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DISPOSIÇÃO FINAL DOS RSDC

No documento MATO GROSSO DO SUL (páginas 53-58)

CAP 4 – RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES, COMERCIAIS E DE PRESTADORES DE SERVIÇOS (RSDC)

4.5 DISPOSIÇÃO FINAL DOS RSDC

Conforme preconiza a Lei Federal nº 12.305/2010 a disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos deve obedecer à distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais diversos.

No Brasil destacam-se os aterros sanitários como a principal técnica de disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos. Segundo a NBR 8.419/1992, aterro sanitário é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se for necessário.

Neste sentido, todos os municípios integrantes do Polo 06 – Região Leste realizam a disposição final dos resíduos sólidos gerados em locais inadequados do ponto de vista técnico, ambiental e da segurança à saúde pública. Entretanto, segundo vistoria técnica in

loco nos municípios, foi diagnosticado que na maioria existe projeto para criação de aterro

sanitário próprio ou consorciado.

Destaca-se que no município de Bataguassu, está em andamento a construção de uma Usina de Reaproveitamento de Resíduos Sólidos, onde após a instalação da futura

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Unidade de Triagem do município, os rejeitos serão utilizados na usina para produção de tijolos orgânicos (Figura 21). Nota-se que após a produção dos tijolos orgânicos, é necessário que o mesmo seja aprovado nos testes de resistência e durabilidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) para posteriormente comercialização. Contudo, tanto a Usina de Reaproveitamento de Resíduos Sólidos quanto a futura Unidade de Triagem de Resíduos não possuem processo de licenciamento ambiental junto ao órgão competente do Estado (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL), devido a isso não foram considerados como soluções para a disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos produzidos no município.

Figura 21 – Estrutura da Usina de Reaproveitamento de Resíduos Sólidos (A) e amostra do tijolo orgânico (indicado pela seta) produzido a partir dos rejeitos dos resíduos sólidos de Bataguassu (B).

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2014.

Deste modo, o planejamento para cada município que irá dispor seus resíduos sólidos gerados em aterros sanitários próprios ou consorciados e que possuam processo de licenciamento ambiental junto ao IMASUL é elencado a seguir:

 Anaurilândia: possui licença prévia para seu aterro sanitário, porém o município não conta com recursos suficientes para adquirir uma área para o mesmo;

 Angélica: irá dispor seus resíduos no aterro sanitário consorciado que está em implantação no município de Ivinhema, o qual possui licença de instalação e contemplará também a indústria Adecoagro;

 Bataguassu: Não possui;

 Batayporã: possui licença de instalação para a construção de seu aterro sanitário que está em implantação as margens da rodovia MS-276 próximo ao município;

 Ivinhema: possui licença de instalação para seu aterro sanitário consorciado, junto com o município de Angélica e a indústria Adecoagro, que está em implantação as margens da rodovia MS-141 próximo ao município;

 Nova Andradina: possui licença prévia para seu aterro sanitário, em uma área contígua ao atual vazadouro a céu aberto;

 Novo Horizonte do Sul: irá dispor seus resíduos no aterro sanitário consorciado que está em implantação no município de Glória de Dourados, o qual possui licença de instalação e contemplará também Deodápolis, Fátima do Sul, Jateí e Vicentina;  Taquarussu: possui licença de operação em seu aterro sanitário, que foi construído na

Estrada Taquarussu e de acordo com vistoria técnica in loco começaria a operar em setembro/2014.

Do exposto, extrai-se que apenas Bataguassu, apesar de estar construindo uma Usina de Reaproveitamento de Resíduos, não possui um planejamento específico para a construção de um aterro sanitário próprio ou consorciado, a fim de dispor corretamente seus resíduos. Objetivando ilustrar os respectivos locais para a construção dos aterros sanitários, fora elaborada a Figura 22. Ainda, na Figura 23 são destacadas as áreas de disposição final de RSDC propostas por município que já estão em fase de implantação.

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Figura 22 – Localização dos aterros sanitários propostos e da usina para reaproveitamento de resíduos destinados a atender os municípios do Polo 06 – Região Leste.

Figura 23 – Situação encontrada dos aterros sanitários em implantação destinados a atender alguns municípios do Polo 06.

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2014.

No que consiste na caracterização simplificada das atuais áreas de disposição final de resíduos sólidos dos municípios podemos observar que apenas em Batayporã, Novo Horizonte do Sul e Taquarussu/MS a distância do centro urbano até o local de disposição é inferior a 1 km, com destaque para Batayporã, por ter seu vazadouro a céu aberto localizado dentro do seu perímetro urbano. Já Nova Andradina consiste no município onde atualmente existe maior deslocamento entre o centro gerador (área urbana) e o local de disposição final, com aproximadamente 7 km de distância. Em relação à existência de catadores, foi diagnosticado que apenas em Taquarussu não existe catadores informais na área de disposição final e em todos os municípios existe presença de animais no local (Quadro 6). Quadro 6 – Caracterização sintética/simplificada das áreas de disposição final de resíduos sólidos dos municípios integrantes do Polo 06 - Região Leste.

Municípios Tipo Distância do núcleo urbano (km) Existência de catadores Presença de criança Presença de moradores Presença de animais

Anaurilândia Vazadouro a céu aberto 2,00 Sim Não Sim Sim

Aterro Sanitário consorciado em implantação de Angélica e Ivinhema (localizado em Ivinhema)

Coordenadas: UTM 211.132,64 m E 7.535.976,01 m S

Aterro Sanitário consorciado em implantação de Novo Horizonte do Sul (localizado em Glória de Dourados) Coordenadas: UTM

788.970,24 m E 7.513.854,34 m S

Aterro Sanitário em implantação de Batayporã Coordenadas: UTM

270.760,90 m E 7.535.221,52 m S

Aterro Sanitário em implantação de Taquarussu Coordenadas: UTM

254.298,39 m E 7.510.149,85 m S

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