da temperatura corporal foi feita com a colocação de um termômetro sob a axila com permanência no local por 5 minutos.

A frequência cardíaca foi verificada colocando-se os dedos indicador e médio da mão esquerda sobre a artéria radial do pulso esquerdo do voluntário e contando-se as pulsações da artéria pelo tempo de 1 minuto, sendo o resultado expresso em batimentos por minuto (bpm).

A pressão arterial foi verificada com esfignomanômetro manual estando o voluntário na posição sentada por no mínimo 5 minutos. Foi medida a pressão arterial sistólica (PAS), a pressão arterial diastólica (PAD) e calculada a pressão arterial média (PAM) através da fórmula PAM = PAD + [0,333 (PAS-PAD) ]

4.7.4 Questionário de frequência de consumo alimentar (Anexo III do Apêndice B) - adaptado de SALVO, 2002

Os pacientes responderam a um questionário que abordou questões referentes ao tipo de alimento que ele comumente ingeria e a frequência e a quantidade em que estes alimentos presentes na dieta eram costumeiramente ingeridos.

4.7.5 Questionário para avaliação da ansiedade e depressão através da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (APÊNDICE C) – ZIGMOND; SNAITH, 1983; Marcolino, et al., 2007

Os pacientes responderam a um questionário cujas respostas às questões eram valoradas de 0 a 3 constituindo a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. O objetivo foi verificar se os mesmos preenchiam os critérios para o diagnóstico de ansiedade e depressão.

4.7.6 Medidas laboratoriais

4.7.6.1 Processamento e armazenamento inicial das amostras

Inicialmente preparou-se a bateria de tubos de coleta de cada paciente. Para a coleta do jejum -15 minutos, ou seja, a 1ª coleta 15 minutos antes do estímulo alimentar foram preparados tubos com anticoagulante EDTA para o hemograma, com anticoagulante fluoreto para glicose e sem anticoagulante para as dosagens bioquímicas e hormonais. Para as dosagens das incretinas Peptídeo 1 semelhante ao Glucagon (GLP-1) ativo e Polipeptídeo Insulinotrópico Dependente de Glicose (GIP) total foi utilizado um tubo com anticoagulante EDTA e adicionado um inibidor da enzima DPPIV (diprotina - 10µL/mL de sangue) no momento da coleta, após a qual este tubo foi colocado imediatamente em banho de gelo para evitar a deterioração dos peptídeos. Para a dosagem de glucagon foi utilizado um tubo sem anticoagulante, sendo que ao se colocar o sangue no tubo era adicionado um coquetel inibidor de proteases (20µL/mL de sangue) e este colocado

imediatamente em banho de gelo. Para a segunda amostra de jejum, ou seja, 0 minutos antes da ingestão da vitamina (estímulo alimentar), foram preparados tubos para a coleta das incretinas, da glicose, do glucagon e da insulina. Depois da ingesta da vitamina foram usados os mesmos tubos do 2º jejum para os 9 tempos de coleta restantes.

Todas as amostras de sangue com excessão do hemograma foram centrifugadas a 3000 rpm por 15 minutos na temperatura de 4ºC para a separação do soro ou plasma, sendo que as amostras coletadas em tubo sem anticoagulante (com excessão do glucagon) foram primeiramente deixadas coagular em banho- maria à 37º. Após acondicionamento do soro/plasma em alíquotas duplicadas, as amostras das incretinas, do glucagon e da insulina foram armazenadas (-70ºc) até serem analisadas. Os outros analitos foram acondicionados e enviados ao Laboratório Louis Pasteur para serem analisados, inclusive a urina para a realização do sumário de urina e dosagem de microalbuminúria em urina que foi coletada pelo voluntário em um período de 24 horas ininterruptas.

4.7.6.2 Métodos laboratoriais

As determinações séricas de colesterol total (CT), colesterol HDL (HDL-c), triglicerídeos (TG), glicose, alanina amino transferase (ALT), aspartato amino transferase (AST), gama glutamil transferase (GGT), creatinina, foram realizadas em sistema automatizado, através de método enzimático.

O colesterol LDL foi calculado pela fórmula de Friedwald: CT – (HDL-c + TG / 5).

O peptídeo C, a insulina, o hormônio tireoestimulante (TSH) e o β-HCG (Teste de Gravidez) foram dosados por eletroquimioluminescência em aparelho automatizado.

GLP-1 ativo e GIP total foram dosados por imunoensaio onde anticorpos de captura específicos para cada analito se ligam à amostra e esta ligação é detectada por meio de marcador fluorescente específico para a reação com GLP-1 ativo ou o GIP total. A detecção e a quantificação de cada analito foram realizadas

em um aparelho chamado Luminex® que usa feixes de “lasers” em um citômetro de fluxo.

Glucagon foi determinado por radioimunoensaio.

Óxido nítrico pelo método colorimétrico de Griess com comparação com curva padrão de nitrito (NO2–). Reagente de Griess (1% de sulfonialmida, 0,1%

naftiletilenodiamina dihidrocloreto em 5% de ácido fosfórico). A coloração púrpura/magenta da reação do soro com o reagente de Griess aparece imediatamente e é medida em leitor de placas com filtro entre 520-550 nm.

A Proteína C reativa ultra-sensível, a hemoglobina glicada (HbA1C) e a

microalbuminúria foram determinadas por turbidimetria em aparelho automatizado. O hemograma foi realizado por automação e microscopia, e o sumário de urina foi realizado por fita reativa e microscopia.

4.7.7 Estímulo alimentar para a dosagem seriada de glicose, glucagon, insulina e incretinas.

Após realizar as duas coletas de sangue em jejum (-15 e 0 minutos) o voluntário recebeu uma dieta padronizada em forma de vitamina (Glucerna SR®) com 566 quilocalorias (Kcal), contendo 33% de lipídios, 20% de proteínas e 47% de carbohidratos de lenta absorção. Após a ingestão da vitamina foram coletadas amostras de sangue nos tempos 5, 15, 30, 45, 60, 90, 120, 150 e 180 minutos, para realizar as dosagens seriadas de glicose, insulina, glucagon, GLP-1 ativo e GIP total e calcular a área sob a curva de cada analito, segundo VILSBOLL et al.,2001.