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Coleta Seletiva

No documento MATO GROSSO DO SUL (páginas 43-47)

CAP 4 – RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES, COMERCIAIS E DE PRESTADORES DE SERVIÇOS (RSDC)

4.3 COLETA E TRANSPORTE DOS RSDC

4.3.2 Coleta Seletiva

Segundo a Lei Federal n° 12.305/2010 dentre os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos incluem-se a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Desta forma, a coleta seletiva é considerada como uma das principais ferramentas para redução do volume de resíduos a serem dispostos nos aterros sanitários, uma vez que, o recolhimento diferenciado dos resíduos sólidos, previamente segregados nas fontes geradoras e sua destinação correta para o reuso, reciclagem, compostagem, tratamento ou outras alternativas que favorecem a longevidade do aterro sanitário, a economia de matéria prima, bem como a geração de emprego e renda. Deste modo, a segregação dos resíduos pode ser realizada basicamente em três formas: coleta Tríplice, Binária (mais usual) e em diversas categorias (Figura 10).

Figura 10 – Formas de separação dos resíduos sólidos para coleta seletiva.

Fonte: A partir de informações de Minas Sem Lixões – MSL (2013).

Dados da pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE (2012) apontam um crescimento no número de pessoas atendidas pela coleta seletiva no Brasil, cerca 27 milhões de brasileiros e 766 municípios do País contam com esse serviço, ou seja, 14% dos municípios do país apresentam a coleta seletiva estruturada, nota- se que no período de 2010 a 2012 houve um crescimento acentuado, devido ao fato de que em 2010 foi instituída a PNRS (Gráfico 7).

Coleta tríplice Separação da matéria orgânica, reciclável e rejeito Coleta binária Separação de resíduos secos (reciclável) e resíduos úmidos (matéria

orgânica e rejeito)

Coleta em diversas categorias Separação de plástico,

metal, vidro, papel, orgânico e rejeitos

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

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Gráfico 7 – Quantidade de municípios que apresentam coleta seletiva no Brasil.

Fonte: CEMPRE (2012).

Apesar do incremento apontado, o serviço ainda é incipiente nos municípios da região Centro-Oeste, onde apenas dezoito o realiza, ou seja, 2,35% em relação ao Brasil (aproximadamente 3,86% em relação ao Centro-Oeste), somente com índice de atendimento maior que a região Norte, conforme dados do CEMPRE (2012) (Gráfico 8).

O Polo 06 destaca-se no cenário estadual, visto que Anaurilândia, Ivinhema e

Taquarussu possuem coleta seletiva implantada. Já Batayporã possui o serviço realizado pela Prefeitura Municipal, porém o mesmo encontrava-se paralisado no momento do diagnóstico devido à falta de motorista para operar o caminhão e em Nova Andradina, segundos seus gestores, a coleta seletiva foi encerrada em consequência da ausência de retorno financeiro, porém existe um projeto para retomar o serviço. Em todos os municípios em que há a coleta seletiva a modalidade exercida é porta a porta com segregação binaria entre úmidos e secos (Figura 11).

Figura 11 – Detalhamento do recipiente para coleta seletiva de resíduo orgânico (úmido) em Batayporã/MS.

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2014.

81 135 192 237 327 405 443 766 0 200 400 600 800 1994 1999 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Municípios com Coleta Seletiva no Brasil

2,35% 9,92% 1,83%

52,35% 33,55%

Regionalização dos municípios com Coleta Seletiva no Brasil

Centro-Oeste (18) Nordeste (76) Norte (14) Sudeste (401) Sul (257)

Gráfico 8 – Regionalização dos municípios com coleta seletiva no Brasil.

Em Anaurilândia/MS, o serviço atende 100% da sede urbana, sendo coletado diariamente pela Associação de Catadores em parceria com a Prefeitura Municipal e destinados ao pátio da Associação. Já em Ivinhema/MS a coleta seletiva abrange apenas a área central e o serviço é de responsabilidade da Associação de Catadores, posteriormente os resíduos são levados para o pátio da Associação. Destaca-se que devido a coleta seletiva ser realizada por uma

cooperação informal nesses municípios, ocorre um maior risco de ingerência e descontinuidade dos serviços prestados.

Quanto a Taquarussu/MS, a Prefeitura Municipal é responsável pela execução da coleta seletiva que atinge 100% da área urbana, em seguida os resíduos seguem para o pátio da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, onde serão separados corretamente (Figura 12).

Ainda, conforme informação fornecida pela Prefeitura Municipal de Bataguassu, já existiu coleta seletiva no município, porém foi encerrada e no momento está em planejamento a volta deste serviço, aguardando a conclusão do PMSB para traçar diretrizes e ações para tal finalidade. Já para o município de Novo Horizonte do Sul/MS, seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) propõe a implantação do sistema de coleta seletiva.

A partir do exposto, observa-se que o município de Angélica não possui planejamento e/ou ações específicas para a implantação da coleta seletiva em andamento ou concluído. Ademais, é importante observar que nos municípios de Anaurilândia e Ivinhema a coleta seletiva está implantada, porém não possui planejamento para tal finalidade, diferentemente de Taquarussu, que possui o serviço implantado a partir de diretrizes e ações provenientes do seu PMSB. Quanto aos municípios de Batayporã e Nova Andradina, ambos possuem planejamento geral para implantação da coleta seletiva em seus respectivos PMSB e PMGIRS. É importante salientar que a implantação e os custos envolvidos na prestação de serviço de coleta seletiva são alguns dos empecilhos para adoção em vários municípios do país, uma vez que, a coleta convencional apresenta um valor 4,5 vezes menor que o valor da coleta seletiva conforme CEMPRE (2012), cabe ressaltar que a implantação engloba aspectos ambientais e sociais, de planejamento urbano e de cidadania.

Considerando todo o exposto, elaborou-se a Figura 13, que mapeia a situação da coleta seletiva no Polo 06 – Região Leste.

Figura 12 – Veículo que realiza a coleta seletiva em Taquarussu/MS.

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Figura 13 – Situação da coleta seletiva dos Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais e de Prestadores de Serviços.

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